terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Podemos bater palmas nas Missas da Quaresma? - e outras questões!


O Salvem a Liturgia recebeu na caixa de comentários a seguinte mensagem, enviada por uma leitora, da qual constam algumas perguntas:

Gostaria de receber esclarecimentos com relação à palmas: neste momento que vivemos, o período da quaresma (sabemos que é um período de conversão e introspecção), em que situações pode-se tolerá-las (palmas)? Porque já vi ministros (em outras situação, que não a quaresma) iniciarem as palmas em pleno canto de ato penitencial (um absurdo!).Ontem, na saudação à Santíssima Trindade foi feito um canto em que foram suprimidas as palmas (... para louvar, e agradecer, bendizer e adorar... te aclamar(foi retirado pra não ter as palmas)... e foi emendado com " ...estamos aqui,Senhor, ao teu dispor" (pra finalizar o canto)") e uma bendita ministra, acredito que por enlevação, começou umas palmas bem fortes. Fiquei meio sem graça, pois foi dado a entender que eu tinha errado o canto. E agora, o que fazer da próxima vez?: 

1-Canta-se o canto inteiro e como a gente aprendeu, independe de ser quaresma? (resultando nas palmas).

2 - Canta-se outro canto?

3-Ou continua-se com o canto, suprimindo as palmas?

Aproveitamos esta mensagem para esclarecer algumas questões, ainda que já tenham sido abordadas. Não podemos deixar de agradecer a confiança depositada em nosso apostolado.

Na Missa não se batem palmas nunca. Não importa quão festivo seja o dia.

Na Quaresma não paramos de bater palmas, simplesmente porque nunca começamos. Em nenhum tempo litúrgico se batem palmas na Missa. Nem mesmo na Páscoa.

Bater palmas no Ato Penitencial é absurdo, mas no Gloria também, no Sanctus, no Introito etc. As palmas são absurdas em qualquer parte da Missa.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sou muçulmano, não terrorista


Mustafa Mawla, muçulmano, foi para Yonge-Dundas Square, uma das ruas mais movimentadas de Toronto, de olhos vendados, e esperou pela reacção das pessoas. De braços abertos, estava acompanhado por cartazes no chão que diziam: "Sou muçulmano. Sou rotulado de terrorista" e "Eu confio em ti. Confias em mim? Dá-me um abraço".

A ideia foi desenvolvida por Assma Galuta, de 24 anos, que, juntamente com a equipa de produção da Time Vision, da qual Mustafa Mawla faz parte, realizou o vídeo e criou o Blind Trust Project (confiar cegamente, em português). Ao Huffington Post, afirma que "os muçulmanos têm que lidar com crises de identidade ao tentarem incluir-se na cultura canadiana" e esta iniciativa foi uma das formas de acabar com o preconceito.

"O objectivo em estar de olhos vendados foi para lhe mostrar total confiança, mostrar à sociedade canadiana que ele se sente parte da comunidade", explica Galuta ao mesmo jornal. "Como estava de olhos vendados, qualquer um podia magoa-lo mas ele mostrou que confiava totalmente nos canadianos e quis ver se eles confiavam o suficiente para lhe dar um abraço", adianta a mentora da ideia.

No final do dia, Mawla recebeu muito mais abraços do que aqueles que a organização desta iniciativa expectava. Inicialmente, esperava-se até que as pessoas tivessem reacções negativas aos cartazes, imaginando-se que se ouvissem insultos ou reacções contra a religião de Mawla. "Foi muito emocionante", confessou Galuta.

O que é o Espiritismo?


O Espiritismo é a doutrina que acredita na reencarnação e na comunicação com os mortos.

A única relação que existe entre nós e aqueles que se encontram em outro plano espiritual é esta: que nós que estamos ainda peregrinos neste mundo, Igreja Militante, oramos pelas almas do purgatório, Igreja Padecente (2Mc 12,43-46; 2Tm 1,18; Tb 4,18;12,12; Jó 1,18-20; 1Jo 5,16-17; Eclo 38,16-24), e de que os santos, Igreja Triunfante, oram por nós (Tb 12,12.15; Ap 8,3-5; Hb 12,1; 2Mc 15,11-14; At 16,9-10). Esta forma de “comunhão dos santos” (Igreja Militante, Igreja Padecente e Igreja Triunfante) expressam mais nitidamente a universalidade da Igreja Católica como meio necessário para a salvação, haja vista que os que estão “fora dela” não poderão salvar-se, ou seja, as almas daqueles que estão no inferno: “Não existe arrependimento para eles [os anjos caídos] depois da queda, como não existe para os homens após a morte” (CIC, 393).

De forma prática, um espírita não pode ser considerado cristão, pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença entre ambos.

MANIFESTAÇÕES ESPONTÂNEAS x MANIFESTAÇÕES PROVOCADAS

Conforme uma pesquisa feita pelo blog “O Catequista”, tanto católicos quanto espíritas admitem dois tipos de manifestação dos espíritos: as espontâneas e as provocadas. As manifestações espontâneas levam em conta que a iniciativa parte do além. Essas manifestações não afrontam a doutrina da Igreja. Já as manifestações provocadas têm sua iniciativa em nós, os vivos. Citando as Escrituras, temos o episódio em que o rei Saul pede à necromante de Endor que evoque a alma do falecido Samuel (I Samuel 28, 3-25). As manifestações provocadas, ou evocações, são divinamente proibidas (Ex 22,18; Lv 20,27; Dt 18,10-12; 1Sm 28,3-9; 2Rs 23,24-25; Is 8,19-20). O espiritismo é justamente isso: a evocação de gente morta.

Campanha da Fraternidade: igreja e sociedade


Caros leitores e leitoras, 

Graça e paz!

A Campanha da Fraternidade (CF) de 2015 traz como tema “Fraternidade: Igreja e sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). A escolha desse tema teve como objetivo inserir a campanha nas comemorações do jubileu do Concílio Vaticano II, com base nas reflexões propostas pela Constituição Dogmática Lumen Gentium e pela Constituição Pastoral Gaudium et Spes, que tratam da missão da Igreja no mundo. Podemos dizer que a eclesiologia e o esforço pela renovação da Igreja perpassam não apenas esses dois, mas todos os documentos do concílio, o qual foi eminentemente eclesiológico. A própria CF nasceu dos esforços de renovação suscitados pelo Vaticano II. Lembramos que as primeiras campanhas propuseram uma temática mais eclesial e depois houve uma série de campanhas de temática social, manifestando uma compreensão da Igreja como servidora da sociedade e da humanidade para a promoção da justiça do Reino de Deus. Na campanha de 2015, temos a oportunidade de englobar as duas dimensões: qual Igreja e qual sociedade queremos? Uma Igreja a serviço da sociedade que almejamos, a sociedade desejada pelo próprio Cristo: justa, fraterna, solidária, com vida digna e em abundância para todos.

Ao longo da história, a Igreja havia se distanciado desses anseios nascidos do evangelho. A inspiração de João XXIII para convocar o Vaticano II constituiu uma oportunidade de reaproximação. O concílio foi uma volta às fontes bíblicas e patrísticas e uma busca de superação do embate, da rejeição mútua entre Igreja e modernidade. Essa volta às fontes permite a elaboração de uma eclesiologia de comunhão, de cunho sacramental, que tem como ponto de partida e de chegada a Santíssima Trindade e Cristo “luz dos povos”. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Na Quaresma, entramos no deserto e lutamos contra o mal


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 22 de fevereiro de 2015

“Queridos irmãs e irmãs

Quarta-feira passada, com o rito das Cinzas, teve início a Quaresma e hoje é o primeiro Domingo deste tempo litúrgico que faz referência aos quarenta dias que Jesus passou no deserto, após o Batismo no Rio Jordão. São Marcos escreve no Evangelho de hoje: “O Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam”

Com estas breves palavras o evangelista descreve a prova enfrentada voluntariamente por Jesus, antes de iniciar sua missão messiânica. É uma prova da qual o Senhor sai vitorioso e que o prepara a anunciar o Evangelho do Reino de Deus. Ele, naqueles quarenta dias de solidão, enfrentou satanás “corpo a corpo”, desmascarou as suas tentações e o venceu. E nele todos vencemos, mas nós devemos proteger esta vitória no nosso dia a dia.

A Igreja nos faz recordar tal mistério no início da Quaresma, porque isto nos dá a perspectiva e o sentido deste tempo, que é o tempo do combate – na Quaresma se deve combater – um tempo de combate espiritual contra o espírito do mal. E enquanto atravessamos o deserto quaresmal, nós temos o olhar dirigido à Páscoa, que é a vitória definitiva de Jesus contra o Maligno, contra o pecado e contra a morte. Eis então o significado deste primeiro Domingo da Quaresma: colocar-nos decididamente no caminho de Jesus, o caminho que conduz à vida. Olhar Jesus, o que fez Jesus e seguir com Ele.

A Rede Globo e o Espiritismo


A Rede Globo investe pesado na difusão do espiritismo em sua programação. Na teledramaturgia da emissora as figuras do mundo católico como padres, freiras e devotos são apresentados de forma esteriotipada e ridicularizada, bem diferente da retratação dos personagens espíritas.

Em dias que se fala tanto contra o preconceito, poderíamos nos perguntar o porquê do preconceito contra a Igreja Católica e de seus membros à emissora carioca. Por que favorecer o espiritismo e ridicularizar, algumas vezes, personagens do mundo cristão?  O pior de tudo é a confusão  – talvez com um propósito – que fazem acerca do tema, pretendendo associar o espiritismo à fé católica, levando ao público a ideia de que se trate de duas realidades conciliáveis, quando não o são.

As manchetes sobre a próxima novela espírita da globo fazem questão de explicitar que a autora é católica. Denominam essa vertente de espiritismo cristão. A Igreja Católica não reconhece tal ligação e não permite ao católico frequentar sessões mediúnicas ou ter como fonte de doutrinamento a filosofia espírita. Quem queira assim agir que o faça sem a alcunha de católico, isto é uma opção, entanto, reafirmando o pensamento, para quem escolheu ser católico não lhe é permitido um adendo religioso.

A investida da emissora na divulgação do espiritismo  não é ocasional ou sazonal, parece fazer parte da ideologia do grupo, dada a  frequência que aparecem na programação, no decorrer dos anos. A Sra. Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, se diz católica, mas desde a década de 60 é espírita.

Por que cobrir as imagens nas Igrejas com véus roxos durante a Quaresma?


Do ponto de vista espiritual, o costume da velatio foi interpretado como sinal da penitência à qual todos os fiéis são chamados como sinal da antecipação do luto da Igreja pela morte do seu Esposo e da humilhação de Cristo, que teve de esconder-se para escapar da ameaça de morte. (Cf.: Jo 8,59).

O motivo principal para a orientação de COBRIR AS IMAGENS NAS IGREJAS, COM VÉUS ROXOS, é para que os fiéis não "se distraiam" com os Santos e que a sua devoção deve estar fundamentada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição.

Assim, cobrindo-se todas as imagens dos Santos e os crucifixos, surge com maior evidência o que há de essencial nas igrejas: o altar, onde se opera e atualiza o Mistério Pascal de Cristo, por seu Sacrifício incruento.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

"Não se pode fazer ofertas à Igreja e ser injusto com seus funcionários", diz Papa.


Os cristãos, especialmente durante a Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo, recordou o Santo Padre durante a homilia desta manhã em Santa Marta. Por outro lado, o Papa advertiu aqueles que mandam um cheque para a igreja, mas são injustos com seus funcionários.

O povo se lamenta diante do Senhor por não ouvir seus jejuns. Assim, o Papa comentou o trecho de Isaías, da primeira leitura de hoje, enfatizando a necessidade de distinguir entre "o formal e o real". Para o Senhor "não adianta jejuar, não comer carne" e depois "brigar ou explorar os trabalhadores".  Por isso Jesus condenou os fariseus, porque eles faziam "muitas observações exteriores, mas sem a verdade do coração".

Portanto, o jejum que Jesus quer é o que desfaz as cadeias da injustiça, liberta os oprimidos, veste quem está nu, faz justiça. "Este é o verdadeiro jejum, o jejum não é apenas exterior, mas deve vir do coração", explicou o Papa.

Além disso, Francisco afirmou que "nas tábuas da lei há o preceito em relação a Deus, em relação ao próximo e os dois estão juntos”. Alguém pode dizer: “Mas, não, eu cumpro os três primeiros mandamentos... e os outros mais ou menos. Não, se não cumpre estes, não pode cumprir aqueles, e se cumpre este, deve cumprir aquele. Estão unidos: o amor a Deus e o amor ao próximo são uma unidade e se quiser fazer penitência, real e não formal deve fazê-la diante de Deus e também com o seu irmão, com o próximo”.

E, como diz o apóstolo Tiago, você pode ter muita fé, mas se não realiza obras, é inútil. Por isso, o Papa advertiu que se alguém vai à missa todos os domingos e comunga, pode-se perguntar "como é a sua relação com seus funcionários? Os paga de maneira irregular? Dá a eles um salário justo? Paga também as taxas para a aposentaria? Para a assistência de saúde?”

A este respeito, o Santo Padre alertou sobre esses homens e mulheres de fé que dividem as tábuas da lei: “'Sim, sim, eu faço isso'. Mas você dá esmolas? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de você é generoso, é justo? Não se pode fazer ofertas à Igreja e pelas costas, ser injusto com seus funcionários. Este é um pecado gravíssimo, usar Deus para cobrir a injustiça ", alertou.