Recentemente
tive a oportunidade de dialogar com um amigo protestante (batista) que me
afirmava que diversos Padres da Igreja, entre eles Santo Agostinho, tinham
"posturas protestantes", especialmente quando interpretavam Mateus
16,18, passagem esta que - segundo ele - importava em rejeição ao entendimento
católico atual sobre o primado de Pedro e o Papado.
Quem foi
Santo Agostinho?
Santo Agostinho é considerado como um dos maiores
Padres da Igreja. Sua influência para a posterioridade foi notável. O bispo de
Hipona era teólogo, filósofo, místico, poeta, orador, apologista e escritor.
Nascido em 354 d.C., recebeu uma educação cristã desde menino graças à sua mãe;
mas aos 19 anos acabou abandonando a fé católica. Estudou Hornêncio, Cícero e
chegou a dar ouvidos aos maniqueus, tornando-se um anticatólico convencido.
Após uma longa luta interior, acabou por compreender que era necessária a fé
para alcançar a sabedoria e que a autoridade em que se apoiava a fé era a
Escritura, avalisada e lida pela Igreja. Depois de opor Cristo à Igreja,
descobriu que o caminho que levava à Cristo era precisamente a Igreja. Em 391
foi ordenado sacerdote e em 395 (ou 396) tornou-se bispo. Interveio nas
controvérsias contra os maniqueus, donatistas, pelagianos, arianos e pagãos.
Morreu em 430, deixando-nos uma enorme quantidade de obras, legado que perdura
até os dias de hoje.
Qual a
Importância das Obras de Santo Agostinho?
Os escritos de Santo Agostinho (assim como os
escritos dos Padres da Igreja e outros escritores eclesiásticos) são
importantíssimo não apenas para os estudiosos de Patrística e Patrologia mas
também para todos os cristãos que têm o interesse de conhecer a fundo o
pensamento da Igreja em seus primeiros séculos e a sua forma de interpretar as
Escrituras.
Em virtude destas circunstâncias, tive o desejo de
estudar os escritos de Santo Agostinho, não apenas nos pontos em que os
protestantes costumam citar, mas em sua totalidade, para que assim pudesse
fazer uma comparação justa de seu pensamento.