quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Papa dedica catequese a uma reflexão sobre o Natal: “Deus está conosco”.


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


Queridos irmãos e irmãs bom dia,

Este nosso encontro se desenvolve no clima espiritual do Advento, tornado ainda mais intenso pela Novena do Santo Natal, que estamos vivendo nestes dias e que noz conduz às festas natalícias. Por isso, hoje gostaria de refletir convosco sobre o Natal de Jesus, festa da confiança e da esperança, que supera a incerteza e o pessimismo. E a razão da nossa esperança é esta: Deus está conosco e confia ainda em nós. É generoso este Deus Pai! Ele vem morar com os homens, escolhe a terra como sua morada para estar junto ao homem e fazer-se encontrar lá onde o homem passa os seus dias na alegria ou na dor. Portanto, a terra não é mais somente um “vale de lágrimas”, mas é o lugar onde o próprio Deus colocou a sua tenda, é o lugar do encontro de Deus com o homem, da solidariedade de Deus com os homens.

Deus quis partilhar a nossa condição humana ao ponto de fazer-se uma só coisa conosco na pessoa de Jesus, que é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Mas há algo ainda mais surpreendente. A presença de Deus em meio à humanidade não foi realizada de modo ideal, sereno, mas neste mundo real, marcado por tantas coisas boas e ruins, marcado por divisões, maldade, pobreza, prepotência e guerras. Ele escolheu habitar a nossa história assim como ela é, com todo o peso de seus limites e dos seus dramas. Assim fazendo, demonstrou de modo insuperável a sua inclinação misericordiosa e repleta de amor para com as criaturas humanas. Ele é o Deus-conosco; Jesus é Deus-conosco. Vocês acreditam nisso? Façamos juntos esta profissão: Jesus é Deus-conosco! Jesus é Deus-conosco desde sempre e para sempre conosco nos nossos sofrimentos e nas dores da história. O Natal de Jesus é a manifestação de que Deus colocou-se de uma vez por todas do lado do homem, para nos salvar, para nos levantar do pó das nossas misérias, das nossas dificuldades, dos nossos pecados.


Daqui vem o grande “presente” do Menino de Belém: Ele nos traz uma energia espiritual, uma energia que nos ajuda a não nos abatermos com os nossos cansaços, os nossos desesperos, as nossas tristezas, porque é uma energia que aquece e transforma o coração. O nascimento de Jesus, de fato, nos traz a bela notícia de que somos amados imensamente e singularmente por Deus, e este amor não somente o faz conhecer, mas o doa, comunica-o!

Da contemplação alegre do mistério do Filho de Deus nascido por nós, podemos tirar duas considerações.

A primeira é que se no Natal Deus se revela não como um que está no alto e que domina o universo, mas como Aquele que se rebaixa, vem à terra pequeno e pobre, significa que para sermos similares a Ele nós não devemos nos colocar sobre os outros, mas antes rebaixar-nos, colocarmo-nos a serviço, fazer-nos pequenos com os pequenos e pobres com os pobres. Mas é uma coisa ruim quando se vê um cristão que não quer rebaixar-se, que não quer servir. Um cristão que se exibe sempre é ruim: aquele não é cristão, aquele é pagão. O cristão serve, rebaixa-se. Façamos com que estes nossos irmãos e irmãs não se sintam nunca sozinhos!

A segunda consequência: se Deus, por meio de Jesus, envolveu-se com o homem a ponto de tornar-se como um de nós, quer dizer que qualquer coisa que fizermos a um irmão ou a uma irmã a teremos feito a Ele. Recordou isso o próprio Jesus: quem tiver alimentado, acolhido, visitado, amado um dos mais pequeninos e dos mais pobres entre os homens, terá feito isso ao Filho de Deus.

Confiemo-nos à materna intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa, para que nos ajude neste Santo Natal, agora próximo, a reconhecer na face do nosso próximo, especialmente das pessoas mais frágeis e marginalizadas, a imagem do Filho de Deus feito homem.

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Fonte: Boletim da Santa Sé

Tradução: Jéssica Marçal

Catequeses de Natal


Incomodada com os sermões do seu pároco que explicou que Jesus não era mais menino, que não nasceu no dia 25 de dezembro, que os reis magos não eram nem reis nem magos e que as alegorias da infância de Jesus se dividiam entre fatos reais e fatos que não aconteceram, mas que a Igreja usou para mostrar o Cristo da fé, Dona Elvira jurou que iria para uma paróquia onde o padre não fosse tão sem fé.

Perguntei-lhe se na juventude lia Romance, Sétimo Céu, Ilusão e Capricho, revistas para as moças sonhadoras daqueles dias. Perguntei se seguia noticiário, novelas e minisséries na televisão. Lera e seguia. Aos poucos a convenci de que ela cresceu aprendendo com histórias reais e com histórias fictícias, mas nem por isso mentirosas. Convenci-a de que o "Filho Pródigo", "O fariseu e o Publicano" "O Bom Samaritano" também eram histórias fictícias que Jesus criou para ilustrar um ensinamento! 

Falei então das três grávidas: Ana de Elcana, Izabel e Maria, duas estéreis e uma virgem que deram à luz como um serviço a Deus e ao seu povo. Falei de João Batista, dos pastores, do velhinho Simeão e Ana de Fanuel, das crianças mártires, do jovem mártir Estevão, de João Evangelista, do domingo da paz, do domingo da família, dos reis magos. Expliquei o sentido pedagógico desses personagens que englobam todas as pessoas e nações e culminam na festa da Epifania Luz essencial que brilhou aqui.

Qual é o valor dos objetos sagrados e dos objetos bentos?

“Sem fé concreta feita de caridade ativa, eles não têm valor algum”

Pe. Gabriele, na luta contra Satanás são usados frequentemente alguns objetos bentos. O senhor pode nos explicar por quê?

Indo além de problemas espirituais específicos, nós temos que manter sempre dentro de casa imagens, estátuas ou capelinhas abençoadas com objetos sacros, como sinal de que pertencemos a Deus, porque eles são um lembrete constante da nossa consagração à Trindade por meio do batismo. Mas eles são importantes também porque dão testemunho visível para quem mora conosco e para quem visita a nossa casa. E, é claro, é bom usar objetos bentos ou carregá-los conosco, na bolsa, por exemplo. Um deles pode ser a medalha de São Bento, que pode ser colocada nos crucifixos. São Bento não era padre nem exorcista, era um simples monge, mas ele tinha um grande poder contra os demônios. Por quê? Porque ele tinha uma grandíssima fé, que é a verdadeira "arma letal" contra o nosso inimigo, o diabo. Mas nós podemos citar outros objetos também: os escapulários, as medalhas abençoadas, as imagens de santos, as relíquias deles... Mas tudo isso, é importante ressaltar, não pode nos levar para a superstição, que já é um pecado grave em si mesma. Se esses objetos não tiverem o respaldo de uma fé concreta, feita de caridade ativa, eles não têm valor nenhum.

Falando de fé, o papa Francisco acaba de encerrar o Ano da Fé e de publicar a exortação apostólica Evangelii gaudium...


O título desse documento [A alegria do Evangelho, ndr] estimula a todos, como diz o papa textualmente, a "renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por ele, de procurar por ele todos os dias, sem pausas". É isso, esta é a fé, o encontro pessoal com Jesus, o único que realmente muda a nossa vida.

Voltando aos objetos bentos, existe alguma passagem da bíblia que confirma esta prática piedosa?


Existe uma passagem que me vem à mente: "Deus operava prodígios incomuns por mãos de Paulo, a ponto de colocarem sobre os doentes lenços que tinham estado em contato com ele e as enfermidades cessarem, além de fugirem os espíritos malignos" (Atos dos Apóstolos 19,11-12). A minha experiência como exorcista me diz que o diabo tem uma repulsa natural por qualquer objeto sacro e pelos instrumentos do dia a dia que foram abençoados: máquinas, ferramentas, etc., porque eles foram tirados do alcance do seu poder. Por isso é que é uma boa tradição abençoar as casas, se possível neste tempo do advento, que estamos vivenciando.

Stefano Stimamiglio
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Disponível em: Aleteia

Contribue com o Evangeli-Já


 Brasília-DF, 13 de dezembro de 2013
          
                                                     “Ai de mim se não Evangelizar” (1Cor 9,16)


Caríssimo(a), a paz e a bênção de Nosso Senhor Jesus Cristo estejam convosco!

Sou Dom Raymundo Damasceno Assis, Cardeal Arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dirijo-me pessoalmente a você para apresentar a Campanha de Evangelização 2013. Assim como o Apóstolo Paulo que evangelizou com amor e dedicação, somos chamados a evangelizar com esta grandiosa ação em nossas dioceses, paróquias e comunidades que promovem a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos fazer uma Campanha de Evangelização do tamanho do Brasil. E precisamos da ajuda do tamanho da sua Fé.

Em um país como o Brasil, onde a estrutura da Igreja Católica forma uma das maiores bases sociais para a população, é preciso que todos nós ajudemos a Igreja em sua missão e propagação do Evangelho. Nossa Igreja é formada por homens e mulheres; jovens e idosos; religiosos e religiosas; leigos e leigas. Juntos, somos a maior instituição benfeitora e promotora de caridade do Brasil. Alimentamos quem tem fome e tratamos quem procura por nossos hospitais. Ninguém distribui mais alimentos do que nossa gente, o povo de Deus!

Educamos mais alunos que qualquer outra instituição de ensino desse país, como as crianças em nossas creches e os idosos em nossos lares de convivência. Ninguém distribui mais bolsas para a educação do que nossos colégios e faculdades com mais de 2 milhões de alunos. Por isso, estamos presentes em todos os municípios do Brasil levando amor, unidade e esperança para todas as pessoas de fé, de todas as raças, guiados pela Boa Nova da verdade e da paz, sempre na defesa do bem e da dignidade da pessoa humana e firmes no propósito de evangelizar, como nos ordenou o Mestre.

Acolhemos milhões de pessoas em nossas casas, trazidas pela fé que anima a nossa Igreja. Nossos carismas são inspirados pelo Espírito Santo e estão presentes em mais de duzentas mil comunidades pregando o Evangelho, sob a intercessão e proteção de Maria, nossa Mãe e Mãe de todos os povos. Por isso, como batizados, somos convidados a favorecer cada vez mais o bem comum e colaborar com a nossa Igreja. Precisamos da sua ajuda. Venha dividir um pouco do que é só seu para multiplicar o que podemos fazer por todos.


Lembre-se que há mais de 500 anos evangelizamos o Brasil, guiados pela nossa profissão de fé em Cristo Jesus. Nossas missões estão nos quatro cantos do país e do mundo. Enquanto todos já se esqueceram do Haiti, nossos missionários e nossas missionárias permanecem por lá ajudando quem necessita, sob o Evangelho de Jesus Cristo. Somos mais de 130 milhões unidos em uma só família: a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil. Este é o sinal que nos faz criar laços de comunhão fraterna, favorecendo uma Igreja presente e atuante em nossos tempos. E todos devem conhecer e colaborar com isso. É um compromisso de solidariedade e fraternidade com os nossos irmão e irmãs em Cristo!

Nesse sentido, a CNBB quer caminhar bem perto e junto com você e a Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país. E em outros países mais necessitados. Entre no site da Campanha www.evangelija.com e faça sua doação, colabore com a sua generosidade e seja também um benfeitor e promotor da caridade de nossa amada Igreja Católica!

Em Cristo Jesus!


Cardeal Raymundo Damasceno Cardeal Assis
Arcebispo Metropolitano de Aparecida-SP
Presidente da CNBB

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Francisco convida 4 sem-teto no dia do seu aniversário


O Papa Francisco hospedou na missa do dia de seu aniversário, 17 de dezembro, quatro pessoas sem-teto e todo o pessoal que trabalha na Casa Santa Marta, aonde reside. Todos foram convidados também para o café da manhã com ele, no refeitório da residência. 

Os quatro mendigos, que vivem nas ruas vizinhas ao Vaticano, foram apresentados ao Papa pelo elemosineiro, Dom Konrad Krajewski. A Santa Sé divulgou uma nota informando que a celebração se realizou em um clima “particularmente familiar”, atendendo a um desejo do aniversariante. 

Na missa também estavam presentes o Secretário de Estado, Dom Pietro Parolin, que atualmente reside na Casa Santa Marta, e o decano do colégio cardinalício, Dom Angelo Sodano, que concelebrou com o Papa.


O Evangelho do dia, abordando a genealogia e os nomes dos antepassados de Jesus, deu oportunidade ao Papa para citar no curso de sua homilia os nomes de vários funcionários presentes. Depois da missa, como sempre, Francisco cumprimentou todos pessoalmente. 


Antes de se dirigirem ao refeitório para o café da manhã, entoaram juntos um coro de “Parabéns a você” pelos 77 anos do Pontífice. (CM)
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Fonte: Rádio Vaticano

A revista Time entendeu errado

A revista escolheu o papa Francisco como Personalidade do Ano 2013. 
Mas será que a escolha se baseou nos motivos certos?

A revista Time entendeu errado.

Não ao escolher o papa Francisco como a Personalidade do Ano de 2013. A escolha foi perfeita. Na minha opinião, foi óbvia, inclusive.

O que a Time entendeu errado foram as razões para escolher Francisco.

"O que torna este papa tão importante", afirma a revista, "é a rapidez com que ele tem conquistado milhões de pessoas que tinham desistido da Igreja de vez". Eu sinceramente espero que Francisco tenha mesmo conquistado esses milhões de pessoas. Mas por que será que a Time acha que esses milhões de pessoas foram conquistados pelo papa?

"Gente cansada de análises intermináveis sobre ética sexual, de lutas internas entre autoridades, enquanto, o tempo todo, ‘as ovelhas passavam fome e não eram alimentadas’. Em questão de meses, Francisco elevou a missão consoladora da Igreja –e falar da Igreja como serva e consoladora de pessoas que machucaram outras pessoas é muitas vezes cruel- e a levou além do trabalho de policiamento doutrinal que era tão caro aos seus recentes antecessores".

É verdade. Francisco mostrou ao mundo o que significa viver com o fervor evangélico de um apóstolo de Jesus Cristo (não que os seus ilustres antecessores não vivessem; eu não ficaria surpreso, aliás, se os três, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, acabassem sendo canonizados).


Mas é que Francisco transmitiu uma imagem particularmente impactante, com sinceridade comovente, com uma combinação de profunda vida interior e de caridade em ação que os doutores da Igreja proclamaram como o ideal da vida cristã (para aprofundar nisto, leia “A alma de todo apostolado”, clássico livro da espiritualidade católica escrito por Dom Chautard).

Mas a Time optou por enxergar Francisco como alguém que vai além do "trabalho de policiamento doutrinal", além das "guerras culturais". Como se Francisco estivesse nos levando "além" do ensino magistral de João Paulo II e de Bento XVI.

É absurdo.

A Time também fez uma leitura errada sobre as recentes observações de Francisco no tocante à homossexualidade. Ela distorceu as declarações de Francisco sobre divorciados e recasados católicos que recebem a comunhão.

Não vem ao caso refutar a Time ponto por ponto neste texto. Eu quero apenas observar que aquilo que a Time fez com Francisco é a mesma coisa que nós -todos nós- fazemos muitas vezes com Cristo: pintá-lo de acordo com a nossa própria imagem.

Francisco está tentando nos levar para além de categorias obsoletas. Mas essas categorias não incluem a doutrina moral da Igreja católica. As categorias que Francisco quer nos ajudar a superar são aqueles que tentam reduzir o Corpo Místico de Cristo, a Igreja, a uma construção humana que se encaixa confortavelmente na nossa visão cada vez mais laica de como o mundo deveria ser.


Eu fico feliz de que a Time tenha escolhido o papa Francisco como Homem do Ano. Mas espero e rezo para que essa “bolha de mídia” seja uma oportunidade para as pessoas enxergarem toda a realidade de Francisco. E para verem, mesmo que através de uma lente bonita, mas ainda assim imperfeita, a realidade completa de Cristo.
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Disponível em: Aleteia

Papa Francisco celebra 77 anos de vida


Católicos de todo o mundo celebram, nesta terça-feira, 17, o dom da vida de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco. O Pontífice completa hoje 77 anos de vida.

Para comemorar a data, o Vaticano lançou um álbum de fotografias com citações de Francisco. Intitulado “A ternura de Deus expressa-se nos sinais”, o pequeno livro está disponível on-line, no site oficial do Vaticano, e traz o link para o texto original do qual foi retirada cada citação.

No sábado, 14, um grupo de crianças apoiadas por um Hospital Pediátrico doVaticano cantou os parabéns e ofereceu um bolo de aniversário ao Papa. O gesto de carinho aconteceu durante uma audiência que se seguiu à visita de Francisco a esta instituição solidária.


Biografia

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936. É filho de imigrantes italianos e trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia antes do curso teológico.

Ordenado padre, em 13 de dezembro de 1969, Bergoglio foi responsável pela formação dos novos jesuítas e, depois, provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).

João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires, em 1992, e foi ordenado bispo em 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese em 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antônio Quarracino.

A criação como cardeal veio 3 anos depois, em 21 de fevereiro de 2001. Francisco foi criado cardeal pelo Papa polonês no mesmo ano em que foi relator da 10ª Assembleia do Sínodo dos Bispos.

Com a renúncia de Bento XVI e o consequente Conclave, o nome de Jorge Mario Bergoglio apareceu como o novo Sucessor de Pedro. Ele foi eleito em 13 de março de 2013. Seu lema é “Miserando atque eligendo”, que significa “Com misericórdia, o elegeu”.

Em nove meses de pontificado, o Papa Francisco visitou o Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 (Rio de Janeiro e Aparecida) e realizou três viagens à Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa.

Entre os principais documentos do atual pontificado estão a encíclica Lumen Fidei (A luz da Fé), que inclui reflexões de Bento XVI e a exortação apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho).


Francisco criou um Conselho de Cardeais, com membros dos cinco continentes, para o aconselharem no Governo da Igreja e na reforma da Constituição Apostólica Pastor Bonus, sobre a Cúria Romana. Ele aprovou nova legislação para regular a atividade financeira do Vaticano e da Santa Sé.
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Fonte: Canção Nova

Programas humorísticos nocivos


Muitas piadas, mesmo sem ofender a Deus diretamente, ofendem a dignidade humana. Dessa forma, acabam sendo um desrespeito para com o Criador.

Existem muitas piadas, até engraçadas, que banalizam o sexo, ridicularizam o casamento, deturpam laços familiares, e por aí vai. Todas essas piadas ofendem a moral cristã. Será que Cristo acharia isso engraçado?

Temos que buscar momentos de descontração como forma de aliviar toda a tensão que a vida nos impõe. No entanto, A  observância da moral é um bem que está acima disso.

Vejam o que diz o Deuteronômio a respeito da moralidade: “Observai, pois, todas as ordens do Senhor, vosso Deus; não vos aparteis delas nem para a direita nem para a esquerda. Seguireis exatamente o caminho que o Senhor, vosso Deus, vos traçou, a fim de que vivais e sejais felizes , e vossos dias se prolonguem na terra

Observe que o autor sagrado aqui mostra a verdadeira felicidade como consequência da estrita observância da moralidade.

Então, a grande questão é: até que ponto devemos buscar “felicidades” passageiras em detrimento da felicidade eterna que só Deus pode dar. Vendo sob esse aspecto, há piadas que podem até chegar a comprometer a minha salvação e a do meu irmão.

Diante disso, e pensando nas apelações que existem em certos programas humorísticos brasileiros, que são verdadeiros atentados à virtude e à moral, creio que quem temos que ser bastante criteriosos ao selecionarmos os programas com os quais nós e nossa família nos divertimos. 

Boicotar esses programas é ótimo, mas entendo isso como implícito na propostas de boicote dos produtos que patrocinam tais programas. Se boicote for só pra deixar de assistir, eu já boicoto quase tudo da TV há muito tempo.

Boicote de verdade não pode se limitar a não dar audiência. Rede TV, CNT e Bandeirantes tem uma pá de anunciantes mas pouca audiência, e exibem programas lixo há muito tempo. O que sustenta um programa de TV não é diretamente a audiência, mas sim o anunciante. Claro que o anunciante busca audiência, mas acima disso está o lucro. Se compram os produtos deles, mesmo que não assistam a propaganda na TV, para eles tá valendo. 

Relativismo tomou conta da TV faz tempo.


O dito cujo é revestido de tanta “pimpação” e máscaras que não pouca gente, ao assistir uma única vez algum programa desse tipo, já balança a cabeça de forma a concordar; formam-se, assim, súditos do politicamente correto. A Moral de sempre? Vai para o lixo. Tem quem nem saiba que ela existe.

O humor brasileiro foi só até o final dos anos 80/início dos 90. 


Depois, iniciou-se uma onda de “politicamente correto” de fazer vomitar. E por conta disso, uns que se acham“ousados” e “engraçados” resolveram dar uma de “f*d*es”só para dizer que “estão remando contra o politicamente correto” mas que, na verdade, apelam a um tipo de atitude que pode ser classificada de qualquer coisa, MENOS HUMOR, PIADA ou coisa do tipo.

O que ensina Santo Tomás de Aquino sobre o caso:

Aristóteles, depois de ter determinado as virtudes que dizem respeito aos atos humanos sérios, estabelece neste capítulo uma certa virtude que diz respeito ao brincar.

E sobre três pontos incide sua análise:

I- Mostra que pode dar-se virtude e vício sobre o brincar.

II- Trata da virtude que versa sobre o brincar e dos vícios que lhe são opostos.

III- Mostra a diferença entre essa virtude e outras duas, anteriormente tratadas.

I- Existe uma virtude do brincar.

A respeito do primeiro ponto, deve-se considerar que não teria sentido falar de virtude e vícios referentes a atos que em si são maus e não se podem dar sob forma de bem, como mostramos anteriormente. Assim, pois, se o brincar não pudesse ter caráter de bem, não poderia haver uma virtude que tivesse por objeto o brincar.

O brincar, porém, algum caráter de bem possui, na medida em que é útil para a vida humana. Pois, assim como o homem necessita, de vez em quando, interromper o trabalho e descansar da atividade física, assim também, de vez em quando, necessita subtrair-se à tensão de ânimo exigida pelas atividades sérias, para repouso da alma: e isso é o que se faz pelo brincar.

E por isto Aristóteles diz que, ao proporcionar ao homem um certo repouso das preocupações - que nesta vida e no relacionamento humano não faltam -, o brincar tem caráter de bem, de bem útil. Daí que no brincar possa dar-se um harmonioso diálogo e comunicação entre os homens: de tal modo que no brincar o homem diga e ouça adequadamente o que lhe é de proveito.

Há, contudo, uma grande diferença entre dizer e ouvir; há muitas coisas que um homem decentemente ouve, mas não poderia decentemente dizer.

II- A virtude do brincar e os vícios que lhe são opostos

O meio e os extremos no brincar.

(No dizer, no ouvir e) Onde quer que haja diferenças entre o que convém fazer e o que não convém fazer, aí também haverá não só o meio (da virtude), mas também o excesso e a falta (dos vícios) em relação ao meio. E, assim, a respeito da brincadeira, há também termo médio e extremos.

O vício por excesso.

852- Aristóteles mostra, inicialmente, o que caracteriza o vício por excesso e diz que aqueles que exageram no brincar caem na irrisão e se chamam bomolochi, isto é, os que furtam no templo, à semelhança das aves de rapina, dos abutres que voavam ao redor do templo para roubar as vísceras dos animais imolados. Assim também estes espreitam a fim de que possam “roubar” algo para convertê-lo em irrisão.

Tornam-se assim importunos pois sempre querem fazer rir e aplicam-se mais a esse desejo do que ao de não dizer algo inconveniente ou imoral e que não agrida aqueles com quem se metem com essas suas troças. De fato, tanto mais eles querem dizer alguma grosseria ou algo que possa ferir o outro quanto, com isto, induzem os outros ao riso.

O vício por falta.

Em segundo lugar, Aristóteles mostra o que é o vício por falta. E diz que aqueles que não querem dizer algo engraçado e se irritam com os que o dizem, na medida em que assim se agastam, tornam-se como que duros e rústicos, não se deixando abrandar pelo prazer do brincar.

O termo médio no brincar.

Em terceiro lugar, Aristóteles mostra o que é o termo médio da virtude no brincar. E diz que aqueles que se portam convenientemente no brincar são chamados eutrapeli, que significa “os que bem convertem”, porque convertem em riso, de modo conveniente e versátil, as coisas que se dizem ou fazem.

O brincar como indicador das disposições morais.

Aristóteles mostra como o que foi dito acima é próprio da diversidade das disposições morais. E diz que esses movimentos da alma no voltar-se para o riso (no exagero, na adequação ou na falta) são um certo indício da disposição moral interior. Pois, assim como pelos movimentos corporais exteriores se discernem as disposições interiores do corpo, assim também pelas ações exteriores se conhecem nossas disposições morais.

O excesso tomado por virtude.

856- Aristóteles mostra como, algumas vezes, o extremo é falsamente considerado como meio. E diz que há muitos que exageram na apreciação do riso e há muitos que folgam mais do que o devido com as brincadeiras e com que se diga a outros troças que os ridicularizem. Por isso, para esses, os bomolochi são chamados eutrapeli - porque são por eles muito apreciados, pois passam da medida no brincar, o que a muitos homens agrada exageradamente.

Isso não impede que continue de pé a grande diferença objetiva que há entre os bomolochi e os eutrapeli, como evidenciamos acima.

Caracterização dos hábitos acima enunciados: a virtude e os vícios do brincar.

O virtuoso em relação ao brincar em geral.

Inicialmente, Aristóteles afirma que o que caracteriza o termo médio da virtude do brincar é aquilo que é próprio do epidéxios, isto é, do homem bem adaptado e disposto ao convívio humano. É próprio dos que têm tal atitude ouvir e dizer ludicamente o que condiz com um homem equilibrado e livre, no sentido de que tem o ânimo livre de paixões servis.

Em segundo lugar, Aristóteles argumenta em favor do que havia dito: onde quer que se dê algo que se possa fazer decentemente, há campo próprio de virtude. E acontece que no brincar pode-se falar e ouvir de modo conveniente: e isto se torna evidente pela diferença entre os modos de brincar. Pois o brincar no homem livre, que se dirige por si mesmo e espontaneamente a agir bem, difere do brincar do homem servil, que se ocupa de coisas servis. E o brincar do homem educado, que aprendeu como deve brincar, difere do do homem indisciplinado, cuja brincadeira não é refreada por nenhuma moderação.

Donde é evidente que é próprio do termo médio da virtude a decência no dizer e no ouvir, que se dão no brincar.

A seguir, Aristóteles apresenta um certo critério para distinguir o brincar do homem educado do do indisciplinado. E diz que tal critério é especialmente manifesto quando consideramos os diálogos nas antigas e nas novas comédias.

Porque se em algum lugar nessas narrações ocorria alguma fala torpe, isso gerava em alguns a irrisão enquanto tais torpezas se convertiam em riso. Para outros, porém, gerava a suspeita, enquanto suspeitavam que aqueles que falavam torpezas possuíam algum mal no coração.

É óbvio, portanto, que não é pouco importante para a moral se um homem diz na brincadeira coisas torpes ou honestas.

O virtuoso ante um caso especial: o das troças.

Aristóteles, inicialmente (primeiro membro), se questiona se se pode determinar o que é portar-se bem no troçar quanto àquilo que se fala e, portanto, se se pode determinar um falar que convém ao homem liberal, virtuoso e modesto. Ou (segundo membro) se não se determina o bom troçar por isso, mas antes por parte do fim ou efeito: procurar não ferir a quem ouve; ou ainda mais: procurar agradá-lo.

E, respondendo à questão quanto ao segundo membro, Aristóteles diz que, sendo muitas e diversas para cada um as formas do odiável e do agradável, é indeterminado o que fira ou agrade a quem ouve.

Aquilo que agrada, naturalmente, qualquer um de bom grado o ouve; as falas que se podem dizer aos outros (contanto que não se pretenda feri-los) são, ao que parece, as mesmas que alguém pacientemente aceita ouvir.

Quanto ao que dizer nas troças, Aristóteles mostra que algo pode ser determinado quanto ao primeiro membro, isto é, quanto às troças que se dizem. É evidente que o homem virtuoso não fará qualquer troça, pois a troça é uma certa ofensa. Não participa das troças, na medida em que o que nelas se diga difame ou ofenda alguém, o que está proibido pelos legisladores. Mas há outras troças que não se proíbem e de que convém participar pelo prazer ou para a emenda de alguém ser feita sem difamação. Aquele, pois, que em troçando se porta equilibrada e livremente, esse é para si mesmo lei, pois, por opção pessoal, evita o que a lei proíbe e faz uso do que a lei concede.

Por fim, Aristóteles conclui que tal é o termo médio do virtuoso, quer se denomine epidéxios, isto é, bem adaptado, quer eutrapelus, isto é, o que bem converte.

Caracterização do mal do excesso.

Aristóteles caracteriza o mal do excesso e diz que o irrisor é pior que o bomolochus, pois o irrisor o que quer é vexar alguém, enquanto o bomolochus não pretende isso, mas, simplesmente, gracejar, embora para este objetivo não poupe a si mesmo nem aos outros quando se trata de fazer rir; e converte a sua conduta e o que os outros dizem ou fazem em objeto de riso; e diz o que nunca diria um homem virtuoso; e algumas das coisas que ele diz não só não as diria, mas nem sequer as ouviria o homem virtuoso.

Caracterização do mal da falta.

O rústico ou duro, esse, já não traz nenhuma contribuição para as conversas lúdicas e se aborrece com todos. E nisto consiste seu vício: em repelir totalmente o brincar que, como o repouso, é necessário para a vida humana.

III- A distinção entre a virtude do brincar e duas virtudes anteriormente tratadas.

Aristóteles faz a distinção entre esta virtude e duas anteriores. E diz que três são os termos médios no convívio humano de palavra e ação. A diferença entre essas virtudes se dá pelo fato de que uma versa sobre a veracidade no dizer e no agir; as outras duas versam sobre o agradável. Destas, uma se dá no brincar e a outra no relacionamento sério.

Extraído TRATADO SOBRE O BRINCAR (Comentário à Ética a Nicômaco, Livro IV, 16). Santo Tomás de Aquino (Trad. Luiz Jean Lauand).

A burla e a contumélia

Deve-se distinguir entre a burla e a contumélia. Muitos santos fizeram uso da contumélia. A burla, segundo Santo Tomás é mais grave que a contumélia, porque o contumelioso parece tomar com seriedade o mal de outro, ao passo que quem se burla o toma com riso, e assim resulta em maior desprezo e desonra (S. Th., II-II, q.75, a.2, C). A burla corresponde ao escárnio, ao tirar sarro. A contumélia é a injúria cometida contra o próximo, mas geralmente é pecado mortal, podendo ser pecado venial ou nem ser pecado, se se é movido pela caridade, mas nesse caso, deve-se manter a devida moderação:

Pelo contrário, se alguém pronuncia palavras de insulto ou contumélia contra outro, mas sem ânimo de desonrar-lhe, senão para corrigir-lhe ou por outro motivo similar, não profere um insulto ou contumélia formal e diretamente, mas acidental e materialmente, isto é, enquanto expressa o que pode ser insulto ou contumélia. Por isso, isto pode ser algumas vezes pecado venial e outras nem sequer há pecado. Mas nisso é preciso a discrição para usar moderadamente de tais palavras, posto que poderia resultar em tão grave insulto que, proferindo sem cautela, arrebatará a honra daquele contra quem se lança. E é então quando pode o homem pecar mortalmente, ainda que não haja tido intenção de desonrar o outro, como tampouco está livre de culpa um que, ferindo a outro com imprudência no jogo, lhe causa dano gravemente. (S. Th., II-II, q.72, a.2, C).

Em todo caso, o uso da contumélia deve ser moderado, e, segundo Sto Agostinho, no livro De serm. Dom. in monte,estas repreensões devem fazer-se rara vez e em caso de grande necessidade, e não com a intenção de nos impormos, mas de servir a Deus (citado por Santo Tomás em II-II, q.72, a.2, ad.2). 

A burla não é pecado mortal, se se comporta como um jogo entre amigos, mas se implica em algo contrário à caridade, por exemplo, desprezo pela pessoa do outro, é, portanto, pecado mortal. É o tal do bullying, muito usado nas escolas pelos adolescentes.

Em toda ação como esta, deve-se ter em vista os princípios de moderação de que falam Santo Tomás e Santo Agostinho. Com respeito à virtude dos atos humanos, enuncia-se o seguinte princípio, tirado de Aristóteles: In medio virtus (a virtude está no meio). 

A burla, ao contrário da contumélia, no dizer de Santo Tomás, sempre é pecado, pois é sempre escarnecer de um defeito do outro. No caso da burla, em que se tem em vista o defeito em si mesmo, o pecado é venial, mas no caso de tomar a própria pessoa em menosprezo ou como objeto de riso, é pecado mortal. 

Chaves, o humor imortal
 
Bolaños quis fazer um humor inocente e livre de ideologias.

Eu, sempre que posso, vejo e não canso de rir do Chaves e do Chapolin. Sou fã desses seriados, desde pequeno.

Chaves faz um humor saudável, não é agressivo e pode ser visto por toda a família. Além disso, agrada à várias faixas etárias.

E é muito difícil encontrar, até hoje, programas como esse. Em que piadas e falas que você já está careca de saber quais serão, ainda assim, não perdem a graça.

Não acho que nem o Chaves e nem o Chapolin defendem nenhuma bandeira política, são apenas voltados ao humor.

Mas por ser um humor leve e que pode ser visto pela família, pra mim, é mais próximo da direita. Além disso, defende valores como a família, a solidariedade, honestidade, entre outros.

Chaves dá ibope porque cumpre com o seu papel de entreter sem maiores ambições.

Não quer doutrinar ninguém. É divertido. Mostra de uma forma descontraída a realidade infantil e a diferença de classes de uma forma saudável onde todos querem bem o menino pobre e arteiro.

Além de que o Chaves nunca sofreu de coitadismo pela sua condição.

As piadas são simples e toda criança que brincou na rua se identifica com o seriado de alguma forma.

Se toda televisão fosse feita dessa maneira os pais poderiam ficar sossegados com os pequenos na frente da tv. 

E para fechar, uma tirada genial do Bolãnos sobre o esquerdismo:


Sua Santidade Papa Emérito Bento XVI:

"
É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento


(Canonização de Frei Galvão, Homilia, 11/5/2007, n.º 5). 
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Fonte: Apostolado Tradição em Foco com Roma