sábado, 18 de janeiro de 2014

Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações


MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O 51º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
11 DE MAIO DE 2014 - IV DOMINGO DE PÁSCOA
Vocações, testemunho da verdade

Amados irmãos e irmãs!

1.                  Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a acção eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15, 5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1 Cor 3, 9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.


2.                  Muitas vezes rezámos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sal 100/99, 3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sal 135/134, 4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sal 136/135, 1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adoptada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1, 11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1 Cor3, 23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Baptismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc12, 33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de Maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1 Ped 3, 15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projecto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.

3.                  Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo6, 63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)?

4.                  Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13, 19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cómodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direcção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).

Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há-de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 15 de Janeiro de 2014

FRANCISCO
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Fonte: Santa Sé

Uma catequese à altura das crianças


Deus, que está nas alturas, além da nossa compreensão, se permite vir até os homens e se fazer um deles para diretamente falar-lhes ao coração. É Jesus, no seu kenosis, nos dando uma lição de como se aproximar do outro e ensinar a Boa Nova. Ele se faz pequeno, coloca-se na mesma condição humana para ensinar que ninguém é maior, a não ser o Pai.

Encontramos, nos Evangelhos, Jesus sentado falando ao povo ou alguém sentado ouvindo Jesus falar. Mas o que significa estar sentado? Aquele que senta-se aos pés de Jesus para ouvi-Lo, está buscando a sabedoria na fonte, é o discípulo diante do Mestre, sedento de conhecimento, disposto a ouvir e apreender o ensinamento para aplicá-lo na vida. Estar sentado é estar à vontade, aberto e pronto para acolher uma mensagem!

Sentar-se diante de alguém significa ter liberdade, intimidade, proximidade com o outro que fala ou que escuta. Quando nos mantemos de pé, formalizamos uma situação de limitação, de distanciamento e não acomodação, fazendo com que o outro não se sinta à vontade ou verdadeiramente acolhido durante uma conversa íntima.

Encontramos o exemplo de Maria que senta-se aos pés de Jesus para ouvi-Lo enquanto sua irmã, Marta, fica em meio aos seus afazeres. E Jesus lhe diz: ‘Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada (Lc 10,38-42)’.

E Jesus também senta-se junto ao povo, na montanha, para anunciar as bem-aventuranças. Ali, o terreno era árido, mas, mesmo assim, ele lança sementes! Ele não tem medo, e sim, uma missão!

E quanto nós? Como nos posicionamos diante dos nossos catequizandos? Como anda a nossa semeadura?


Como discípulos missionários, somos chamados a evangelizar! Mas, para cumprirmos essa missão, é preciso seguir o que Jesus nos ensina, também, nas entrelinhas do Evangelho.

Jesus sobe a montanha, Jesus desce a montanha, Jesus se retira, ora se aproxima. São atitudes que nós devemos praticar no processo da catequese!

Junto com os nossos catequizandos, precisamos nos colocar à altura deles, não somente fisicamente, mas também no sentido de fazer chegar a mensagem através de uma linguagem compatível com o entendimento de cada um. Cada dia mais é preciso se aproximar do outro, assim como fez Jesus que desceu à nossa altura para se fazer compreender, sentou-se junto ao povo para fazê-los íntimos e dar o exemplo de como evangelizar.

O catequista, assim como Jesus fez, precisa colocar-se próximo dos seus catequizandos, à vontade, sem receios, promovendo o encontro dos seus olhos com os olhos deles. Tornando-se, assim, ponte de acesso ao Pai, à medida que se dobra para se fazer pequeno dentre os pequeninos.


Rachel Lemos Abdalla


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(17 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
Fonte: Zenit

Eu quero te amar para sempre!




Tempos difíceis para os jovens! No terceiro milênio, eles vivem uma época em que a família sofre um ataque sem precedentes.

Ouve-se falar cada vez mais de divórcios-relâmpago, de uniões civis, de coabitação, de casamentos temporários... Felizmente, nem tudo é apenas isso. Para muitos jovens, vem chegando um evento importante: o encontro do papa Francisco com os namorados, no dia 14 de fevereiro, festa de São Valentim, na Sala Paulo VI do Vaticano. Grande parte dos países celebra nessa data o dia dos namorados, equivalente ao 12 de junho no Brasil.

O encontro, organizado pelo Conselho Pontifício para a Família, terá um belo tema: "A alegria do sim para sempre", alegria que, nos últimos anos, parece ameaçada por uma triste não-cultura da impermanência e do não-compromisso.

Até as palavras "namorado" e "namorada" estão ameaçadas de extinção. Hoje se diz, simplesmente, que "estamos juntos". É verdade que duas pessoas que se amam “estão juntas”. Mas a expressão esconde um engano: ela exclui a perspectiva de futuro. É uma expressão fria, anônima, insignificante, que resume a falta de planejamento de certas relações de hoje.

Nos últimos anos, difundiu-se a “moda” de coabitar, que raramente leva os jovens até o casamento. O casal vaga durante anos num limbo sem rumo, recusando-se a assumir e formalizar a própria responsabilidade. Há pessoas que dizem: "Estamos bem assim, não precisamos de casamento. O importante é o amor".

Por trás de afirmações como esta, esconde-se, muitas vezes, uma amargura profunda, mascarada pela mentira do "estamos bem". Em muitos casos, nas uniões “de facto”, há uma pessoa que gostaria de se casar e outra que nem quer ouvir falar em casamento. A pessoa que quer se casar sofre com esta situação passivamente, por hábito ou por medo de acabar sozinha. E o “amor” se transforma em chantagem, em ditadura esquálida.

O amor verdadeiro é outra coisa. Amar significa, sem nenhuma dúvida, comprometer-se. Significa também, e acima de tudo, ser capaz de ver o outro como um ser humano, não como um objeto a ser usado e jogado fora quando não servir mais.

Por que sou contra o Big Brother Brasil?




São Paulo nos exortava, em sua Carta aos Coríntios, que “tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1 Cor 6,12). O sentido dessas palavras se traduz especialmente na realidade televisiva. Em uma televisão, temos diversos aspectos de canais: o canal do Boi, o canal Rural, que tratam sobre assuntos agropecuários; a TV Senado, que mostra ladrões, ou melhor, políticos, em atividade na cidade de Brasília; a Rede Vida, a Canção Nova, a TV Aparecida, que falam de assuntos religiosos; o canal 17, para leilões e, à noite, venda de produtos eróticos, pura pornografia; e existem também aqueles canais que maquiam a pornografia e dão-na nomes como novela ou Big Brother Brasil. Apesar de ter ‘de tudo um pouco’, ou seja, apresentar notícias, esportes e entretenimento, assim como as coisas desse mundão, não poderiam faltar coisas que não prestam, principalmente quando dá a audiência desejada.

O Big Brother Brasil, um dos programas de maior audiência da Rede Globo, mostram justamente coisas do mundo: pornografias reais, ou seja, pessoas mesmo fazendo sexo ao vivo, ou até mesmo fazendo a abominável strip-tease, pessoas provocando as outras, beijando as outras, brigando… E até interessante analisar que o BBB mostra pornografia durante o programa e depois também. Quando alguém sai da casa, vai correndo pousar na Playboy, no Paparazzo, em tudo quanto é agência de revista e site pornográfico. Dentro da casa o povo elimina um ao outro etc. Transa-se, elimina-se. E esses são dois pontos cruciais do nosso estudo.

A finalidade do Big Brother Brasil já mostra seu caráter demoníaco: a ganância pelo dinheiro. Dentro da casa, como já ouvi um participante falar, vale qualquer coisa para conseguir o tão sonhado 1 milhão de reais, como se aquilo fosse garantir a salvação de quem ganha o jogo. Todos os que estão ali na casa estão com a intenção primeira de ganhar dinheiro, quando Jesus nos fala que “não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13). O problema não está em recompensar o ganhador. Nada mais justo! Mas a pessoa dizer que vale qualquer coisa por dinheiro, até (ou principalmente) contradizer os valores cristãos é uma tremenda falta de fé, falta de amor a Deus. A segunda intenção, também ambiciosa, é a de conquistar a fama. A pessoa quer ser famosa para ganhar muito dinheiro e ser conhecida etc. Deus nos ensina a ser humilde. O BBB nos ensina a praticar a luxúria. Por aí vai…


Dentro da casa, o que se vê é justamente a contradição dos valores cristãos: sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, briga, sexo, sexo, sexo, disputas, sexo, sexo, sexo, comentários infelizes, sexo, adultério, pensamentos sexuais, sexo, sexo e sexo. Sem contar a cervejinha, o churrasquinho, a strip-tease que a senhora (se não me engano) dona Priscila fez a um participante da casa. Quer dizer, é um tremendo dum bordel, porque só há paqueras, pensamentos de adultério, entre outras coisas. Quando a pessoa sai da casa, ela não fica parada não. Continua sendo fonte de pecado para muitos porque vai direto para o Paparazzo pousar nua, ou nu para que os ‘interneteiros’ possam ter pensamentos ‘doidões’, masturbação, entre outras perversões sexuais.

Agora, sobre a questão da eliminação, é preciso lembrar claramente as palavras de Jesus:

Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5,44-48).

Será que, eliminando alguém, estaremos amando nossos inimigos e orando pelos que nos perseguem? Acho que não… É preciso saber diferenciar aquilo que convém ver daquilo que não convém ver. Convém ver a Canção Nova, não convém ver a Globo. Convém ver a TV Século 21, não convém ver a Record etc., lembrando que tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém.

As crianças vêem Big Brother e acham uma beleza. Os pais batem palmas para o filho que dança o créu, a dança do quadrado, a música da bicicletinha. Olha, é lamentável. Eu, em 2 anos de caminhada que tenho a frente da RCC, nunca vi um menino de três ou dois anos dançando a Aeróbica do Senhor, do Padre Marcelo Rossi, ou o Erguei as mãos, do mesmo. Mas já vi muito pai exclamando “Que gracinha!” pro filho que dança essas músicas pervertidas. Ora essa, o que se mostra no BBB? Só palhaçada… E nós, como católicos, vamos virar palhaços se não começarmos a selecionar o que vai entrar pelo nosso ouvido, o que vai sair pela nossa boca, o que vamos ler e até o que vamos assistir.

Estamos parecendo lixo. A televisão só está enfiando porcarias dentro do nosso coração e nós continuamos vendo… Quanta “antice”!

Que Deus nos ajude a saber discernir aquilo que nos faz bem daquilo que nos faz mal para que aprendamos boas lições com a televisão, e não besteiras, dotadas dum sexualismo fútil, que o diabo nos ensina.

Graça e paz.


Everth Queiroz Oliveira 
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Fonte: Ecclesia Una

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Brigas de irmãos: como baixar os ânimos




Se há uma coisa que consegue tirar a alegria de um lar e desestabilizar um ambiente, são as brigas entre irmãos. Nada pode ser mais desagradável. Os pais pedem, imploram, mas quando eles decidem brigar, não há quem consiga fazê-los parar.



Além da cena terrível que é ver dois irmãos brigarem, fica para os pais um sentimento de amargura, de incompetência, de incapacidade de lidar com um problema que parece tão simples e tão banal. E na sequência, vem a culpa e a pergunta: por que brigam tanto, o que estou fazendo de errado, serei eu culpado de tudo isso? De uma certa forma, esta pergunta já contém em si a resposta. Quando desconfiamos de que podemos estar fazendo algo de errado, é quase certo que estamos fazendo.



É bem verdade que o ciúme é uma das principais causas das brigas constantes, e o que provoca o ciúme é a forma diferenciada como tratamos nossos filhos. Cada filho é um filho e é único, e justamente por causa disso, o tratamento que dedicamos a cada um também é bastante distinto. Não há como negar tal fato. Nunca tratamos todos os filhos da mesma forma, até porque cada um exige e necessita de tratamento diferenciado e nosso afeto, muitas vezes, também acaba sendo bastante diferenciado.



Ou por questões de afinidade pessoal, ou por momentos diferentes da vida em que foram concebidos; ou por razões muito subjetivas, ou por maior facilidade de comunicação com um do que com o outro, o fato é que temos maneiras e linguagens diferentes para nos relacionar com cada um dos filhos. Mas para eles este é um fato muito difícil de ser compreendido ou aceito, pois, aos olhos dos filhos os pais são os mesmos, e deveriam tratar todos os filhos da mesma maneira. Na sua incapacidade de lidar com a situação ou de argumentar de forma lógica, o modo que a criança encontra para extravasar a raiva e o ódio é por meio dos socos, chutes, murros, mordidas, beliscões e palavrões. É a forma mais primitiva que existe de manifestação da raiva. Mas será que só o ciúme explica tanta agressividade entre irmãos?


De fato, parece que há mesmo algum erro dos pais que se reflete nas brigas dos filhos. Quando observamos casais estáveis, bem resolvidos e em harmonia, observamos também que as brigas entre os filhos são raras, e em geral, são por problemas passageiros, que em poucos minutos se resolvem.



Entretanto, há famílias em que as brigas são frequentes, em que os filhos parecem ter desenvolvido uma linguagem corporal toda própria, que é a linguagem dos socos e dos palavrões. E através desses socos e chutes tentam transmitir alguma mensagem que os pais dificilmente conseguem captar. O que estarão eles tentando nos dizer com todos esses murros e palavrões?



Os filhos são o nosso reflexo, refletem nosso humor, nossos comportamentos, nossas angústias, nossa doçura e nossa agressividade. Assim, se eles brigam demais com certeza é porque algo não vai bem em nossas vidas. Como a criança ou o jovem não pode ou não sabe como extravasar sua raiva, ele parte para a agressão física, que é a linguagem que conhece. E em quem ele vai bater, já que não pode bater nos pais? Naquele que estiver mais próximo, que quase sempre é o irmão mais novo.



Penso que a maioria das brigas entre irmãos são causadas pelo desejo que têm de bater nos pais; pelo desejo de se rebelar contra uma situação que não aceitam, ou que não suportam. Bater é a saída para aliviar a tensão, a raiva, a frustração. Ocorre, no entanto, que a cada briga a tensão piora muito, o clima fica insuportável, e o desentendimento familiar recomeça, como num ciclo vicioso. A mãe grita com um, o pai grita com o outro, a mãe culpa o pai, que por sua vez culpa a mãe, que culpa o filho, que culpa a avó, que culpa a empregada, e por aí vai. E a bola de neve vai aumentando. Observe como seus filhos se comportam de forma diferente quando estão com pessoas mais calmas e mais dóceis. Eles reagem à calma com calma, à doçura com doçura, à delicadeza com delicadeza, e à raiva com raiva.



Todavia, quando um determinado comportamento se instala em um núcleo familiar é muito difícil quebrá-lo, porque ele fica incorporado à dinâmica da família, passa a ser o modus vivendi daquela família. Então...



Como resolver as brigas?