sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Papa canonizará Beato Anchieta em abril


O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, comunicou na manhã de hoje, 27, que o papa Francisco irá declarar santo o bento José de Anchieta, missionário que viveu no Brasil.

Dom Raymundo Damasceno esteve em reunião com o papa, no Vaticano, para dar início à preparação da celebração de canonização. Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal explicou que o papa Francisco optou por uma cerimônia simples que consistirá na assinatura de um decreto no qual será declarado santo o apóstolo José de Anchieta. O evento ocorrerá no próximo mês de abril, com data e local a serem definidos.


De acordo com dom Damasceno, a missa de canonização será celebrada em uma igreja de Roma. Na ocasião o papa Francisco irá declarar santos o missionário brasileiro e dois beatos canadenses.

“José de Anchieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele mereça ser cultuado por toda a Igreja”, disse o cardeal.


O arcebispo explicou que no Brasil haverá uma celebração mais solene, em âmbito nacional, possivelmente durante a 53ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP), no período de 30 de abril a 09 de maio, com a presença do episcopado brasileiro. Serão propostas outras celebrações nos estados onde o beato José de Anchieta percorreu em sua caminhada missionária como o Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro.
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Fonte: CNBB

Discurso do Papa aos Bispos “Amigos do Movimento dos Focolares”


DISCURSO
Encontro do Papa Francisco com os Bispos
“Amigos do Movimento dos Focolares”
Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Querido irmãos, bem-vindos !

O tema deste ano é “A reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo”, um tema que ecoa o mandamento novo dado por Jesus aos seus discípulos. É uma coisa boa a oportunidade de uma convivência fraterna, em que você pode compartilhar experiências espirituais e pastorais a partir da perspectiva do carisma da unidade. Como Bispos, vocês são  chamados a levar a essas reuniões o amplo respiro  da Igreja, e fazer que aquilo que recebem seja para o benefício de toda a Igreja.

A sociedade de hoje tem uma grande necessidade do testemunho de um estilo de vida que transpareça a novidade que  nos foi dada pelo Senhor Jesus: irmãos que se amam, apesar das diferenças de caráter, de idade… Este testemunho dá origem ao desejo de ser envolvido na grande parábola de comunhão que é a Igreja. Quando uma pessoa sente que “a reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo” é possível e é capaz de transformar a qualidade das relações interpessoais, sente-se então, chamada para descobrir ou redescobrir Cristo, abrindo-se ao encontro com Ele, vivo e operante, é estimulado a sair de si  para ir em direção dos outros e difundir a esperança  que  recebeu como dom.


Na Carta Apostólica  Novo Millennio Ineunte,  o Beato João Paulo II escreve: “Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão, eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo”.

Ele acrescenta: “Antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão, fazendo-a surgir como princípio educativo em todos os lugares em que se forma o homem e o cristão, onde se educam os  ministros do altar, os consagrados, os operadores pastorais, onde são construídas as famílias e as comunidades”.

“Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão” é realmente fundamental para a eficácia de qualquer  empenho na evangelização, enquanto revela o profundo desejo do Pai: que todos os seus filhos vivam como irmãos. Da mesma  forma, revela a vontade do coração de Cristo: que todos sejam um (Jo 17,21),  e revela o dinamismo do Espírito Santo, a sua força de atração livre e libertadora. Cultivar a espiritualidade de comunhão também ajuda a tornar-nos mais capazes de viver o diálogo ecumênico e inter-religioso.
 
Queridos irmãos, obrigado pela visita! Faço votos de que o congresso seja uma ocasião propícia para crescer no espírito de colegialidade, e para buscar no amor recíproco um motivo de encorajamento e esperança renovada. A Virgem Maria vos acompanhe e os apoie no vosso ministério. Eu confio  em  vossas orações e asseguro as minhas. Abençoo a todos vocês e as comunidades que vos foram confiadas.
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Fonte: Canção Nova

Carta do Papa Francisco às Famílias


MENSAGEM 
Carta do Papa Francisco às Famílias
Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


Queridas famílias,

Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.

Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimônio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.

Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade… Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.

Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.

FRANCISCUS

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Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal 

Ângelus como Papa: "Ninguém ponha sua glória em homem algum"


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 23 de fevereiro de 2014


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Na Segunda Leitura deste domingo, São Paulo afirma: “Ninguém ponha sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: Paulo, Apolo, Cefas [isso é, Pedro], o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro; tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (1 Cor 3, 23). Por que o Apóstolo diz isso? Porque o problema ao qual o Apóstolo se encontra diante é aquele das divisões na comunidade de Corinto, onde se havia formado grupos que se referiam aos vários pregadores considerando-os seus chefes; diziam: “Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Cefa…” (1, 12). São Paulo explica que este modo de pensar é errado, porque a comunidade não pertence aos apóstolos, mas são eles – os apóstolos – que pertencem à comunidade; porém, a comunidade, inteira, pertence a Cristo!

Desta pertença, deriva que nas comunidades cristãs – dioceses, paróquias, associações, movimentos – as diferenças não podem contradizer o fato de que todos, pelo Batismo, temos a mesma dignidade: todos, em Jesus Cristo, somos filhos de Deus. E esta é a nossa dignidade: em Jesus Cristo somos filhos de Deus! Aqueles que receberam um ministério de guia, de pregação, de administrar os Sacramentos não devem se considerar proprietários de poderes especiais, patrões, mas se colocar a serviço da comunidade, ajudando-a a percorrer com alegria o caminho da santidade.


A Igreja hoje confia o testemunho desse estilo de vida pastoral aos novos cardeais, com os quais celebrei esta manhã a Santa Missa. Podemos saudar todos os novos cardeais, com um aplauso. Saudemos todos! O consistório de ontem a celebração eucarística de hoje nos ofereceram uma ocasião preciosa para experimentar a catolicidade, a universalidade da Igreja, bem representada pela variada proveniência dos membros do Colégio Cardinalício, recebidos em estreita comunhão em torno do Sucessor de Pedro. E que o Senhor nos dê a graça de trabalhar pela unidade da Igreja, de construir esta unidade, porque a unidade é mais importante que os conflitos! A unidade da Igreja é de Cristo, os conflitos são problemas que não são sempre de Cristo.

Os momentos litúrgicos e de festa, que tivemos a oportunidade de viver ao longo dos dois últimos dias, reforcem em todos nós a fé, o amor por Cristo e pela sua Igreja! Convido-vos também a apoiar estes Pastores e a auxiliá-los com a oração, a fim de que guiem sempre com zelo o povo que lhes foi confiado, mostrando a todos a ternura e o amor do Senhor. Mas quanta necessidade de oração tem um bispo, um cardeal, um Papa, a fim de que possa ajudar a seguir adiante o Povo de Deus! Digo “ajudar”, isso é, servir o Povo de Deus, porque a vocação do bispo, do cardeal e do Papa é justamente essa: ser servidor, servir em nome de Cristo. Rezem por nós, para que sejamos bons servidores: bons servidores, não bons patrões! Todos juntos, bispos, presbíteros, pessoas consagradas e fiéis leigos devemos oferecer o testemunho de uma Igreja fiel a Cristo, animada pelo desejo de servir os irmãos e pronta a ir ao encontro com coragem profética às expectativas e exigências espirituais dos homens e mulheres do nosso tempo. Nossa Senhora nos acompanhe e nos proteja neste caminho.

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Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Muito além dos divorciados recasados: a família na África enfrenta problemas estarrecedores.


Uma menina de 10 anos casada com um homem de 60, que, para possuí-la, entregou ao pai dela 17 vacas, um balde de farinha de trigo, cinco litros de óleo, dois pares de calças, um par de sapatos usados e um celular sem bateria. Outra adolescente, de 13 anos, foi informada do próprio casamento apenas três dias antes da cerimônia: ela seria entregue a um estranho de quem nem sequer sabia o nome.
No consistório em Roma, os cardeais africanos dão voz a uma Igreja que precisa libertar a instituição familiar de amarras tribais ancestrais e promover o respeito pela pessoa humana.
As normais tribais relativas à família ainda são influentes e admitidas por quase todas as constituições africanas, que reconhecem os direitos consuetudinários justamente em matéria de família e sucessão. Acontece que essas tradições não só contrastam com os preceitos cristãos, mas violam os direitos humanos universais e criam situações domésticas muitas vezes insustentáveis. As regras tradicionais sobre a constituição de cada unidade familiar tornam difícil (e pior, “desnecessário”) estabelecer dentro delas relações igualitárias, baseadas na confiança e na colaboração.

A tradição local ensina que os casamentos são combinados e até impostos: é proibido, impensável, decidir livremente com quem e quando casar. Em certos grupos étnicos africanos, os chefes de família impõem aos filhos os cônjuges que consideram convenientes, sem se importar com a vontade dos filhos nem lhes dar tempo para se conhecerem: são os casamentos forçados. Em outros grupos étnicos, o consentimento do filho é necessário, pelo menos formalmente, mas continuam sendo os pais que propõem a união: são os casamentos arranjados. Outras etnias admitem que os interessados, ou pelo menos os homens, tomem a iniciativa, mas o casamento não pode ser celebrado sem a permissão dos pais, que têm o direito de negá-lo de forma inquestionável. Em todos os casos, nessas sociedades tribais, são as famílias que representam os interesses das respectivas comunidades e são elas que discutem os termos dos contratos matrimoniais. Se elas não chegarem a nenhum acordo, a união não será permitida.


Uma segunda instituição, o preço da noiva, é o cerne do contrato matrimonial para centenas de tribos africanas. Nas sociedades em que esta prática é adotada, o homem que pretende se casar deve oferecer à família da noiva uma “compensação”, em bens ou em dinheiro, pelos gastos que a família teve com a criação da jovem e pelo recurso de procriação e produção que a família está cedendo. As negociações para determinar o preço, as formas de pagamento e as condições de entrega da noiva são decisivas para o contrato de casamento: mesmo quando os pais aceitam a escolha conjugal dos filhos, o casamento pode não sair se as famílias não chegarem a um acordo sobre o preço da noiva. A quitação total (que pode demorar anos quando as cifras ou a quantidade de bens é elevada) garante à família do noivo uma espécie de direito de propriedade sobre a mulher adquirida e sobre os filhos que ela gerar depois do contrato. Esses direitos permanecem vigentes mesmo em caso da morte do marido. Após o período de luto, as viúvas são obrigadas a se casar com um dos irmãos ou primos do falecido, podendo ter, às vezes, o direito de escolher qual deles. Esta instituição é conhecida como levirato.

Casamento combinado e preço da noiva, duas realidades ainda muito comuns na África, violam a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a convenção da ONU para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres. Como é fácil imaginar, essas práticas têm impacto muito negativo na união familiar e especialmente no destino das mulheres: assim como os homens, elas são obrigadas a se casar de acordo com essas regras, mas, para piorar a própria situação, elas são entregues em casamento, muito frequentemente, ainda na adolescência ou até mesmo na infância.

A instituição do casamento infantil, sempre forçado e afetando quase exclusivamente as crianças do sexo feminino, é generalizada e persistente na África. Em termos globais, 12% das mulheres entre os 20 e os 24 anos se casaram antes dos 15 anos de idade; na África, este percentual sobe substancialmente para 75% no Níger, 72% no Chade e 63% na Guiné. Não por acaso, os três países são de vasta maioria muçulmana: o islã admite o casamento de meninas a partir dos 9 anos de idade.
 
Nos países de população predominantemente cristã, a influência da religião tem permitido avanços significativos. Na Etiópia, por exemplo, entre 2005 e 2010, o número de casamentos infantis caiu 20%, mas ainda está acima de 40% do total. Resta muitíssimo a ser feito. Mais difícil ainda, inclusive para os cristãos, é renunciar ao preço da noiva e deixar os filhos livres para escolherem com quem se casar. São instituições tribais fundamentais: abandoná-las significa “minar” todo o sistema familiar e social tradicional dessas culturas, retransmitido geração após geração ao longo de milhares de anos, por fidelidade aos ancestrais fundadores do grupo. É uma ruptura muito difícil com o passado: para pessoas que foram ensinadas a preservar devotamente as tradições tribais, rompê-las exporia as famílias a um ostracismo social cujas consequências também podem ser muito dolorosas.

 
A mudança se torna possível quando os indivíduos e famílias são separados do contexto da comunidade ou atenuam os seus vínculos com ela, como, por exemplo, quando migram para os centros urbanos. Ou, melhor ainda, quando toda uma comunidade, unida em torno a uma igreja, decide ela própria mudar.
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Fonte: Aleteia

Por que o Vaticano ostenta tanta riqueza?


Há pessoas que consideram ostentosa a riqueza artística do Vaticano. Em geral, são pessoas com pouca formação cultural.
No século IV, depois que o imperador Constantino concedeu liberdade aos cristãos, começou a ser construída, aos pés da Colina Vaticana, o que depois seria a Basílica de São Pedro, pois lá repousam os restos do Apóstolo.

Ao longo dos séculos, especialmente durante o Renascimento, o Vaticano se tornou um dos mais importantes centros culturais do mundo. Na arquitetura, destacam-se a Basílica de São Pedro, a Capela Sistina, os museus e a biblioteca.


A história do Vaticano faz parte da história do Ocidente. Atualmente, é um dos lugares mais visitados do mundo, diariamente, por peregrinos e turistas de todos os países.

Os cristãos se orgulham pelo fato de a sua sede central ser um dos lugares mais belos do mundo e porque a casa de Deus mais representativa para a humanidade é digna de admiração e respeito. 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A Igreja não olha para os homossexuais como tais, mas como filhos de Deus (Parte I)


The Courage é um apostolado que atende às necessidades das pessoas atraídas pelo mesmo sexo, que se sentem excluídas da Igreja e que querem encontrar a sua unidade além do rótulo de homossexuais.

Nascido nos EUA, onde está presente em metade das dioceses, o projeto então, se espalhou em outros doze países, sempre com o objetivo de ajudar aqueles que têm tendências homossexuais, a viver em castidade, em um espírito de amor e de verdade.

Para conhecer a realidade do The Courage, ZENIT entrevistou o Pe. Paul Check, que tornou-se diretor do projeto após a morte do seu fundador, padre John Harvey.

Acompanhe a seguir:

 
ZENIT: Padre Paul, gostaria de nos contar brevemente a história do apostolado The Courage?

Padre Check: Em 1980, o futuro Cardeal Arcebispo de Nova York, Terence Cooke, teve a ideia de criar um apostolado que se preocupasse pelas pessoas necessitadas da proteção materna da Igreja e da sua caridade pastoral, pessoas que se sentissem estranhas à Igreja ou que até mesmo a odiassem. O cardeal pediu, portanto, ao padre Benedict Groeschel para ajudá-lo em um novo apostolado destinado a homens e mulheres com tendências homossexuais, para que compreendessem o amor de Cristo por ele, o seu papel reservado na Igreja, a sua chamada a uma vida de castidade, e as graças que Deus lhes teria concedido caso se abrissem a Ele.

Padre Groeschel conhecia um sacerdote que há muitos anos estudava questões relacionadas à homossexualidade, um verdadeiro pioneiro neste campo: padre John Harvey, um oblato de São Francisco de Sales.

Em 1980, sete homens se reuniram em Manhattan, sob a orientação do padre Harvey e formularam os cinco objetivos de Courage: castidade, oração e dom de si, amizade em Cristo, necessidade de amizades castas e disseminação do bom exemplo.

Além de formar esses grupos de apoio, The Courage oferece treinamento para sacerdotes e seminaristas, ajudando-os a compreender o seu desafio na compreensão da complexidade da homossexualidade e ajudar, por sua vez, homens e mulheres com essa inclinação.

ZENIT: Como pode ser definido e compreendido a atração pelo próprio sexo? E como eles podem definir-se, as pessoas homossexuais?

Padre Check: Esta questão realmente vai ao coração do nosso trabalho. A linguagem é muito importante, porque as palavras evocam imagens, idéias e problemas, por vezes profundamente enraizados. Há, de fato, muita sensibilidade sobre a linguagem, dá-se muito peso às palavras.
Procuro aproximar-me com muito cuidado da questão da identidade, a partir de duas perspectivas, assim como o faz a Igreja, seguindo o exemplo de Cristo. No Evangelho, o Senhor compromete as pessoas de duas formas: a primeira é no ensinamento em grupo, como ocorre, por exemplo, no Sermão da Montanha. Ao mesmo tempo, porém, Nosso Senhor envolve as pessoas individualmente, encontra as almas individualmente e apresenta-lhes a Boa Nova de forma muito precisa, clara e íntima, para orientá-los a um conhecimento mais profundo de si mesmos.

Isso é um desafio, porque a Igreja quer transmitir a sua mensagem mas também encontrar pessoalmente as mulheres e os homens.

Devemos ter em mente que a identidade real e aquela percebida podem não coincidir.

A sua pergunta exige uma longa premissa que espero que possa ajudar, de modo que aquilo que estou pra dizer não pareça insensível ou ignorante da realidade vivida. Jamais podemos dizer: “a sua experiência de si mesmo não é válida", como se nós soubéssemos mais daquela pessoa do que ela dela mesma.

Portanto, o vocabulário da Igreja foi escolhido com muito cuidado e, ao longo dos anos, tornou-se sempre mais e mais preciso. Ao dizer isso, quero dizer que a Igreja é muito cuidadosa para medir todos os aspectos da experiência humana, de acordo com a sua importância e para dar às coisas o seu peso adequado.

A Igreja evita rotular uma pessoa com base em sua orientação sexual, sem subestimá-la por isso ou sem ser insensível ao conceito que cada um tem de si mesmo. Eu acho que seja interessante notar que a questão mais importante da história da humanidade seja a da identidade. Jesus, afinal, perguntou aos apóstolos: "Quem dizem que eu sou?".

Quando a Igreja fala de homossexualidade, fala no mais amplo contexto da castidade. A castidade é uma virtude que neutraliza as falsas aspirações, regulando o apetite sexual de acordo com a reta razão e o projeto de Deus para a natureza humana. Um coração casto é um coração em paz, que dá tudo de si mesmo, de acordo com o seu estado de vida, e de acordo com esse dom de si, encontra a sua realização. Um dos maiores desafios que a Igreja está enfrentando hoje é o de propor a castidade como parte da “boa nova”, mas Jesus o fez e também nós o podemos fazer.

Portanto, a Igreja presta muita atenção em quem é realmente cada um de nós , não apenas como uma pessoa com tendências homossexuais, mas como um filho de Deus, redimido pelo Sangue Precioso de Cristo e chamado à graça nesta vida e à glória na vida futura. A Igreja diz: as atrações para com seu próprio sexo podem ser um aspecto importante da sua experiência de vida ou até mesmo da sua auto-compreensão, porém procura não ver-lhe somente através da lente da homossexualidade.

A Igreja fala com atenção e amor quando fala da tendência ou atração homossexual, em vez de usar substantivos como "homossexual", "lésbica" ou "gay".


(Tradução Thácio Siqueira)
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Fonte: ZENIT

Não chores por mim, Justin Bieber.


Por que acontecem coisas ruins com as pessoas famosas? E por que não acontecem com mais frequência? Sério, existe alguma coisa mais gratificante do que ler em detalhes o último tombo de uma celebridade? Ficamos chocados ao ver alguém tão rico sendo tão estúpido, ou alguém tão glamouroso sendo fotografado em uma situação tão deplorável: a máscara pública de uma estrela se despedaça em cacos e, por trás dela, aparece a face real de alguém que se despe dos trajes Armani e veste um macacão laranja, para a foto da ficha policial. Ah, a queda do pedestal! Bem feito por ser tão mundano, tão conquistador, tão... arrogante.

Quando começamos a ler uma história como essa, protagonizada pelo jovem cantor Justin Bieber, o que nos incentiva é a simples curiosidade ou, talvez, um ligeiro espanto. Podemos até sentir verdadeira raiva do que essas celebridades fazem. Mas dificilmente sentimos compaixão. Nem paramos de ler sobre o seu tropeço com aquela sensação de satisfação inundando a nossa alma. Quanto pior a atrocidade do famoso, melhor a nossa sensação. Milhões de americanos que assistiram à fuga de O. J. Simpson da polícia, pelas estradas da Califórnia, ficaram profundamente decepcionados quando ele se entregou em vez de se atirar de um penhasco em meio a uma nuvem de glória (Thelma e Louise) ou de fazer os policiais o abaterem a bala (Butch Cassidy). E esses milhões de americanos saboreiam o desenrolar-se do processo como quem assiste a um acidente de trem em super-câmera-lenta, sentindo uma agridoce alegria. Mais recentemente, pudemos ler todos os detalhes das seguintes “disfunções” de gente famosa:


- Justin Bieber preso por dirigir sem carteira, em alta velocidade e sob o efeito de drogas, em um bairro residencial.


- Alec Baldwin perdendo as estribeiras e acusando uma repórter que o assediava de vários pecados que clamam aos céus.


- Miley Cyrus, fazendo várias... digamos, performances ousadas... em uma premiação musical.

- Charlie Sheen tendo um colapso psicótico prolongado na internet.


- Lindsay Lohan em suas idas e vindas no tratamento contra as drogas.


Outros escândalos mais antigos, que já aqueceram os nossos corações de pedra, incluem as arremetidas de Mel Gibson contra policiais judeus e garimpeiros russos, o casamento de Woody Allen com uma jovem que ele tinha criado como filha e as palhaçadas de inúmeros artistas ao longo das décadas, regadas a álcool e a alucinógenos, esmiuçadas em revistas populares, em programas de fofocas na televisão e em livros com títulos sugestivos, como “Babilônia Hollywood”.


É claro que o nosso prazer é maior quando pensamos em alguma razão legítima para não gostar da celebridade em questão. Talvez não gostemos da sua visão política ou reprovemos o conteúdo moral dos filmes em que ela participou. Talvez ela tenha até lançado alguma moda horrorosa que os nossos filhos adotaram. A mãe de um dos autores deste texto, por exemplo, reagiu à morte de John Lennon dizendo: "Ótimo. Depois de todas as crianças que ele ajudou a viciar, estou feliz por vê-lo morto".


[Este texto, publicado originalmente na edição da Aleteia em língua inglesa, menciona celebridades particularmente populares nos Estados Unidos. Entretanto, a reflexão aqui proposta é válida para qualquer sociedade contemporânea que padece os efeitos do culto aos famosos e da obsessão pelas suas quedas]

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Fonte: Aleteia