sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Papa envia carta aos consagrados pelo início do ano da vida consagrada


CARTA APOSTÓLICA
DO PAPA FRANCISCO
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS
PARA PROCLAMAÇÃO DO
ANO DA VIDA CONSAGRADA

Consagradas e consagrados caríssimos!

Escrevo-vos como Sucessor de Pedro, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de confirmar na fé os seus irmãos (cf. Lc 22, 32), e escrevo-vos como vosso irmão, consagrado a Deus como vós.

Juntos, damos graças ao Pai, que nos chamou para seguir Jesus na plena adesão ao seu Evangelho e no serviço da Igreja e derramou nos nossos corações o Espírito Santo que nos dá alegria e nos faz dar testemunho ao mundo inteiro do seu amor e da sua misericórdia.

Fazendo-me eco do sentir de muitos de vós e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, por ocasião do quinquagésimo aniversário da Constituição dogmática Lumen gentium sobre a Igreja, que no capítulo VI trata dos religiosos, bem como do Decreto Perfectae caritatis sobre a renovação da vida religiosa, decidi proclamar um Ano da Vida Consagrada. Terá início no dia 30 do corrente mês de Novembro, I Domingo de Advento, e terminará com a festa da Apresentação de Jesus no Templo a 2 de Fevereiro de 2016.

Depois de ter ouvido a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, indiquei como objectivos para este Ano os mesmos que São João Paulo II propusera à Igreja no início do terceiro milénio, retomando, de certa forma, aquilo que já havia indicado na Exortação pós-sinodal Vita consecrata: «Vós não tendes apenas uma história gloriosa para recordar e narrar, mas uma grande história a construir! Olhai para o futuro, para o qual vos projecta o Espírito a fim de realizar convosco ainda coisas maiores» (n. 110).

– I –

Os objectivos do Ano da Vida Consagrada

1. O primeiro objectivo é olhar com gratidão o passado. Cada um dos nossos Institutos provém duma rica história carismática. Nas suas origens, está presente a acção de Deus que, no seu Espírito, chama algumas pessoas para seguirem de perto a Cristo, traduzirem o Evangelho numa forma particular de vida, lerem com os olhos da fé os sinais dos tempos, responderem criativamente às necessidades da Igreja. Depois a experiência dos inícios cresceu e desenvolveu-se, tocando outros membros em novos contextos geográficos e culturais, dando vida a modos novos de implementar o carisma, a novas iniciativas e expressões de caridade apostólica. É como a semente que se torna árvore alargando os seus ramos.

Neste Ano, será oportuno que cada família carismática recorde os seus inícios e o seu desenvolvimento histórico, para agradecer a Deus que deste modo ofereceu à Igreja tantos dons que a tornam bela e habilitada para toda a boa obra (cf. Lumen gentium, 12).

Repassar a própria história é indispensável para manter viva a identidade e também robustecer a unidade da família e o sentido de pertença dos seus membros. Não se trata de fazer arqueologia nem cultivar inúteis nostalgias, mas de repercorrer o caminho das gerações passadas para nele captar a centelha inspiradora, os ideais, os projectos, os valores que as moveram, a começar dos Fundadores, das Fundadoras e das primeiras comunidades. É uma forma também para se tomar consciência de como foi vivido o carisma ao longo da história, que criatividade desencadeou, que dificuldades teve de enfrentar e como foram superadas. Poder-se-á descobrir incoerências, fruto das fraquezas humanas, e talvez mesmo qualquer esquecimento de alguns aspectos essenciais do carisma. Tudo é instrutivo, tornando-se simultaneamente apelo à conversão. Narrar a própria história é louvar a Deus e agradecer-Lhe por todos os seus dons.

De modo particular, agradecemos-Lhe por estes últimos 50 anos após o Concílio Vaticano II, que representou uma «ventania» do Espírito Santo sobre toda a Igreja; graças ao Concílio, de facto, a vida consagrada empreendeu um fecundo caminho de renovação, o qual, com as suas luzes e sombras, foi um tempo de graça, marcado pela presença do Espírito.

Que este Ano da Vida Consagrada seja ocasião também para confessar, com humildade e simultaneamente grande confiança em Deus Amor (cf. 1 Jo 4, 8), a própria fragilidade e para a viver como experiência do amor misericordioso do Senhor; ocasião para gritar ao mundo com força e testemunhar com alegria a santidade e a vitalidade presentes na maioria daqueles que foram chamados a seguir Cristo na vida consagrada. 

Começam os preparativos para o Natal!


Neste final de semana, com o primeiro domingo do Advento, a Igreja dá início à preparação para o Natal. Serão quatro semanas de expectativa para a celebração do encontro de Deus conosco, uma vez que o Natal é a festa do encontro da vida divina na vida humana.

A realização do encontro vai depender da nossa preparação e da nossa disposição em acolher ao Deus que vem. Ele quer se encontrar conosco e para isso precisa também ser encontrado por nós.

A preparação ao Natal pode se dar de diferentes maneiras e em diferentes níveis.

Em primeiro lugar, ela deve se dar no coração de cada pessoa. A pessoa é que precisa se predispor para acolher a mensagem do Natal. Sem esta predisposição pessoal, não acontecerá o encontro com Deus e a mensagem do Natal não representará nenhuma mudança de atitude.

Em segundo lugar, a preparação deve acontecer na família. O primeiro Natal aconteceu na família de Nazaré, como prova de que Deus ama e abençoa as famílias. A família é o espaço sagrado que Deus escolheu para manifestar a vida divina na vida humana. Pergunto a você, meu irmão e minha irmã: a sua família é hoje este espaço sagrado, este santuário da vida onde o Menino Jesus pode renascer?

Em terceiro lugar, a Diocese de Santa Cruz do Sul propõe a preparação nos grupos de família. Para isso foi elaborado um roteiro com três encontros nos grupos, onde famílias vizinhas se reúnem para rezar, conversar e aprofundar o sentido do Natal. Seria desejável que todas as famílias se reunissem na vizinhança para realizar estes encontros. Desta forma iremos firmar os laços de fraternidade e solidariedade, superando desavenças e nos unindo na superação daqueles problemas que são comuns aos moradores de um mesmo lugar.

Homofobia: perseguição religiosa à vista?


Por muito tempo, tramitou no Congresso Nacional o Projeto de Lei 122 (PL 122) que foi batizado por seus próprios arautos como “Lei da homofobia”.

Derrotado entre os parlamentares devido à grande pressão popular – só o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) coletou cerca de 3 milhões de assinaturas contrárias ao Projeto –, combatentes da família natural conseguiram apensar o básico do antigo PL 122 ao projeto de reforma do Código Penal.

De nossa parte, queremos deixar registrado para a história que a “lei da homofobia” – termo fabricado por hábil manipulação da linguagem – parece bastante inútil do ponto de vista jurídico, mas extremamente fundamental para mover uma perseguição religiosa sem precedentes no Brasil. Detalhemos essa afirmação. 

Superemos o pavor da morte com o pensamento da imortalidade


Lembremo-nos de que devemos fazer a vontade de Deus e não a nossa, de acordo com a oração que o Senhor ordenou ser rezada diariamente. Que coisa mais fora de propósito, mais absurda: pedimos que a vontade de Deus seja feita e quando ele nos chama e nos convida a deixar este mundo, não obedecemos logo à sua ordem! Resistimos, relutamos e, quais escravos rebeldes, somos levados cheios de tristeza à presença de Deus, saindo daqui constrangidos pela necessidade, não por vontade dócil. E ainda queremos ser honrados com os prêmios celestes a que chegamos de má vontade. Por que então oramos e pedimos que venha o reino dos céus, se o cativeiro terreno nos encanta? Por que, com preces frequentemente repetidas, suplicamos que se apresse o dia do reino, se maior desejo e mais forte vontade são servir aqui ao demônio do que reinar com Cristo?

Se o mundo odeia o cristão, por que tu o amas, a ele que te aborrece, e não preferes seguir a Cristo que te remiu e te ama? João em sua carta clama, fala e exorta a que não amemos o mundo, deixando-nos levar pelos desejos da carne: Não ameis o mundo nem o que é do mundo. Quem ama o mundo não tem em si a caridade do Pai; porque tudo quanto é do mundo é concupiscência dos olhos e ambição temporal. O mundo passará e sua concupiscência; quem, porém, fizer a vontade de Deus, permanecerá eternamente (cf. 1Jo 2,15-17). Ao contrário, tenhamos antes, irmãos diletos, íntegro entendimento, fé firme, virtude sólida, preparados para qualquer desígnio de Deus. Repelido o pavor da morte, pensemos na imortalidade que se lhe seguirá. Com isso, manifestamos ser aquilo que acreditamos. Irmãos caríssimos, importa meditar e pensar amiúde em que já renunciamos ao mundo e vivemos aqui provisoriamente como peregrinos e hóspedes. Abracemos o dia que designará a cada um sua morada, restituindo-nos ao paraíso e ao reino, uma vez arrebatados daqui e quebrados os laços terrenos. Qual o peregrino que não se apressa em voltar à pátria? Nossa pátria é o paraíso. O grande número de nossos queridos ali nos espera: pais, irmãos, filhos. Deseja estar conosco para sempre a grande multidão já segura de sua salvação, ainda solícita pela nossa. Quanta alegria para eles e para nós chegarmos nós até eles e a seu abraço! Que prazer estar ali, no reino celeste, sem medo da morte, tendo a vida para sempre! Que imensa e inesgotável felicidade! 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Igreja não é uma realidade estática, com fim em si mesma, mas está continuamente rumo ao Reino dos céus, diz o Papa.


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Um pouco bruto o dia, mas vocês são corajosos, parabéns! Esperamos rezar juntos hoje.

Ao apresentar a Igreja aos homens do nosso tempo, o Concílio Vaticano II tinha bem presente uma verdade fundamental, que não se pode nunca esquecer: a Igreja não é uma realidade estática, parada, com fim em si mesma, mas está continuamente em caminho na história, rumo à meta última e maravilhosa que é o Reino dos céus, do qual a Igreja na terra é a semente e o início (cfr. Conc. Ecum. Vat. II, Cost. dog. sobre a Igreja Lumen gentium, 5). Quando nos dirigimos para este horizonte, percebemos que a nossa imaginação bloqueia, revelando-se capaz apenas de intuir o esplendor do mistério que supera os nossos sentidos. E surgem espontaneamente em nós algumas perguntas: quando acontecerá esta passagem final? Como será a nova dimensão na qual a Igreja entrará? O que será, então, da humanidade? E da criação que nos circunda? Mas estas perguntas não são novas, os discípulos já as haviam feito a Jesus naquele tempo: “Mas quando isso acontecerá? Quando será o triunfo do Espírito sobre a criação, sobre o criado, sobre tudo…” São perguntas.  humanas, perguntas antigas. Também nós fazemos estas perguntas.

1. A Constituição conciliar gaugium et spes, diante dessas interrogações que ressoam desde sempre no coração do homem, afirma: “Ignoramos o tempo em que terão fim a terra e a humanidade, e não sabemos o modo em que será transformado o universo. Passa certamente o aspecto desse mundo, deformado pelo pecado. Sabemos, porém, pela Revelação, que Deus prepara uma nova habitação e uma terra nova, em que habita a justiça e cuja felicidade saciará abundantemente todos os desejos de paz que surgem no coração dos homens” (n. 39). Eis a meta à qual tende a Igreja: é, como diz a Bíblia, a “Nova Jerusalém”, o “Paraíso”. Mais que um lugar, trata-se de um “estado” da alma em que as nossas expectativas mais profundas serão realizadas de modo superabundante e o nosso ser, como criaturas e como filhos de Deus, chegará à plena maturidade. Seremos finalmente revestidos pela alegria, pela paz e pelo amor de Deus de modo completo, sem mais limite algum, e estaremos face a face com Ele! (cfr 1 Cor 13, 12). É belo pensar nisto, pensar no Céu. Todos nós nos encontraremos lá, todos. É belo, dá força à alma.

2. Nesta perspectiva, é belo perceber como há uma continuidade e uma comunhão de fundo entre a Igreja que está no Céu e aquela ainda em caminho na terra. Aqueles que já vivem na presença de Deus podem, de fato, nos apoiar e interceder por nós, rezar por nós. Por outro lado, também nós somos sempre convidados a oferecer obras boas, orações e a própria Eucaristia para aliviar a tribulação das almas que ainda estão à espera da beatitude sem fim. Sim, porque na perspectiva cristã, a distinção não é entre quem já está morto e quem ainda não está, mas entre quem está em Cristo e quem não o está! Este é o elemento determinante, realmente decisivo para a nossa salvação e para a nossa felicidade. 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Participe do concurso para ilustrar o cartaz da Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos 2015


O CONSELHO NACIONAL DE IGREJAS CRISTÃS DO BRASIL lança concurso para escolher o cartaz que ilustrará as peças de divulgação (virtuais e impressas, do CONIC e parceiros) da Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs.

Tema da Semana:
Dá-me um pouco da tua água (Jo 4.7)

1.  O QUE ENVIAR?

Para concorrer, o participante precisa encaminhar:

- Um cartaz, já finalizado, que reflita o tema da Semana.

Obs.: todo material encaminhado deve ter escrito, de forma inequívoca, seja no rodapé, topo ou mesmo centralizado, a seguinte frase: Dá-me um pouco da tua água (Jo 4.7)

2.  EM QUAL FORMATO ENVIAR?

O cartaz poderá conter desenhos, fotografias e artes (pintura, colagem, montagem) e deverá ser encaminhado em formato JPG (exclusivamente), com resolução de 300 DPI (exclusivamente), sendo 3000px de largura e 4000px de altura.

3.  REGRAS SOBRE A PREMIAÇÃO:

A premiação deste Concurso será a divulgação do cartaz nas peças de divulgação (virtuais e/ou impressas, do CONIC e parceiros), com os créditos do(s) autor(es).

Obs.: não haverá premiação em dinheiro. 

Salvador (BA): terreiros vão ter os mesmos direitos que igrejas


O Diário Oficial do Município (DOM) de Salvador (BA) publicou, no dia 21, decreto assinado pelo prefeito ACM Neto que reconhece os terreiros de candomblé para fins jurídicos e administrativos, a exemplo do que já ocorre com outros templos religiosos, como as igrejas.

Na prática, com esse decreto, as organizações ligadas aos povos e comunidades de terreiros passam a ter benefícios tributários, inclusive imunidade.

O decreto foi assinado pelo prefeito durante a inauguração do novo Observatório Permanente da Discriminação Racial e Violência contra LGBT, localizado no Clube de Engenharia, na Rua Carlos Gomes. Além de benefícios tributários, os terreiros terão mais facilidade para fazer regularização fundiária e se organizar juridicamente como instituições.

Além dos terreiros, serão beneficiados povos e comunidades como Unzon, Mansu, Centros de Caboclo, Centros de Umbanda, Kimbanda, Ilê, Ilê Axé, Kwé e Humpame.

Igreja submersa volta a aparecer por causa da estiagem, em Petrolândia


Há 26 anos a velha cidade de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, foi inundada para a construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. Após a inundação, apenas o topo da Igreja do Sagrado Coração de Jesus ficou visível. Hoje, por conta da estiagem, o volume do Lago de Itaparica reduziu e praticamente metade da estrutura do templo pode ser visualizada. As algarobas ao redor da construção também podem ser vistas, bem como uma caixa d'água de uma escola da velha cidade. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa que o volume útil da barragem atualmente é de aproximadamente 16%. No último período chuvoso, o armazenamento máximo do reservatório de Itaparica foi de 44,3%.

A situação prejudica as principais atividades econômicas do lugar. A agricultura, baseada na fruticultura irrigada, registrou uma baixa na produção. Dos aproximadamente 2.000 agricultores, praticamente todos tem a terra mas não estão plantando mais nada. "As estações de bombeamento dos perímetros irrigados já não conseguem captar a água suficiente para atender a demanda dos plantios que existem. Isso já paralisou a produção do município e apenas fruteiras que já estavam produzindo continuam a produção", explica ao G1 o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Pesca, Rogério Viana. Para a agricultora Joana Nogueira fica a tristeza de não poder continuar o cultivo. "Tenho minha propriedade e sou impedida de plantar no meu próprio lote porque não é garantido a água", conta.