domingo, 6 de setembro de 2015

Vaticano acolhe duas familias de refugiados e Papa pede que cada paróquia faça o mesmo


O Papa renova o apelo para o acolhimento de refugiados. Este domingo, na Praça de São Pedro, Francisco pediu "que cada paróquia, comunidade religiosa, mosteiro, santuário da Europa acolha uma família". O Papa acrescentou que o pedido começará por ter efeito bem perto: "Também as duas paróquias do Vaticano irão acolher por estes dias duas famílias de refugiados."

Segundo o Papa, “perante a tragédia de dezenas de milhares de deslocados que fogem da morte pela guerra e pela fome procuram uma esperança de vida, o Evangelho chama-nos e pede-nos que sejamos próximos dos mais pequenos e abandonados".

"Não basta dizer: 'coragem, paciência'. A esperança cristã é combativa com a tenacidade de quem vai em direção a uma meta segura", acrescentou.

Francisco lembrou que se aproxima o Jubileu da Misericórdia e sugere o seguinte: "dirijo um apelo às paróquias, às comunidades religiosas, aos mosteiros e aos santuários de toda a Europa para exprimirem o lado concreto do evangelho e acolherem uma família de refugiados, um gesto concreto como preparação do ano Santo da Misericórdia." 

Grito dos Excluídos: grito para quem?


As notas do hino do Grito dos Excluídos anunciam o lema desta edição de 2015: “Que país é este que mata gente, que a mídia mente e nos consome”.

O Grito chega à sua 21ª edição propondo em especial dois temas para o debate: violência e mídia. Em pauta, a reivindicação daqueles que lutam por igualdade, justiça e vida digna, e os que têm seus direitos negados e violados.

Na tarde desta quinta-feira (03/09), será realizada em São Paulo a coletiva nacional de imprensa. Entre os convidados, estão Dom Pedro Luis Stringhini, bispo da Diocese de Mogi das Cruzes, vice-presidente da Regional Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); o presidente da União Social dos Imigrantes Haitianos, Fedo Bacourt; e Rosilene Wansetto, da Coordenação Nacional do Grito e Rede Jubileu Sul Brasil.


sábado, 5 de setembro de 2015

Rezemos o Terço pela paz na Síria!


A guerra na Síria está mais encarniçada do que nunca. Em Agosto, os ataques dos jihadistas tomaram um novo alento. Nem a capital já escapa. Mosteiros bombardeados, aldeias ocupadas, milhares de pessoas em fuga. Os Cristãos da Síria voltam-se agora para Nossa Senhora de Fátima, a quem pedem as nossas orações. É a última esperança para a paz.

No início de Agosto, o Patriarca melquita greco-católico Gregório III pediu expressamente ao Santuário de Fátima a imagem Peregrina de Nossa Senhora para ser levada a Damasco, para que os sírios pudessem implorar à Senhora do Céu o fim da guerra. Rezar pela paz é o que resta nestes dias de apocalipse.

A visita da imagem estava prevista para os dias 7, 8 e 9 de Setembro. Tudo estava preparado até que chegou um telefonema urgente a cancelar a deslocação. A evolução da guerra agravou-se de tal forma que já não é possível garantir a segurança. Até a imagem de Nossa Senhora de Fátima está ameaçada pela guerra na Síria. Os Cristãos estão encurralados. Não têm como fugir. Só lhes resta rezar e esperar.  

Bispos da Venezuela em defesa dos direitos humanos


“Pedimos que a normalidade seja retomada o mais rápido possível, porque existem muitas dificuldades e ansiedades em meio a quem vive em ambos os lados do confim, e não só entre eles, mas em toda a população dos dois países, que seguem com indignação os acontecimentos que degradam a condição de seres civilizados e irmãos”. Assim se expressa a Comissão “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal da Venezuela sobre a atual situação de conflito na região de confim com a Colômbia, que provocou o fechamento da fronteira entre os dois países decidida pelo Presidente venezuelano, a expulsão de cerca de mil colombianos e a convocação de seus embaixadores, informou a Agência Fides.

A motivação é a defesa dos direitos humanos e da segurança alimentar dos venezuelanos, pois segundo o governo, quase metade dos gêneros alimentícios venezuelanos é contrabandeada na Colômbia. A fronteira também é usada cotidianamente por contrabandistas, traficantes de seres humanos e narcotraficantes, em seus crimes. 

A Comissão Justiça e Paz “está profundamente preocupada com as várias denúncias de graves violações de direitos humanos no âmbito do decreto de suspensão das garantias constitucionais em diferentes municípios do confim, é uma situação que afeta todos nós que vivemos na Venezuela, já que é notável a presença de colombianos em nossa terra e existem muitas relações de fraternidade e cooperação... Não se pode estigmatizar todo um grupo de presumíveis crimes sem um justo processo e o direito à defesa”.

Assim - informa Fides - os Bispos lançam um apelo às autoridades venezuelanas para que garantam “um justo processo e a integridade física das pessoas, especialmente pelo direito à vida”, segundo estabelecido pela Constituição e pelas leis. Às autoridades garantes dos direitos humanos dos dois países, pedem que este problema “tenha uma rápida solução e não se torne uma questão ideológica ou política, nem uma ocasião para promover a xenofobia ou o desprezo de qualquer cidadão por causa de sua origem”. Solidários com milhões de colombianos que enriqueceram a Venezuela com seus valores e capacidades, os Bispos convidam à responsabilidade, à calma e à oração, auspiciando que o fato de se declarar cristãos movimente a solidariedade, a misericórdia, o perdão, e rechace tudo o que leva ao desprezo, à violência e à guerra.

“Muitos dos expulsos não puderam pegar suas coisas, que deixaram no território venezuelano – prosseguem os Bispos – é justo restituir aos proprietários os bens imóveis e outros objetos; é urgente que as famílias se reúnam na totalidade de seus membros, a fim de evitar uma crise humanitária causada pelas deportações de massa; como venezuelanos, queremos ver a resposta do Poder Moral em plenitude, trabalhando para que sejam respeitados os direitos humanos de todos os cidadãos, venezuelanos ou colombianos”.

Mês da Bíblia 2015


O tema proposto para o mês da Bíblia de 2015 é o Evangelho segundo João (Jo), sob a perspectiva do discipulado missionário, conforme o enfoque do Projeto de Evangelização: “O Brasil na missão Continental”. O tema escolhido fundamenta-se nos cinco aspectos essenciais do processo do discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão.

O lema “Permanecei no amor, para dar muitos frutos” (cf. Jo 15,8-9) foi indicado pela comissão bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com as instituições bíblicas, entre elas o Serviço de Animação Bíblica (SAB/Paulinas).

João cita aproximadamente 36 vezes a palavra “vida”, mais que o dobro dos outros Evangelhos e geralmente vem acompanhada da expressão “eterna” (aproximadamente 17 vezes). A vida eterna não é somente a vida após a morte, mas é viver o nosso cotidiano conforme o projeto de Deus, que deseja vida plena aqui e agora. Como diz uma canção popular: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Por isso, a tradição associou o quarto evangelho à águia, capaz de atingir os mais altos cumes celestes, mas com o olhar penetrante na profundidade terrestre. O leitor precisa de asas para elevá-lo ao alto, mas é necessária a capacidade de discernir a realidade daqui de baixo.

O Filho Unigênito, a Palavra que vem de Deus, o enviado do Pai, encarnando-se na história e retornando ao Pai como o Filho Glorioso e Todo Poderoso, envia o Espírito sob os discípulos para que possam continuar a sua missão, como anunciadores do Reinado de Deus. Nós também somos convidados a crer que Jesus Crucificado é o Glorificado e Ressuscitado e acreditar no seu plano salvífico, que envolve a todos e a totalidade do ser humano. 

‘Parem a guerra na Síria, não queremos ir para a Europa’


Após a ampla divulgação das fotografias de Aylan Kurdi, um menino sírio três anos que foi encontrado morto em uma praia turca na tentativa de entrar na Europa com sua família, as repercussões não demoraram a chegar.

Kinan Masalmeh, um jovem de 13 anos, foi entrevistado por um jornalista da Al Jazeera em uma cidade húngara. O vídeo, no qual a criança pede o fim da guerra no seu país, enquanto é retido pela Polícia junto com centenas de refugiados sírios nas redondezas de uma estação de trem, começou a circular por todo o mundo através das redes sociais.

"A polícia não gosta dos sírios. Nem na Sérvia, nem na Hungria, nem na Macedônia, nem na Grécia", Kinan explica ao jornalista. "Qual é a sua mensagem, então?", pergunta o entrevistador. E o menino responde em Inglês: "A minha mensagem é, por favor, ajudem os sírios. Os sírios precisam de ajuda agora. Parem a guerra, não queremos vir para a Europa. Basta parar a guerra na Síria. Só isso".

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Cáritas: Parte da verba da campanha de Natal vai ajudar refugiados


O presidente da Cáritas Portuguesa revelou que a instituição vai canalizar parte da verba da campanha de Natal para o acolhimento de refugiados sírios.

Em declarações à agência Lusa a propósito do Dia Internacional da Caridade, que se assinala sábado, Eugénio da Fonseca adiantou que, além da campanha, a Cáritas está também a fazer um levantamento de casas devolutas.

"Neste momento estamos a identificar potenciais recursos que possam ajudar ao acolhimento das pessoas que vierem para Portugal. Nós não aceitamos campos de refugiados, estamos a falar de pessoas. Não se justifica quando há tanta casa devoluta neste país que se coloquem famílias em tendas ou contentores, mesmo que seja feito em nome do provisório", sublinhou.

O responsável adiantou também que parte do valor angariado na Campanha de Natal da Cáritas "Operação 10 Milhões de Estrelas" será canalizado para a causa dos refugiados, para satisfazer as necessidades primárias de subsistência e acolhimento das pessoas.

"Estamos também à procura de pessoas que depois da chegada dos refugiados queiram apoiar no ensino da língua portuguesa e que sejam guias de cidadania. Vão precisar de quem os leve aos centros de saúde, ao supermercado, etc.", concluiu. 

Sacerdote adianta alguns dos objetivos para o Encontro Mundial das Famílias


Um dos objetivos do Encontro Mundial das Famílias (EMF), a ser realizado entre os dias 22 e 27 de setembro na Filadelfia (Estados Unidos), é ajudar as pessoas a compreender que a família é um dom de Deus que precisa abrir seu coração a Jesus Cristo, explicou um sacerdote do comitê organizador do evento.

Em declarações ao Grupo ACI, o Pe. William Donovan, explicou que a família “é o lugar através do qual nos sentimos mais amados, protegidos, seguros e valorizados. Na economia natural das coisas, poderíamos afirmar que, depois da vida, a família é o maior dom que Deus nos deu”.

“A razão é que Deus nos deu a vida e deseja que seja plena”, afirmou o sacerdote que serve como elo entre o Arcebispo da Filadélfia, Dom Charles Chaput, com o Pontifício Conselho para a Família.

Através deste evento, “queremos reunir a maior quantidade de recursos e assistência à família humana a fim de que possamos compreender e executar seu papel como um lugar de amor”, disse o Pe. Donovan.

O presbítero explicou que este evento celebra “a importância, a natureza, a dignidade e a beleza da família” e que um dos objetivos é dar recursos aos participantes para que com eles voltem para seus respectivos países e dioceses.

A respeito da afirmação do Santo Padre, na qual assinala que a família é a primeira escola e o “primeiro hospital”, o Pe. Donovan disse: “Esta imagem é particularmente cativante, pois quando falamos das famílias como primeiro hospital, nos referimos às feridas e às debilidades”.

“O Pontífice está interessado particularmente em curar as feridas e as debilidades da família humana”, adicionou o sacerdote.