quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cimi repudia declarações da ministra Kátia Abreu


O Conselho Indigenista Missionário manifesta um veemente repúdio às declarações que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB-TO) deu em entrevista publicada neste dia 05 de janeiro de 2015 no Jornal Folha de S. Paulo.

A ministra mais uma vez defende a Proposta de Emenda Constitucional 215/00 e tenta deslegitimar o direito dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais arguindo a tese absurda de que “os índios saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”. Uma afirmação tão descabida e desconectada da realidade do nosso país só pode ser fruto de uma total ignorância e de uma profunda má fé.  Quem realmente conhece a história de nosso país sabe que não são os povos indígenas que saíram ou saem das florestas. São os agentes do latifúndio, do ruralismo, do agronegócio que invadem e derrubam as florestas, expulsam e assassinam as populações que nela vivem.

A “rainha da motosserra”, como a ministra da Agricultura também é conhecida, passa inclusive por ridícula ao negar o direito dos povos lembrando que “o Brasil inteiro era deles”. Não é digno de quem foi chamada a ser ministra de Estado do Brasil propagar a ideia caricata de que os povos indígenas estariam reivindicando “o Brasil inteiro”. A Constituição Federal de 1988 garante o direito dos povos indígenas sobreviventes dos seculares massacres às terras tradicionalmente habitadas por eles, como garantia para a sua sobrevivência física e cultural. É no mínimo uma atitude esdrúxula de quem mal assumiu o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento vir a público com insinuações desrespeitosas à Lei Suprema do País. Não satisfeita em atacar, bem no início do “novo” governo Dilma, os povos indígenas, a representante do latifúndio tenta ainda pôr uma “pá de cal” sobre o inexistente processo de reforma agrária no Brasil e esgrime descaradamente a tese de que no Brasil não existiria mais latifúndio. 

Os 7 Sacramentos da Igreja: 1º Sacramento - Batismo

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

A CELEBRAÇÃO
DO MISTÉRIO CRISTÃO

SEGUNDA SECÇÃO
OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA
  

1210. Os sacramentos da nova Lei foram instituídos por Cristo e são em número de sete, a saber: o Baptismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimónio. Os sete sacramentos tocam todas as etapas e momentos importantes da vida do cristão: outorgam nascimento e crescimento, cura e missão à vida de fé dos cristãos. Há aqui uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual (1).

1211. Seguindo esta analogia, exporemos primeiro os três sacramentos da iniciação cristã (capítulo primeiro), depois os sacramentos de cura (capítulo segundo) e finalmente os que estão ao serviço da comunhão e da missão dos fiéis (capítulo terceiro). Esta ordem não é, certamente, a única possível, mas permite ver que os sacramentos formam um organismo, no qual cada sacramento particular tem o seu lugar vital. Neste organismo, a Eucaristia ocupa um lugar único, como «sacramento dos sacramentos»: «todos os outros sacramentos estão ordenados para este, como para o seu fim» (2).

CAPÍTULO PRIMEIRO

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

1212. Através dos sacramentos da iniciação cristã – Baptismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os alicerces de toda a vida cristã. «A participação na natureza divina, dada aos homens pela graça de Cristo, comporta uma certa analogia com a origem, crescimento e sustento da vida natural. Nascidos para uma vida nova pelo Baptismo, os fiéis são efectivamente fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e recebem na Eucaristia o Pilo da vida eterna Assim. por estes sacramentos da iniciação cristã, eles recebem cada vez mais riquezas da vida divina e avançam para a perfeição da caridade» (3).

ARTIGO 1

O SACRAMENTO DO BAPTISMO

1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5).

I. Como se chama este sacramento?

1214. Chama-se Baptismo, por causa do rito central com que se realiza: baptizar (baptizeis, em grego) significa «mergulhar», «imergir». A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele (6) como «nova criatura» (2 Cor 5, 17; Gl 6, 15).

1215. Este sacramento é também chamado «banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo» (Tt 3, 5), porque significa e realiza aquele nascimento da água e do Espírito, sem o qual «ninguém pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).

1216. «Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] ficam com o espírito iluminado...» (7). Tendo recebido no Baptismo o Verbo, «luz verdadeira que ilumina todo o homem» (Jo 1, 9), o baptizado, «depois de ter sido iluminado» (8), tornou-se «filho da luz» (9) e ele próprio «luz» (Ef 5, 8):

«O Baptismo é o mais belo e magnífico dos dons de Deus [...] Chamamos-lhe dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo e tudo o que há de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que não trazem nada: graça, porque é dado mesmo aos culpados: baptismo, porque o pecado é sepultado nas águas; unção, porque é sagrado e régio (como aqueles que são ungidos); iluminação, porque é luz irradiante; veste, porque cobre a nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é sinal do senhorio de Deus» (10).

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Angelus com o Papa na Festa da Epifania (2015)


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Boa festa!

Na noite de Natal, meditamos a corrida à gruta de Belém de alguns pastores pertencentes ao povo de Israel; hoje, solenidade da Epifania, fazemos memória da chegada dos Magos, que chegaram do Oriente para adorar o recém-nascido Rei dos Judeus e Salvador universal e lhe oferecer presentes simbólicos. Com o seu gesto de adoração, os Magos testemunham que Jesus veio à terra para salvar não somente um povo, mas todos os povos. Portanto, na festa de hoje o nosso olhar se alarga ao horizonte do mundo inteiro para celebrar a “manifestação” do Senhor a todos os povos, isso é, a manifestação do amor e da salvação universal de Deus. Ele não reserva o seu amor a alguns privilegiados, mas o oferece a todos. Como de todos é o Criador e o Pai, assim de todos quer ser o Salvador. Por isso, somos chamados a alimentar sempre grande confiança e esperança nos confrontos de cada pessoa e da sua salvação: também aqueles que nos parecem distantes do Senhor são seguidos – ou melhor, “perseguidos” – pelo seu amor apaixonado, pelo seu amor fiel e também humilde. Porque o amor de Deus é humilde, tão humilde!

A passagem evangélica dos Magos descreve a sua viagem do Oriente como uma viagem da alma, como um caminho rumo ao encontro com Cristo. Esses são atentos aos sinais que indicam a presença; são incansáveis em enfrentar as dificuldades da busca; são corajosos em levar as consequências de vida derivadas do encontro com o Senhor. A vida é esta: a vida cristã é caminhar, mas estando atentos, incansáveis e corajosos. Assim caminha um cristão. Caminhar atento, incansável e corajoso. A experiência dos Magos evoca o caminho de cada homem rumo a Cristo. Como para os magos, também para nós procurar Deus quer dizer caminhar – e como dizia: atento, incansável e corajoso –  olhando para o céu e vendo no sinal visível da estrela o Deus invisível que fala ao nosso coração. A estrela que é capaz de guiar cada homem a Jesus é a Palavra de Deus, Palavra que está na Bíblia, nos Evangelhos. A Palavra de Deus é luz que orienta o nosso caminho, nutre a nossa fé e a regenera. É a Palavra de Deus que renova continuamente os nossos corações, as nossas comunidades. Portanto, não esqueçamos de lê-la e meditá-la a cada dia, a fim de que se torne para cada um como uma chama que levamos dentro de nós para iluminar os nossos passos e também aqueles de quem caminha próximo a nós, que talvez luta para encontrar o caminho rumo a Cristo. Sempre com a Palavra de Deus! A Palavra de Deus em mãos: um pequeno Evangelho no bolso, sempre, para lê-lo. Não se esqueçam disso: sempre comigo a Palavra de Deus!

Vaticano lança a campanha #LifeOfWomen nas redes sociais


O tema escolhido pelo cardeal Gianfranco Ravasi para a próxima Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Cultura é “Culturas femininas: igualdade e diferença”. Por este motivo, o dicastério lançou a campanha #LifeOfWomen [Vida das Mulheres] com um vídeo explicativo, em italiano e inglês, disponível no seu canal do YouTube e no seu site.

Inspirando-se na abertura do papa Francisco, o objetivo desta iniciativa, segundo os organizadores, é escutar o parecer das mulheres e aprofundar no papel que elas desempenham atualmente na sociedade, perguntando-lhes sobre os desafios que elas enfrentam, sobre a sua espiritualidade e sobre o fato de serem mulheres.

Homilia do Papa na solenidade da Epifania do Senhor (2015)


HOMILIA
Solenidade da Epifania do Senhor
Basílica Vaticana
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aquele Menino, nascido em Belém da Virgem Maria, não veio só para o povo de Israel, representado pelos pastores de Belém, mas para toda a humanidade, representada neste dia pelos Magos, vindos do Oriente. E é precisamente a propósito dos Magos e do seu caminho à procura do Messias que a Igreja nos convida hoje a meditar e a rezar.

Estes Magos, vindos do Oriente, são os primeiros daquela grande procissão de que nos falou o profeta Isaías na primeira Leitura (cf. 60, 1-6): uma procissão que nunca se interrompeu desde então e que, através de todas as épocas, reconhece a mensagem da estrela e encontra o Menino que nos mostra a ternura de Deus. Há sempre novas pessoas que são iluminadas pela luz da sua estrela, que encontram o caminho e chegam até Ele.

Segundo a tradição, os Magos eram homens sábios: estudiosos dos astros, perscrutadores do céu, num contexto cultural com crenças que atribuíam às estrelas explicações e influxos sobre as vicissitudes humanas. Os Magos representam os homens e as mulheres à procura de Deus nas religiões e nas filosofias do mundo inteiro: uma busca que jamais terá fim.

Os Magos indicam-nos o caminho por onde seguir na nossa vida. Eles procuravam a verdadeira Luz: «Lumen requirunt lumine – diz um hino litúrgico da Epifania, aludindo precisamente à experiência dos Magos – seguindo uma luz, eles buscam a luz». Andavam à procura de Deus. Tendo visto o sinal da estrela, interpretaram-no e puseram-se a caminho, fazendo uma longa viagem.

Foi o Espírito Santo que os chamou e impeliu a pôr-se a caminho; e, neste caminho, terá lugar também o seu encontro pessoal com o verdadeiro Deus.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Índia: cristãos contra a campanha de conversão ao hinduísmo


Chama-se ghar wapsi (“volte pra casa”) a campanha lançada na Índia por extremistas hindus e que até agora resultou na conversão de cerca de 8 mil pessoas que abandonaram a própria fé e abraçaram o hinduísmo. E agora, como relatado pelo The Times of India na primeira página, chega a reação pública dos cristãos no país.

Representantes da Igreja Católica e de outras duas Igrejas protestantes, reunidos numa coletiva de imprensa realizada ontem em Punjab, acusaram o governo de Narendra Modi de "estender um tácito apoio" à iniciativa, promovida pelo movimento radical Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS).

A iniciativa "não faz parte do projeto de governo", comentou Amit Shah, braço direito do presidente Modi. Assim, o partido majoritário, o Bharatiya Janata Party (BJP), negou o patrocínio dessas reconversões. Enquanto isso, os cristãos ameaçam protestos públicos, especialmente após os recentes incidentes de intolerância religiosa. 

PROMAPA realiza o 5º Capítulo Provincial Ordinário Eletivo em Belém do Pará


O Ministro Provincial da Província Nossa Senhora do Carmo, Frei Deusivan Santos Conceição através de Carta Circular emitida em 4 de outubro, convocou todos os frades de Votos Perpétuos  a se fazerem  presente no 5º Capítulo Provincial Ordinário Eletivo a se realizar nos dias 19 a 23 de janeiro de 2015. O Capítulo será presidido pelo Conselheiro Geral, frei Sérgio Marcelo Dal Moro, na cidade de Belém do Pará.

O Capítulo Provincial Ordinário se realiza a cada três anos, para o grande público ter uma ideia aproximada, em parte um Capítulo Provincial é comparável ao Congresso eletivo de um Partido, mas o objetivo principal do Capítulo é eleger um Ministro Provincial e quatro Conselheiros (dentre os quais é eleito o Vigário Provincial, pelo próprio Capítulo) para o triênio que começa imediatamente a seguir ao encerramento do Capítulo. É igualmente missão do Capítulo refletir e decidir sobre as principais questões e opções a serem tomadas para toda a Província no próximo triênio.

A seguir ao Capítulo, o Ministro Provincial eleito escolherá um Secretário Provincial e um Ecônomo Provincial. E somente após contato prévio do Ministro Provincial com cada frade de voto perpétuo, o novo Governo Provincial constitui as novas Fraternidades (distribuição dos frades pelas casas) e nomeia os seus respetivos Guardiães ou principais responsáveis das mesmas, nos diversos lugares onde os Capuchinhos estão presentes no Maranhão, Pará e Amapá. 

“Permaneçam no meu amor” é o tema da visita do Papa Francisco ao Sri Lanka


O Arcebispo de Colombo (Sri Lanka), Cardeal Malcolm Ranjith, anunciou o lema para a visita do Papa Francisco ao país, que acontecerá entre os dias 13 e 15 de janeiro deste ano.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Cardeal Malcolm Ranjith revelou que o tema eleito é “Permaneçam no meu amor”, palavras de Jesus extraídas do Evangelho de São João.

O Arcebispo de Colombo assegurou que “Estamos muito felizes com a presença do Santo Padre em nossa terra. Consideramos isso uma honra e um grande encorajamento para a Igreja em Sri Lanka”.

“Os preparativos estão indo adiante sem obstáculos, no campo espiritual e organizacional. Esperamos o pontífice com alegria e o receberemos como um hóspede muito querido”, disse.

O Cardeal indicou que o tema para a visita apostólica do Papa é expressão de seu pontificado, e destacou que “no Sri Lanka vivemos em um tempo no qual a Igreja está chamada a testemunhar uma mensagem de paz, amor e reconciliação”.