quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Te Deum Laudamus - Fim do Ano Civil: Dia de Ação de Graças a Deus


É o dia de ação de graças a Deus pelos benefícios dele recebidos durante o ano que vai findar. A gratidão é chave para recebermos mais dadivosos benefícios. Seja sincera e cordial a nossa ação de graças ao bom Deus! - Canta-se, nesta ocasião, o "Te Deum laudamus" (Nós vos louvamos, ó Deus).

Eis-nos chegados ao fim deste ano! Quantos benefícios não nos fizestes, ó Senhor, tanto à alma como ao corpo! Quem poderá jamais enumerá-los? Que ações de graças, pois não vos devemos dar hoje! Felizes de nós, se tivéssemos correspondido aos vossos benefícios. Mas ai! Sentimos que a consciência nos exproba a nossa ingratidão. Quantos pecados cometemos em todo este ano! Quantas virtudes deixamos de praticar! Que será de nós, ó Senhor, no dia em que nos chamardes a dar-vos contas? Com um coração cheio de reconhecimento e ao mesmo tempo traspassado de dor, nós vos pedimos humildemente perdão.

Aceitai, Deus de bondade, este nosso ato: perdoai nossos pecados e dai-nos vossa divina graça, para que comecemos e santamente acabemos o novo ano.

Assim o propomos e assim o esperamos, confiados em vossa graça, assim seja.

(Manual de Orações. Associação Imaculado Coração de Maria e São Miguel Arcanjo. RJ, 2001. P. 81).

Te Deum laudamus!

Santo Ambrósio e Santo Agostinho (387 AD)


Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar o hino Te Deum (A vós, ó Deus) em ação de graças, e será plenária, quando recitado em público no último dia do ano. (Manual das Indulgências aprovado pela Santa Sé e publicado em 1990 pela CNBB. Edições Paulinas: SP, 1990, P.15-19).

Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística, e oração nas intenções do Sumo Pontífice. (Pontos essenciais sobre a doutrina das Indulgências extraídos do "Manual das Indulgências" editado pela Penitenciária Apostólica em 29 de junho de 1968).

2014: Ano da Graça do Senhor



Chegamos ao final de mais um ano da graça do Senhor. Maior parte dos dias vivida, lado a lado, com colaboradoras, colaboradores, assessoras e assessores, nos Regionais/filiais ou na Matriz/sede nacional. 2014 passará para a história da CNBB, deixando também sua marca especial.

Quero, pois,neste tempo oportuno do Natal, realçar as bênçãos: a Misericórdia e a Providência de Deus, o Papa Francisco, o nosso trabalho. A Misericórdia de Deus perdoou nossos pecados e nos renovou na esperança; a Providência de Deus cuidou de nossa vida o tempo todo,com desvelos maternais. O papa Francisco nos encorajou com “a Alegria do Evangelho”,confirmando-nos na fé, dando-nos o exemplo. O nosso trabalho foi a oportunidade diária para servirmos nossos irmãos e irmãs.

Recordando as bênçãos, agradeço a Deus. Relembrando o incentivo e apoio dos bispos do Brasil, agradeço aos irmãos da Presidência, do Conselho Permanente e do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), instâncias que tornam presentes, em nosso trabalho diário, todas as forças vivas da Igreja e da sociedade, referenciadas nos Regionais e nas Comissões Episcopais Pastorais.

Às irmãs e aos irmãos que labutam diuturnamente “sob o peso do dia e do calor”, um agradecimento especial:

Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente 2015


MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco para 23º Dia Mundial do Doente 
11 de fevereiro de 2015
Terça-feira, 3o de dezembro de 2014

Sapientia cordis.

«Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Jó 29, 15)»

Queridos irmãos e irmãs,

por ocasião do XXIII Dia Mundial do Doente, instituído por São João Paulo II, dirijo-me a todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de várias maneiras unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários no campo da saúde.

O tema deste ano convida-nos a meditar uma frase do livro de Jó: «Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo» (29, 15). Gostaria de o fazer na perspectiva da «sapientia cordis», da sabedoria do coração.

1. Esta sabedoria não é um conhecimento teórico, abstrato, fruto de raciocínios; antes, como a descreve São Tiago na sua Carta, é «pura (…), pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia» (3, 17). Trata-se, por conseguinte, de uma disposição infundida pelo Espírito Santo na mente e no coração de quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e neles reconhece a imagem de Deus. Por isso, façamos nossa esta invocação do Salmo: «Ensina-nos a contar assim os nossos dias, / para podermos chegar à sabedoria do coração» (Sal 90/89, 12). Nesta sapientia cordis, que é dom de Deus, podemos resumir os frutos do Dia Mundial do Doente.

2. Sabedoria do coração é servir o irmão. No discurso de Jó que contém as palavras «eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo», evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo, que goza duma certa autoridade e ocupa um lugar de destaque entre os anciãos da cidade. A sua estatura moral manifesta-se no serviço ao pobre que pede ajuda, bem como no cuidado do órfão e da viúva (cf. 29, 12-13).

Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser «os olhos do cego» e «os pés para o coxo»! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Tragédia aérea na Ásia: a oração de Francisco


O Papa Francisco manifestou solidariedade aos familiares dos passageiros do avião da AirAsia que desapareceu este domingo (28/12).

Depois da oração mariana do Angelus, o Papa afirmou: “Estou próximo com o afeto e a oração aos familiares e aos que vivem com apreensão e sofrimento essas difíceis situações e aos que estão engajados nas operações de resgate”.

O avião da AirAsia desapareceu em território indonésio com 162 pessoas a bordo. A aeronave decolou de Surabaia, em Java, e deveria chegar a Cingapura. Devido ao mau tempo, o piloto pediu permissão para mudar de rota. A aeronave transportava 155 passageiros, incluindo 16 crianças e um bebê, e sete membros da tripulação. 

Papa entristecido com assassinato de padre no México


Em nome do Papa Francisco, o Cardeal Secretário de Estado do Vaticano enviou uma breve carta ao Bispo de Ciudad Altamirano (México, estado de Guerrero), Dom Maximino Martínez Miranda, expressando dor, participação e “firme condenação” pelo assassinato do Padre Gregorio López Gorostieta.

O Cardeal Pietro Parolin sublinha a tristeza do Pontífice e transmite seu pesar ao “clero, às comunidades religiosas e aos fiéis daquela amada Diocese”, assegurando também orações pelo eterno repouso de “um sacerdote de Cristo vítima de uma violência injustificável”. 

“Sua Santidade manifesta sua firme condenação de tudo o que atenta contra a vida e a dignidade das pessoas; e exorta os sacerdotes e os outros evangelizadores da Diocese a prosseguir com ardor a sua missão eclesial superando as dificuldades, imitando o exemplo de Jesus, Bom Pastor”.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O furacão Francisco e a perturbação dos intelectuais


No dia 24 de dezembro, foi publicado no Corriere della Sera um artigo de Vittorio Messori com o título “As dúvidas sobre a virada do Papa Francisco”

Neste artigo, o conhecido escritor católico propõe uma "reflexão pessoal", na verdade, "uma espécie de confissão", sobre a "imprevisibilidade" do Papa Francisco, destinada a perturbar "a tranquilidade do católico médio” com uma série de escolhas que poderiam parecer também contraditórias.

Messori enumera alguns aspectos do Pontificado de Bergoglio que, em sua opinião, poderiam causar confusão, para depois concluir, com a humildade própria do crente, que “chefe único e verdadeiro da Igreja é aquele Cristo onipotente e onisciente, que sabe melhor do que nós qual seja a melhor escolha para seu temporário representante terreno": e isso explica porque, na perspectiva milenária da história, “todo Papa desempenhou o seu papel apropriado e, no final, se demonstrou necessário”.

O artigo publicado pelo jornal Milanês é uma oportunidade para entender melhor o pontificado do Papa Francisco.

O primeiro elemento de reflexão é sobre o papel histórico do papa Francisco. No mundo em que nós costumamos chamar de "avançado", os cenários de escravidão, guerra, mercantilização, exploração descontrolada e negação da dignidade humana estão mais presentes do que nunca. E diante de tudo isso, o que fazem os grandes da terra? De tempo em tempo se reúnem e produzem um documento morno, em nome da realpolitik, que termina normalmente com um nada feito.

Só um homem, da varanda da praça de São Pedro e nas principais instâncias internacionais, se atreve a gritar para despertar as consciências, se atreve a falar de "globalização da indiferença" acusando os perversos mecanismos do poder. Aquele homem é o Papa Francisco. Totalmente compatível com o ensinamento de Jesus nos Evangelhos.

O Papa Francisco, em sua entrevista para Eugenio Scalfari explicou: "Eu acredito em Deus. Não em um Deus católico, não existe um Deus católico, existe Deus. E acredito em Jesus Cristo, na sua encarnação".

Este conceito representa, talvez, uma negação da Igreja como "corpo místico de Cristo"? Absolutamente não. A Igreja mantém o seu carácter de universalidade, mas o Papa Francisco é, ao mesmo tempo, consciente de que as grandes religiões do mundo têm uma base comum. Basta pensar que o cristianismo, o judaísmo e o islamismo são chamados de "religiões abraâmicas" porque vêem em Abraão um pai comum da fé. 

domingo, 28 de dezembro de 2014

Angelus: A Sagrada Família nos encoraja a oferecer calor humano, diz Papa.


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 28 de dezembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste primeiro domingo depois do Natal, enquanto ainda estamos imersos no clima de alegria da festa, a Igreja nos convida a contemplar a Sagrada Família de Nazaré. O Evangelho de hoje nos apresenta Nossa Senhora e São José no momento em que, 40 dias depois do nascimento de Jesus, foram ao templo de Jerusalém. Fazem isso por obediência religiosa à Lei de Moisés, que prescreve oferecer ao Senhor o primogênito (cfr. Lc 2, 22-24).

Podemos imaginar esta pequena família, em meio a tantas pessoas, nos grandes átrios do templo. Não chamam a atenção, mas não passam despercebidos! Dois anciãos, Simeão e Ana, movidos pelo Espírito Santo, se aproximam e começam a louvar a Deus por esse Menino, no qual reconhecem o Messias, luz das nações e salvação de Israel (cf. Lc 2, 22-38 ). É um momento simples, mas rico de profecia: o encontro entre dois jovens esposos cheios de alegria e de fé pelas graças do Senhor; e dois anciãos, também eles cheios de alegria e de fé pela ação do Espírito. Quem os reúne? Jesus. Jesus os reúne: os jovens e os anciãos. Jesus é Aquele que aproxima as gerações. É a fonte daquele amor que une as famílias e as pessoas, vencendo toda desconfiança, todo isolamento, toda distância. Isto nos faz pensar também nos avós: quão importante é a sua presença, a presença dos avós! Quão precioso é o seu papel nas famílias e na sociedade! A boa relação entre os jovens e os anciãos é fundamental para o caminho da comunidade civil e eclesial. E olhando para estes dois anciãos, estes dois avós – Simeão e Ana – cumprimentamos com um aplauso todos os avós do mundo.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Homilética: Festa da Sagrada Família - Ano B: "Aprender as lições de Nazaré"


Todos nós sabemos dos grandes perigos que hoje sofrem algumas das nossas famílias: famílias fragmentadas, feridas, quebradas, em necessidades de pobreza, de miséria e de angustia. Dificuldades internas e externas. Preocupações de tipo laboral e econômico; visões distintas na educação dos filhos, provenientes de diferentes modelos educativos dos pais; os reduzidos tempos para o diálogo e o descanso. A tudo isto se junta fatores disgregados como a separação e o divórcio, e o preocupante crescimento da prática abortiva. O mesmo egoísmo pode levar à falsa visão de considerar os filhos como objetos de propriedade dos pais, que podem ser fabricados segundo os seus desejos. Violência, abusos, álcool, drogas, pornografia e outras formas de dependência sexual. E também essas situações pastorais difíceis: as uniões livres ou em segundas núpcias sem ter recebido o sacramento do matrimonio. O que fazer diante destes desafios?


Hoje temos que olhar o modelo da Sagrada Família para que nos digam o segredo para formar uma família ideal e possamos lançar luz nestes desafios. Devemos voltar uma e outra vez ao plano originário de Deus para a família. É verdade que Deus começou o seu plano arrancando Abraão do seio da sua família, mas ao mesmo tempo lhe fez a promessas de um descendente, de um herdeiro, Cristo, ao redor do qual se formaria a família perfeita. E quando com braço poderoso tirou os judeus do Egito fez isso para constitui-los em povo, em família de Deus. Seguindo a mesma linha, Deus constituiu depois a Igreja - novo Israel- ao modo de uma família, com um Pai comum. Somos todos da família de Jesus. E nesta família perfeita está o pai, a mãe e os filhos. São Paulo na segunda leitura de hoje nos dá a chave para edificar esta família de Jesus com um único alicerce: o amor mútuo, feito humildade, afabilidade, paciência, perdão, paz, gratidão, oração, respeito, obediência. O pai é a cabeça, a mãe é o coração e os filhos são a coroa desses pais.