Repercutiu entre os católicos com grande polêmica
um relato compartilhado neste sínodo a respeito de um menino que, no dia da sua
primeira comunhão, teria partido a hóstia em duas partes e dado uma delas ao
seu pai, divorciado e novamente casado. Vários padres sinodais se declararam
comovidos com o relato, por evocar o sofrimento vivido pelos católicos nessa
situação. Entre eles, o patriarca latino de Jerusalém, dom Fouad Twal: “O gesto
nos tocou e nos fez pensar que esse drama afeta todos nós. Não somos
indiferentes a estas situações”. O bispo italiano dom Enrico Solmi, de Parma,
declarou que o relato “certamente balançou a assembleia. O menino nos mostrou
uma vida real”.
No entanto, junto com os muitos protestos acusando
o sínodo de “propensão a trair a doutrina da Igreja” e das críticas diante das
deficiências na formação catequética do menino, surgiram também questionamentos
nas redes sociais sobre a veracidade do relato.
A história do menino que resolveu dividir a
comunhão com seu pai divorciado e recasado tinha sido atribuída inicialmente ao
pe. Roberto Rosa, pároco em Trieste, na Itália, mas depois foi assumida por dom
Alonso Gerardo Garza, da diocese mexicana de Piedras Negras, durante uma
entrevista para o canal TV2000.
O fato é que o relato foi mesmo apresentado aos
padres sinodais no Vaticano e reacendeu as atenções, dentro e fora do sínodo,
sobre as possibilidades pastorais relacionadas com os católicos que se
divorciaram e depois se uniram civilmente a novos cônjuges.