domingo, 17 de maio de 2015

Papa Francisco canoniza quatro novas santas para a Igreja


Homilia do Papa Francisco na celebração da
canonização de quatro novas santas
VII Domingo de Páscoa, 17 de maio de 2015

“Os Atos dos Apóstolos nos apresentaram a Igreja nascente no momento em que elege aqueles que Deus chamou para tomar o lugar de Judas no Colégio Apostólico. Não se trata de assumir um cargo, mas um serviço. E de fato Matias, sobre quem recai a escolha, recebe uma missão que Pedro define assim: “É preciso que um deles se junte a nós para testemunhar Sua ressurreição” – a ressurreição de Cristo.

Com estas palavras ele resume o que significa fazer parte dos Doze: significa ser testemunha da ressurreição de Jesus. O fato que diga “junte-se a nós” faz entender que a missão de anunciar Cristo ressuscitado não é individual: deve ser vivida em modo comunitário, com o Colégio Apostólico e com a comunidade. Os apóstolos fizeram a experiência direta e estupenda da ressurreição; são testemunhas oculares de tal evento.

Graças ao seu respeitável testemunho, muitos acreditaram; e da fé em Cristo ressuscitado nasceram e nascem continuamente as comunidades cristãs. Também nós, hoje, fundamos nossa fé no Senhor ressuscitado, no testemunho dos apóstolos chegado até nós mediante a missão da Igreja. A nossa fé está firmemente ligada ao seu testemunho como a uma corrente ininterrupta desdobrada no decorrer dos séculos não somente pelos sucessores dos Apóstolos, mas por gerações e gerações de cristãos. À imitação dos Apóstolos, de fato, cada discípulo de Cristo é chamado a se tornar testemunha da sua ressurreição, sobretudo naqueles ambientes humanos onde é mais forte o esquecimento de Deus e a perda do homem. 

Esculturas agradáveis a Deus


A Igreja por ser fundada por Jesus segue a plenitude da forma de culto DE JUDÁ, tribo com qual Deus instituiu uma Nova Aliança (Hebreus 8,8) e cujo Sacerdócio não é estabelecido por Moisés (Hebreus 7, 14). O próprio Deus concede o dom de fazer esculturas para utilização de culto especificamente dessa tribo, da qual nasceu a Igreja.

Êxodo 31,2-5 diz: "Eu escolhi Bezalel , filho de Uri, filho de Hur, DA TRIBO DE JUDÁ , e o enchi do Espírito [...] e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade ARTÍSTICA para DESENHAR e EXECUTAR TRABALHOS em ouro, prata e bronze. Dilapidar e engastar pedras, ENTALHAR MADEIRA e realizar todo tipo de trabalho".

Se o mandamento o qual fala sobre imagens de ídolos englobasse também imagens de santos Deus seria contraditório pois no mandamento referente a ídolos condena as imagens(ídolos) das coisas que estão: ““EM CIMA NOS CÉUS". (Ex 20, 4) e o próprio Deus se agrada com imagens de seus servos que estão no céu (cidade santa) mas proíbe imagens dos ídolos (astros) que estão no céu (firmamento), alguns idiomas como o inglês tem duas traduções para diferenciar céu (cidade santa) e céu (firmamento), Heaven e Sky.

sábado, 16 de maio de 2015

Entregues à morte por causa de Jesus (cf. 2Cor 4,11).


“Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. [...].
No mundo havereis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” .
(Jo 15,18; 16,33).

Sempre eram comoventes para mim as celebrações litúrgicas dos mártires. Impressionam nelas as extraordinárias histórias de suas vidas envolvidas pela graça da fé, e, em especial, o testemunho final do seu sangue derramado como o de Cristo, em oblação perfeita de suas frágeis vidas. Além disso, a cor vermelha dos paramentos litúrgicos, as antífonas, os salmos e os cânticos permitem penetrar mais profundamente a alma e o coração de quem reza. Tudo isso torna-se mais tocante e comovente ainda quando iluminado pelas ricas perícopes da Palavra de Deus e pelas belíssimas orações próprias que trazem o Missal Romano e a Liturgia das Horas.

Bebê sequestrado pelo Estado Islâmico e depois morto decapitado

Confesso, que até pouco tempo atrás estas celebrações eram para mim muito mais ações sagradas do encontro com Deus, revestidas de gloriosa e serena memória litúrgica, com tudo que ela é capaz de trazer para o hoje da vida da Igreja e para a nossa vida cristã, porém, permaneciam um tanto distantes e idealizadas. Atualmente, não consigo mais celebrar as festas dos mártires cristãos com a mesma quietude litúrgica. A comoção toma conta das orações, das leituras, das reflexões e das homilias. Por vezes, as palavras dificilmente passam pela garganta, e faço esforço enorme para conter a comoção. Isto porque o martírio daqueles cristãos passou a ser relido a partir do martírio de milhares de cristãos dos tempos atuais, que como afirma o Papa Francisco, são muito mais numerosos que nos primeiros séculos da Igreja. 

Pe. Gutierrez, fundador da Teologia da Libertação, é recebido no Vaticano


Realizou-se na manhã de terça-feira (12/05), na Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de imprensa de apresentação da Assembleia da Caritas Internacional, que tem início oficialmente hoje, dia 13.

Estavam presentes na coletiva o Presidente da Confederação, Cardeal Oscar Andrés Rodrigues Maradiaga, e o Secretário-Geral, Michel Roy. Mas quem chamou a atenção da mídia foi o teólogo dominicano Gustavo Gutierrez, considerado um dos fundadores da Teologia da Libertação. O sacerdote peruano será um dos conferencistas da Assembleia, quando falará da relação entre caridade e justiça.

Teologia da Libertação

Respondendo às inúmeras perguntas dos jornalistas, Pe. Gutierrez recordou que a Teologia da Libertação nunca foi condenada pela Santa Sé, mas passou por várias fases, inclusive “críticas”, de diálogo. “O que é importante agora é o momento atual, de ir às periferias, a opção preferencial pelos pobres. E isso está claro no pontificado do Papa Francisco. O importante é reabilitar o Evangelho”.

“A reflexão teológica deve estar ligada à vida cotidiana das pessoas. Não se trata de metafísica religiosa. Nunca li na Bíblia algum trecho que diz ‘ide e fazei Teologia’, mas sim ‘ide e fazei discípulos’. A Teologia é uma hermenêutica da esperança, dá a visão para quem está comprometido na ação.”

Carta de amor

Questionado se escreveria tudo o que escreveu da mesma maneira, o teólogo de 86 anos respondeu que é a mesma coisa perguntar para uma pessoa casada há anos se escreveria uma carta de amor exatamente igual ao do início do relacionamento. “Não é possível, mas o meu amor a Deus, à Igreja e ao povo permanece o mesmo.” 

10 coisas que um músico não deve fazer na liturgia


Virou uma febre nas redes sociais os textos em formato de listas. Parece ser uma metodologia bem didática e bastante apropriada para o rápido ambiente virtual. Resolvi então aderir à moda e exercitar essa maneira diferente de escrever aproveitando um tema bastante comum e que costuma gerar tantos problemas na nossa igreja. Não sou um especialista em liturgia, mas ao longo da minha caminhada, estudando, praticando e vendo outros grupos de música acho que aprendi pelo menos essas coisas…

1) Vestir-se inadequadamente

Palco é palco, altar é altar. É comum que um artista faça do seu próprio corpo uma extensão da sua expressão; no entanto, a liturgia não é um lugar de expressar sua individualidade a ponto de roubar a atenção do principal: o mistério que está sendo celebrado no altar. Atualmente as equipes de música vêm ocupando lugares no templo bastante destacados (ao contrário de quando escondiam-se nos “coros”), muitas vezes ao lado do altar. A preparação, portanto, deve começar quando você abre o seu armário e escolhe a sua roupa. Sobriedade e discrição são a norma.

2) Chegar em cima da hora

Tocar e cantar numa missa são responsabilidades muito grandes e muita coisa pode dar errado: um cabo que resolve chiar assim que se liga, uma bateria do violão que precisa ser trocada, uma extensão de força que não está no armário como deveria estar (“quem foi que usou por último, hein??”). Sendo assim, os músicos devem chegar a tempo suficiente de deixar tudo perfeitamente preparado para quando a missa começar, para não ter que cometer o abuso de afinar o violão somente durante a primeira leitura.

3) Cantar e tocar sem ensaio

Se com ensaio a quantidade de erros que vemos numa celebração já é enorme quanto mais sem ensaiar… É bom que todo grupo de música tenha um repertório básico ensaiado para qualquer situação e que ensaie uma ou outra música específica para aquela celebração, seja por uma solicitação do celebrante, seja por uma exigência litúrgica.

4) Substituir os cantos do ordinário por outras músicas quaisquer

Momentos específicos da liturgia como o Ato Penitencial (Kyrie), Gloria, Santo (Sanctus) e o Cordeiro (Agnus Dei) são parte integrante da celebração. Da mesma forma que o padre não pode substituir a Oração Eucarística por uma outra oração qualquer, se esses momentos da missa forem cantados, a letra deve respeitar as fórmulas prescritas pela Instrução Geral do Missal Romano. Essa inclusive é uma ótima oportunidade para estimular os compositores da paróquia a fazerem novas melodias para esses momentos.

5) Escolher as músicas sem ler as leituras do dia

A liturgia não é uma audição onde você escolhe as músicas que melhor se adequam à sua voz ou a que o guitarrista tirou o solo “igualzinho ao do CD”. As músicas devem ser escolhidas de acordo com o que está sendo celebrado naquele dia, levando-se em conta as leituras do dia e o tempo litúrgico. Ao preparar-se para a liturgia, faça uma lectio divina com as passagens que serão lidas e somente a partir daí escolha as músicas do dia. 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Por que maio é o mês de Maria?


No mês de maio, milhões de pessoas participam de romarias e peregrinações a santuários marianos, fazem orações especiais a Maria e lhe oferecem presentes, tanto espirituais quanto materiais.

Dedicar o mês de maio – também chamado de "mês das flores" no hemisfério norte – a Maria é uma devoção arraigada há séculos. Com sua poesia "Ben vennas Mayo", das Cantigas de Santa Maria, Afonso X o Sábio nos revela que esta tradição já existia na Idade Média.

A Igreja sempre incentivou tal devoção, por exemplo concedendo indulgências plenárias especiais e com referências em alguns documentos do Magistério, como a encíclica "Mense Maio", de Paulo Vi, em 1965.

"O mês de maio nos estimula a pensar e a falar de modo particular dEla – constatou João Paulo II em uma audiência geral, ao começar o mês de maio em 1979. De fato, este é o seu mês. Assim, o período do ano litúrgico [Ressurreição] e ao mesmo tempo o mês corrente chamam e convidam os nossos corações a abrirem-se de maneira singular para Maria."

Mas, por que existe este mês, se outros contêm festas litúrgicas mais destacadas dedicadas a Maria? O beato cardeal John Henry Newman oferece várias razões em seu livro póstumo "Meditações e devoções".

"A primeira razão é porque é o tempo em que a terra faz surgir a terna folhagem e os verdes pastos, depois do frio e da neve do inverno, da cruel atmosfera, do vento selvagem e das chuvas da primavera", escreve de um país do hemisfério norte. 

O Bispo pode concelebrar Missa?


A pergunta mantém-se com resposta óbvia até um certo ponto. É claro que o Bispo pode concelebrar uma Missa, como já vimos e veremos tantas vezes, mais comumente na forma ordinária do rito romano e em outros ritos latinos e nos ritos orientais. Por muito tempo, contudo, a concelebração da Missa permaneceu restritíssima e obscura no rito antigo, mas foi restabelecida pela reforma litúrgica do Vaticano II, embora não seja prevista para todos os casos vistos hoje, sem motivos importantes.

Na imagem, à esquerda, o Cardeal Luigi De Magistris que, 
durante a posse de sua diaconia cardinalícia, 
permitiu que outro Bispo (à direita na imagem) 
celebrasse a Missa Solene, 17 de fevereiro de 2014. 
© Imagem: L’Osservatore Romano

Podem tomar parte na concelebração todos quem possuem os segundo e terceiro graus do Sacramento da Ordem; os sacerdotes de uma Diocese devem concelebrar as grandes missas presididas pelo Bispo, como a Crismal, (Sacrosanctum Concilium, n. 41; Sagrada Congregação dos Ritos, Eucharisticum mysterium, 1967) e é de tradição que os Cardeais, normalmente Bispos, concelebrem com o Papa as principais solenidades do ano litúrgico. Portanto, a concelebração muitas vezes é, antes um dever do que um direito evocado. Uma vez que o Diácono age na pessoa do Cristo Servo e não pode oferecer o Santo Sacrifício da Missa, logo, ele não concelebra, mas exerce a sua função segundo as regras litúrgicas.

Mas até aqui falamos das Missas celebradas por Bispos, nas quais não há nenhum impedimento e é normal a concelebração por outros Bispos. E o Bispo pode concelebrar a Missa presidida por um sacerdote?

Não. Isto afirma a doutrina e a tradição da Igreja: “ao Bispos compete presidir à Eucaristia nas suas comunidades” (Cerimonial dos Bispos, n. 175). Por quê? O Bispo não possui o mesmo sacerdócio ministerial do Sacerdote? Possui. Todos os Bispos participam do governo da Igreja universal e são a perfeita imagem de Cristo Sumo Sacerdote, pois governam o Seu rebanho e são revestidos com a plenitude do Sacramento da Ordem. Isso ainda é mais claro quando trata-se do Bispo diocesano: ele, mais do que qualquer outro Bispo, governa a diocese, como “vigário e legado do Cristo em comunhão e sob a autoridade do Romano Pontífice” (Cerimonial dos Bispos, n. 5). Ainda que um Bispo participe do governo universal da Igreja, é necessário estar em comunhão com o Papa para exercer licitamente esse poder.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Acordo geral entre a Santa Sé e o Estado da Palestina


A Comissão bilateral entre a Santa Sé e o Estado da Palestina declarou, nesta quarta-feira dia 13 de maio, que foi concluído o texto do Acordo global elaborado segundo o Acordo de base assinado a 15 de fevereiro do ano 2000.

Esse Acordo de base tinha sido assinado entre a Santa Sé e a Organização para a Libertação da Palestina (Olp) enquanto este agora foi definido entre a Santa Sé e o Estado da Palestina. Este texto será agora aprovado pelas respetivas autoridades sendo depois marcada a data para a assinatura.

Este encontro aconteceu num clima cordial e construtivo, segundo revela um comunicado oficial, e contou com duas delegações de alto nível que reconheceram o trabalho desempenhado precedentemente pelo grupo técnico conjunto, depois do encontro oficial realizado, em Ramallah, na Palestina a 6 de fevereiro de 2014.

A nota oficial sublinha que a comissão, guiada pelo Subsecretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri, e pelo vice-ministro para os Assuntos multilaterais do Estado da Palestina, Embaixador Rawan Sulaiman, “tomou nota com grande satisfação dos progressos realizados na elaboração do acordo no que diz respeito aos aspetos essenciais da vida e da atividade da Igreja Católica na Palestina”.