VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO
AO EQUADOR, BOLÍVIA E PARAGUAI
(5-13 DE JULHO DE 2015)
CERIMÔNIA
DE BOAS-VINDAS
DISCURSO
DO SANTO PADRE
Aeroporto Internacional “Mariscal Sucre”
de Quito, Equador
Domingo, 5 de Julho de 2015
Senhor Presidente,
Ilustres Autoridades do governo,
Irmãos no Episcopado,
Senhoras e senhores, amigos todos!
Dou graças a Deus por me ter permitido voltar à
América Latina e estar aqui hoje convosco, nesta linda terra do Equador. Sinto
alegria e gratidão pelas vossas calorosas boas-vindas: é mais uma prova do
carácter acolhedor que tão bem define as pessoas desta nobre nação.
Agradeço, Senhor Presidente, as suas palavras –
agradeço-lhe a sintonia com o meu pensamento; citou-me até demais, obrigado! –
que retribuo com votos de todo o bem para o exercício da sua missão: possa
conseguir o que deseja para o bem do seu povo. Saúdo cordialmente as ilustres
Autoridades do Governo, os meus Irmãos Bispos, os fiéis da Igreja no país e
todos aqueles que hoje me abrem as portas do seu coração, da sua casa e da sua
Pátria. A todos vós, o meu reconhecimento afetuoso e sincero.
Visitei o Equador em diferentes ocasiões por
motivos pastorais; e também hoje venho como testemunha da misericórdia de Deus
e da fé em Jesus Cristo. A mesma fé que, durante séculos, modelou a identidade
deste povo e deu muitos frutos bons, entre os quais se destacam figuras
insignes como Santa Mariana de Jesus, o santo irmão Miguel Febres, Santa
Narcisa de Jesus ou a Beata Mercedes de Jesus Molina, beatificada em Guayaquil,
trinta anos atrás, durante a visita do Papa São João Paulo II. Eles viveram a
fé com intensidade e entusiasmo e, praticando a misericórdia, contribuíram para
melhorar, em diferentes áreas, a sociedade equatoriana do seu tempo.
Hoje, também nós podemos encontrar no Evangelho as
chaves que nos permitam enfrentar os desafios atuais, avaliando as diferenças,
fomentando o diálogo e a participação sem exclusões, para que as realizações
alcançadas no progresso e desenvolvimento se consolidem e possam garantir um
futuro melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmãos mais
frágeis e às minorias mais vulneráveis, uma dívida que tem ainda toda a América
Latina. Para isso, Senhor Presidente, poderá contar sempre com o empenho e a
colaboração da Igreja, servindo este povo equatoriano que com tanta dignidade
se levantou.