Pretendemos, hoje, desmascarar a “prova” da
diabólica ideologia de gênero apresentada pelo médico norte-americano Dr. John
Money a partir dos quase indizíveis sofrimentos de Bruce Reimer, cuja alma
recomendamos ao Senhor em nossas preces.
Já foi aqui repetido à exaustão – mas nunca é
demais relembrar – o que essa ideologia antinatural ensina: ninguém nasce homem
ou mulher, mas, sim, vem ao mundo como um ser neutro que, com o tempo,
escolherá tornar-se homem, mulher ou neutro (nem um nem outro) de acordo com a
educação recebida. Isso afronta o plano de Deus (cf. Gn 1,27) e a própria ciência
médica que mostra aos pais o sexo do bebê: homem ou mulher. O neutro é invenção
ideológica, sem prova científica empírica.
No entanto, nos anos de 1960, o Dr. John Money,
médico da John Hopinsk University, de Baltimore (Estados Unidos), tentou, por
meios espúrios, comprovar que a sexualidade depende da educação e não da
Biologia, usando da boa fé de uma família em desespero que o procurou como
médico.
O caso, em suma, foi o seguinte: o casal Janet e
Ron Reimer gerou dois filhos homens, Bruce e Brian, mas um deles (Bruce) teve
seu órgão genital amputado em uma circuncisão, de modo que os pais entraram em
desespero até conhecerem o famoso Dr. Money em um programa de TV. Aí ele
defendia que é possível a um bebê ter um sexo neutro ao nascer e que, por isso,
pode ser mudado com o correr dos dias.
Ante os pais aflitos, o médico se propôs a mutilar
cirurgicamente Bruce com a castração, forçando-os a ensiná-lo como mulher. Daí,
na cirurgia plástica, ter-lhe feito as aparência externas de um aparelho
genital feminino a fim de que o menino se sentisse menina e fosse educado como
tal: vestido, bonecas, brincadeiras de casinha etc.
A primeira tentativa de vestir Bruce – que já,
então, era chamada de Brenda – com um vestidinho, no entanto, não deu certo. O
menino artificialmente transformado em mulher o arrancou instintivamente, de
modo que a mãe, assustada, confessou: “Meu Deus, ele sabe que é um menino e não
quer se vestir como menina” (J. Scala. Ideologia de gênero: o neototalitarismo
e a morte da família. S. Paulo: Artpress, 2011, p. 24). Era o início do
pesadelo de Bruce.
Sim, na escola, ele agia como menina, embora com
trejeitos de homem, de modo que ao frequentar o sanitário feminino era ameaçado
pela navalha de alguma menina por urinar em pé. Elas imaginavam, talvez, que
Bruce fosse um espião em seu banheiro. Daí ele confessar, anos depois, o drama:
“Foi uma espécie de lavagem cerebral... Daria qualquer coisa para que um
hipnotizador conseguisse apagar todas essas lembranças de meu passado. É uma
tortura que não suporto. O que me fizeram no corpo não é tão grave quanto o que
me fizeram na mente” (idem).
Na adolescência, o médico, Dr. Money, talvez
percebendo esses episódios todos, afastou-se da família Reimer. Foi aí que,
perante os sofrimentos do filho, em 1980, o pai lhe contou toda a verdade.
Brenda optou por uma cirurgia chamada de faloplastia e, depois de cinco anos,
voltou a ter a aparência de um homem normal com o pseudônimo de David. Nessa
condição, aos 23 anos, conheceu Jane, uma mãe solteira com três filhos, com
quem se casou, mas se separou, no ano 2000, quando sua verdadeira história – de
Bruce/Brenda/David – veio a público no difundido livro do Dr. John Colopinto
que, no Brasil, foi publicado com o titulo Sexo trocado: a história real do
menino criado como menina (Ediouro, 2001).
Em 2002, seu irmão gêmeo, Brian, triste por não ter
ajudado melhor Bruce, se suicidou, mas Bruce também se sentiu culpado pela
morte do irmão, dado que havia escondido dele sua real situação e também pôs
fim à vida em 2004, levando para o caixão a pretensa prova científica da
ideologia de gênero do Dr. Money.
Quem conhece tudo isso nunca diz “Sim” à ideologia
de gênero que não liberta, mas, ao contrário, pode escravizar os seres humanos
de ontem e de hoje.
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ZENIT
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