quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Agradecer e pedir perdão a Deus no último dia do ano, recomenda o Papa


Na tarde desta terça-feira, 31, último dia do ano, o Papa Francisco presidiu a celebração das primeiras Vésperas da Solenidade da Santa Mãe de Deus, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A celebração faz parte da Oração das Horas – rito oracional da Igreja Católica.

Na reflexão após a leitura bíblica, o Santo Padre considerou que na última noite do ano, duas formas de oração devem estar no coração dos fiéis: o agradecimento e o pedido de perdão. “Nesta noite encerremos o ano do Senhor agradecendo, mas também pedindo perdão. Agradeçamos por todos os benefícios que Deus nos deu”, disse o Papa.

O Pontífice, ainda considerando o ano que termina, disse aos fiéis que todos devem recolher os dias, as semanas e os meses vividos em 2013, e oferecê-los ao Senhor. Afirmou que a resposta dada a Deus hoje incide sobre o futuro dos cristãos e que estes devem refletir sobre como viveram o ano que termina.

“Como vivemos o tempo que Ele [Deus] nos deu? Utilizamos para nós mesmos e nossos interesses ou o empregamos para os outros? Quanto tempo reservamos para estar com Deus na oração, no silêncio, na adoração?”, questionou o Pontífice.


Francisco também dedicou alguns instantes de reflexão sobre a qualidade de vida na cidade de Roma (Itália). Afirmou que o rosto de uma cidade é como um mosaico onde cada pessoa representa uma peça e é responsável tanto pelo bem, como pelo mal.

“Chegou o último dia do ano! O que faremos? Como agiremos no próximo ano para tornar a nossa cidade ainda melhor. Se todos nós formos atenciosos e generosos com os mais necessitados, a Roma do novo ano será melhor; se não houver pessoas que só a olhem de longe, nos cartões postais, que olham sua vida só da varanda, sem se deixar envolver por tantos problemas humanos”, refletiu.

Por fim, o Bispo de Roma pediu a intercessão de Maria, celebrada solenemente no primeiro dia de cada ano como a Mãe de Deus. “Que a Mãe de Deus nos ensine a acolher o Deus feito homem, a fim de que cada ano, cada mês, cada dia, seja repleto do seu amor eterno. Assim seja!”.

A celebração das primeiras Vésperas terminou com o canto do tradicional hino Te Deum, de agradecimento e conclusão do ano de 2013, e a bênção do Santíssimo Sacramento.


Após a celebração, o Santo Padre deslocou-se de papamóvel ao centro da Praça São Pedro onde visitou o presépio do Vaticano.
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Fonte: Canção Nova

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

É possível um novo começo.


Hoje, Deus nos dá a oportunidade de passarmos nossa vida a limpo e purificarmos nossas lembranças daquilo que foi o ano anterior, mergulhando-a na misericórdia de Deus.

Deus quer curar o nosso coração de todos os desencontros, erros e pecados com a graça de Seu perdão. Ao mesmo tempo, temos a chance de deixar de lado tudo o que nos atrapalha, abandonando os rancores e ressentimentos, perdoando as pessoas que nos feriram.

"Não vos lembreis mais dos acontecimentos de outrora, não recordeis mais as coisas antigas, porque eis que vou fazer obra nova, a qual já surge: não a vedes?" (Is 43, 18).

Quando a Sagrada Escritura nos diz para não nos lembrarmos dos "acontecimentos de outrora", não se trata realmente de esquecer, mas de não vivermos como escravos dos acontecimentos que, agora, não existem mais. Devemos ficar com o que foi bom e tirar proveito até mesmo dos erros cometidos para o nosso crescimento e amadurecimento. Trata-se, na verdade, de uma nova chance de recomeçar e de nascer de novo pela graça de Deus.

É possível uma vida nova. É possível um novo começo neste exato momento, porque Deus está conosco, porque Jesus está vivo e nos dá a Sua força para recomeçar. A diferença está justamente aqui: se antes vivíamos contando apenas com as nossas energias, podemos recomeçar agora pelo "poder de Deus", "pela força do Alto", que é o Espírito Santo. É dessa certeza que brota a nossa esperança.


É ano novo! É tempo de esperança! O que era velho ficou para trás. É o Senhor, portanto, quem nos diz: "Levanta, meu filho! Chegou o momento. Vou restabelecê-lo, vou renovar o seu ânimo e sua vida. Coragem!

Desejo, de todo o meu coração, que este novo ano seja para você e para toda a sua família um tempo de muita graça de Deus, um tempo de esperança e renovação.

Feliz Ano Novo!



Monsenhor Jonas Abib
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Disponível em: Catequizar 

Te Deum: O hino de ação de graças.


Um ar de triunfo e alegria pairava sobre a cidade de Orléans naquele belo dia de maio de 1429. O estandarte de Santa Joana d'Arc, semeado de flores-de-lis e tendo as figuras de Jesus e Maria, tremulava ao vento, entre brados de júbilo do povo. Repicavam os sinos enquanto pela ponte do rio Loire adentrava a intrépida virgem que reerguera uma França desmoralizada e dividida. Sob as ogivas da Catedral de Sainte-Croix, milhares de vozes entoavam um hino de vitória e ação de graças: o Te Deum.

Da Idade Média até os nossos dias

Ao longo dos séculos, em ocasiões de especial relevância - uma insigne vitória ou algum outro grande dom recebido da Providência -, o povo cristão utilizou-se do Te Deum para manifestar aos Céus sua gratidão. A História registra diversos desses momentos.

Em 20 de janeiro de 1554, por exemplo, quando a cidade de Lisboa exultava pelo nascimento do herdeiro do trono luso, Dom Sebastião, o Desejado, a Igreja uniu-se ao júbilo geral, promovendo solene Te Deum acompanhado do repicar dos sinos. E em 12 de setembro de 1683, após a famosa Batalha de Viena, o rei polonês João Sobieski entrou vitorioso na cidade e cantou com o povo o Te Deum, agradecendo a intervenção da Mãe de Deus, que lhes prestara seu invencível auxílio.

Hoje, as comunidades cristãs do mundo todo se reúnem para entoar solenemente este hino a cada 31 de dezembro, por ocasião das Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima. Sobre este belo costume, o Papa Bento XVI afirma: Deus "fez-Se como nós, para nos fazer como Ele: filhos no Filho, portanto, homens livres da lei do pecado. Não é este porventura um motivo fundamental para elevar a Deus a nossa ação de graças? Uma ação de graças que não pode deixar de ser ainda mais motivada no final de um ano, considerando os numerosos benefícios e a sua assistência constante que pudemos experimentar no arco dos doze meses transcorridos".1


Hino de louvor e súplica

Cântico de arrebatadora beleza, tanto pela admirável evocação da Igreja triunfante e militante, como pela efusiva proclamação dos atributos e benefícios divinos, possui o Te Deum três partes bem características.

Na primeira, ressalta-se a glorificação da Santíssima Trindade por todos os seres racionais: os Anjos e os Santos prosternam-se em adoração diante desse augusto Mistério. A segunda é uma exaltação de Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, o Redentor, que voltará no fim dos tempos como Supremo Juiz para julgar os vivos e os mortos. Por fim, a terceira contém uma veemente súplica: "Fazei-nos ser contados, Senhor Vos suplicamos, em meio a Vossos santos na Vossa eterna glória".

Aqui termina o hino propriamente dito. O que se segue é um apêndice, composto de versículos extraídos de diversos salmos2, acrescentado posteriormente ao texto original.

"Irmão gêmeo" do Gloria

Numerosas analogias relacionam esse hino com outro, o Gloria in excelsis Deo, a ponto de serem chamados de "irmãos gêmeos". E a própria Liturgia, por assim dizer, os associa, pois ambos são habitualmente rezados nos domingos, solenidades e festas: o Gloria na Santa Missa e o Te Deum na Liturgia das Horas (Ofício das Leituras).

Na Idade Média - dado o caráter de humilde súplica dos versículos acrescentados ao texto original - era comum valer-se do Te Deum também para pedir o afastamento de alguma calamidade, enquanto o Gloria in excelsis era cantado apenas nos momentos mais alegres.

Diálogo entre Santo Ambrósio e Santo Agostinho

Há quem atribua a autoria do Te Deum a Santo Hilário, Bispo de Poitiers; a Nicésio, Bispo de Tréveris; a Niceta di Remesiana, e outros mais. Opinam ainda que ele não teve propriamente autor, mas sim compilador que teria recolhido trechos de diversas obras.

Entretanto, uma piedosa tradição atribui sua autoria a dois insignes Padres da Igreja: Santo Ambrósio e Santo Agostinho.

Por volta do ano 384, sendo Santo Ambrósio Bispo de Milão, Agostinho - então com 30 anos - foi para essa cidade a fim de lecionar retórica. O virtuoso Bispo o acolheu paternalmente. "Tu me conduzias a ele sem que eu o soubesse, para que eu fosse por ele conduzido conscientemente a Ti" - escreveria ele depois, impressionado pela bondade com que Ambrósio o tratava.3

Agostinho prestava atenção no conteúdo dos sermões do grande pregador, porém, o que mais o cativava eram a pessoa e as virtudes do homem de Deus. E depois de algum tempo, segundo ele mesmo declarou, "não me era possível separar as duas coisas: enquanto abria o coração às palavras eloquentes, entrava também, pouco a pouco, a verdade que ele pregava".4

Por fim, de tal forma as palavras do santo Bispo pervadiram sua alma, que ele resolveu abandonar o maniqueísmo e se tornar Católico. Graças às lágrimas e insistentes orações de sua mãe, Santa Mônica, aos ensinamentos e ao exemplo de Santo Ambrósio, chegou enfim o dia em que o futuro Doutor da Graça deixaria de ser mera criatura para tornar-se filho de Deus: foi batizado por Santo Ambrósio na noite do Sábado Santo do ano 386, juntamente com seu filho Adeodato e seu amigo Alípio.

Segundo a tradição, durante aquela celebração litúrgica, Ambrósio, num arroubo de fervor, quiçá prevendo quanta glória daria à Igreja aquela alma eleita, proclamou em alta voz:

- Te Deum laudamus: te Dominum confitemur (A Vós, ó Deus, louvamos; a Vós, Senhor, cantamos).

Ao que Agostinho, também ardente de entusiasmo, acrescentou:

- Te æternum Patrem omnis terra veneratur (A Vós, Eterno Pai, adora toda a terra).

E assim, alternando-se num santo e inspirado diálogo, os dois teriam composto o Te Deum. O antigo Breviário Romano lhe dava o título de Hino de Santo Ambrósio e Santo Agostinho. Depois, a versão promulgada por São Pio X o chama de Hino ambrosiano.

Grandes compositores a ele se dedicaram

Como é explicável, ao longo dos séculos, grandes compositores, atraídos pela força e grandeza deste antigo hino, empregaram seu talento em musicar o texto latino. Entre eles encontramos Verdi, Berlioz, Dvorák, Haydn, Mozart e Henry Purcell. Handel chegou a compor três versões, e o "Prelúdio ao Te Deum" de Charpentier é hoje apreciado no mundo inteiro.

No entanto, a melodia mais conhecida é, sem dúvida, a do canto gregoriano, no qual o Te Deum melhor se revela como o hino de ação de graças da Igreja.


Seja entoado por algum grande coral, acompanhado pelo som do órgão, sob a abóboda das catedrais, seja cantado pelo povo fiel em singelas capelinhas, exprime ele a gratidão, o louvor e a súplica ao Deus Eterno: Fiat misericordia tua, Domine, super nos, quemadmodum speravimus in te - Que desça sobre nós, Senhor, a Vossa graça, porque em Vós pusemos a nossa confiança. ²


Emílio Portugal Coutinho
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Disponível em: Arautos do Evangelho

Papa Francisco: um homem sozinho no comando?


Um homem sozinho no comando: essa é a frase me surge na mente quando eu penso no papel, na responsabilidade e no trabalho árduo que o papa Francisco desempenhou ao longo deste ano, que testemunhou a sua chegada ao trono de Pedro.

O que quer que se pense dele, de bom ou de ruim, e sem diminuir os seus antecessores, cada um com a sua personalidade, fraquezas e grandezas, o fato é que este papa, que conquistou a capa da revista Time, realmente marcou o ano de 2013. Seus próprios críticos, entre eles muitos católicos, reconhecem esse fato implicitamente ao denunciarem o que, para eles, é uma “descontinuidade incompreensível” em relação com o passado: afinal, se Francisco é atacado por este motivo, é porque ele está dizendo e fazendo algo que de fato não estava sendo dito nem feito antes.

Esse estado de coisas sugere várias questões a ser levadas em conta, inclusive pelos “torcedores” do pontífice. Uma delas é justamente a frase usada no início deste texto: o papa Francisco é um homem sozinho no comando? Ele vai conseguir terminar com sucesso o empreendimento solitário desta ciclópica etapa de reforma na Igreja? E por que tivemos que esperar um homem fora de série como ele para começar este empreendimento? A comunidade cristã, italiana e mundial, era tão incapaz assim de ter essa iniciativa? Ou, ainda mais profundamente: por que uma assembleia, que é o que a Igreja é em essência, se limita invariavelmente a definhar até que a sugestão de mudar de ritmo seja dada sempre pelo seu vértice?

A explosão que é o papa Francisco denuncia, por contraste, a fragilidade do resto da equipe. Como nos tempos do papa João XXIII, quando ele convocou inesperadamente o concílio, o corpanzil católico só se mexe quando a cabeça comanda. Mas isso está certo? Onde é que está a força do colegiado, que deveria enriquecer qualquer tipo de fraternidade? É humilhante que a grande massa dos crentes ainda se reduza ao mero papel de “torcida pelo único craque”. E se acontecesse que, de repente, perdêssemos o papa Francisco? O trabalho dele ficaria inacabado?


Uma segunda série de perguntas, também relacionadas com isto, surge da vitalidade injetada na Igreja por este papa: aqueles cardeais, bispos e leigos papistas que hoje cantam hosanas a Francisco, onde é que estavam antes? Por que é que não começaram antes a fazer, a indagar, a discutir as coisas que o novo papa está fazendo e que eles acham belíssimo, justíssimo e até obrigatório? E são sempre os mesmos, com poucas exceções, os notáveis clericalistas que antes estavam prestes a retornar à liturgia antiga e agora já se voltam, como se nada fosse, para a nova liturgia, tanto exaltando Ratzinger por usar o camauro e os sapatos vermelhos quanto Bergoglio por vestir o que estiver à mão.

A Igreja está cheia de “rolhas que boiam em qualquer tipo de água”, arvorando o slogan "O papa está sempre certo" (e bastaria segui-lo para se estar automaticamente certo também): essa política se diz católica, mas, muitas vezes, é adotada por interesse.

Enfim: além de estar “sozinho no comando”, o papa Francisco ainda precisa tomar o cuidado de olhar em volta para se precaver dos muitos soldados mais interessados em ganhar medalhas pessoais do que em ajudá-lo a vencer a batalha.

Enquanto isso, "vamos, papa!": é o que gritamos nós, continuando a ser apenas “torcedores”.

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Por Roberto Beretta
Disponível: Aleteia

Quem são os Herodes de hoje?


Dentro da oitava de Natal, a Igreja celebra o milagre de um Deus que quer se fazer família humana. Relembrando a Sagrada Família: Jesus, Maria e José, queremos relembrar que Deus veio ao encontro da humanidade no Natal para que a humanidade experimentasse o céu. E, dentro da família divina, o homem se reflete buscando as luzes necessárias para bem viver o que fez São José, o homem justo que emprestou sua realeza davídica, em favor de Maria que concedeu por obra e graça do Espírito Santo, para redimir a humanidade.

O Evangelho desta festa nos mostra uma família de migrantes. De Nazaré, aonde Jesus nasceu em uma pedra fria, ele é levado por São José e Maria Santíssima para o Egito. Lá ele aguardará passar os tempos de Herodes. Depois, por medo de Arquelau, que sucedeu ao seu pai tirano e sanguinário, não retornam para Belém mais migram para Nazaré.


O papel de José e Maria é o resumo do que deve ser o papel do papai e da mamãe dentro de sua família: o papel de proteger os filhos de Herodes. Como Maria e José protegeram o Menino Jesus do tirano Herodes, que queria matá-lo, as famílias são convidadas a se inspirarem na Divina Família para proteger os seus filhos dos Herodes de hoje?


Quem são os Herodes de hoje? Os Herodes de hoje tem muitas facetas, diversos "modus operandi" e muitas fantasias do ter, do ser, do poder, do sensual, do virtual para contaminar a família com as trevas do erro, do vício, do prazer e da violência.

O primeiro nome de Herodes das famílias de hoje é a droga, o crack, a cocaína, os consumidores e traficantes, que transformam a família em refém da pior droga humana, o desagregamento familiar. Mais outro Herodes é a vida familiar destruída pela libertinagem digital, aonde o ético perde lugar para o provisório, para o prazeroso, para o efêmero, para o infiel.


A família precisa ser constituída sob a rocha forte da Palavra de Deus, conforme ensinou o livro do Eclesiástico, porque quem respeita o seu pai, quem ama e protege a sua mãe terá vida longa, feliz, abençoada e terá até o perdão dos seus pecados.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Porta dos Fundos ou Portas do Inferno?


“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra 
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno 
não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16,18).

Qualquer semelhança é mera coincidência! Tornou-se conhecimento de todos o vídeo “especial de natal”, publicado no dia 23 de dezembro pelo portal “Porta dos Fundos”. O grupo conquistou enorme fama com a publicação semanal de vídeos humorísticos no site YouTube, os quais abordam diversos temas, dentre eles o Cristianismo.

A abordagem dos temas religiosos não é apenas jocosa. Mais do que isso: debocha de forma extremamente desrespeitosa. O tom dos vídeos dá a entender que os responsáveis não estão fazendo verdadeiro humor, mas canalizando seu ódio e aversão aos valores religiosos e, particularmente, a todas as pessoas que crêem em Jesus Cristo. O ápice do desrespeito pode ser encontrado no referido vídeo, lançado às vésperas da festa do Natal. 

Este não foi o primeiro vídeo feito com o objetivo de escarnecer do Cristianismo e dos cristãos, mas provavelmente foi o mais grave, levando-se em conta o contexto de publicação e o conteúdo. A fé de milhões de brasileiros foi ultrajada sob a desculpa do humor e da liberdade de expressão. Longe de defendermos a limitação dessa liberdade, a pergunta que fazemos é a seguinte: o que é apresentado no vídeo é humor ou simples escarnecimento e ataque?   

Por causa do vídeo, Gregório Duvivier, recentemente no programa “Na Moral”, da Rede Globo, foi duramente criticado por Renato Aragão por usar a religião para fazer piada. “Você não precisa disso”, disparou Renato. Gregório Duvivier, do Porta dos Fundos, discordou e afirmou sua posição como ateu dizendo que "não existe um sagrado absoluto". "Olha só, eu acho que é engraçado a gente desmistificar. O meu Deus não é o Deus de outras pessoas. Não existe um sagrado absoluto".




Respeitando a opinião de Duvivier, Renato disse que o humorista até pode falar de religião, mas não pode agredi-las. "Então, você está a caráter para falar desde que não agrida as outras religiões. Eu acho que o humor não precisa disso".

O que mais me causou espanto foi a “justificativa” de Gregório Duvivier para o desrespeito para com a fé alheia: “A gente tem um limite no Porta dos Fundos, por incrível que pareça, é por que a religião não é um deles. Tem limite de, por exemplo, a gente nunca vai rir dos negros, (...) a gente não fala de minoria, e é bom lembrar que religião não é minoria, é poder (...) então quando a gente critica a religião, a gente não tá rindo do pobre, a gente tá rindo do rico, a gente tá rindo do poderoso”.


É bom lembrar que logicamente Gregório Duvivier já declarou não possuir religião alguma. É claro que cada pessoa tem seu livre pensamento e o livre direito de se expressar, mas o meu direito termina onde começa o do outro”, isso significa que o direito de eu me expressar não pode ferir, por exemplo, a dignidade do outro. Gregório afirma não fazer piada de negros, no entanto, atinge eles quando critica a sua religião, e não só os negros! Sabemos que desde a antiguidade a religião está presente na vida do homem de forma que nunca houve um povo, uma cultura sem conotação religiosa, trata-se, portanto, de uma ofensa grave à maioria. E por que à maioria?

Penso que quando uma mensagem já não está dando mais a audiência desejada, ou quando pretende-se projetar ainda mais longe aquilo que se fez para conseguir vantagem, costuma-se denegrir a imagem do outro numa espécie de “vale tudo”, de forma que atinja a maioria para que sua mensagem torne-se conhecida e divulgada. Então apela-se ao desrespeito, à ofensa, que neste caso feriu aos negros, brancos, índios e a todos os que de alguma forma possuem alguma ligação religiosa (ou não).


Esse tipo de ofensa configura crime contra o artigo 208 do Código Penal brasileiro. “Vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso". A zombaria realizada pelo vídeo, quis simplesmente escarnecer da fé vilipendiando de maneira publica o objeto de culto dos cristãos sejam católicos ou evangélicos, ou seja, da maioria da população brasileira. Não foi uma visão cômica acerca de algumas práticas que ocorrem no meio evangélico, como foi feito no vídeo “Demônio” e “Teste de Fidelidade”, nem muito menos uma zombaria ideológica envolvendo a prática católica de querer identificar imagens em todos os lugares, como no vídeo “Oh, Meu Deus!”. Neste vídeo de “natal” o canal realizou um escárnio aos fundamentos (ou estruturas) do Cristianismo – ou seja – ao próprio Cristo.

 

Em alguns países do mundo esse tipo de coisa não aconteceria, pois os cristãos já teriam enchido o referido grupo de processos. Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum que ofensas públicas sejam seguidas de pedidos também públicos de desculpas.

 

No Brasil, entretanto, atos de sodomia em via pública são financiados com dinheiro do governo, imagens de santos são deturpadas para promover tais atos e ninguém fala nada. Como nossas escolas só ensinam mentiras sobre a Igreja, desde cedo o católico brasileiro é acostumado a levar paulada em silêncio.

 

Mas isso precisa mudar. As leis brasileiras, por enquanto, ainda protegem a dignidade dos cristãos e dos objetos de culto cristão, e devemos fazer valer os nossos direitos.

 

Sabemos que esse tipo de portal conta com vários patrocínios e grandes poderosos por trás dessa propaganda anti-cristã. Queria ver o Porta dos Fundos fazer semelhante crítica à religião islâmica. Em menos de 24h seriam obrigados a retirar o vídeo da rede e a fazer um pedido público de desculpas.


Veja algumas das falas contidas no vídeo "Especial de Natal": 

"O cara é Deus. Se ele quisesse ele te engravidava”[personagem que representa o anjo Gabriel falando com o personagem que representa José] (02:11).

"Querido, relaxa, que o pessoal acredita em qualquer coisa... vai por mim” [personagem que representa Deus falando com o personagem que representa José] (02:34).

No contexto da crucifixão, o soldado que vai crucificar Cristo diz: "Olha só Jesus, eu tô perdendo a minha paciência com você. Tá aqui me dando o maior trabalho. Cê acha que eu sô o quê, suas nêga?".

Meus irmãos, rezemos pelo nosso país e pelo mundo todo, Jesus disse que não importa o que aconteça, “as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja". Não nos conformemos com este mundo e nem com o que há nele. Que o Senhor seja nossa força na aflição e que sejamos perseverantes mesmo diante das dificuldades desta vida e deste mundo que em tudo se opõe a Cristo e à sua Igreja. E lembre-se: preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus" (At 14, 22).


- Denuncie o vídeo junto à Polícia Federal, na categoria "Crimes na Web". Basta enviar um e-mail para crime.internet@dpf.gov.br com o link do vídeo  e informar que é cristão e sentiu-se ofendido com o vídeo criminoso nos termos do art. 208 do Código Penal. 

- Denuncie junto à Polícia Civil do RJ, da mesma forma.

Assine a petição exigindo que a cervejaria Itaipava suspenda o patrocínio ao canal, sob o risco de boicote. Ao contrário dos outros links, esse não trata de um crime, pois a cervejaria pode patrocinar quem ela quiser. Mas cada Itaipava comprada põe alguns centavos no bolso do Porta dos Fundos, cada Itaipava comprada financia uma ofensa a mais a Nosso Senhor Jesus Cristo, então nada mais justo que parar de comprar o produto.


Finalmente, clique no link para denunciar o vídeo no YouTube por incentivar o preconceito e a discriminação (basta clicar na bandeira, conforme ilustração abaixo).


Sugestão de descrição do fato a ser registrado nas denúncias:

O vídeo "Especial de Natal", publicado no portal Porta dos Fundos, recorre ao escarnecimento do Cristianismo sob a desculpa de humor. Ao fazê-lo, viola o artigo 208 do Código Penal, que considera crime "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso".

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Com informações: O Segredo do Rosário; Citizengo; Vimeo; Racionalizando.

Em medida polêmica, corporação da Força Aérea dos Estados Unidos excluiu a palavra "Deus" de seu logotipo.

A correção do "Rapid Capabilities Office" foi de
"Fazendo a obra de Deus com o Dinheiro dos Outros" (foto à esquerda),
para "Fazendo milagres com o Dinheiro dos Outros" (foto à direita).

O logotipo do RCO (Escritório de Capacidades Rápidas) exibia uma frase em latim com os dizeres “fazendo a obra de Deus com o auxílio financeiro do povo”, que teve que ser mudada para “fazendo milagres com o auxílio financeiro do povo”, após determinação da MAAFA (Associação de Militares Ateus e Livres-pensadores).

Em protesto contra a decisão, um grupo de republicanos então decidiu se reunir e se manifestou publicamente através de uma carta orientando sobre o perigo que abririam através da mudança no logotipo, ao menosprezar a liberdade religiosa.

O congressista Randy Forbes, que lidera o movimento também se expressou diretamente contra a remoção da palavra “Deus”, destacando que a decisão da Força Aérea é uma das “mais chocantes” que já viu.

“A Força Aérea está tomando um tom que desnecessário contra o uso da palavra ‘Deus’. É uma ponte longa demais entre os direitos de homens e mulheres que servem aos serviços militares e sua capacidade de expressar sua fé”, observa Forbes.


O caso da Força Aérea é apenas um entre vários outros embates que tem ocorrido entre ateus e cristãos nos Estados Unidos, por conta de solicitações de grupos ateístas para a retirada da palavra “Deus” ou outras referências religiosas de manifestações públicas, em nome da separação entre Estado e religião.

Embora diversos grupos se esforcem para marcar sua presença contra a liberdade religiosa, o jurista Geoffrey Surtees, advogado do Centro Americano para Lei e Justiça, acredita que a investida dos grupos ateus “faz parte de uma guerra que não será fácil de ser vencida, segundo sua análise.


“A história e as tradições do nosso país são muito fortes, e eu acho que, para estes grupos, não há como prevalecer sobre esta base”, disse o advogado norte-americano ao The Christian Post.
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Disponível em: Central Católica 

Mais de 70 mil cristãos mortos por causa da Fé em 2013


Em 26 de dezembro a Igreja recordou a memória de Santo Estêvão, o primeiro mártir, que morreu apedrejado pedindo a Deus que não imputasse este pecado aos seus assassinos. Não somente nos séculos passados, mas também hoje tantos cristãos são mortos por causa de sua fé. Algumas estimativas indicam cerca cem mil cristãos mortos devido à fé em 2013.

Sobre isto, a Rádio Vaticano conversou com o Coordenador do Observatório da Liberdade Religiosa na Itália, Massimo Introvigne:

R: “A estatística é muito controvertida. Houve até mesmo uma polêmica entre Todd Johson – talvez o melhor expert em estatística – e a BBC. Tudo depende de algumas situações africanas, em particular o Congo, e agora também o Sudão do Sul, e de quantos mortos nestas situações podem ser considerados como pessoas mortas por causa de sua fé, no que Johnson chama ‘uma situação de testemunho’. Os dados finais de 2013 serão conhecidos nos primeiros meses de 2014, mas é provável que, diminuindo um pouco o número de cristãos mortos na África, a cifra pode cair dos 100 mil para 70 ou 80 mil”.

RV: O Relatório anual 2013 da Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos assinala oito países que causam maior preocupação, ou seja, Mianmar (ex-Birmânia), China, Eritréia, Coréia do Norte, Arábia Saudita, Sudão e Uzbekistão. Qual país preocupa mais?

R: “Acredito que continue a preocupar toda a situação da Coréia do Norte: não somente porque continuam a matar cristãos, mas porque os cristãos existem, isto é, não foram exterminados pelos acontecimentos precedentes. E então, é evidente que também em uma situação dificilíssima de um país que limita ao mínimo os contatos com o mundo externo, existem pessoas, existem também jovens que não conheceram senão a educação do regime, que continuam a converter-se ao cristianismo, que manifestam de alguma maneira a sua fé e que, por isto, são presos, deportados nos campos de concentração e também mortos. Naturalmente, estes países relacionados pelos Estados Unidos não são os únicos que despertam preocupação, pois existe toda uma constelação de países em que se vai do fenômeno da violência difundida às formas de violência legal. Não devemos nunca esquecer, por exemplo, das leis que punem a blasfêmia no Paquistão, de onde conhecemos bem o caso de Asia Bibi, que mostra bem o uso instrumental da lei em relação aos cristãos”.


RV: A Nigéria, por exemplo, é outro país que provoca preocupações…

R: “Sim. É necessário esclarecer que o problema não é criado pelo governo nigeriano, mas por alguns movimentos extremistas do ultrafundamentalismo islâmico, em particular um chamado ‘Boko Haran’. Assim, além das cifras, o que é importante dizer é que estes cristãos não foram todos mortos por seguidores de outras religiões. Certamente – acabamos de citar a Nigéria – existe o problema dos movimentos islâmicos ultrafundamentalistas, porém não devemos esquecer outros dois elementos: o primeiro é a existência ainda de regimes comunistas muito duros, como no caso da Coréia do Norte, e outro é a questão dos conflitos tribais, onde algumas vezes é difícil saber se os cristãos foram mortos por serem cristãos ou por pertencerem à tribo ‘errada’…”.

RV: Existe depois a Europa, onde não existem – obviamente – formas de violência a este nível em relação aos cristãos, porém existem casos de restrições no que diz respeito a eles….


R: “Sim, em relação aos cristãos e às pessoas religiosas em geral. Acredito que o Papa Francisco falou sobre isto muito bem na Evangelii gaudium, quando nos recorda que existe uma mentalidade que quer reduzir a fé a um fato meramente privado e fechar os fiéis nas igrejas, nas sinagogas, nas mesquitas, isto é, enquanto estão fechados e rezam tudo vai bem, mas quando procuram manifestar a sua fé publicamente, no âmbito político e social, começam as discriminações quando não, verdadeiras perseguições. Me tocou muito que o Papa Francisco tenha citado um velho livro que – disse – lhe fez muito bem: ‘O Senhor do mundo’, do escritor inglês Robert Hugh Benson, que mostra justamente uma situação em que os cristãos procuram testemunhar sua fé no âmbito político e social, então são perseguidos e no final também mortos. O Papa disse: ‘Mas vocês acreditam que estas coisas existam somente nos romances ou que aconteciam somente há muitos anos atrás? Não, acontecem agora’”. (JE)
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Fonte: Central Católica