sexta-feira, 23 de maio de 2014

Papas à prova de balas?


Quem não se lembra da cena do filme “Matrix” em que o herói se desvia das balas? Neo, interpretado por Keanu Reaves, dribla milagrosamente e em câmera lenta a saraivada de balas que passa ao lado dele sem lhe causar nenhum dano.
 
O papa João Paulo II não conseguiu driblar a bala em 13 de maio de 1981, mas atribuiu a sua sobrevivência à intercessão milagrosa da Virgem Maria. E o papa Francisco? Será que ele está cortejando o perigo ao recusar o papamóvel blindado em sua próxima visita à Terra Santa? Uma enorme operação de segurança está sendo montada para essa visita. Mas não teria sido mais prudente usar também o papamóvel à prova de balas?

 
O papa Francisco decidiu que não. Ele disse que quer ficar o mais próximo possível das pessoas. Essa decisão não o coloca perto das pessoas só fisicamente: ao evitar o papamóvel à prova de balas, ele se coloca mais perto das pessoas comuns também simbolicamente. Mas será que esse gesto humilde vale o risco?

 
A chance de perigo parece pequena, mas o papa Francisco vai visitar uma região altamente volátil, em que o extremismo religioso abunda e o ódio ao cristianismo, por parte de radicais tanto judeus quanto muçulmanos, está presente em toda parte. Basta um louco portando uma arma...


Será uma viagem extremamente religiosa


Está programada para o próximo domingo, 25, às 16:30, horário local, a chegada do Papa Francisco ao aeroporto internacional de Tel Aviv.

Alguns dados confirmados pelos cristãos de Jerusalém:


1.000 jornalistas credenciados.


700 pessoas poderão ir ao Getsemani durante a visita do Papa ao local.


Estima-se que 100 pessoas poderão ver o Papa quando ele passar na parte antiga da cidade de Jerusalém. Por medidas de segurança, o Estado de Israel pediu que comércios e casas não abram portas e nem janelas que dão para as ruas por onde passará o Papa.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Canonização: indignação do Papa ao saber de buffet VIP de 50 mil Reais


O Papa Francisco se sentiu profundamente indignado ao ficar sabendo de um buffet reservado a 150 convidados especiais, que custou 18 mil euros (mais de 50 mil Reais) e foi servido no terraço da Prefeitura de Assuntos Econômicos do Vaticano, no dia da canonização dos papas João XXIII e João Paulo II.

Francisco
, que deseja ‘uma Igreja pobre para os pobres”, uma Igreja que seja “a casa de todos”, expressou seu descontentamento pela incompatibilidade deste aperitivo VIP com os valores essenciais da Igreja.

O contraste era total: os fiéis, vindos do mundo inteiro, dormindo à intempérie, nas ruas ao redor do Vaticano, na Praça de São Pedro e sob a chuva, enquanto, no terraço da prefeitura, os VIP assistindo à canonização de maneira totalmente diferente, em grupo reduzido, ao redor de um luxuoso buffet.

Entre os convidados VIP, encontravam-se os jornalistas italianos Roberto D’Agostino e Bruno Vespa, o presidente do Banco do Vaticano, Von Freyberg, o empresário Marco Carrai e o Pe. Vallejo Balda, secretário da Prefeitura de Assuntos Econômicos da Santa Sé.

Vaticano envia mensagem aos budistas



PONTIFÍCIO CONSELHO PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
MENSAGEM AOS BUDISTAS 
PARA O VESAKH / HANAMATSURI 2014

Estimados amigos budistas

1.       Em nome do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, desejamos transmitir a todos vós mais uma vez, em todas as partes do mundo, os bons votos mais cordiais por ocasião da festa de Vesakh.

2.      Este ano os nossos votos inspiram-se na Mensagem do Papa Francisco por ocasião do DiaMundial da Paz de 2014, intitulada «Fraternidade,fundamento e caminho para a paz», na qual ele observa que: «A fraternidade é uma dimensão essencial do homem, dado que ele é um ser relacional. A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção de uma sociedade justa, de uma paz firme e duradoura» (n. 1).

3.      Caros amigos, a vossa tradição religiosa inspira a convicção de que as relações de amizade, o diálogo, a troca de dons e o intercâmbio respeitador e harmonioso de pontos de vista levam a uma atitude de amabilidade e de amor que, por sua vez, gera relacionamentos autênticos e fraternais. Estais, outrossim, persuadidos de que as raízes de todo o mal são a ignorância e a incompreensão, as quais derivam da avidez e do ódio que por sua vez destroem os vínculos de fraternidade. Infelizmente, «o egoísmo diário, que está na base de muitas guerras e injustiças» impede que vejamos os outros «seres feitos para a reciprocidade, para a comunhão e para a doação» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz de2014, n. 2).

Roma excomunga responsável por movimento “Nós somos a Igreja”.



Esse é o epílogo de um longo impasse entre o movimento Wir sind Kirche (“Nós somos a Igreja”) e o Vaticano. Segundo as informações do Tiroler Tageszeitung, Martha Heizer, a responsável austríaca pelo movimento leigo muito crítica em relação a Roma, acaba de ser excomungada pelo Papa Francisco. Seu marido, Gert Heizer, foi igualmente atingido pela medida. De acordo com o diário alemão Die Welt, a informação é confirmada “por círculos católicos”.

O bispo de Innsbruck, Dom Manfred Scheuer, “apresentou pessoalmente o decreto ao casal na quarta-feira, 21 de maio, à noite”, afirmou a rádio ORF Tirol. O bispo leu o conteúdo do decreto aos dois envolvidos, que, em seguida, recusaram o documento. “Nós não aceitamos porque questionamos a integridade de todo o processo”, disse Martha Heizer à rádio austríaca.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Na catequese, Papa reflete sobre o dom da ciência


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 21 de maio de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Hoje gostaria de destacar outro dom do Espírito Santo, o dom da ciência. Quando se fala de ciência, o pensamento vai imediatamente à capacidade do homem de conhecer sempre melhor a realidade que o cerca e de descobrir as leis que regulam a natureza e o universo. A ciência que vem do Espírito Santo, porém, não se limita ao conhecimento humano: é um dom especial, que nos leva a entender, através da criação, a grandeza e o amor de Deus e a sua relação profunda com cada criatura.

1.            Quando os nossos olhos são iluminados pelo Espírito, abrem-se à contemplação de Deus, na beleza da natureza e na grandiosidade do cosmo, e nos levam a descobrir como cada coisa nos fala Dele e do seu amor. Tudo isto suscita em nós grande admiração e um profundo sentido de gratidão! É a sensação que experimentamos também quando admiramos uma obra de arte ou qualquer outra maravilha que seja fruto da invenção e da criatividade do homem: diante de tudo isso, o Espírito nos leva a louvar o Senhor do fundo do nosso coração e a reconhecer, em tudo aquilo que temos e somos, um dom inestimável de Deus e um sinal do seu infinito amor por nós.

2.            No primeiro capítulo do Gênesis, propriamente no início de toda a Bíblia, coloca-se em evidência que Deus se alegra com a sua criação, destacando repetidamente a beleza e a bondade de cada coisa. Ao término de cada dia, está escrito: “Deus viu que era coisa boa” (1, 12. 18. 21. 25): se Deus vê que a criação é uma coisa boa, é uma coisa bela, também nós devemos assumir esta atitude e ver que a criação é coisa boa e bela. Eis o dom da ciência que nos faz ver esta beleza, portanto louvamos a Deus agradecendo-lhe por ter nos dado tanta beleza. E quando Deus terminou de criar o homem não disse “viu que era coisa boa”, mas disse que era “muito boa” (v. 31). Aos olhos de Deus nós somos a coisa mais bela, grande, boa da criação: mesmo os anjos estão abaixo de nós, nós somos mais que os anjos, como ouvimos no livro dos Salmos. O Senhor nos quer bem! Devemos agradecer a Ele por isto. O dom da ciência nos coloca em profunda sintonia com o Criador e nos faz participar da clareza do seu olhar e do seu juízo. É nesta perspectiva que conseguimos entender no homem e na mulher o vértice da criação, como cumprimento de um projeto de amor que está impresso em cada um de nós e que nos faz reconhecer como irmãos e irmãs.

Vaticano apresenta Campanha contra Tráfico Humano durante a Copa do Mundo 2014


O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz, apresentou hoje, 20, pela manhã, no Vaticano, a Campanha contra o Tráfico de Pessoas durante a Copa do Mundo 2014, “Jogue a favor da vida – denuncie o tráfico de pessoas”.

Segundo cardeal João Braz de Aviz, “a campanha manifesta a sintonia da vida consagrada com o sentimento do papa perante este crime que ele mesmo tem definido como ‘a chaga no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo”.

Também participaram do lançamento internacional da Campanha a integrante da Rede Um Grito pela Vida, no Brasil, irmã Gabriella Bottani; a coordenadora da Rede Internacional da Vida Religiosa Consagrada no enfrentamento ao tráfico de pessoas‘Talitha Kum’, irmã Estrella Castalone; a presidente da União Internacional das Superioras Gerais, irmã Carmem Sammut; o embaixador dos Estados Unidos ante a Santa Sé, Kenneth Francis Hackett.

Ao recordar as palavras do papa, irmã Gabriela disse que “não se pode permanecer indiferente, sabendo que há seres humanos tratados como uma mercadoria”. Segundo a religiosa, este crime atinge quase 21 milhões de pessoas no mundo. “Devemos arrancar com força do silêncio e do medo esta grave violação da dignidade humana”, disse.

A experiência de sair do rock satânico e encontrar Jesus.



Os sons do mais duro heavy metal eram uma harmoniosa sinfonia para ele. Ferido e prejudicado na infância, sedento de fama, não hesitou em oferecer tudo ao diabo, acreditando que assim encontraria seu tesouro.
 
“A prioridade era estar nos palcos e ter o controle. Eu gostava de ser adorado e que as pessoas olhassem para mim, dizendo: ‘Nossa! Quero ser como ele!’”: estas são palavras de Kirk Martin, quem, até alguns anos atrás, liderava uma banda de heavy metal chamada Power of pride (O poder do orgulho), nos Estados Unidos.
 
Ele chegou a participar de inúmeros concertos, nos quais projetava uma imagem selvagem nos palcos. “Conseguir que milhares de pessoas gritassem blasfêmias era a maior adrenalina que eu poderia experimentar”, contou Kirk à emissora CBN.
 
Mas esta imagem sinistra não era somente uma pose: tinha seu correlato na vida real de Kirk. Sua aparência e suas várias tatuagens mostravam as crenças que habitavam seu espírito. “Eu estava tão cheio de ódio, que projetava esse ódio nas pessoas. (...) Dois dos membros da banda acabaram se cansando de mim, não me aguentavam mais e, de fato, decidiram abandonar a banda”, contou.
 
Kirk reconhece que, por muito tempo, ele foi orgulhoso e enaltecia a soberba nas letras das suas músicas, mostrando nelas a rebeldia dos jovens que o idolatravam. “Toda a minha intenção era dizer às pessoas que elas precisavam acreditar em si mesmas, seguir suas próprias visões, seus sonhos, ainda que fosse preciso pisotear quem se interpusesse em seu caminho.”
 
Mas a origem do seu inesperado sucesso, relatou, não foi o simples empenho, a assertividade ou a qualidade musical. Kirk não estava disposto a arriscar-se ao fracasso ou esperar a sorte. Sem hesitar, ele decidiu concretizar seu desejo, mesmo sujeitando-se a um pacto sinistro. “Cravei minhas garras no chão, arranhei a terra e disse a Satanás: ‘Se você me der o que eu quero, se você fizer de mim um Deus, se me der mulheres, drogas, fama e o poder de pisotear as pessoas, eu te servirei até o fim dos tempos’.”
 
O trauma da infância

 
Kirk recordou que, poucos dias depois de pronunciar esta sentença, uma gravadora lhe ofereceu um suculento contrato, para que sua banda pudesse gravar um CD. Mas aquele pacto de escravidão não era o único segredo que Kirk guardava, enquanto afundava na ilusão da fama, do sexo e da fortuna.
 
“Durante a minha infância, uns garotos do bairro começaram a me assediar sexualmente e a me sodomizar, quando eu tinha cerca de 8 anos. Isso aconteceu mais de uma vez e nunca cotei a ninguém, nunca falei disso.”
 
Para alguém que foi abusado na infância e estava cheio de raiva, aproveitar-se sexualmente das mulheres se tornou parte do estilo de vida heavy metal. “A pior parte do meu abuso foi que eu o interiorizei e acabei abusando de outros”, confessou.