sábado, 21 de março de 2015

Há pecados que um padre "normal" não pode perdoar?

Alguns pecados só podem ser perdoados pelos bispos, e outros só pela Santa Sé

"Com espírito contrito, (os fiéis) submetam seus pecados à Igreja no sacramento da penitência" (Vaticano II, Presbyterorum Ordinis, 5).

Antes de mais nada, dois esclarecimentos:

1. Os pecados não são perdoados pelo padre em si. Os pecados são perdoados por Deus, mediante a absolvição do ministro ordenado: bispo ou padre.

2. Todos os pecados têm perdão em Deus, menos um: o pecado contra o Espírito Santo (cf. Mt 12, 31). O único pecado que Deus não perdoa é a blasfêmia contra o Espírito Santo.

Em que consiste o pecado contra o Espírito Santo?

A blasfêmia não é somente com palavras, mas também com fatos. Quem blasfema? Quem não se sente necessitado de Deus, quem não se sente pecador ou se considera sem pecado. Trata-se de fechar-se ao convite de Deus à conversão, endurecer o coração, a tal ponto que a pessoa não se interessa mais por Deus.

É pecado endurecer o coração e dizer a Deus: você não me interessa, estou bem sem você, não preciso de você. É pecado considerar que Deus não pode perdoar, ou negar o perdão de Deus na confissão. Diante desta circunstância, o que Deus pode fazer? Nada, só deixar que a pessoa morra em seu pecado. Aqui Deus não pode agir, não tem nada a fazer, não tem nada para perdoar, não perdoa nada.

A Bíblia nos dá mais luz: "Quem oculta seus pecados não prosperará, mas quem os confessa e se afasta deles alcançará misericórdia" (Prov 28, 13).

O sacramento da confissão

Só Deus perdoa os pecados (cf. Mc 2, 7). Porque Jesus é o Filho de Deus, diz de si mesmo: "O Filho do homem tem poder de perdoar os pecados na terra" (Mc 2, 10) e exerce esse poder divino: "Teus pecados estão perdoados" (Mc 2, 5; Lc 7, 48).

Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, Jesus confere este poder aos homens (cf. Jo 20, 21-23) para que o exerçam em seu nome (Catecismo da Igreja Católica, 1441). Todos os pecados submetidos ao "poder das chaves" (Mt 16, 19) têm perdão.

Portanto, tenhamos cuidado ao dizer: "Deus perdoa este pecado, mas este outro Ele não perdoa". Uma coisa é o julgamento social e outra, muito diferente, é o que Deus pensa e o poder que Ele tem de perdoar o pecado – poder delegado aos seus apóstolos.

Cristo deu poder de perdoar aos apóstolos, aos bispos como sucessores deles e aos padres que colaboram com os bispos. Eles são os ministros do sacramento (Cânon 965).

Os bispo, que possuem em plenitude o sacramento da Ordem e têm todos os poderes que Cristo deu aos apóstolos, delegam aos presbíteros (padres) sua missão ministerial, fazendo parte deste ministério a capacidade de poder perdoar os pecados.

Isso foi definido pelo Concílio de Trento como verdade de fé, contra a postura de Lutero, que dizia que qualquer batizado tinha a potestade para perdoar os pecados. Cristo só deu este poder aos apóstolos (cf. Mt.18, 18; Jo 20, 23). 

Milagre de São Januário se repete hoje nas mãos do Papa Francisco.


Visita do Papa Francisco a Nápoles
PALAVRAS DO SANTO PADRE
Visita ao presídio “Giuseppe Salvi”,
em Poggioreale, e almoço com grupo de detentos
Sábado, 21 de março de 2015

Estou contente de me encontrar em meio a vocês por ocasião da minha visita a Nápoles. Agradeço a Cláudio e Pasquale que falaram em nome de todos. Este encontro me permite exprimir a minha proximidade a vocês e o faço levando a vocês a palavra e o amor de Jesus, que veio à terra para tornar plena a nossa esperança e morreu na cruz para salvar cada um de nós.

Às vezes você se sente desiludido, desanimado, abandonado por todos: mas Deus não se esquece dos seus filhos, não os abandona jamais! Ele está sempre ao nosso lado, especialmente na hora da provação; é um Pai “rico de misericórdia” (Ef 2, 4), que dirige sempre para nós o seu olhar sereno e benevolente, espera-nos sempre de braços abertos. Esta é uma certeza que infunde consolo e esperança, especialmente nos momentos difíceis e tristes. Mesmo se na vida erramos, o Senhor não se cansa de nos indicar o caminho do retorno e do encontro com Ele. O amor de Jesus por cada um de nós é fonte de consolação e de esperança. É uma certeza fundamental para nós: nada poderá nunca nos separar do amor de Deus! Nem mesmo as grades da prisão. A única coisa que pode nos separar Dele é o nosso pecado; mas se o reconhecemos e o confessamos com arrependimento sincero, justamente aquele pecado se torna lugar de encontro com Ele, porque Ele é misericórdia.

Queridos irmãos, conheço as situações dolorosas de vocês: chegam a mim tantas cartas – algumas realmente comoventes – de presídios de todo o mundo. Os prisioneiros são muitas vezes mantidos em condições indignas da pessoa humana, e depois não conseguem se reinserir na sociedade. Mas graças a Deus há também dirigentes, capelães, educadores, agentes de pastoral que sabem estar próximo a vocês de modo justo. E há algumas experiências boas e significativas de inserção. É preciso trabalhar nisso, desenvolver estas experiências positivas, que fazem crescer uma atitude diferente na comunidade civil e também na comunidade da Igreja. Na base desse empenho está a convicção de que o amor sempre pode transformar a pessoa humana. E então um lugar de marginalização, como pode ser o cárcere em sentido negativo, pode se tornar um lugar de inclusão e de estímulo para toda a sociedade, para que seja mais justa, mais atenta às pessoas.

Convido-vos a viver cada dia, cada momento na presença de Deus, a quem pertence o futuro do mundo e do homem. Eis a esperança cristã: o futuro está nas mãos de Deus! A história tem um sentido porque é habitada pela bondade de Deus. Portanto, mesmo em meio a tantos problemas, mesmo graves, não perdemos a nossa esperança na infinita misericórdia de Deus e na sua providência. Com essa segura esperança, preparemo-nos à Páscoa que se aproxima, orientando decididamente a nossa vida para o Senhor e mantendo viva em nós a chama do seu amor.

Arquidiocese de São Luís celebra a Missa Crismal 2015 nesta quinta-feira, dia 26 de março.


A missa crismal, presidida pelo bispo e concelebrada pelos presbíteros da diocese, é a celebração na qual se consagra o santo crisma (daqui vem o nome de “missa crismal”) e se abençoa também os demais óleos (que serão usados nos enfermos e batismos). Também o clero da diocese renova suas promessas sacerdotais.

Segundo a tradição, a Missa do Crisma é celebrada na Quinta-feira da Semana Santa. Se o clero e o povo encontram dificuldade para se reunir naquele dia com o bispo, tal celebração pode ser antecipada para outro dia, contanto que próximo da Páscoa (Caeremoniale Episcoporum, n. 275). Com efeito, o novo Crisma e o novo óleo dos catecúmenos devem ser usados na noite da Vigília Pascal, para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã. Esta celebração seja feita antes do Tríduo Pascal e não deve preceder imediatamente a missa vespertina “In Cena Domíni” (“na Ceia do Senhor”).

Por razões pastorais (nem todos os presbíteros podem estar presentes na missa do crisma quando realizada na quinta-feira santa de manhã devido à distância de suas paróquias), a missa do Crisma onde serão abençoados os santos óleos, será celebrada na Arquidiocese de São Luís do Maranhão, na quinta-feira, 26 de março às 9h da manhã na Catedral Nossa Senhora da Vitória. No mesmo dia acontecerá a confraternização de páscoa do clero.

Chamem-se os presbíteros das diversas partes da diocese para participarem nesta missa, concelebrando com o bispo, como testemunhas e cooperadores seus na consagração do Crisma, visto que são os seus cooperadores e conselheiros no ministério quotidiano.

Os fiéis sejam também encarecidamente convidados a participar nesta missa e a receber o sacramento da Eucaristia durante a sua celebração.

Celebre-se uma única missa, considerada a sua importância na vida da diocese, e a celebração seja feita na igreja catedral ou, por razões pastorais, noutra igreja especialmente mais insigne (Caeremoniale Episcoporum, n. 276).

O que fazer em eventuais acidentes que podem ocorrer durante a Santa Missa?


Podem acontecer acidentes durante a Missa, tais como cair um inseto dentro do vinho consagrado ou o Celebrante passar mal. Apesar de serem detalhe e raridade, são situações que acontecem e devem ser objeto de preocupação sobre o modo de corretamente proceder em suas ocorrências. Para isto, recorremos ao Missal antigo, visto que o Missal de Paulo VI não dispõe dessas orientações práticas e, assim, é enriquecido com resoluções centenárias e eficientes. Certamente não será bobagem ou preocupação desnecessária àqueles que se preocupam com a Santíssima Eucaristia e com a dignidade do culto. Imaginamos que todos se preocupam.

1.       A igreja ou o lugar onde é celebrada a Missa é profanado

Se se deu antes da Oração Eucarística, o Celebrante retira-se do altar; se foi durante a Oração Eucarística, continua a Missa.

2. Ocorre algo que impeça a celebração naquele momento, tal como inundação, ataque ou desabamento.

O Celebrante, se ainda não consagrou [as duas Espécies], retira-se; se já tiver consagrado, pode comungar imediatamente e omitir as restantes cerimônias.

3. O Celebrante ou morreu ou subitamente fica enfermo, de modo que não pode mais concluir o Sacrifício

Se isto lhe sucedeu entre a consagração da Primeira Espécie e a Comunhão, a Missa deve ser continuada por outro sacerdote a partir do lugar em que foi interrompida. Se não se sabe onde se parou a celebração, julga-se pela posição do Missal, da hóstia etc. Se se duvida se tinha feito a Consagração, repete-se a Consagração sob condição [desta não ter ocorrido], sobre a mesma ou nova matéria.

Se o acidente aconteceu quando o Celebrante estiver a meio da fórmula da Primeira Consagração, não é necessário continuar a Missa. Se, porém, aconteceu em meio à fórmula da Segunda Consagração, o Sacerdote que continua a Missa repete a fórmula da Consagração a partir do “Do mesmo modo…”, ou sobre o mesmo cálice ou sobre outro oferecido (refere-se a um cálice com novos vinho e água e com a oração do ofertório) mentalmente, e, neste caso, toma o vinho do primeiro cálice depois de comungar o Preciosíssimo Sangue, antes das purificações ao fim da Comunhão.

Se o Sacerdote que adoeceu pode comungar, o Sacerdote que continua a Missa dá-lhe a comungar.

4. Um inseto ou qualquer impureza cai dentro do cálice antes da Consagração

O Celebrante depõe aquele vinho num vaso que depois da Missa esvaziará segundo uma purificação digna; coloca no cálice outro vinho e água, oferece-o (segundo a oração do ofertório) mentalmente e continua a Missa.

Se foi depois da Consagração e pode tomar sem repugnância aquela impureza juntamente com o Preciosíssimo Sangue, continua a Missa sem se perturbar.

Se sente repugnância, extrai a impureza, põe-na num vaso, purifica-a com vinho (se for inseto e ele ainda estiver vivo, se tenha cuidado de não perdê-lo de vista), e continua a Missa. Depois da Missa, queima aquela impureza e dispõe a cinza junto à purificação que é feito às alfaias depois da Missa.

5. Cai no cálice algo venenoso ou que provoca vômito

Se isso acontece antes da Consagração, o Celebrante procede como no número 4. Se acontece depois da Consagração ou, se tendo caído antes e só for notada depois da Consagração, o Celebrante coloca o vinho consagrado em outro cálice, prepara novo vinho para a Missa, oferece-o, consagra-o e continua a Missa. Depois desta, molha um pano de linho com o Preciosíssimo Sangue e põe no sacrário até que a Espécie do vinho estar inteiramente seca. Queima o tecido e dispõe a cinza dignamente.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Anarcapitalismo à vista ? O que move o Movimento Brasil Livre, as manifestações do dia 15 e o fora Dilma?


"Aguardamos apenas a realização de condições convenientes para que o remédio não seja pior de sofrer do que o mal que se destina a curar». (Antônio de Oliveira Salazar).

São muitos os brasileiros insatisfeitos com o governo PT. E são muitas as razões da insatisfação. O governo de Lula-Dilma criou um sistema complexo de imoralidade pública baseado em corrupção generalizada nos altos escalões do estado em prol do fortalecimento do partido revolucionário; ideologização extrema da sociedade através de políticas que jogam os nacionais uns contra os outros, dividindo a sociedade mais do que ela já está dividida por uma série de mazelas, imposição de políticas globalistas, neoliberalismo somado a intervencionismo estatal do pior tipo, política externa desorientada e antinacional (Basta lembrar da "entrega" das unidades da Petrobrás construídas na Bolívia que as encampou sem que pagasse um só tostão ao Brasil pelo investimento feito e sem que isso resultassse, sequer, em protestos do governo Lula, compromissado com o projeto de Morales), políticas sociais farsescas, aumento vertiginoso dos impostos, destruição da base moral da sociedade, educação e saúde caóticas, aumento drástico da violência urbana, etc. 

Motivos para manifestar-se contra este governo existem de sobra. O governo PT não é legítimo. Constitui-se numa tirania que se sustenta em cima de um esquema de favores políticos-econômicos prestados a grupos financeiros - Dilma recebeu doações recordes dos grandes bancos na eleição de 2014 - partidários, globais, em troca da garantia de governabilidade,  e por fim, na manipulação das carências dos pobres atráves das políticas de bolsas que criam dependência perpétua e nada solucionam.

Não se trata, portanto, de estigmatizar a vontade de manifestar-se contra este governo. Qualquer brasileiro, minimamente patriota, tem o dever cívico de opor-se a ele.

Contudo, é preciso ler as manifestações do dia 15 de março último com um crivo bem afiado. É bem verdade e eu confesso: estivemos prestes a nos juntar a massa dos manifestantes de domingo para gritar "Fora Dilma". Não fomos por termos um compromisso que só poderíamos cumprir exatamente no mesmo momento em que se daria a reunião dos manifestantes em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Porém rapidamente, logo quando travei contato com as primeiras notícias sobre o que acontecia no país fiquei severamente decepcionado com as "manifestações"; explico:

Quarta pregação da Quaresma 2015: Oriente e Ocidente perante o Mistério do Espírito Santo.


ORIENTE E OCIDENTE PERANTE 
O MISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO


Meditaremos hoje sobre a fé comum do Oriente e do Ocidente no Espírito Santo e procuraremos fazê-lo "no Espírito", em sua presença, sabendo que, como diz a Escritura, "antes mesmo de a nossa palavra chegar à língua, ele já a conhece" (cf. Salmo 139, 4).

1. Rumo ao acordo sobre o Filioque

Durante séculos, a doutrina sobre a origem do Espírito Santo no seio da Trindade foi o ponto de maior atrito e tema de acusações mútuas entre o Oriente e o Ocidente, por causa do famoso "Filioque". Tentarei reconstruir o estado da questão para avaliar melhor a graça que Deus está nos dando de chegar ao entendimento também neste problema espinhoso.

A fé da Igreja no Espírito Santo foi definida, como se sabe, no concílio ecumênico de Constantinopla, em 381, com as seguintes palavras: "... e (cremos) no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, que procede do Pai e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas"[1]. Esta fórmula contém a resposta para as duas perguntas fundamentais sobre o Espírito Santo. À pergunta "Quem é o Espírito Santo", responde-se que é "Senhor" (isto é, pertence à esfera do Criador, não das criaturas), que procede do Pai e, na adoração, é igual ao Pai e ao Filho; à pergunta "o que o Espírito Santo faz?", responde-se que Ele "dá a vida" (o que resume toda a obra santificadora, interior e renovadora do Espírito) e que "falou pelos profetas" (o que resume a ação carismática do Espírito Santo).

Apesar destes elementos de grande valor, deve-se dizer, no entanto, que o artigo reflete um estágio ainda provisório, se não da fé, pelo menos da terminologia sobre o Espírito Santo. A lacuna mais óbvia é que ainda não se atribui explicitamente ao Espírito Santo o título de "Deus". O primeiro a lamentar esta reticência foi São Gregório Nazianzeno, que, por conta própria, tinha escrito: "O Espírito é Deus? Certamente! Então é consubstancial (homousion)? É claro que sim, se é verdade que Ele é Deus"[2]. Esta lacuna foi preenchida na prática da Igreja, que, superados os motivos contingentes que até então a tinham contido, não hesitou em atribuir ao Espírito o título de "Deus" e em defini-lo como "consubstancial" ao Pai e ao Filho.

Mas esta não era a única "lacuna". Do ponto de vista da história da salvação, não deveria tardar em parecer estranho que a única obra atribuída ao Espírito fosse a de ter "falado pelos profetas", silenciando-se todas as suas outras obras e, especialmente, a sua atividade no Novo Testamento, na vida de Jesus. Mais uma vez, o complemento da fórmula dogmática ocorreu espontaneamente na vida da Igreja, como fica evidente nesta epiclese da liturgia dita de São Tiago, em que se atribui ao Espírito o título de consubstancial:

"Enviai... o vosso Santíssimo Espírito, Senhor que dá a vida, que está sentado convosco, Deus e Pai, e com o vosso Filho unigênito; que reina, consubstancial e coeterno. Ele falou na Lei, nos Profetas e no Novo Testamento; desceu em forma de pomba sobre nosso Senhor Jesus Cristo no rio Jordão, repousando sobre Ele, e desceu sobre os santos apóstolos... no dia do Santo Pentecostes"[3].

Sacrilégio na Itália: Jornalista grava padres durante falsa confissão e publica matéria

Foto referencial Angela Marie via Flickr CCBY20

O confessionário é um dos lugares mais privados e privilegiados do mundo. Assim, quando uma jornalista italiana violou o segredo de confissão após fingir confessar-se com vários sacerdotes, o Arcebispo de Bologna (Itália) denunciou a sua “grave falta de respeito” a todos os católicos.

Laura Alari escreve para o jornal italiano Quotidiano Nazionale, que tem a sua sede em Bologna. É autora de uma série de quatro artigos no jornal que revelam as respostas de alguns sacerdotes quando ela se aproximou deles fingindo querer confessar-se.

Alari foi à confissão várias vezes, inventando estar passando por diversas situações complicadas: fingiu ser uma mãe lésbica que pedia para batizar a sua filha; em outra ocasião uma mulher que convivia com uma companheira do mesmo sexo; e também uma mulher divorciada recasada pelo civil que comunga todos os domingos.

Em 11 de março, o Arcebispo de Bologna, Cardeal Carlo Caffarra, respondeu em um comunicado que “com desconcerto pelo incidente e com uma alma ferida por uma tristeza profunda, quero reiterar que estes artigos constituem objetivamente uma falta grave contra a verdade da Confissão, um sacramento da fé cristã”.

O Arcebispo assinalou que os artigos de Alari “mostram uma grave falta de respeito aos fiéis que buscam a confissão como um dos bens mais preciosos, já que abre os dons da misericórdia de Deus; e (uma falta de respeito) aos confessores, ao expô-los à dúvida de um possível erro, o que pode alterar a liberdade de julgamento que se baseia em uma relação de confiança com o penitente, como a que existe entre um pai e um filho”. 

quinta-feira, 19 de março de 2015

Estado Islâmico quer matar o Papa, diz embaixador do Iraque


O embaixador do Iraque junto à Santa Fé, Habbed Al Sadr, anunciou, nesta terça-feira, que o Papa Francisco tem sofrido ameaças do grupo extremista Estado Islâmico (EI). As informações são do Daily Mail.

O alerta acontece em um momento em que o pontífice se prepara para se deslocar à Albânia e planeja uma visita à Turquia, países de maioria muçulmana.

“O autoproclamado Estado Islâmico foi claro: eles querem matar o Papa. As ameaças são reais”, disse o iraquiano ao jornal italiano La Nazione.

Segundo o Al Sadr, como o grupo está tomando proporções mundiais e conta com integrantes de diversas nações, a ameaça é ainda mais grave e a segurança do pontífice estaria em risco em qualquer lugar do planeta.

“Quero deixar claro que não tenho nenhum conhecimento sobre os futuros planos dos terroristas. Mas a regra do Estado Islâmico é clara: ou a pessoa se converte à religião deles ou morre. Com o Papa, a morte seria a única opção que eles dariam.”, disse o iraquiano.