quarta-feira, 29 de abril de 2015

Arquidiocese de Salvador presta solidariedade às famílias desabrigadas



A Cidade de Salvador vive um momento de sofrimento e dor, causados pelas enchentes dos últimos dias e pelos deslizamentos ocorridos em vários bairros. Vendo o drama de pessoas, famílias e comunidades inteiras, vem-me à lembrança a parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus a um doutor da Lei. Diante da pergunta: “Quem é o meu próximo?”, Jesus lhe respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó…” O resto, é conhecido: diante do homem que, ferido, estava à beira do caminho, um habitante da cidade de Samaria “chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão”. O que se segue na parábola também é conhecido: o Samaritano, depois dos curativos possíveis naquela situação, colocou o ferido em seu animal e o levou para uma pensão, pagando ao seu dono todo o tratamento (cf. Lc 10,25-37). Terminada a história, Jesus perguntou ao que o interrogara: “Quem foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa”.

Vendo a cidade mobilizada em torno dos que tudo ou muito perderam; testemunhando a dor de quem sofre a perda de um ente querido; impactados por imagens que trazem para os nossos lares e, particularmente, para os nossos corações o sofrimento de tantos irmãos, como não nos lembrarmos da figura do Bom Samaritano? Descobrimos, sem muito esforço, que ele não é uma pessoa: são muitas. São bombeiros e autoridades; são membros da Defesa Civil e militares; são pessoas anônimas que se mostram incansáveis no atendimento ao “próximo”. 

Homilética: 5º Domingo da Páscoa - Ano B: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós”.


No quinto Domingo da Páscoa, a Liturgia apresenta – nos a página do Evangelho de João na qual Jesus, falando aos discípulos na Última Ceia, os exorta a permanecer unidos a Ele como os ramos à Videira. Trata-se de uma parábola verdadeiramente significativa, porque expressa com grande eficiência que a vida cristã é Mistério de Comunhão com Jesus: “Quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5). O segredo da fecundidade espiritual é a união com Deus, união que se realiza sobretudo na Eucaristia, justamente chamada também “Comunhão”.

Meditar as Palavras de Jesus sobre a videira e os ramos significa refletir sobre a relação que nos une com ele em sua dimensão mais profunda: Eu sou a vidra; vós, os ramos. É uma relação até mais profunda que aquela que existe entre o pastor e seu rebanho que meditamos domingo passado. No evangelho de hoje, descobrimos onde se encontra “a força interior” da nossa religião (cf. 2Tm 3,5).

Pensemos na realidade natural que deu origem a esta imagem. O que há de mais intimamente unido do que a videira e seu ramo? O ramo é um fruto e um prolongamento da videira. Dele vem a linfa que o nutre, a umidade do solo e tudo o que depois se transforma em uva, sob o calor estival do sol; se não for alimentado pela videira, ela não pode produzir nada, mas nada absolutamente: nem um raminho, nem um grão de uva, nada. É a mesma imagem que São Paulo transmite com a comparação do corpo e dos membros: Cristo é a Cabeça de um corpo que é a Igreja, da qual cada cristão é um membro (cf. Rm 12,4s; 1Cor 12,12s). Também o membro, se está separado do resto do corpo, não pode fazer nada.

Onde está o fundamento desta relação, aplicada a nós homens? Não contraria nosso sentido de autonomia e de liberdade, isto é, nosso sentimento de ser um todo e não uma parte? Este fundamento tem uma base bem precisa que o apóstolo Paulo, com uma imagem tirada da agricultura, chama de enxerto. No batismo, nós éramos videiras selvagens, fomos inseridos e enxertados em Cristo (cf. Rm 11,16ss), tornamo-nos ramos da verdadeira vide. Tudo isto pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5). Entre o ramo e a parreira há em comum o Espírito Santo!

Qual é, portanto, nosso papel de ramos? João, como vimos, tem um verbo predileto para expressar esta unidade: “permanecer” (entende-se, unidos à videira que é Cristo): Permanecei em mim e eu permanecerei em vós […]; quem permanecer em mim […]. Permanecer unidos à videira e permanecer em Cristo Jesus significa, antes de tudo, não abandonar os compromissos assumidos no batismo; não ir para um país distante, como o filho pródigo, sabendo que se pode separar-se de Cristo com uma decisão de momento, entregando-se a uma vida de pecado consciente e procurado, mas também pouco a pouco, quase sem que se perceba, dia após dia, infidelidade atrás de infidelidade, omissão após omissão, uma incoerência depois de outra, deixando primeiro de comungar, depois de participar da Missa, depois de rezar, enfim, depois abandonando tudo.

Permanecer em Cristo significa também algo de positivo, isto é, permanecer em “seu amor” (Jo 15,19). Primeiro no amor que ele tem por nós, mais do que o amor nosso por ele; significa, por isso, permitir que ele nos ame, que nos passe sua “linfa”, que é seu Espírito, evitando colocar entre nós e ele os obstáculos da autossuficiência, da indiferença e do pecado.

Jesus insiste sobre a urgência de permanecer nele fazendo-nos entrever as consequências fatais da separação dele. O ramo que não permanece unido à videira seca, não frutifica, é cortado e lançado ao fogo; não serve mesmo para nada, porque a madeira da parreira –diferentemente de outras madeiras que, cortadas, servem para tantas finalidades, é uma madeira inútil para qualquer fim a não ser o de produzir uva (cf. Ez 15,1ss). Alguém pode ter uma vida muito rigorosa externamente, estar cheio de saúde, de ideias, produzir energia, negócios, gerar filhos e ser, aos olhos de Deus, madeira árida, material pronto para ser queimado, apenas encerrada estação da vindima.

Permanecer em Cristo, portanto, significa permanecer em seu amor, em sua lei; por vezes significa permanecer na cruz, “perseverar com ele na prova” (cf. Lc 22,28). Mas não “permanecer,” somente ficando no estado infantil do batismo, quando o ramo tinha apenas brotado ou tinha sido enxertado; mas antes “crescer” em relação à Cabeça (cf. Ef 4,15), tornar-se adultos e maduros na fé, isto é, produzir frutos de boas obras.

Nesta luz, devemos esforçar-nos para ver não apenas nossos sofrimentos individuais – lutos, doenças, angústias que afligem a cada um de nós ou a nossa família – mas também o grande e universal sofrimento que oprime nossa sociedade e o mundo inteiro, inclusive o mais misterioso de todos, que fere os inocentes. 

Cada um de nós é um ramo, que só vive se fizer crescer cada dia na oração, na participação nos Sacramentos e na caridade a sua união com o Senhor. E quem ama Jesus, videira verdadeira, produz frutos de fé para uma abundante vida espiritual. Supliquemos à Mãe de Deus, a fim de permanecermos solidamente enxertados em Jesus, e para que  cada uma das nossas obras tenha n’Ele o seu início e o seu cumprimento.

Papa na Audiência: Por que muitos jovens não querem se casar?


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 29 de Abril de 2015

Locutor:

Desde o tempo das Bodas de Caná, para as quais foi convidado Jesus, muita coisa mudou. Devemos interrogar-nos seriamente sobre as razões que levam tantos jovens a optar por não se casarem. Preferem a convivência e, habitualmente, de responsabilidade limitada… Por que não se casam? As dificuldades não são apenas de carácter económico, nem se ficam a dever – como querem alguns – à emancipação da mulher. Na realidade, quase todos os homens e mulheres sonham com uma segurança afectiva estável, um matrimónio sólido e uma família feliz. A família aparece no topo das preferências dos jovens, mas, com medo de falir, muitos descartam-na; e este medo de falir é talvez o maior obstáculo para aceitarem a palavra de Cristo, que promete a sua graça à união conjugal e à família. Em Caná, Jesus não só participou nas Bodas, mas salvou a festa com o milagre do vinho. Queridos irmãos e irmãs, não tenhais medo de convidar Jesus para as vossas Bodas. Quando se casam «no Senhor», os cristãos são transformados num sinal eficaz e duradouro do amor de Deus: o matrimônio é uma festa que se renova nas sucessivas estações da vida dos esposos. O testemunho mais persuasivo da bênção do matrimónio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não há modo melhor para manifestar a beleza deste sacramento.

“A minha Diocese não existe mais. O Estado Islâmico levou-a embora”, diz Arcebispo de Mossul


Depois de mais de 2 mil anos de presença em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, os cristãos receberam um ultimato e foram obrigados a abandonar a região nestes últimos dias, deixando todos os seus bens para trás. O Estado Islâmico lhes deu as opções: morrer; se converter ao islamismo; pagar o imposto dos infiéis (a jizya) e viver sob a lei da sharia; ou deixar a cidade imediatamente.

A agência de notícias local informou que os integrantes do ISIS estupraram a esposa e a filha de um cristão na frente dele, pois o homem era pobre e não podia pagar a jizya, no valor de 450 dólares mensais. Tal soma é impossível de ser paga pela grande maioria das famílias da região. Um professor da Universidade de Mossul, o muçulmano Mahmoud Al ‘Asali, saiu em defesa dos cristãos, dizendo discordar da forma como estavam sendo maltratados, e por isso foi morto no dia 20.

Dom Saad Syroub, bispo auxiliar caldeu de Bagdá, contou que os militantes sunitas escreveram na fachada da casa dos cristãos a frase “Imóvel de propriedade do ISIS” (sigla em inglês de “Estado Islâmico do Iraque e do Levante”). Junto com o escrito, circulada em vermelho, a letra árabe “nun” (que aparece em vermelho na foto abaixo), equivalente ao nosso “n”, que é a inicial da palavra “nazarenos”. Agora, essas casas já foram todas saqueadas.

Antes desse ultimato, milhares de famílias cristãs e xiitas já haviam deixado Mossul, e ao menos conseguiram levar algumas malas e automóveis. Mas nos últimos dias, os refugiados cruzaram a fronteira só com a roupa do corpo: nos postos de controle do ISIS, os jihadistas roubaram seu dinheiro, seus carros, jóias, tudo! Muitas mulheres tiveram seus crucifixos arrancados do pescoço, e alguns refugiados foram abatidos a tiros durante a fuga (veja o vídeo).

Grande parte dos refugiadas foi para o Curdistão; muitos também fugiram para aldeias próximas de Nínive. Nem todas as famílias optam por fugir; alguns aceitaram fazer a profissão de fé islâmica para preservar seus bens e suas vidas. Mas infelizmente, talvez não consigam preservar sua dignidade: os órgãos internacionais ainda não puderam confirmar a informação, mas no dia 21 o califa do ISIS ordenou que todas as mulheres tenham seu clitóris e lábios superiores da vagina costurados (Fonte: JB).

Para aumentar a desgraça, o edifício do episcopado da Igreja Católica Siría em Mossul foi completamente incendiado pelos jihadistas no dia 19 (foto abaixo). A dez minutos da cidade de Qaraqosh, os muçulmanos tomaram o mosteiro de Mar Behnam e expulsaram de lá os monges católicos sírios, que foram impedidos até mesmo de levar qualquer relíquia. O mosteiro, construído no século IV, é um dos lugares de culto mais antigos e venerados pelo cristianismo. Também foram ocupados o Mosteiro de São Jorge, a Casa das Irmãs do Sagrado Coração e o Mosteiro dos dominicanos.


A resposta do Povo da Cruz que não espera o Estado Islâmico


No dia 15 de fevereiro o mundo ficou chocado com o vídeo do Estado Islâmico (ISIS), que mostrou a decapitação de 21 cristãos coptas na costa da Líbia e cujo sangue foi derramado no mar que leva a Roma (Itália) como uma ameaça para a “Nação da Cruz”. Dois meses mais tarde, um grupo de missionários respondeu aos jihadistas com uma mensagem que estes não esperariam e que começou a circular no Oriente Médio.

O vídeo foi postado no site de mighty.la e é intitulado “Carta do Povo da Cruz ao ISIS” e, segundo observou a Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), foi elaborado por um grupo de missionários digitais dos Estados Unidos.

No vídeo, os missionários recordam aos jihadistas que “o mundo está falando de vocês”. Os “seus sonhos apocalípticos e pecados espetaculares”, como são as decapitações, escravizações, estupros e execuções de cristãos sendo cometidos no Iraque, Síria e Líbia, “Estão despertando o Oriente Médio. Em sua guerra santa, chegaram à terra santa”.

“Venham, filhos de Abraão, venham. O Povo da Cruz se reúne diante de tuas portas com uma mensagem: O Amor vem até vocês como uma brisa sobre o mar (…). Um exército se aproxima. Sem tanques ou soldados, mas um exército de mártires fiéis até a morte. Levando uma mensagem de vida. O Povo da Cruz vem morrer a tuas portas.”

Mas, “se vocês não ouvirem nossa mensagem com palavras, então iremos mostrar com as nossas vidas em sacrifício”. O vídeo possui legendas em árabe, inglês e espanhol.

“Para cada garganta que vocês cortem, para cada mulher que vocês violem, de cada homem que vocês queimem vivo, de cada criança que vocês transformem em cinzas, há sangue em suas mãos, irmãos”, lembram-lhes.

No entanto, o vídeo, que mostra as imagens dos 21 mártires coptas, assegura aos extremistas do ISIS que, apesar de suas atrocidades, o Povo da Cruz os convida a colocar “suas armas e facas aos pés da Cruz”. “Ainda que os seus pecados sejam vermelhos como o escarlate, eles podem ser lavados e ficarem brancos como a neve”.

Vocês chamam a si mesmos “servos”, mas Cristo “vos fará filhos”. “Para onde poderão fugir do amor Dele? Nem mesmo as trevas podem escondê-los”.

Venham irmãos, venham! Uma chuva corre para remover cada pecado. E curar suas feridas”.

“Vocês morrem para o deus de vocês. Porém, o Nosso Deus morreu por nós. O Rei dos Reis veio como um cordeiro, imolado no altar onde nós deveríamos estar. Jesus Cristo, Isa Al Masih, caminha através do Oriente Médio”.

Finalmente, o vídeo convida os jihadistas à conversão, uma vez que “há perdão para você nesta noite, oh irmão”. “Nós não somos diferentes. Sem o Sangue de Cristo, nós não somos melhor que o pior jihadista. Cristo foi crucificado uma vez, e para todos, E foi para tornar pecadores como você e eu em irmãos. Inclusive você. Inclusive agora”. 

Por que os espíritas fazem obras de caridade?


Várias matérias aqui no site mostram que o Espiritismo se divide em diversas espécies, conforme sua origem: kardecista, umbanda, quimbanda, candomblé, etc. Porém em toda espécie de espiritismo se ensina que os homens podem comunicar-se com os espíritos dos mortos e em quase todas se pratica magia, adivinhação, despachos, feitiçarias. Todas essas práticas são abomináveis e Deus castiga severamente.

LEI DO KARMA
Pagamos pelos pecados cometidos nesta vida ou em vidas passadas?


Ora, é comum entre nós o comentário de que “pagamos nesta vida pelos pecados cometidos em vidas passadas” quando nos acontece algo mal. Nas Sagradas Escrituras encontramos várias passagens em que Deus, por exemplo, castiga o pecado dos pais nos filhos:

Êxodo 20,5: “... Castigo a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração dos que me odeiam....”.

Êxodo 34,6-7: “... O Senhor, o Senhor, Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel, que conserva a misericórdia por mil gerações e perdoa culpas, rebeldias e pecados, mas não deixa nada impune, castigando a culpa dos pais nos filhos e netos, até a terceira e quarta geração”.

De fato, os pecados cometidos por nós podem ter sérias consequências futuras, inclusive atingindo algumas gerações, como afirma o evangelista Lucas:

Jesus lhes respondeu: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que qualquer outro galileu, por terem sofrido tal coisa? Digo-vos que não. Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que qualquer outro morador de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo”. (13,2-4).

Ao contrário do que geralmente entende-se dos versículos citados, o profeta Ezequiel mostra justamente o contrário quando o próprio Deus diz:

“Que provérbio é este que andais repetindo na terra de Israel: ‘Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos ficaram embotados’? Juro por minha vida – oráculo do SENHOR Deus – não repetireis mais este provérbio. Todas as vidas me pertencem. Tanto a vida do pai como a vida do filho me pertencem. Quem peca é que morrerá”. “Quem peca é que deve morrer. O filho não pagará pela culpa do pai, nem o pai pagará pela culpa do filho. A justiça será creditada ao justo e a maldade será imputada ao ímpio” (18,2-4.20).

Também diz o profeta Jeremias: Naquele dia ninguém mais dirá: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos ficaram embotados”. Pelo contrário, cada qual morre por seu próprio pecado; fica com os dentes embotados quem comeu as uvas verdes. (31,29-30)

Tal concepção é reafirmada por Jesus no episódio do cego de nascença. Os apóstolos acreditavam que se alguém nascia com alguma doença ou se algo de mal acontecia na vida de alguém, estaria este pagando pelos pecados de seus pais, vejamos:

Jesus ia passando, quando viu um cego de nascença. Os seus discípulos lhe perguntaram: “Rabi, quem pecou para que ele nascesse cego, ele ou seus pais?” Jesus respondeu: “Nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9,1-3).


Segundo uma crença muito arraigada no AT e acatada pelos rabinos, as doenças e desgraças são castigo de uma vida pecaminosa, seja do próprio indivíduo, seja dos pais. Por isso a pergunta dos discípulos “ou cometeu um pecado antes de nascer (em vidas passadas) ou seus pais o cometeram” (v.2). De modo algum se pensa numa existência anterior e na reencarnação no sentido do espiritismo. A resposta de Jesus não nega de todo alguma ligação entre doença e pecado. No entanto, ele deixa bem claro que certos males vem de Deus para que sejam ocasião para mostrar-lhes o seu poder, ou como diria o apóstolo Paulo: “a força se realiza na fraqueza” (2Cor 12,9). Em outras palavras Jesus afirma que não se deve perguntar pela razão, mas pela finalidade, que é a maior glória de Deus. De fato, o milagre que segue, além de curar o cego (v.7), devia manifestar Jesus como luz do mundo. Além do mais, fosse assim, Jesus, que foi concebido e permaneceu sem pecado (cf. 2Cor 5,21; Hb 4,15; 7,26; 9,14; 1Pd 1,19; 2,22; 1Jo 3,5) estaria pagando por qual pecado cometido haja vista que sua mãe Maria, também foi concebida sem pecado? (cf. Lc1,28.30).*

O profeta Isaías diz que Eram na verdade os nossos sofrimentos que ele carregava, eram as nossas dores, que levava às costas. E a gente achava que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado. Mas estava sendo traspassado por causa de nossas rebeldias, estava sendo esmagado por nossos pecados. O castigo que teríamos de pagar caiu sobre ele, com os seus ferimentos veio a cura para nós. Como ovelhas estávamos todos perdidos, cada qual ia em frente por seu caminho. Foi então que o SENHOR fez cair sobre ele o peso dos pecados de todos nós.” (53,4-6).

Ora, o Evangelho segundo o Espiritismo, ao contrário do que afirma as Sagradas Escrituras diz:

Por que uns sofrem mais do que outros? Por que uns nascem na miséria e outros na riqueza, sem nada terem feito para justificar essa posição? (…) As contrariedades da vida são de duas espécies (…): umas têm sua causa na vida presente, outras, não nesta vida. (…) Tal é, por exemplo, a perda de seres queridos (…); as calamidades naturais e as enfermidades de nascença (…), as deformidades (…) etc. Aqueles que nascem nessas condições seguramente não fizeram nada nesta vida para merecer uma sorte tão triste (…). É certo que Deus não pune o bem que se faz e nem o mal que não se faz; se somos punidos, é porque fizemos o mal; se não o fizemos nesta vida, seguramente o fizemos em outra. (A.  Kardec, O Evang. Segundo o Espiritismo. Cap. 5 – itens 3, 4 e 6).

Essa ideia de Allan Kardec de que todas as pessoas carregam uma espécie de lei de “causa e efeito”, é conhecida como “lei do karma” que seria uma dívida gerada por atos realizados nesta vida ou em vidas passadas e foi completamente, como vimos, refutadas pela Bíblia uma vez que nega o perdão divino. Também os hinduístas, budistas e esotéricos professam essa crença. Como dissemos antes, embora possamos sofrer nesta vida que é a única que temos (cf. Hb 9,27) consequências de ações passadas, nem sempre esta é a causa do sofrimento. Sobre isto, você pode saber mais em uma matéria do blog “O Catequista”, publicada em nosso site, sob o título: “Lei do Karma: as pessoas sofrem por que merecem?”.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Carta do Povo da Cruz para o Estado Islâmico


O mundo reage ao Estado islâmico com ódio e vingança, mas há um grupo que responde de forma diferente. Eles não são aliados do ISIS, mas seus inimigos. E eles foram mortos aos milhares nas mãos do ISIS. O ISIS os chama de “O Povo da Cruz” -, esse povo está trazendo uma mensagem de perdão e esperança declarando um amor que eles não conhecem - um amor que reconcilia mesmo o pior de nós e pode converter inimigos em irmãos.

Nós trabalhamos com vários cristãos refugiados árabes e do Oriente Médio para conseguirmos suas mensagens. O texto também foi traduzido por um cristão árabe do Egito.


Terremoto no Nepal: a Cáritas responde à emergência


A rede internacional da Cáritas mobilizou todas as suas estruturas de resposta a emergências para apoiar a Cáritas Nepal no auxílio à população das duas principais cidades do país, Katmandu e Pokhara, atingidas neste sábado por um terremoto de magnitude 7,9.

O sismo também causou danos em áreas fronteiriças com o Tibete e com o norte da Índia. Os relatórios oficiais já contabilizam mais de 3.500 mortos.

“Vários membros da rede da Cáritas Internationalis, que estavam no país asiático no momento do terremoto, se uniram de forma imediata às equipes de resgate da Cáritas Nepal”, informou a organização em um comunicado desta segunda-feira.

Eleanor Trinchera, coordenadora de programas da Cáritas Austrália para o Nepal e presente em Katmandu, declarou que “nunca tinha visto tanta devastação. As ruas estão dominadas pelo caos e cheias de gente que tenta encontrar amigos e familiares. A cidade está paralisada, com edifícios destruídos, ruas bloqueadas, falta de luz e réplicas constantes”.

Além das primeiras avaliações sobre as necessidades mais urgentes, os especialistas da Cáritas já começaram a oferecer a primeira resposta de emergência aos sobreviventes. Durante o domingo, a Cáritas Nepal distribuiu lonas para famílias que ficaram sem teto.

“As operações de resgate são as principais prioridades no momento. Muitas pessoas perderam suas casas e estão nas ruas ou em espaços abertos, expostas às baixas temperaturas noturnas. Tentamos proporcionar alimento de primeira necessidade e refúgio provisório”, informou o diretor da Cáritas Nepal, padre Pius Perumana, de Katmandu. “Desde o meio-dia do sábado houve 66 réplicas menores, seguidas hoje por outro forte tremor, o que é um fenômeno raro num período tão curto. Os danos causados por este último terremoto são devastadores”.

A Cáritas Internacional divulgou a seguinte oração pelas vítimas do terremoto e convida as 165 Cáritas nacionais da sua rede a se unirem nesta prece: