quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Qual é o valor dos objetos sagrados e dos objetos bentos?

“Sem fé concreta feita de caridade ativa, eles não têm valor algum”

Pe. Gabriele, na luta contra Satanás são usados frequentemente alguns objetos bentos. O senhor pode nos explicar por quê?

Indo além de problemas espirituais específicos, nós temos que manter sempre dentro de casa imagens, estátuas ou capelinhas abençoadas com objetos sacros, como sinal de que pertencemos a Deus, porque eles são um lembrete constante da nossa consagração à Trindade por meio do batismo. Mas eles são importantes também porque dão testemunho visível para quem mora conosco e para quem visita a nossa casa. E, é claro, é bom usar objetos bentos ou carregá-los conosco, na bolsa, por exemplo. Um deles pode ser a medalha de São Bento, que pode ser colocada nos crucifixos. São Bento não era padre nem exorcista, era um simples monge, mas ele tinha um grande poder contra os demônios. Por quê? Porque ele tinha uma grandíssima fé, que é a verdadeira "arma letal" contra o nosso inimigo, o diabo. Mas nós podemos citar outros objetos também: os escapulários, as medalhas abençoadas, as imagens de santos, as relíquias deles... Mas tudo isso, é importante ressaltar, não pode nos levar para a superstição, que já é um pecado grave em si mesma. Se esses objetos não tiverem o respaldo de uma fé concreta, feita de caridade ativa, eles não têm valor nenhum.

Falando de fé, o papa Francisco acaba de encerrar o Ano da Fé e de publicar a exortação apostólica Evangelii gaudium...


O título desse documento [A alegria do Evangelho, ndr] estimula a todos, como diz o papa textualmente, a "renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por ele, de procurar por ele todos os dias, sem pausas". É isso, esta é a fé, o encontro pessoal com Jesus, o único que realmente muda a nossa vida.

Voltando aos objetos bentos, existe alguma passagem da bíblia que confirma esta prática piedosa?


Existe uma passagem que me vem à mente: "Deus operava prodígios incomuns por mãos de Paulo, a ponto de colocarem sobre os doentes lenços que tinham estado em contato com ele e as enfermidades cessarem, além de fugirem os espíritos malignos" (Atos dos Apóstolos 19,11-12). A minha experiência como exorcista me diz que o diabo tem uma repulsa natural por qualquer objeto sacro e pelos instrumentos do dia a dia que foram abençoados: máquinas, ferramentas, etc., porque eles foram tirados do alcance do seu poder. Por isso é que é uma boa tradição abençoar as casas, se possível neste tempo do advento, que estamos vivenciando.

Stefano Stimamiglio
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Disponível em: Aleteia

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