O Espiritismo é a doutrina que acredita na
reencarnação e na comunicação com os mortos.
A única relação que existe entre nós e aqueles que
se encontram em outro plano espiritual é esta: que nós que estamos ainda
peregrinos neste mundo, Igreja Militante, oramos pelas almas do purgatório, Igreja
Padecente (2Mc 12,43-46; 2Tm 1,18; Tb 4,18;12,12; Jó 1,18-20; 1Jo 5,16-17; Eclo
38,16-24), e de que os santos, Igreja Triunfante, oram por nós (Tb 12,12.15; Ap
8,3-5; Hb 12,1; 2Mc 15,11-14; At 16,9-10). Esta forma de “comunhão dos santos” (Igreja
Militante, Igreja Padecente e Igreja Triunfante) expressam mais nitidamente a
universalidade da Igreja Católica como meio necessário para a salvação, haja
vista que os que estão “fora dela” não poderão salvar-se, ou seja, as almas
daqueles que estão no inferno: “Não
existe arrependimento para eles [os anjos caídos] depois da queda, como não
existe para os homens após a morte” (CIC, 393).
De forma prática, um espírita não pode ser
considerado cristão, pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta
observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença
entre ambos.
MANIFESTAÇÕES
ESPONTÂNEAS x MANIFESTAÇÕES PROVOCADAS
Conforme uma pesquisa feita pelo blog “O
Catequista”, tanto católicos quanto espíritas admitem dois tipos de
manifestação dos espíritos: as espontâneas e as provocadas. As manifestações
espontâneas levam em conta que a iniciativa parte do além. Essas manifestações
não afrontam a doutrina da Igreja. Já as manifestações provocadas têm sua
iniciativa em nós, os vivos. Citando as Escrituras, temos o episódio em que o
rei Saul pede à necromante de Endor que evoque a alma do falecido Samuel (I
Samuel 28, 3-25). As manifestações provocadas, ou evocações, são divinamente
proibidas (Ex 22,18; Lv 20,27; Dt 18,10-12; 1Sm 28,3-9; 2Rs 23,24-25; Is
8,19-20). O espiritismo é justamente isso: a evocação de gente morta.
EVOCAÇÃO x
INVOCAÇÃO
A Evocação ou
a manifestação provocada das almas dos falecidos, que são os espíritos do
espiritismo, especifica, caracteriza e define o movimento suscitado por Allan
Kardec. Sem evocação não há espiritismo. (Frei Boaventura, Espiritismo -
Orientação para os Católicos, p.49).
Sobre a evocação dos mortos o Catecismo da Igreja
Católica afirma no parágrafo 2116: Todas
as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios,
evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro. A
consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de
presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos
"médiuns", tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a
história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio
com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e
o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele.
A “invocação” dos santos por sua vez, é defendida
inclusive pelo Concílio de Trento, na seção XXV que afirma que “os santos que reinam juntamente com
Cristo, rogam a Deus pelas pessoas, e que é útil e bom invocá-los humildemente, e recorrer às suas orações, intercessão e
auxílio para alcançar de Deus os benefícios por Jesus Cristo seu Filho e nosso
Senhor, que é nosso Único Redentor e Salvador“.
Embora os termos “intercessão” e “invocação” sejam
relativos, a primeira uma vez colocada, a última a segue necessariamente.
PONTOS
COMUNS E DIVERGENTES
O site “O Catequista”, na matéria “Espiritismo – os
fantasminhas evocados não são camaradas”, enumera alguns pontos que os católicos
e espíritas têm em comum, entre estes pontos, podemos citar:
1. O mundo não é só matéria (entendeu, ateu?);
2. Deus existe e é eterno, imutável, imaterial,
único, onipresente, soberanamente justo e bom;
3. Deus criou o Universo;
4. Os valores do espírito são superiores aos
valores da matéria;
5. O ser humano não é só matéria;
6. Depois da morte nossa alma continua viva e
consciente;
7. A vida após a morte está condicionada a forma
como vivemos no corpo;
8. Os falecidos não rompem com os que vivem ainda
na Terra;
9. No mundo do além nem todos são iguais;
10. Há espíritos perfeitos que vivem com Deus, que
podem nos socorrer e ajudar;
11. Do mesmo modo, há espíritos maus que podem
perturbar e prejudicar;
12. Reconhecem ambos a extraordinária figura do
Nosso Senhor Jesus Cristo;
13. Que as leis morais do Evangelho são
extraordinárias e que Jesus insistiu principalmente na caridade (entendeu
crente?);
14. Devemos fazer o bem e fugir do mal;
15. Os pecados podem ser expiados;
16. A virtude será premiada depois da morte.
Embora haja uma
crença comum nos tópicos acima enumerados, seus conceitos e ideias são bem
diferentes. Em contrapartida, o Espiritismo, segundo o Prof. Felipe Aquino,
nega 40 verdades de fé que listamos abaixo:
1 – Nega o mistério,
e ensina que tudo pode ser compreendido e explicado.
2 – Nega a inspiração
divina da Bíblia.
3 – Nega o milagre.
4 – Nega a autoridade
do Magistério da Igreja.
5 – Nega a
infalibilidade do Papa.
6 – Nega a
instituição divina da Igreja.
7 – Nega a
suficiência da Revelação.
8 – Nega o mistério
da Santíssima Trindade.
9 – Nega a existência
de um Deus Pessoal e distinto do mundo.
10 – Nega a liberdade
de Deus.
11 – Nega a criação a
partir do nada.
12 – Nega a criação
da alma humana por Deus.
13 – Nega a criação
do corpo humano.
14 – Nega a união
substancial entre o corpo e a alma.
15 – Nega a
espiritualidade da alma.
16 – Nega a unidade
do gênero humano.
17 – Nega a
existência dos anjos.
18 – Nega a
existência dos demônios.
19 – Nega a divindade
de Jesus.
20 – Nega os milagres
de Cristo.
21 – Nega a
humanidade de Cristo.
22 – Nega os dogmas
de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade perpétua, Assunção,
Maternidade divina).
23 – Nega nossa
Redenção por Cristo (é o mais grave!).
24 – Nega o pecado
original.
25 – Nega a graça
divina.
26 – Nega a
possibilidade do perdão dos pecados.
27 – Nega o valor da
vida contemplativa e ascética.
28 – Nega toda a
doutrina cristã do sobrenatural.
29 – Nega o valor dos
Sacramentos.
30 – Nega a eficácia
redentora do Batismo.
31 – Nega a presença
real de Cristo na Eucaristia.
32 – Nega o valor da
Confissão.
33 – Nega a
indissolubilidade do Matrimônio.
34 – Nega a unicidade
da vida terrestre.
35 – Nega o juízo
particular depois da morte.
36 – Nega a
existência do Purgatório.
37 – Nega a
existência do Céu.
38 – Nega a
existência do Inferno.
39 – Nega a
ressurreição da carne.
40 – Nega o juízo
final.
Em Lucas 16,19-31
encontramos a parábola do rico e de Lázaro, em que no inferno, o rico pediu a
Abraão para que a alma do bom Lázaro voltasse ao mundo dos vivos e aconselhasse
os seus parentes. Abraão negou-lhe tal pedido uma vez que eles já têm tudo o
que precisam para seguir os caminhos de Deus: "Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam!" (v. 29). Além do mais seria estranho que Deus
enviasse espíritos para se manifestar a um grupo que nega as verdades que Ele
revelou, mais estranho ainda se tal procedimento não acontecesse para levá-los
à verdade e é ao menos muito duvidoso que estes espíritos que se manifestam
sejam enviados por Deus uma vez que "Se [os
vivos] não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite
dos mortos, não se convencerão" (v.
31).
REENCARNAÇÃO
Outro ensinamento
muito ensinado pelos espíritas é a doutrina da reencarnação também rejeitada
pelas Sagradas Escrituras: Hebreus 9,27 diz que “os homens morrem uma só vez e após isso vem o juízo”. Além
disso, na cruz Jesus disse para o ladrão arrependido: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”(Lc 23,43). Na
parábola do rico e de Lázaro que citamos anteriormente, ambos quando morrem
recebem imediatamente um a salvação e outro a condenação, e Abraão ainda
afirma: “Há entre nós e vós um grande
abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós não o podem, nem os
de lá para cá” (Lc 16,26).
Por incrível que
pareça mas um dos trechos bíblicos mais usados pelos espíritas a favor da
reencarnação é justamente o que Jesus claramente condena esta prática, vejamos:
“Disse Jesus a Nicodemos: “em verdade eu
te digo: quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”. Nicodemos
perguntou-lhe: “Como pode nascer alguém que já é velho? Acaso pode entrar de
novo no ventre da mãe e nascer?” Jesus respondeu: “Na verdade, eu te digo: quem
não nascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no Reino de Deus. O que
nasceu da carne é carne; o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires de
eu ter dito: deveis nascer de novo” (Jo 3,3-7). Embora a expressão “nascer
do alto” tenha o mesmo significado em grego de “nascer de novo”, como entende
Nicodemos no v.4, Jesus fala de um novo nascimento de Deus, da água (Batismo) e
do Espírito Santo (conversão) e não da “carne” (reencarnação), e pra deixar
isso bem claro Jesus diz: “O que é
nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (v.6),
e acrescenta: “Se não acreditais quando
vos falo de coisas terrenas, como haveis de acreditar se vos falar de coisas
celestes? (v.12)”.
Portanto, irmãos,
como cristãos católicos “despojemo-nos
das obras das trevas e vistamos as armas da luz” (Rm 13,12). Abandonemos
estas práticas condenadas e nos voltemos a Deus “paciente e misericordioso” (cf. Nm 14,18).
Jesus vive e
Ressuscitou!
Gilberto Brito Passos
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Consulta:
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