sábado, 25 de outubro de 2014

Halloween: não brinquemos com fogo!


A ingenuidade é muitas vezes a causa de muitos males do nosso tempo. Muitas pessoas, de boa fé, são influenciadas por modismos e encontram-se brincando com fogo. Não percebem os riscos que poderiam se esconder atrás de situações aparentemente inócuas.

Um exemplo óbvio desta ingenuidade é a participação de muitos pais, crianças e jovens na festa de Halloween.

Há alguns anos atrás, este evento só poderia ser conhecido através de alguns filmes ou quadrinhos norte-americanos. Mas hoje o mundo mudou. O advento da Internet e a proliferação dos meios de comunicação contribuem facilmente para a disseminação de modas.

E assim, o Dia das Bruxas atravessou as fronteiras e se espalhou em muitos outros países.

Para dar-se conta do fenômeno basta olhar para as vitrines de restaurantes e lojas de brinquedos. Foram invadidas por objetos, figurinos e bonecos relacionados a este evento.

O símbolo do Halloween é uma abóbora esculpida com os olhos, nariz e boca, iluminada por uma vela colocada dentro. Na noite entre o 31 de outubro e 1 de novembro, as crianças americanas têm o costume de vestir-se como fantasmas, vampiros ou monstrinhos. Batem nas portas das casas com um saquinho na mão, pedindo doces e balas.

Alguém pode dizer: "O que há de errado? Por que não podemos fazer o mesmo? Afinal de contas, o Halloween é uma espécie de carnaval! Uma maneira de se divertir e brincar um pouco'!”. E é essa ingenuidade, a falta de profundidade, que leva muitos pais a não entenderem os possíveis riscos que se escondem por trás de certas modas.

Não basta vencer


Não basta vencer as eleições do domingo, pois a verdadeira conquista é muito mais difícil de alcançar. Trata-se da vitória que é o bem do povo, particularmente dos mais pobres e sofredores, enjaulados em condições indignas de vida, privados de direitos fundamentais. Os analistas, com diferentes pontos de vista, indicam a complexidade do momento. Diante de todos está o desafio do crescimento econômico, de se atender demandas de infraestrutura e de libertação da máquina pública das garras ferozes dos que dela se apossam, nos diversos níveis, instâncias e lugares, pelo Brasil afora, incapacitando-a no atendimento de sua finalidade - o zelo e a garantia do bem comum.

Ao considerar esse horizonte de exigências e desafios, compreende-se ainda mais que a ida às urnas exige responsabilidade de cada cidadão eleitor. Uma constatação evidente, mas que merece sempre reflexões. Quando se observa a atual tendência do eleitorado na sua escolha, percebe-se o peso da interrogação no ar. Este momento eleitoral tem revelado a indecisão de muitos, a divisão equiparada das opiniões, ora para um lado, ora para outro. Talvez isso seja sinal de certo amadurecimento da democracia. Um gesto aparentemente simples, apertar teclas da urna eletrônica, revela um processo da mais alta complexidade.

A candidatura escolhida vai nortear rumos, ou desconsertá-los, no quadriênio subsequente. Discernir e fazer a escolha, algo que precede o gesto simples e rápido de teclar, é agora o grande desafio cidadão. Há uma avalanche de elementos a serem avaliados, um caminho a ser bem trilhado rumo à definição mais apropriada possível, que colabore com o desenvolvimento da sociedade brasileira. A velocidade das mudanças e o aumento das necessidades reais do povo não admitem senão inovações, busca de novas respostas e a garantia de avanços. Conquistas são possíveis, embora difíceis. Particularmente, o eleitor deve buscar quem é capaz de superar a famigerada desigualdade social que ainda rege violentamente a sociedade brasileira.

Papa pede abolição da pena de morte e melhoria das condições carcerárias


Cristãos e homens de boa vontade "são chamados hoje a lutar não somente pela abolição da pena de morte", em "todas as suas formas", mas também pela melhoria das "condições carcerárias".

Essa é uma das passagens centrais do discurso do Papa Francisco nesta quinta-feira, no Vaticano, a um grupo de juristas da Associação Internacional de Direito Penal. A voz do Papa elevou-se também contra o fenômeno do tráfico de pessoas e a corrupção. Toda aplicação da pena, afirmou, deve ser feita de modo gradual, sempre inspirada no respeito à dignidade humana.

A prisão perpétua é uma "pena de morte dissimulada", por isso fiz com que ela fosse eliminada do Código Penal Vaticano. A afirmação espontânea (fora do texto), feita pelo Papa Francisco, se insere num intenso, minucioso e atento exame sobre como os Estados tendem hoje a fazer respeitar a justiça e a impor as penas.

O Papa falou com a sua habitual clareza e franqueza e não poupou críticas aos nossos tempos em que, afirmou, a política e a mídia muitas vezes incitam "à violência e à vingança pública e privada", sempre em busca de um bode expiatório.

A passagem sobre a pena de morte foi bastante veemente. O Pontífice recordou que "São João Paulo II condenou a pena de morte", como também faz o Catecismo, e criticou não somente o recurso à pena capital, mas desmascarou, num certo sentido, também o recurso às "chamadas execuções extrajudiciais ou extralegais", chamando-as "homicídios deliberados", cometidos por agentes oficiais sob o pára-vento do Estado:

"Todos os cristãos e homens de boa vontade são, portanto, chamados hoje a lutar não somente pela abolição da pena de morte, legal ou ilegal que seja, e em todas as suas formas, mas também pela melhoria das condições carcerárias, no respeito à dignidade humana das pessoas privadas da liberdade. E uno isso também à prisão perpétua. No Vaticano, pouco tempo atrás, no Código Penal do Vaticano, não há mais a prisão perpétua. Ela é uma pena de morte dissimulada."

O olhar e a piedade de Francisco são evidentes em toda a sua explanação, tanto sobre as formas de criminalidade que atentam à dignidade humana, quanto sobre o sistema punitivo legal que por vezes – o disse sem rodeios – na sua aplicação não é legal, porque não respeita aquela dignidade.

"Nas últimas décadas – ressaltou no início o Santo Padre – difundiu-se a convicção de que através da pena pública podem ser resolvidos os mais variados problemas sociais, como se para as diferentes enfermidades fosse recomendado o mesmo medicamento."

Isso fez de modo que o sistema penal ultrapassasse seus confins – aqueles sancionadores – para estender-se ao "terreno das liberdades e dos direitos das pessoas", mas sem uma eficácia realmente constatável:

"Há o risco de não conservar nem mesmo a proporcionalidade das penas, que historicamente reflete a escala de valores tutelados pelo Estado. Enfraqueceu-se a concepção do direito penal como ultima ratio, como último recurso à sanção, limitado aos fatos mais graves contra os interesses individuais e coletivos mais dignos de proteção. Enfraqueceu-se também o debate sobre a substituição do cárcere com outras sanções penais alternativas.

O Papa Francisco definiu, por exemplo, o recurso à prisão preventiva uma "forma contemporânea de pena ilícita oculta", selada por um "verniz de legalidade", no momento em que produz a um detento não-condenado uma "antecipação da pena" de forma abusiva. Disso – observou – deriva quer o risco de multiplicar a quantidade dos "reclusos sem julgamento", ou seja, "condenados sem que sejam respeitadas as regras do processo" – e em alguns países são 50% do total –, quer, num efeito dominó, o drama das condições de vida nos cárceres:

"As deploráveis condições de detenção que se verificam em várias partes do planeta constituem muitas vezes um autêntico traço desumano e degradante, muitas vezes produto das deficiências do sistema penal, outras vezes, da carência de infra-estruturas e de planejamento, enquanto em muitos casos são nada mais que o resultado do exercício arbitrário e impiedoso do poder sobre pessoas privadas da liberdade."

O Papa Francisco foi além, quando, falando de "medidas e penas cruéis, desumanas e degradantes", comparou a detenção praticada nos cárceres de segurança máxima a uma "forma de tortura". O isolamento destes lugares, ressaltou, causa sofrimentos "psíquicos e físicos" que resultam por incrementar "sensivelmente a tendência ao suicídio". Hoje em dia – foi a desoladora constatação do Papa – as torturas não são praticadas somente como meio para obter "a confissão ou a delação"...

"...mas constituem um autêntico plus de dor que se acrescenta aos males próprios da detenção. Desse modo, se tortura não somente em centros clandestinos de detenção ou em modernos campos de concentração, mas também nos cárceres, institutos para menores, hospitais psiquiátricos, comissariados e outros centros e instituições de detenção e pena."

Concílio Ecumênico de Trento: Decreto sobre a Salvação.


CONCÍLIO ECUMÊNICO DE TRENTO
Sessão VI
Celebrada no tempo do Sumo Pontífice Paulo III,
em 13 de janeiro do ano do Senhor de 1547
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A SALVAÇÃO
(ou: A JUSTIFICAÇÃO)

Decreto sobre a Salvação

Prólogo

Havendo-se difundido nestes tempos, não sem a perda de muitas almas e grave corrosão na unidade da Igreja, certas doutrinas errôneas sobre a Salvação, o Sacrossanto, Ecumênico e Geral concílio de Trento, congregado legitimamente no Espírito Santo e presidido em nome de nosso santíssimo Padre e senhor em Cristo, Paulo, pela divina providência Papa III deste nome, pelos reverendíssimos senhores José Maria Monte, Bispo de Palestina, e Marcelo, Presbítero do título de Santa Cruz em Jerusalém, Cardeais da Santa Igreja Romana e Legados Apostólicos, se propõe declarar a todos os fiéis cristãos, pela honra e glória de Deus Onipotente, para tranqüilidade da Igreja e salvação das almas, a verdadeira e perfeita doutrina da salvação, que o Sol de Justiça, Jesus Cristo, autor e consumador de nossa fé ensinou, seus Apóstolos a comunicaram e perpetuamente foi admitida pela Igreja Católica inspirada pelo Espírito Santo, proibindo com o maior rigor que qualquer um, de ora em diante se atreva a crer, pregar ou ensinar de outro modo que aquele que estabelece e declara no presente decreto.

Cap. I - A natureza e a lei não podem salvar os homens

Ante todas estas coisas declara o santo Concilio que, para entender bem e sinceramente a doutrina da Salvação, é necessário que todos saibam e confessem que todos os homens, havendo perdido a inocência pela prevaricação de Adão, feitos imundos e, como diz o Apóstolo: "Filhos da ira por natureza", segundo se expôs no decreto do pecado original, em tal grau eram escravos do pecado e estavam sob o império do demônio e da morte que não só os gentios por força da natureza, como também os judeus pelas Escrituras da lei de Moisés, poderiam se erguer ou conseguir sua liberdade; mesmo que o livre arbítrio não fora extinto.

Cap. II - Da missão e mistério da vinda de Cristo

Por este motivo, o Pai Celestial, o Pai de Misericórdia e Deus Todo Poderoso e Todo Consolo, enviou aos homens, quando chegou aquela ditosa plenitude do tempo, Jesus Cristo, Seu Filho Manifestado e Prometido a muitos santos Padres antes da lei, e em seu tempo, para que redimisse os Judeus que viviam na Lei, e aos gentios que não aspiravam a santidade a conseguissem e para que todos recebessem a adoção de filhos. A seu filho, Deus nomeou como Reconciliador de nossos pecados, mediante a fé em sua paixão, e não somente de nossos pecados, mas também aqueles de todos os homens.

Cap. III - Quem é salvo por Jesus Cristo

Ainda que Jesus Cristo tenha morrido por todos, nem todos participam do benefício de sua morte, mas somente aqueles a quem sejam comunicados os méritos de sua Paixão porque, assim como nasceram os homens, efetivamente impuros, pois nasceram descendentes de Adão, e sendo concebidos pelo mesmo processo, contraem por esta descendência sua própria impureza, e do mesmo modo, se não renascessem por Jesus Cristo, jamais seriam salvos, pois nesta regeneração é conferida a eles, pelo mérito da paixão de Cristo, a graça com que se tornam salvos. Devido a este benefício nos exorta o Apóstolo para dar sempre graças ao Pai Eterno, que nos fez dignos de entrar juntamente com os Santos na glória, nos tirou do poder das trevas e nos transferiu ao Reino de Seu Filho muito Amado, e é Nele que logramos a redenção e o perdão dos pecados.

Cap. IV - É dada a idéia da salvação do pecador e do modo com que se faz na lei da graça

Nas palavras mencionadas se insinua a descrição da salvação do pecador. O destino transitório, desde o estado em que nasce o homem descendente do primeiro Adão, ao estado de graça e de adoção como filhos de Deus, dado pelo segundo Adão, Jesus Cristo, nosso Salvador, essa translação não se pode conseguir, depois de promulgado o Evangelho, sem o batismo, ou sem o desejo de ser batizado, segundo o que está escrito: "Não pode entrar no Reino dos Céus, ninguém que não tenha renascido pela água e pelo Espírito Santo".

Cap. V - Da necessidade que tem os adultos em prepararem-se à salvação e de onde ela provém

Declara também que o princípio da própria salvação dos adultos se deve tomar da graça divina, que lhes é antecipada por Jesus Cristo, isto é, de Seu chamamento aos homens que não possuem mérito algum, de sorte que aqueles que eram inimigos de Deus por seus pecados, se disponham, por sua graça, que os excita e ajuda, a converterem-se para sua própria salvação, assistindo e cooperando livremente com a mesma graça. Deste modo, tocando Deus o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, nem o próprio homem deixe de fazer alguma coisa, admitindo aquela inspiração, pois ela é desejada, e nem poderá mover-se por sua livre vontade sem a graça divina em direção à salvação na presença de Deus. Por isto é que quando se diz nas Sagradas Escrituras: "Converte-nos a Ti Senhor, e seremos convertidos", confessamos que somos prevenidos pela Divina Graça.

CAP. VI. Modo desta preparação.

As pessoas dispõem-se para a salvação, quando movidos e ajudados pela Graça Divina, e trocando o ódio pela fé, se inclinam deliberadamente a Deus, crendo ser verdade o que sobrenaturalmente Ele revelou e prometeu. Em primeiro lugar, Deus salva o pecador pela graça que ele adquiriu na redenção, por Jesus Cristo, e reconhecendo-se como pecadores e passando a admitir a justiça divina, que na realidade os faz aceitar a misericórdia de Deus, adquirem esperanças de que Deus os olhará com misericórdia pela Graça de Jesus Cristo, e começam a amar-Lhe como fonte de toda justiça e salvação, e por isso se voltam contra seus pecados com algum ódio e repulsão, isto é, com aquele arrependimento que devem ter antes de serem batizados e enfim, se propõe a receber este sacramento, começar uma vida nova e observar os mandamentos de Deus.

Desta disposição é que falam as Escrituras, quando diz: "Aquele que se aproxima de Deus deve crer que Ele existe, e que é o Remunerador dos que O buscam. Confia filho: teus pecados serão perdoados, e o termos a Deus afugenta os pecados". E também: "Fazei penitência e receba cada um de vós o batismo em nome de Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados e conseguireis o Dom do Espírito Santo". E ainda: "Ide pois e ensinai todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinai-as também a observar tudo que Eu recomendei". E enfim: "Preparai vossos corações para o Senhor".

Cap. VII - Que é a salvação do pecador e quais suas consequências

A esta disposição ou preparação se segue a salvação em si mesma, que não só é o perdão dos pecados mas também a satisfação e renovação do homem interior, pela admissão voluntária da graça e dons que a seguem, e daí resulta que o homem de injusto pecador, passa a ser justo e de inimigo a amigo, para ser herdeiro na esperança da vida eterna. As conseqüências desta salvação são a glória final de Deus e de Jesus Cristo, e a vida eterna.

O meio para conseguir isso, é Deus Misericordioso, que gratuitamente nos limpa e santifica, marcando-nos e ungindo-nos com o Espirito Santo, que nos é prometido e que é o prêmio da herança que havemos de receber. A conseqüência meritória é o muito Amado e Unigênito Filho, nosso Senhor Jesus Cristo que em virtude da imensa caridade com que nos amou, a nós que éramos inimigos, nos brindou, com Sua Santíssima paixão no madeiro da Cruz, com a salvação e fez por nós a vontade de Deus Pai. O instrumento destas benemerências é o sacramento do Batismo, que é sacramento de fé, sem a qual ninguém jamais conseguiu ou conseguirá a salvação. Efetivamente a única conseqüência formal é a Santidade de Deus, não aquela com a qual Ele mesmo é Santo, porém com aquela com que nos faz santos, ou seja, com a Santidade que dotados por Ele, somos renovados interiormente em nossas almas, e não só seremos salvos, mas também assim Ele nos chama, e seremos participantes, cada um de nós, da Santidade segundo à medida que nos fornece o Espírito Santo, de acordo com sua vontade e segundo à própria disposição e cooperação de cada um.

Sabemos ainda que apenas poderão ser salvos aqueles a quem forem ensinados os benefícios da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isto porém, se consegue na salvação do pecador, quando o benefício da mesma santíssima paixão se difunde pelo amor de Deus por meio do Espírito Santo nos corações dos que são salvos e fica inerente neles.

A partir disso, que na própria salvação, além da remissão dos pecados, se difundem ao mesmo tempo no homem, por Jesus Cristo, com quem se une, a fé, a esperança e a caridade, pois a fé, se não estiver firmemente agregada à esperança e à caridade, nem une perfeitamente o homem com Cristo, nem o faz membro vivo de Seu Corpo. Por esta razão se diz com máxima verdade que a fé sem obras é uma fé morta e ociosa, e também, para Jesus Cristo nada vale a circuncisão, nem a falta dela, mas vale apenas a fé que ocorre pela caridade. Esta é aquela fé que por tradição dos Apóstolos pedem os Catecúmenos à Igreja, antes de receber o sacramento do batismo quando pedem a fé que dá vida eterna, a qual não pode vir da fé sozinha, sem esperança nem caridade. Daqui então, imediatamente vem à lembrança as palavras de Jesus Cristo: "Se quiseres entrar no Céu, observa os mandamentos". Em conseqüência disso, quando os renascidos ou batizados recebem a verdadeira e Cristã Santidade, são alertados imediatamente que a conservem em toda a pureza e serenidade com que a receberam, para que não ocorra como Adão que a perdeu, por sua desobediência, tanto para si como para seus descendentes. Esta Santidade lhes deu Jesus Cristo com a finalidade de com ela se apresentarem perante Seu tribunal, e consigam a salvação eterna.

Cap. VIII - Como se entende que o pecador se salva pela fé e pela graça

Quando o Apóstolo diz que o homem se salva pela fé e pela graça, suas palavras devem ser entendidas com aquele sentido que a Igreja Católica adotou e consentiu perpetuamente, de que quando se diz que somos salvos pela fé enquanto esta é o princípio de salvação do homem, fundamento e raiz de toda salvação, e sem a qual é impossível sermos agradáveis a Deus, ou participar do bom destino de Seus filhos, também se diz que somos salvos pela graça pois nenhuma das coisas que precedem à salvação, seja a fé ou sejam as obras merece a graça da salvação porque se é graça, não provém das obras, ou como diz o Apóstolo, a graça não seria graça.

Cap. IX - Contra a vã confiança dos hereges

Mesmo que seja necessário crer que os pecados não se perdoam e nem jamais serão perdoados senão pela graça da misericórdia Divina e pelos méritos de Jesus Cristo, sem dúvida não se pode dizer que se perdoam ou que se tenham perdoado a ninguém que tenha ostentado sua confiança e certeza de que seus pecados sejam perdoados sem a graça e misericórdia de Deus, e se fiem apenas nisso, pois podem ser encontrados entre os hereges e cismáticos, ou melhor dizendo, se fala muito em nossos tempos e se preconiza com grande empenho contra a Igreja Católica, esta confiança vã e muito distante de toda piedade, nem tão pouco se pode negar que os verdadeiramente salvos devem ter por certo em seu interior, sem a menor dúvida, que estão salvos pela graça e misericórdia divina, nem que ninguém fica absolvido de seus pecados e se salva senão com a certeza que está absolvido e salvo com essa mesma graça, nem que com apenas esta crença consegue toda sua perfeição, perdão e salvação, dando a entender que aquele que não cresse nisto, duvidaria das promessas de Deus e da certeza da morte e ressurreição de Jesus Cristo, pois assim como nenhuma pessoa piedosa deve duvidar da misericórdia Divina, dos méritos de Jesus Cristo, nem da virtude e eficácia dos sacramentos.

Do mesmo modo todos podem recear e temer a respeito de seu estado de graça se reverterem toda consideração a si mesmos e a sua própria debilidade e indisposição, pois ninguém pode saber mesmo com a certeza de sua fé, na qual não cabe engano, que tenha conseguido a graça de Deus.

Cap. X - Do incremento da salvação obtida

Os que conseguiram a salvação e assim tornados amigos e íntimos de Deus, caminhando de virtude em virtude, se renovam como diz o Apóstolo, dia após dia. Assim é, que mortificando sua carne e servindo-se dela como instrumento para salvação e santificação mediante à observância dos mandamentos de Deus e da Igreja, crescem na mesma santidade que conseguiram pela graça de Cristo, e auxiliando a fé com as boas obras, se salvam cada vez mais, segundo o que está escrito: "Aquele que é justo, continue em sua salvação". Em outra parte: "Não te receies da salvação até a morte". Também: "Bem sabeis que o homem se salva por suas obras, e não só pela fé".

Este é o aumento de santidade que pede a Igreja quando roga: "Concedei, ó Senhor, aumentar a nossa fé, esperança e caridade".

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Quem ganha as eleições?




Muitos consideram as eleições como expressão da verdadeira vontade popular, manifestada pela maioria. Chegam mesmo a dizer: “vox populi, vox Dei”, “a voz do povo é a voz de Deus”. Mas será mesmo assim? Será que realmente ganham os melhores os mais preparados para o cargo? Ganha a eleição quem tem mais sabedoria, prudência, competência, honestidade, ou ganha quem grita mais, quem foi melhor apresentado pelos marqueteiros e formadores de opinião, criadores de sonhos no imaginário popular?! Sem considerar muitos outros fatores, devemos dizer que nem sempre ganha quem merece.



É a grande discussão sociológica e filosófica sobre a verdadeira representatividade? Já foi dito com propriedade: “sufrágio universal, mentira universal!”. Sim, porque muitas vezes o povo vota influenciado pela propaganda, pelos formadores de opinião, sem muita reflexão e conhecimento pleno do que significa o seu voto.



Jesus foi condenado à morte, a pedido da maioria da população. Na eleição proposta pelo governador romano, Pôncio Pilatos, entre Barrabás e Jesus, este último foi fragorosamente derrotado, porque o povo sufragou Barrabás, revolucionário e homicida, condenando o inocente à morte.



Mas, por que Jesus perdeu essa eleição? A morte de Jesus foi realmente o desejo da maioria do povo? Jesus, tão querido por todos, cercado pelas multidões, aclamado pela população ao entrar em Jerusalém, foi condenado por esse mesmo povo, cinco dias depois?! Ou será que esse povo foi manobrado por uma minoria ruim, mas muito hábil? O Evangelho diz que os chefes, os manipuladores de opinião, influenciaram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus. Ele mesmo, ao morrer na cruz, pediu por eles perdão ao Pai, dizendo que eles não sabiam o que faziam. Já não eram mais povo; tinham se tornado massa. O povo pensa. A massa é que é manobrada. Nem sempre podemos dizer que a eleição seja expressão da vontade do povo. Talvez seja só da massa.



Quando aconteceu a Ressurreição de Jesus, fato incontestável, diz o Evangelho de São Mateus (28, 11-15), que os sumos sacerdotes judeus, com os anciãos, “deliberaram dar bastante dinheiro aos soldados; e instruíram-nos: ‘Contai o seguinte: ‘Durante a noite vieram os discípulos dele e o roubaram, enquanto estávamos dormindo’. E se isso chegar aos ouvidos do governador, nós o tranquilizaremos, para que não vos castigue”.



Eles aceitaram o dinheiro e fizeram como lhes fora instruído. E essa versão ficou divulgada entre os judeus, até o presente dia”. Vê-se que o suborno e a mentira são de longa data. Por analogia, quando da proposta da escolha entre Jesus e Barrabás, ao lerem os intérpretes a passagem “os sumos sacerdotes e os anciãos, porém, instigaram as multidões para que pedissem Barrabás e fizessem Jesus morrer” (Mt 27, 20), concluem que os inimigos de Jesus distribuíram dinheiro ao povo para que escolhessem Barrabás. A compra de votos também é de longa data.



Dom Fernando Arêas Rifan

Bispo da Administração Apostólica Pessoal 

São João Maria Vianney (RJ) 



Estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) promove Semana de Satanismo




Desde quarta-feira, (22/10), está circulando nas redes sociais a realização do evento “VI Semana de Satanismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)” que está previsto para acontecer no dia 13 de novembro e que é promovida por grupos de alunos da instituição e adeptos da prática.



Entre as atividades do evento citadas no convite estão uma roda de leitura da “bíblia satânica”, orgias, rituais e invocação de demônios. Segundo o convite, o evento acontecerá no Centro de Ciências Humanas, situado no campus da instituição.

CNBB manifesta preocupação com direitos indígenas



 Os direitos dos povos indígenas
Nota da CNBB

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília nos dias 21 a 23 de outubro de 2014, manifesta sua preocupação com a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal-STF que anulou os efeitos da Portaria Declaratória nº 3.219/2009, do Ministério da Justiça, que reconhece a Terra Indígena Guyraroká, do Povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, como de ocupação tradicional indígena.

Lamenta, igualmente, a anulação, pela mesma 2ª Turma do STF, da Portaria 3.508/2009 que declara a Terra Indígena Porquinhos, no Maranhão, como de posse permanente do grupo indígena Canela-Apãniekra.

A garantia dos territórios aos povos indígenas é um direito conquistado e consignado na Constituição Federal, com árdua luta de muitas pessoas da sociedade brasileira. Infelizmente, interesses econômicos têm impedido a demarcação das terras indígenas, que é a concretização do direito constitucional. Por isso, grande parte dos povos indígenas do Brasil continua vivendo exilada de suas terras devido ao esbulho e à violência histórica cometida contra suas comunidades.

Transex destrói lógica gayzista na TV




Talita Oliveira é um travesti que ganhou fama na internet após contestar publicamente a militância gayzista sobre os crimes de homofobia. De uma sinceridade admirável, Talita não apenas não se dobrou ao vitimismo e no programa Superpop ( 20.10.2014), exibido na Rede TV,  deixou os gayzistas presentes numa saia justa. 



Perguntada pela apresentadora o porque da mídia não dar espaço para opiniões como a dela, Talida foi direto ao ponto:



“Porque hoje no Brasil tem uma conscientização da homofobia muito grande… para usar para o lado politico. As pessoas (os gayzistas) estão usando os homossexuais para entrar na politica.”



A jogada de mestre da argumentação de Talita consiste em que ela não pode ser considerada insensível aos problemas dos gays, já que ela não apenas vive tais consequências, mas vivendo em tais condições, tem a possibilidade de denunciar os denunciantes. Certamente Talita compreende a estratégia politica atrás dos que orquestram a marcha pro-LGBT.



Do alto da autoridade de estar num grupo supostamente ameaçado, Talita diz claramente que não está sob risco, pois no Brasil, segundo ela, não existe crime de homofobia. Sobretudo, existe uma guerra civil instaurada que mata a todos, sem distinção. Pra ilustrar seu raciocínio denunciou o caso de João Donati:



Então, a polícia conseguiu câmeras que registraram o momento onde ele (João Donati) e o rapaz (seu assassino) entraram num terreno e obviamente tiveram relações sexuais. Gente, um homofóbico não transa antes de matar…



Seguindo sua analise, Talita ainda denuncia a inconsistência semântica da palavra:

Homofóbico nem combina com o que dizem, né?! Porque “homo” quer dizer semelhante e “fóbico” (vem de) fobia. Então, a palavra já diz, não tem nada a ver….