quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Papa: "Seguir Jesus implica rejeitar mentalidade mundana".


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
Domingo, 13 de Setembro de 2015


Amados irmãos, bom dia!

O Evangelho de hoje apresenta-nos Jesus que, a caminho para Cesareia de Filipe, pergunta aos discípulos: «Quem dizem os homens que Eu sou?» (Mc 8, 27). Eles respondem aquilo que o povo dizia: alguns consideravam-no João Baptista renascido, outros, Elias ou um dos grandes Profetas. O povo estimava Jesus, considerava-o um «enviado de Deus», mas ainda não conseguia reconhecê-lo como o Messias, aquele Messias prenunciado e esperado por todos. Jesus olha para os apóstolos e pergunta de novo: «Mas vós, quem dizeis que Eu sou?» (v. 29). Eis a pergunta mais importante, com a qual Jesus se dirige directamente a quantos o seguiam, para comprovar a sua fé. Pedro, em nome de todos, exclama com prontidão: «Tu és o Cristo» (v. 29). Jesus fica admirado com a fé de Pedro, reconhece que ela é fruto de uma graça, de uma graça especial de Deus Pai. E então revela abertamente aos discípulos o que o espera em Jerusalém, ou seja, que «o Filho do homem iria sofrer muito... ser morto e, depois de três dias, ressurgir» (v. 31).

Ao ouvir isto, o próprio Pedro, que acabara de professar a sua fé em Jesus como Messias, escandaliza-se. Desviando-se um pouco com o Mestre, repreende-o. E como reage Jesus? Por sua vez repreende Pedro por isto, com palavras muito severas: «Vai-te da minha frente, Satanás!» — chama-lhe Satanás! — «Pois não aprecias as coisas de Deus, mas só as dos homens» (v. 33). Jesus apercebe-se de que em Pedro, como nos outros discípulos — também em cada um de nós! — à graça do Pai se opõe a tentação do Maligno, que pretende distrair-nos da vontade de Deus. Anunciando que terá que sofrer e ser morto para depois ressuscitar, Jesus deseja fazer compreender a quantos o seguem que Ele é um Messias humilde e servo. É o Servo obediente à palavra e à vontade do Pai, até ao sacrifício completo da própria vida. Por isso, dirigindo-se a toda a multidão que estava ali, declara que quem quiser ser seu discípulo deve aceitar ser servo, como Ele se fez servo, e adverte: «Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (v. 34).

Pôr-se na sequela de Cristo significa carregar a própria cruz — todos temos uma... — para o acompanhar no seu caminho, um caminho desagradável que não é o do sucesso, da glória passageira, mas aquele que leva à liberdade verdadeira, que nos liberta do egoísmo e do pecado. Trata-se de rejeitar abertamente aquela mentalidade mundana que coloca o «eu» e os próprios interesses no centro da existência: não é isto que Jesus quer de nós! Ao contrário, Jesus convida a perder a vida por Ele, pelo Evangelho, a fim de a receber renovada, realizada e autêntica. Graças a Deus, estamos certos de que no final este caminho conduz à ressurreição, à vida plena e definitiva com Deus. Decidir segui-lo, o nosso Mestre e Senhor que se fez Servo de todos, exige que se caminhe depois d’Ele e se ouça atentamente a sua Palavra — recordai-vos: ler todos os dias um trecho do Evangelho — e os Sacramentos.

Há jovens aqui na praça: rapazes e moças. Pergunto-vos: sentistes vontade de seguir Jesus mais de perto? Reflecti. Rezai. E deixai que o Senhor vos fale.

A Virgem Maria, que seguiu Jesus até ao Calvário, nos ajude a purificar sempre a nossa fé de falsas imagens de Deus, para aderir plenamente a Cristo e ao seu Evangelho.

Depois do Angelus: 

O ex-católico


O ex-católico é aquele que, durante toda sua vida religiosa, jamais entendeu a Igreja, jamais leu o Catecismo, enfim, jamais se prestou a compreender a busca da fé e a história do catolicismo. Ao absorver inconscientemente uma pesada propaganda anticatólica nas escolas, universidade, imprensa e até mesmo em círculos religiosos não-católicos, o ex-católico torna-se o um feroz crítico e algoz da antiga fé. Mas quem não odiaria a Igreja, quando os lugares de excelência da formação das idéias ou acólitos de outras religiões repetem as “lendas negras” de sempre: Cruzadas, inquisição, pedofilia, apoio ao nazismo, atraso cultural, científico e civilizador? Quem não odiaria a Igreja, quando por vezes há um clero relapso nos assuntos da fé? Despreparado para defender os pontos essenciais da Igreja, acaba por enfastiar-se da missa, participando de forma mecânica dos cultos. Vai mais além, segue tudo aquilo por “tradição”, como se fizesse favores ou fosse condescendente com uma igreja corrompida, fora de seu tempo, anacrônica e obscurantista. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Por que os refugiados sírios estão procurando a Europa em vez de seus vizinhos árabes?


A Arábia Saudita e vários de seus vizinhos do Oriente Médio pintaram os refugiados sírios e iraquianos que poderiam entrar em seus territórios como “violentos” e “hostis”, embora a maioria deles sejam muçulmanos, assim como os habitantes desses países. Esses governos árabes têm alegado que os refugiados sírios e iraquianos poderiam levar consigo “ideologias subversivas”, incompatíveis com a sua “estabilidade”.

Ironicamente, é o mesmo tipo de discurso adotado por um número muito considerável de ocidentais para rejeitar o acolhimento dos mesmos refugiados, confundindo-os um tanto arbitrariamente com “terroristas”, “jihadistas” ou “adeptos de um plano de islamização da Europa”. Na realidade, a maior parte dos refugiados está fugindo precisamente dos terroristas, dos jihadistas e dos que pretendem impor a todos um islã extremista e fundamentalista. Em sua maioria, os refugiados são vítimas do mesmo terror que assusta os europeus – e não parceiros desse terror.

Aleteia conversou com Roland Lombardi, consultor independente em relações internacionais, especializado em Norte da África, Oriente Médio e desafios ligados a defesa, segurança e geopolítica. Mencionamos a ele a crise de refugiados que a Europa enfrenta hoje, ligada, em grande parte, a pessoas que fogem da Síria. Considerando que os países do Golfo Pérsico estão muito mais próximos da Síria do que a Europa Ocidental, o que pode ser inferido dessa escolha dos refugiados pela Europa como destino?

Roland Lombardi respondeu:

Primeiro, eu gostaria de fazer alguns esclarecimentos. É verdade que o maior número de refugiados da crise atual vem da Síria. Logo atrás deles, em termos de números, vêm os somalis, afegãos e africanos subsaarianos. Vale a pena destacar que, poucos anos atrás, esses refugiados se dirigiam à Líbia, a Israel e ao Líbano. Os líbios estão atualmente imersos no caos. Israel endureceu as suas políticas, especialmente em matéria de imigração. E o Líbano já não tem capacidade de assimilar mais refugiados [há no país mais de 1,1 milhão de refugiados sírios]. Esta conjuntura leva os refugiados a rumarem para a Europa.

Papa: a família nos salva da colonização do dinheiro


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Praça São Pedro
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2015


Locutor:

Concluímos as reflexões sobre a família hoje, nas vésperas do Encontro Mundial das famílias em Filadélfia e do Sínodo dos Bispos aqui em Roma, dois acontecimentos que darão nova luz à dimensão universal desta comunidade humana fundamental e insubstituível que é a família. Frente à mentalidade materialista que impera sobre a humanidade, é preciso promover uma nova aliança entre o homem e a mulher que possa orientar a política, a economia e a convivência civil. Deus confiou à família o projeto de tornar «doméstico» o mundo. Assim que tudo o que acontece entre o homem e a mulher deixa marcas na criação; em concreto, o pecado original – a rejeição à bênção de Deus – deixou o mundo doente. Mas, Deus nunca abandonou o homem; no livro do Gênesis, a promessa feita à mulher parece garantir a cada nova geração uma bênção especial para defender-se do maligno. Além disso, antes de expulsar os primeiros pais do Paraíso, Deus prepara-lhes túnicas de peles, um sinal da sua ternura que chegará à plenitude com a vinda de Jesus. Com isso, podemos ter a certeza de que cada família é uma bênção para o mundo, até ao final da história.

Programa da viagem do Papa Francisco a Cuba e aos Estados Unidos


O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou nesta terça-feira o programa completo da visita apostólica do Papa Francisco a Cuba e Estados Unidos. A seguir o programa:

Sábado, 19 setembro

- 10h15 Partida do Aeroporto Fiumicino de Roma

- 16:00 Chegada em Havana e cerimônia de boas-vindas no Aeroporto José Martí.

Domingo, 20 de setembro

- 09:00 Missa e Angelus na Praça da Revolução na Havana.

- 16:00 Visita ao Presidente de Cuba e ao Conselho de Ministros no Palácio da Revolução na Havana.

- 17:15 Celebração das Vésperas com sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas na Catedral da Havana.

- 08:30 Encontro com jovens no Centro Cultural Padre Félix Varela.

Segunda-feira, 21 de setembro

- 08:00 Partida do aeroporto José Martí para Holguin.

- 09:20 Chegada ao aeroporto Frank País em Holguin.

- 10:30 Missa na Praça da Revolução em Holguin.

- 15:45 Francisco abençoa a cidade da Loma de la Cruz.

- 16:40 Parte do aeroporto de Frank País para Santiago de Cuba.

- 17:30 Chegada ao Aeroporto Antonio Maceo, em Santiago de Cuba.

- 19:00 Encontro com os Bispos no seminário de São Basílio Magno

- 19:45 Oração a Nossa Senhora da Caridade com os bispos e na basílica menor do Santuário de Nossa Senhora da Caridade, em Santiago. 

Parem o Islã!


Olá pessoal, meu nome é Mona Walter, como vocês podem ver, sou uma negra africana, mas eu moro na Suécia há 20 anos, e na Suécia foi onde descobri o Islã e o que o Islã defende, e o que o Islã significa para os não muçulmanos, os descrentes “karfis” como vocês.

De acordo com o Islã, eu tenho que me cobrir toda senão sou uma puta; de acordo com o Islã, meu marido pode me bater; de acordo com o Islã, judeus e cristãos não têm direito de serem judeus ou cristãos; de acordo com o Islã, meninas jovens tem que se casar com a idade de nove anos.



Eu gostaria que vocês pudessem ler os textos islâmicos, que vocês pudessem ler o Alcorão, que vocês pudessem ler os ensinamentos de Maomé, e em comparação com a democracia e os direitos humanos, se a gente não ficar de pé e não lutar contra o Islã, se a gente não lutar contra os apologistas, contra o politicamente correto, nós vamos ter a Sharia, é isso que vai acontecer com nossas crianças.

Nossas crianças vão ter duas escolhas: virarem muçulmanas ou morrerem! É o que está acontecendo no Iraque e na Síria, e as pessoas ainda têm a cara de pau de dizer que isso não tem nada a ver com o Islã, o que o ISIS está fazendo não tem nada a ver com Islã, o Boko Haram..., que não tem nada a ver com Islã.

Então temos que ficar de pé e lutar por nossos direitos humanos, temos que lutar por nossa democracia, temos que lutar juntos e dizer NÃO ao Islã, dizer NÃO à Sharia, porque há cem anos atrás, algo aconteceu na Turquia. Os muçulmanos decidiram que não queriam mais permitir cristãos, eles mataram três milhões de cristãos. Armênios, assírios,... tiveram duas opções: morrer ou virar muçulmano! E três milhões de cristãos foram mortos só por serem cristãos. Se você quiser isso, diga sim ao Islã mas se não quiser isso diga NÃO ao Islã. NÃO ao Islã e SIM à democracia e aos direitos humanos.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Mensagem do Papa para a 24ª Jornada Mundial do Enfermo, em 2016


Mensagem do Papa Francisco para o
XXIV Dia Mundial do Enfermo

Tema: «Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)»

Terça-feira, 15 de setembro de 2015


Amados irmãos e irmãs!

A XXIV Jornada Mundial do Doente dá-me ocasião para me sentir particularmente próximo de vós, queridas pessoas doentes, e de quantos cuidam de vós.

Dado que a referida Jornada vai ser celebrada de maneira solene na Terra Santa, proponho que, neste ano, se medite a narração evangélica das bodas de Caná (Jo 2, 1-11), onde Jesus realizou o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. O tema escolhido – Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5) – insere-se muito bem no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A celebração eucarística central da Jornada terá lugar a 11 de Fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, e precisamente em Nazaré, onde «o Verbo Se fez homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). Em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (4, 18-19).

A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido…

Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os interrogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho. 

Homilética: 25º Domingo Comum - Ano B: "Quem é o maior?".


A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes a prescindir da “sabedoria do mundo” e a escolher a “sabedoria de Deus”. Só a “sabedoria de Deus” possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.

Jesus, sabendo que os discípulos “haviam discutido entre si qual deles seria o maior” (Mc 9,34), lhes dá uma lição de humildade: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35).

A humildade encontra-se nos fundamentos da vida interior, ou seja, ela está na raiz de outras virtudes. A humildade remove os obstáculos para que a pessoa receba as graças de Deus, já que “Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes” (Tg 4,6). A humildade e a fé formam um par maravilhoso: a primeira remove os obstáculos à graça, entre os quais o orgulho; a segunda estabelece o primeiro contato com Deus.

Na prática, humildade não é dizer que não se tem qualidades, quando na verdade se tem (isso seria hipocrisia); tampouco se trata de inventar qualidades que não possuímos (isso seria mentira e soberba). 

A hipocrisia é ridícula! Andar cabisbaixo, com a cabeça meio torta e negar virtudes que se tem são, no fundo, características de uma falsa humildade. O curioso é que tais pessoas poderiam dizer de si mesmas: “eu sou um pobre pecador, não valho nada, sou um orgulhoso. Que Deus tenha pena de mim!”. Mas, se alguém lhe diz: “você é um orgulhoso e um pobre pecador”, então elas se irritam ao extremo. Ou seja: outros não podem dizer aquilo que elas dizem sem acreditar. É preciso lutar também contra a sensibilidade doentia: “o que pensarão de mim?”, “o que dirão de mim?”, “será que eles gostaram?”, “magoaram-me!” Nós não precisamos desprezar-nos diante dos outros para mostrar que somos humildes, mas também não precisamos supervalorizar-nos internamente. É suficiente mostrar-nos como somos, isto é, com autenticidade e moderando a própria desordem interior. Quando se é inteligente, por exemplo, e alguém elogia isso em nós, podemos dizer simplesmente um “obrigado”. Também é importante que, aceitado o elogio, dirijamos, no silêncio do nosso coração, esse louvor ao Senhor: “para Deus toda a glória!”. Por outro lado, não vamos andar por aí divulgando as nossas virtudes, os nossos cargos e as nossas responsabilidades; poderiam ser manifestações de soberba. 

O que nos diz tudo isto? Recorda-nos que a lógica de Deus é sempre “outra” em relação à nossa, como o próprio Deus revelou pela boca do Profeta Isaías: “Os meus pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não é o meu” (Is 55, 8). Por isso, seguir o Senhor exige sempre do homem uma profunda conversão – de todos nós – uma mudança do modo de pensar e de viver, requer que abramos o coração à escuta, para nos deixarmos iluminar e transformar interiormente. Um ponto – chave em que Deus e o homem se diferenciam é o orgulho: em Deus não há orgulho, porque Ele é toda a plenitude e está totalmente propenso para amar e dar vida; em nós homens, ao contrário, o orgulho está intimamente arraigado e exige vigilância e purificação constantes. Nós, que somos pequeninos, aspiramos a parecer grandes, a ser os primeiros; enquanto Deus, que é realmente grande, não tem medo de se humilhar e de se fazer último.

Jesus não nega o desejo existente no coração humano de ser grande, de ser o primeiro. Dá, porém, a chave para consegui-lo. Trata-se de imitar o Filho do Homem no seu mistério pascal. Morrer e ressuscitar, entregando-se por amor. Para ser o primeiro devemos ser o último, aquele que serve a todos. E para servir a todos é preciso morrer a si mesmo, aos próprios interesses, aos critérios de poder e de grandeza humanos.

Servir a todos é acolher a uma criança pelo valor que nela existe, é empregar tempo no serviço àqueles que como uma criança no tempo de Cristo, e hoje, não têm importância, não podem dar recompensa, não têm meios de compensar as nossas ações feitas.

Quem entendeu realmente este ensinamento de Jesus Cristo, começa a ver as coisas de modo diferente. Não mais na visão meramente humana. Em vez de pensar em si mesmo, começa a ver a necessidade do próximo. É urgente que lutemos para superar nossas limitações humanas, que sejamos mais dedicados, pacientes, perseverantes, capazes de escolher umas coisas e desistir de outras.

E nós, o que fazemos para sermos melhores diante de Deus? Há diariamente combates no nosso coração. Cada qual luta na sua alma contra uma turma da pesada. Os inimigos são: soberba, vaidade, avareza, gula, sensualidade, preguiça. E todos temos defeitos e misérias, uns nisso, outros naquilo. O Apóstolo São Tiago ensina: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más” (Tg 3, 16). “De onde vêm as guerras entre vós? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?” (Tg 4, 1).

Assim, como nos esforçamos para deixar a vida de Deus crescer em nós? Como lutamos contra as paixões, os defeitos, o pecado, o mau gênio? A luta será concreta se mantivermos os momentos diários de oração, sem nos deixarmos levar pelo gosto; em viver a caridade, corrigindo as formas duras do nosso mau caráter; em realizar bem o trabalho e oferecê-lo a Deus; em cuidarmos da nossa formação cristã; em cumprir com pontualidade o dever; em praticar a justiça.