quarta-feira, 19 de março de 2014

Há um ano, Francisco iniciava oficialmente seu pontificado


Há exatamente um ano, o Papa Francisco celebrava, na Praça São Pedro, a Missa que marcou o início oficial de seu pontificado. Cerca de 200 mil pessoas estiveram presentes para a celebração realizada na solenidade de São José, o que, para Francisco, teve um significado especial.

“É uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão”, foram as primeiras palavras de Francisco na homilia.

A reflexão do Papa foi sobre a necessidade de ter cuidado com a criação. Ele recordou a missão de São José – ser guardião de Maria e de Jesus –, uma tarefa que realizou com discrição, humildade e fidelidade, vivendo sua vocação com constante atenção a Deus.

“Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus quem constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito”, disse o Papa.

Com base nisso, o Santo Padre destacou a vocação cristã e humana, que é guardar os outros e toda a criação. Ele exortou todos a serem guardiões dos dons de Deus, cuidando especialmente dos mais frágeis. O apelo foi dirigido, de modo especial, aos que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social.


Referindo-se ao início de seu ministério como Sucessor de Pedro, Francisco enfatizou que esta é uma missão que contém um poder: o serviço.

“Não nos esqueçamos jamais de que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos”.

Essa foi uma reflexão que marcou a homilia e sinalizou o caráter de seu pontificado: o serviço, a atenção com os mais pobres, a humildade, características que foram constantemente repetidas ao longo desse primeiro ano de pontificado.


“Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém”, finalizou Francisco.
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Fonte: Canção Nova

Conversão: “Eu era adepto do satanismo”


Aos 16 anos, influenciado por alguns colegas, comecei a frequentar grupos de metal, punk, rock etc. Naquela época, eu mudava meu look a cada mês! Depois comecei a usar um crucifixo de cabeça para baixo. Além disso, pesquisava tudo sobre o satanismo na internet. E de tanto ver filmes de terror com meus amigos, me lancei ao espiritismo também. Nós buscávamos gerar medo por todos os meios possíveis.

Foi assim que, em um espaço de 6 meses, passei de “bom menino” a adepto do satanismo. A morte da minha bisavó, a quem eu amava muito e por cuja cura eu havia rezado, reforçou esta atitude em mim. Deus havia me defraudado? Bem, eu queria mostrar-lhe que, se não prestasse atenção em mim, eu iria para o outro lado.

Aos 18 anos, logo depois da formatura, decidi sair de casa. Aceitei um emprego em um centro para pessoas com deficiência motora e mental e esta experiência começou a abrir meus olhos. Ao lado dessas pessoas frágeis, aprendi a me doar e a amar os outros.

Às tardes, eu estudava engenharia de telecomunicações. Graças a esta formação, consegui um emprego muito bem pago. Mas esta vida fácil demais me levou novamente ao caos. Cada dia eu levava uma garota diferente para a minha casa. Mas, depois de dois anos, este estilo de vida me pareceu completamente vão.

Decidi partir pelas estradas da França, oferecendo meus serviços em troca de cama e comida. Certa tarde, em Touraine, fiquei sem hospedagem. Aconselharam-me procurar na casa paroquial. Lá, uma família encarregada da acolhida me perguntou se eu poderia permanecer com eles por um tempo, para fazer alguns trabalhos.

Sua filha mais velha chegou de um encontro cristão e resplandecia de felicidade. Sua alegria despertou em mim perguntas existenciais. Alguns dias depois, percebendo minha busca interior, um dos seus amigos, que era padre, convidou-me para uma peregrinação a um lugar próximo dali. 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Discurso à Conferência Episcopal de Timor Leste


DISCURSO
Papa Francisco à Conferência Episcopal de Timor Leste 
Segunda-feira, 17  de março de 2014


Amados irmãos no episcopado!

No amor de Cristo, saúdo cordialmente toda a Igreja de Deus em Timor Leste, aqui representada por vós, seus pastores, que viestes «conhecer Pedro» na pessoa do seu Sucessor e «pôr à sua apreciação» o vosso serviço à causa do Evangelho (cf. Gal 1, 18; 2, 2). Agradeço a D. Basílio, bispo de Baucau e presidente da Conferência Episcopal, as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos e que manifestam o crescimento admirável das vossas comunidades e o seu anseio de serem fiéis ao Evangelho. Alegro-me convosco, porque a sementeira da Boa Nova de Jesus, iniciada na vossa terra há quase quinhentos anos, cresceu e frutificou num povo que, desde a grande provação do último quartel do século XX, decidida e corajosamente se confessa católico. A criação da nova diocese de Maliana, nos princípios de 2010, e a instituição da Conferência Episcopal Timorense, nos fins de 2011, são sinais positivos da obra que o Senhor iniciou entre vós e quer levar a bom termo (cf. Flp 1, 6).

Estes sinais, ao mesmo tempo que exprimem a radicação da Igreja em Timor, convidam os seus filhos e filhas a um testemunho alto de vida cristã e a um redobrado esforço de evangelização para levarem a Boa Nova a todos os estratos da sociedade, transformando-a a partir de dentro (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 18). Pelos vossos relatórios quinquenais e demais notícias, pude dar-me conta do espírito fraterno que anima o povo timorense e os seus líderes na construção duma nação livre, solidária e justa para todos. Ao longo destes anos que vos separam da última visita ad limina – realizada em Outubro de 2002, ou seja, poucos meses depois do suspirado e venturoso nascimento da vossa Pátria –, não faltaram dolorosas surpresas de ajustamento nacional, com a Igreja a recordar as bases necessárias duma sociedade que pretenda ser digna do homem e do seu destino transcendente. Estou certo de que vós, com os sacerdotes, continuareis a desempenhar a função de consciência crítica da nação, mantendo para isso a devida independência do poder político numa colaboração equidistante que lhe deixe a responsabilidade de cuidar e promover o bem comum da sociedade.

De facto, a Igreja pede apenas uma coisa no âmbito da sociedade: a liberdade de anunciar o Evangelho de modo integral, mesmo quando vai contra corrente defendendo valores que ela recebeu e a que deve permanecer fiel. E vós, queridos irmãos, não tenhais medo de oferecer esta contribuição da Igreja para bem da sociedade inteira. Faz-nos bem lembrar estas palavras do Concílio Vaticano II: «As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração» (Const. past. Gaudium et spes, 1). Na verdade o Pai do Céu, ao enviar seu Filho na nossa carne, pôs em nós as suas entranhas de misericórdia. E, sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de nos inserir num mundo de “feridos” que tem necessidade de compreensão, de perdão, de amor. Por isso, não me canso de chamar a Igreja inteira à «revolução da ternura» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 88). Os agentes de evangelização devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de dialogar com as suas ilusões e desilusões, de recompor as suas desintegrações.

Sem diminuir o valor do ideal evangélico, é preciso acompanhar, com misericórdia e paciência, as etapas possíveis de crescimento das pessoas, que se vão construindo dia após dia. Por isso, na partilha fraterna e solidária da Conferência Episcopal, voltai repetidamente sobre este desafio duma sólida formação de sacerdotes, religiosos e fiéis leigos. Grandes esperanças depositais nos vossos Seminários, Noviciados e, ultimamente, no Instituto Superior de Filosofia e Teologia «Dom Jaime Garcia Goulart»; mas não deixeis de provocar e fazer crescer a corrente de solidariedade também entre outras Igrejas locais, nomeadamente com o envio de seminaristas maiores para fazerem seus estudos em universidades eclesiásticas ou – talvez com maior proveito – sacerdotes para as especializações mais necessárias aos diversos serviços da comunidade eclesial de Timor Leste. Fazem falta formadores e professores qualificados de teologia nomeadamente para consolidarem os resultados alcançados no campo da evangelização enriquecendo a Igreja com o seu “rosto timorense”.

Naturalmente não se pretende uma evangelização realizada apenas por agentes qualificados, enquanto o resto do povo fiel seria apenas receptor das suas acções. Pelo contrário, temos de fazer de cada cristão um protagonista. «Se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que a salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe dêem muitas lições ou longas instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus» (Ibid., 120). E, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, não poderá conter o desejo de o comunicar aos outros. Aqui está a fonte da acção evangelizadora. O coração crente sabe que, sem Jesus, a vida não é a mesma coisa. Pois bem! Aquilo que descobriu, o que o ajuda a viver e lhe dá esperança, isso deve comunicar aos outros.


Como sabemos, amados irmãos, em todos os baptizados – desde o primeiro ao último – actua o Espírito que impele a evangelizar. Esta «presença do Espírito confere aos cristãos uma certa conaturalidade com as realidades divinas e uma sabedoria que lhes permite captá-las intuitivamente, embora não possuam os meios adequados para expressá-las com precisão» (Ibid., 119). Nestas limitações da linguagem, vemos aflorar a necessidade de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho, porque «uma fé que não se torna cultura – como escrevia João Paulo II – é uma fé não plenamente acolhida, não inteiramente pensada e não fielmente vivida» (Carta de fundação do Conselho Pontifício da Cultura, 20/5/1982, 2). Se, nos vários contextos culturais de Timor Leste, a fé e a evangelização não forem capazes de dizer Deus, anunciar a vitória de Cristo sobre o drama da condição humana, abrir espaços para o Espírito renovador, é porque não estão suficientemente vivas nos fiéis cristãos, que necessitam de um caminho de formação e amadurecimento. Isto «implica tomar muito a sério em cada pessoa o projecto que Deus tem para ela. Cada ser humano precisa sempre mais de Cristo, e a evangelização não deveria deixar que alguém se contente com pouco, mas possa dizer com plena verdade: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20)» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 160).

E, se vive no crente, Cristo abrirá as páginas com o desígnio de Deus ainda seladas para as culturas locais, fazendo despontar outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado. No livro do Apocalipse (cf. 5, 1-10), há uma página elucidativa: fala-se de um livro fechado com sete selos, que só Cristo é capaz de abrir; Ele é o Cordeiro imolado, que, com o seu sangue, resgatou para Deus, homens de todas as tribos, línguas, povos e nações. Timor Leste, o Céu resgatou-te, para que te abras ao Céu. Tudo isto representa uma série de desafios para permitir uma compreensão mais fácil da Palavra de Deus e melhor recepção dos Sacramentos. Mas um desafio não é uma ameaça. A consciência missionária supõe hoje possuir o valor humilde do diálogo e a convicção firme de apresentar uma proposta de plenitude humana no vosso contexto cultural.

Amados irmãos no episcopado, quis limitar-me a três pontos, objecto das vossas preocupações: o primeiro, a vossa contribuição como consciência crítica da nação; o segundo, movida por entranhas de misericórdia, a Igreja inteira sai em missão; e, enfim, exprimir a Boa Nova da salvação nas línguas locais. Parece-me poder reconduzir tudo a esta imagem que vos é familiar e amada: o povo fiel em peregrinação aos santuários marianos, sob a guia do Bispo (digo «guiar», que não é sinónimo de comandar, dominar). E o lugar do Bispo pode ser triplo: à frente, para indicar o caminho ao seu povo; no meio, para o manter unido e neutralizar debandadas; ou atrás, para evitar que alguém se atrase ou desgarre, mas, fundamentalmente, porque o próprio rebanho é dotado de olfacto para encontrar novos caminhos: o sentido da fé. Em todo o caso, sede homens capazes de sustentar, com amor e paciência, os passos de Deus em seu povo e valorizai tudo aquilo que o mantém unido, acautelando de eventuais perigos, mas sobretudo fazendo crescer a esperança: haja sol e luz nos corações! Ao mesmo tempo que vos agradeço todos os esforços realizados ao serviço do Evangelho, peço ao povo timorense que reze por mim; eu confio-o à protecção da Imaculada Conceição – invocada carinhosamente sob o título de «Virgem de Aitara» – por cuja intercessão imploro para vós, para os sacerdotes, os religiosos e religiosas, para os seminaristas, noviços e noviças, para os catequistas, os animadores dos movimentos eclesiais e a briosa juventude, para as famílias com as suas crianças e os seus idosos e todos os restantes membros do povo de Deus, a abundância das graças do Céu, em penhor das quais lhes concedo a Bênção Apostólica.

Vaticano, 17 de Março de 2014.


[Franciscus]

Escutar a voz de Jesus, pede o Papa no Ângelus


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 16 de março de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje o Evangelho nos apresenta o evento da Transfiguração. É a segunda etapa do caminho quaresmal: a primeira, as tentações no deserto, domingo passado; a segunda: a Transfiguração. Jesus “tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha” (Mt 17, 1). A montanha na Bíblia representa o lugar da proximidade com Deus e do encontro íntimo com Ele; o lugar da oração, onde estar na presença do Senhor. Lá no alto da montanha, Jesus se mostra aos três discípulos transfigurado, luminoso, belíssimo; e depois aparecem Moisés e Elias, que conversam com Ele. A sua face é tão brilhante e as suas vestes tão brancas que Pedro permanece deslumbrado, tanto que queria permanecer ali, quase parar aquele momento. De repente, ressoa do alto a voz do Pai que proclama Jesus como seu Filho amado, dizendo: “Escutai-o” (v. 5). Esta palavra é importante! O nosso Pai que disse a estes apóstolos, e diz também a nós: “Escutai Jesus, porque é o meu Filho amado”. Tenhamos, esta semana, esta palavra na cabeça e no coração: “Escutai Jesus!”. E isto não o diz o Papa, diz Deus Pai, a todos: a mim, a vocês, a todos, todos! É como uma ajuda para seguir adiante no caminho da Quaresma. “Escutai Jesus!”. Não esquecer.

É muito importante este convite do Pai. Nós, discípulos de Jesus, somos chamados a ser pessoas que escutam a sua voz e levam a sério suas palavras. Para escutar Jesus, é preciso ser próximo a Ele, segui-Lo, como faziam as multidões do Evangelho que o seguiam pelos caminhos da Palestina. Jesus não tinha uma cátedra, ou um púlpito fixo, mas era um mestre itinerante, que propunha os seus ensinamentos, que eram os ensinamentos que o Pai lhe havia dado, ao longo dos caminhos, percorrendo trajetos nem sempre previsíveis e às vezes pouco fácil. Seguir Jesus para escutá-Lo. Mas também escutamos Jesus na sua Palavra escrita, no Evangelho. Faço uma pergunta a vocês: vocês leem, todos os dias, um trecho do Evangelho? Sim, não…sim, não…Meio a meio… Alguns sim e alguns não. Mas é importante! Vocês leem o Evangelho? É uma coisa boa; é uma coisa boa ter um pequeno Evangelho, pequeno, e levá-lo conosco, no bolso, na bolsa, e ler um pequeno trecho em qualquer momento do dia. Em qualquer momento do dia, eu pego do bolso o Evangelho e leio alguma coisinha, um pequeno trecho. Ali é Jesus que nos fala, no Evangelho! Pensem nisto. Não é difícil, nem necessário que sejam os quatro: um dos Evangelhos, pequenino, conosco. Sempre o Evangelho conosco, porque é a Palavra de Jesus para poder escutá-Lo.


Deste episódio da Transfiguração, gostaria de colher dois elementos significativos, que sintetizo em duas palavras: subida e descida. Nós temos necessidade de ir além, de subir a montanha em um espaço de silêncio, para encontrar nós mesmos e perceber melhor a voz do Senhor. Isto fazemos na oração. Mas não podemos permanecer ali! O encontro com Deus na oração nos impele novamente a “descer da montanha” e retornar para baixo, à planície, onde encontramos tantos irmãos sob o peso do cansaço, das doenças, injustiças, ignorâncias, pobreza material e espiritual. A estes nossos irmãos que estão em dificuldade, somos chamados a levar os frutos da experiência que fizemos com Deus, partilhando com eles a graça recebida. E isto é curioso. Quando nós ouvimos a Palavra de Jesus, escutamos a Palavra de Jesus e a temos no coração, aquela Palavra cresce. E vocês sabem como cresce? Dando-a ao outro! A Palavra de Cristo em nós cresce quando nós a proclamamos, quando nós a damos aos outros! E este é o caminho cristão. É uma missão para toda a Igreja, para todos os batizados, para todos nós: escutar Jesus e oferecê-Lo aos outros. Não esquecer: esta semana, escutem Jesus! E pensem nesta questão do Evangelho: vocês o farão? Farão isto? Depois, no próximo domingo, vocês me dirão se fizeram isto: ter um pequeno Evangelho no bolso ou na bolsa para ler um pequeno trecho no dia.

E agora dirijamo-nos à nossa Mãe Maria, e confiemo-nos à sua orientação para poder seguir com fé e generosidade este itinerário da Quaresma, aprendendo um pouco mais de “subir” com a oração e escutar Jesus e “descer” com a caridade fraterna, anunciando Jesus.
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Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Papa reza por passageiros de avião desaparecido


Após o Angelus deste domingo, 16, Papa Francisco recordou o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines. A aeronave seguia da Malásia para a China com cerca de 240 pessoas no dia 7 de março e está desaparecida desde então.

“Convido-vos a recordar na oração os passageiros e tripulação do avião da Malasya e os seus familiares. Sejamos próximos a eles neste momento difícil”.


O pedido de oração inseriu-se nas tradicionais saudações que o Papa faz após a oração mariana. Ele também  saudou grupos de peregrinos da Espanha, de várias partes da Itália e do mundo e dirigiu algumas palavras à Comunidade Papa João XXIII, que na próxima sexta-feira conduzirá pelas ruas do centro de Roma uma especial “Via Sacra” pelas mulheres vítimas do tráfico humano.

“A todos desejo bom domingo e bom almoço. Até mais”, disse o Pontífice ao final das saudações.
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Fonte: Canção Nova

Pastor sueco anuncia conversão ao catolicismo



O pastor sueco Ulf Ekman, líder da Igreja Palavra da Vida, anunciou no domingo (9) que ele e sua esposa se converterão ao catolicismo.

Por mais de 30 anos ele se dedicou à pregação do Evangelho em seu país, liderando uma igreja de 3.000 membros e uma escola com mais de mil alunos.


O anúncio de sua conversão ao catolicismo chocou os fiéis que estavam no culto e em poucas horas a notícia se espalhou pela imprensa internacional.


O site oficial do ministério Ekman publicou um texto explicando a mudança: “Encontramos um grande amor por Jesus e uma teologia sã, fundada na Bíblia em dogma clássico. Experimentamos a riqueza da vida sacramental. Vimos a lógica de ter uma estrutura sólida de sacerdócio, que mantém a fé da Igreja e passa de uma geração para a seguinte. Encontramos uma força moral e ética consistente que se atreve a enfrentar a opinião pública, e uma simpatia para com os pobres e fracos”.





O pastor explicou que se decidiu depois de entrar em contato com representantes de movimentos carismáticos católicos e que a decisão foi tomada apenas pelo casal, em nenhum momento ele pensou em ligar a igreja Palavra da Vida à Igreja Católica.

A Suécia tem vivido um tempo de secularização, mesmo a maioria da população dizendo que é membro da Igreja da Suécia, que é de tradição luterana, apenas 18% acreditam em Deus e apenas 2% se declaram católicos.
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Fonte: Aleteia

sexta-feira, 14 de março de 2014

O papa quer estudar as uniões homossexuais para entender os seus porquês


Como bom jesuíta, o papa Francisco adota a prática inaciana de analisar pareceres e informações a propósito dos diversos assuntos. E um dos temas que ele vem estudando são as uniões entre pessoas do mesmo sexo. "Não há nenhuma bênção no horizonte, nem uma abertura doutrinária", mas sobre a mesa, "entre os muitos assuntos a considerar, também está o dos casais gays" (Il Messaggero, 10 de março).
Em particular, o interesse do papa se concentra na pastoral com as crianças adotadas por parceiros homossexuais. "Os pequenos têm direito a um batismo e a um caminho de fé, exatamente como todos os outros, nem mais nem menos".
Francisco já abordou a questão ao falar com os superiores gerais das congregações religiosas, no final de novembro, observando que, "no âmbito educativo, as uniões gays nos apresentam novos desafios que às vezes são difíceis de entender".
E é para entender os contextos desses novos núcleos que o papa enviou a todas as conferências episcopais um questionário com 38 perguntas sobre uniões homossexuais, aborto, divórcio, sexo antes do casamento e eutanásia, entre outros assuntos, para formar um panorama da sociedade atual. O sínodo sobre a família, convocado para o próximo semestre, analisará todas essas questões.

O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, disse em entrevista à rede NBC que o papa Francisco "quer estudar as uniões gays e civis para compreender as razões que levaram alguns países a legalizar a união civil de casais do mesmo sexo" (L’Unità, 10 de março).
O pontífice, acrescentou Dolan, "não chegou a dizer que é a favor das uniões homossexuais", mas que os líderes da Igreja devem "olhar para essas uniões e ver as razões que as fizeram se tornar uma realidade, em vez de se apressar em condená-las. Vamos simplesmente tentar nos fazer perguntas sobre o porquê de algumas pessoas terem recorrido a essas uniões”.
O cardeal reiterou que a centralidade do casamento entre homem e mulher para a sociedade não é apenas um "fato de interesse sagrado e religioso". Disse ele: "Se diluirmos o significado sagrado do casamento, a minha preocupação é que não só a Igreja sofra as consequências, mas toda a nossa sociedade e a nossa cultura".
Tentar entender as razões de quem defende outros caminhos, no entanto, "é bem diferente, e o papa seria o primeiro apoiador desse esforço de entendimento".

De acordo com Dolan, o papa quer prestar atenção às várias situações, evitando as casuísticas que simplificam o fenômeno e sacrificam a humanidade da pessoa e a atenção que ela merece, no caminho da misericórdia e do acolhimento do homem contemporâneo. Afinal, esse “percurso de acolhimento” faz parte da definição de Igreja para Bergoglio.

Nos Estados Unidos, os pronunciamentos do papa Francisco sobre as uniões entre pessoas do mesmo sexo são acompanhados com particular interesse desde julho do ano passado, quando ele declarou: "Se alguém é gay e procura Deus com boa fé, quem sou eu para julgar?". Em setembro, a histórica revista gay "The Advocate" dedicou a sua capa ao pontífice (La Stampa, 10 de março).

O papado de Bergoglio se mostra cada vez mais aberto e corajoso. Na Igreja de Francisco, como observou o cardeal Francesco Coccopalmerio, presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, "podemos dizer o que pensamos" e discutir os assuntos "respeitando a doutrina", mas "sem fingir que os problemas não existem, como no caso dos divorciados que voltam a se casar​​" (La Repubblica, 10 de março).

O papa, comenta dom Domenico Mogavero, bispo de Mazara del Vallo e membro da Comissão Episcopal para os Migrantes, "está trilhando novas estradas de misericórdia em vez de condenação. Ele não vai mudar a doutrina da Igreja sobre o casamento entre homem e mulher, mas vai estudar novas soluções pastorais sobre as novas realidades, que incluem as uniões que surgem sem o vínculo do matrimônio. Esta perspectiva de abraçar em vez de fechar encontra resistências, infelizmente, dentro da Igreja, mas também encontra muitos bispos e leigos dispostos a assumir o risco de segui-la".

O que o papa está pedindo da Igreja de hoje, disse dom Mogavero, é "mais misericórdia, mais amor e não a condenação. Não a cruzada. O papa João XXIII já nos pedia para condenar o erro, mas não condenar quem erra. Ele foi criticado dentro da Igreja, como acontece hoje, em parte, com Francisco. Mas nós temos que prosseguir sem medo. Existe uma humanidade ferida que pede ajuda e consideração. Os casais não unidos em matrimônio​​, os casais homossexuais, são uma realidade. A Igreja não pode se esconder atrás dos muros. Temos que evitar tanto o extremismo de quem quer aberturas incondicionais quanto o de quem só quer que a Igreja se feche, mas precisamos procurar novas maneiras de trazer a todos a mensagem de Jesus".
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Fonte: Aleteia

quarta-feira, 12 de março de 2014

7 verdades sobre a Igreja Católica que tentam esconder de você


Em um país como o Brasil, onde a estrutura da Igreja Católica forma uma das maiores bases sociais para a população, é preciso que todos nós saibamos qual o tamanho dessa Igreja para que possamos ajudá-la em sua missão e propagação do Evangelho. Formada por homens e mulheres; jovens e idosos; religiosos e religiosas; leigos e leigas, a Igreja Católica é a maior instituição benfeitora e promotora de caridade do Brasil, alimentando quem tem fome e tratando quem procura por seus hospitais. Ninguém distribui mais alimentos do que sua gente,  o povo de Deus!
   
Portanto, há sete pontos em que a Igreja Católica Apostólica Romana é insuperável no Brasil:

    #Verdade 1: Maior instituição de caridade do planeta;
    #Verdade 2: A instituição que mais distribui alimentos;
    #Verdade 3:  Maios mantenedora de bolsas para a educação;
    #Verdade 4: Melhor programa de combate a mortalidade infantil;
    #Verdade 5:  Mais de 300 mil projetos sociais;
    #Verdade 6: Quem mais presta assistência aos idosos;
    #Verdade 7: Única instituição presente em todos os municípios do Brasil.
  
#ProntoFalei!

Essa Igreja, educa mais alunos que qualquer outra instituição de ensino desse país, como as crianças em suas creches e os idosos em seus lares de convivência. Ninguém distribui mais bolsas para a educação do que seus colégios e faculdades com mais de 2 milhões de alunos. Por isso, está presentes em todos os municípios do Brasil levando amor, unidade e esperança para todas as pessoas de fé, de todas as raças, guiados pela Boa Nova da verdade e da paz, sempre na defesa do bem e da dignidade da pessoa humana e firmes no propósito de evangelizar, como nos ordenou Jesus.


Não bastando, ela acolhe milhões de pessoas em suas casas, trazidas pela fé que anima essa Igreja. Seus carismas são inspirados pelo Espírito Santo e estão presentes em mais de duzentas mil comunidades pregando o Evangelho, sob a intercessão e proteção de Maria, nossa Mãe e Mãe de todos os povos. Todos!


São mais de 130 milhões unidos em uma só família: a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil. Este é o sinal que nos faz criar laços de comunhão fraterna, favorecendo uma Igreja presente e atuante em nossos tempos. E todos devem conhecer e colaborar com isso. É um compromisso de solidariedade e fraternidade com os nossos irmão e irmãs em Cristo!
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Texto completo disponível em: Partilhe: igreja colaborativa.