segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Natal Missionário


Sempre que se aproxima o Natal refletimos sobre este evento de salvação, nos comovemos com a humildade do Filho de Deus no presépio. Deus amou tanto o mundo que enviou seu filho para salvá-lo (cf. Jo 3,16). Jesus nasce pobre, em meio aos pobres. Numa manjedoura foi colocado, junto aos animais. Fez-se humano, como homem tomou o último lugar, o lugar de servo.

Escapa-nos a maioria das vezes a consideração do natal no seu aspecto missionário. O que é este envio do Filho pelo Pai a não ser a missão original? Deus envia seu Filho e Ele vem neste grande “êxodo”, a saída do Pai para nós. Jesus é o missionário primordial. No natal nós contemplamos o “êxodo do Pai”; o “êxodo de si mesmo” e o “êxodo para o Pai” (cf. Fl 2, 6-11). Jesus vem do Pai, se torna homem, sai de si e se torna servo, mas volta ressuscitado para o Pai. E nesta volta quer levar-nos consigo para o Pai: na casa do Pai há muitas moradas e eu vos prepararei um lugar para vós, a fim de que onde eu esteja estejais também (cf. Jo 14,2).

É à luz deste tríplice êxodo que se quebra o círculo fechado da razão ideológica e o niilismo que tenta fechar-nos na prisão de um mundo sem Deus. Em Jesus se revela o Amor de Deus que, tendo nos amado, amou-nos até o fim (cf. Jo 13,1). Somente o amor liberta, porque no amor está a verdade. Assim no natal se coloca para a Igreja a questão da missão.

A Igreja, assim como Jesus Cristo, é missionária por sua própria natureza. “A Igreja peregrina é por sua natureza missionária. Pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai” ( Vat. II - AA n.2).O papa Francisco não se cansa de exortar a Igreja para que seja uma Igreja Missionária, Igreja em saída: “Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar este chamado: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (Papa Francisco in EG n. 20). 

Cristãos sírios na linha de frente de combate contra os jihadistas


"Tenho saudades dos meus filhos Limar (9) e Gabriella (6 anos) e eu acho que eles devem estar com fome, sede e frio, mas eu tento explicar que luto para proteger seu futuro", disse uma mulher corpulenta vestido em um terno militar.

Antes de ir adiante, Babilônia era um cabeleireiro. Foi o marido que a encorajou a pegar em armas para "lutar contra a ideia de que uma mulher síria só se aplica a tarefas domésticas e make-up" em suas próprias palavras. Seu marido também luta contra o Estado Islâmico na Síria, completamente devastada pela guerra desde 2011.

Babilônia é parte um batalhão composto por dezenas de mulheres sírias apelidado de "as forças de proteger as mulheres da Mesopotâmia." Este nome refere-se às regiões historicamente habitadas pela minoria cristã no Oriente, entre os rios Tigre e Eufrates. Os sírios falam e oram em aramaico. A maioria é ortodoxa ou Jacobite, e uma minoria católica, que se juntou a Roma no século XVIII. Eles estão presentes no Líbano, Síria, Iraque e até mesmo na Índia.

Treinamento Promoção do primeiro batalhão de mulheres encerrado em agosto, na cidade de Al Qahatani (Tirbe Sipiyé em curdo e siríaco Kabre Hyore) na província de Hasaka.

"Eu sou um cristão praticante e pensar em meus filhos me faz mais forte e mais determinado na minha luta contra Daesh (sigla árabe EI) ", explicou a Babilônia com um olhar penetrante.

Lucia, 18 Ele abandonou seus estudos para lutar, como sua irmã, contra a vontade de sua mãe. A batalha de Al Hawl foi a primeira batalha de Lucia, o primeiro poço em que as mulheres siríaco foi adiante com as Unidades de Proteção das Mulheres curdos. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Deus está ansioso para usar de misericórdia, diz Papa


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro
III Domingo do Advento, 13 de dezembro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No Evangelho de hoje há uma questão pontuada por três vezes: "Que devemos fazer" (Lc 3,10.12.14). Dirigida a João Batista por três categorias de pessoas: primeiro, a multidão em geral; segundo, os publicanos ou cobradores de impostos; em terceiro lugar, alguns soldados. Cada um desses grupos questiona o profeta sobre o que deve ser feito para colocar em prática a conversão que ele está pregando. A resposta de João para a questão dada à multidão é a partilha dos bens de primeira necessidade. Isto é, ao primeiro grupo, a multidão, disse para compartilhar os bens de primeira necessidade e diz assim: "Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo" (v 11 ). Em seguida, ao segundo grupo, os cobradores de impostos, disse para não cobrar “mais do que foi estabelecido” (cf. v. 13). O que isso significa? Não "subornar", afirma claramente Batista. E ao terceiro grupo, os soldados, “não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário! (ver v. 14). São as três respostas às três perguntas desses grupos. Três respostas para um caminho idêntico de conversão, que se manifesta nos compromissos concretos de justiça e de solidariedade. É o caminho que Jesus indica em toda a sua pregação: o caminho do amor concreto ao próximo.

Destas advertências de João Batista compreendemos quais eram as tendências gerais daqueles que à época detinha o poder, sob diversas formas. As coisas não mudaram muito. No entanto, nenhuma categoria de pessoas está excluída de percorrer o caminho da conversão para obter a salvação, nem mesmo os publicanos considerados pecadores por definição: nem mesmo eles estão excluídos da salvação. Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se. Ele está - por assim dizer - ansioso para usar de misericórdia, usá-la para com todos e de acolher a cada um no seu terno abraço de reconciliação e de perdão.

Esta questão - o que devemos fazer? – é também para nós. A liturgia de hoje reitera, nas palavras de João, que é necessário converter-se, mudar de direção e tomar o caminho da justiça, da solidariedade, da sobriedade: estes são os valores essenciais de uma vida plenamente humana e autenticamente cristã. Convertam-se! É a síntese da mensagem de João Batista. E a liturgia deste terceiro domingo do Advento nos ajuda a redescobrir uma dimensão particular de conversão: a alegria. Quem se converte e se aproxima do Senhor, sente a alegria. O profeta Sofonias nos diz hoje: "Alegra-te, filha de Sião!" dirigindo-se a Jerusalém (Sofonias 3:14); e o apóstolo Paulo exorta os cristãos de Filipo: "Alegrai-vos sempre no Senhor" (Fl 4,4). Hoje é preciso coragem para falar de alegria, é preciso sobretudo fé! O mundo é afligido por muitos problemas, o futuro marcado por incógnitas e temores. E ainda que o cristão seja uma pessoa alegre, e a sua alegria não é algo superficial e efêmero, mas profunda e estável, porque é um dom do Senhor que preenche a vida. A nossa alegria vem da certeza de que "o Senhor está próximo" (Fl 4,5) está próximo com sua ternura, sua misericórdia, seu perdão e seu amor.

Que a Virgem Maria nos ajude a fortalecer a nossa fé, para que saibamos acolher o Deus da alegria, o Deus de misericórdia, que sempre quer habitar em meio aos seus filhos. E que nossa Mãe nos ensine a partilhar as suas lágrimas com os que chora, para poder compartilhar até mesmo um sorriso.

Depois do Angelus 

A celebração do jubileu tem origem judaica


Ressoa no mundo inteiro a convocação do Jubileu da Misericórdia, inspiração dada por Deus ao Papa Francisco. Na Solenidade da Imaculada Conceição, aquela que foi preservada do pecado original, em previsão dos méritos de Cristo, seu Filho, abriram-se portas de reconciliação e de paz para todas as pessoas de boa vontade que desejarem declarar umas às outras um propósito de perdão, cancelamento das dívidas, descanso para a terra martirizada pelos conflitos existentes em toda parte. "Misericordiosos como o Pai" é o convite que se espalha, para que as pessoas busquem o abraço do perdão, oferecido largamente a todos!

A celebração do jubileu tem origem judaica. Seis dias de trabalho, um sábado de repouso; seis anos de trabalho, um ano sabático; sete vezes sete anos, um ano inteiro, no qual os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem cultivar e se descansava. "Contarás sete semanas de anos, ou seja, sete vezes sete anos, o que dará quarenta e nove anos. Então farás soar a trombeta no dia dez do sétimo mês. No dia do Grande Perdão fareis soar a trombeta por todo o país. Declarareis santo o quinquagésimo ano e proclamareis a libertação para todos os habitantes do país. Será para vós um jubileu. Cada um de vós poderá retornar à sua propriedade e voltar para sua família. O quinquagésimo ano será para vós um ano de jubileu: não semeareis, nem colhereis o que a terra produzir espontaneamente, nem fareis a colheita da videira não podada. Porque é o ano de jubileu, sagrado para vós" (Lv 25, 8-12). A palavra jubileu se inspira no termo hebraico "yobel", que faz alusão ao chifre do cordeiro que servia como instrumento. Jubileu também remete ao latim "jubilum" que representa um grito de alegria.

O Jubileu foi proclamado como convocação para que as pessoas se convertam em seu interior e se reconciliem com Deus, por meio da penitência, da oração, da caridade, dos sacramentos e da peregrinação, “porque a vida é uma peregrinação e o homem é um peregrino” (Misericordiae vultus 14). "Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado (Misericordiae vultus 2). É a convicção clara do Papa Francisco, que nos quer respondendo à maldade e à violência com a escolha da bondade e da misericórdia. É o princípio evangélico posto em prática: "Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado" (Mt 5, 38-42). Diante de guerras, vinganças, retaliações, violência e corrupção de todo tipo, nossa resposta de cristãos será diferente! Perdoar, reconciliar-se, derramar o unguento da misericórdia! 

Santa Luzia



O temo “Luzia” vem de luz, de olhos abertos para enxergar o que está no arredor. Jesus do Natal nasce como luz, como esperança de libertação. É fruto do sopro de Deus, que gera vida. É o que dá sentido ao Advento, caminhada para receber o sopro, o vento de Deus. Os olhos precisam estar abertos, preparados para entender os percalços da vida.

A nação brasileira está muito confusa. A corrupção, presente em todos os ambientes, corrói a vida do povo e das instituições. O dinheiro cega as pessoas e acabam perdendo o brio da justiça. A cultura está carcomida pela desonestidade, causando sofrimento, insatisfação e destruição. As grandes empresas, que exploram o país, não medem as consequências agindo de forma espúria. 

Como diz o ditado: “Só Jesus!”, isto é, só uma luz divina é capaz de abrir os olhos do coração e da mente das pessoas que não estão preocupadas com a justiça social e o bem da coletividade. Os frutos colhidos têm sido amargos e de muito sofrimento para as classes pobres e sem “armas” de proteção.

Aproximam-se mais um pleito eleitoral, momento em que os olhos necessitam estar abetos. Não é fácil enxergar a identidade dos candidatos e muitos eleitores votam de olhos fechados, sem perceber o mal que poderão estar fazendo, favorecendo os aproveitadores. O país está cheia dessa raça de gente preocupada com o próprio umbigo, ao que favorece seus interesses particulares. 

Rock na celebração litúrgica?

O sacerdote espanhol Joan Enric Reverté canta rock durante a celebração...

Talvez me chamem de cafona ou me qualifiquem com qualquer outro adjetivo juvenil da moda, por me indispor a certos ritmos populares nas celebrações litúrgicas. Nunca, nem em minha juventude, gostei de rock, especialmente do chamado “rock pesado”. Para mim é gritaria e agressividade sonora sem graça. Mas, reconheço que se trata de gosto pessoal, que defendo com o conhecido provérbio latino “de gustibus et coloribus non disputandum est”. (“A respeito de cores e gostos não se discute”).  

Há quem defenda o ritmo roqueiro nas Missas para atrair jovens. Discordo deste princípio pastoral; se música fosse a solução para atrair jovens para as celebrações, tudo seria bem mais fácil. A música tem, sim, sua função evangelizadora, mas não a solução no quesito presença e participação em celebrações litúrgicas. Não gosto do barulho agressor do rock; entendo que promove dispersão e dificulta a oração, impedindo o recolhimento silencioso que, ao meu ver, é essencial para uma participação consciente, ativa e efetiva na celebração.

Os jovens que curtem rock e outros ritmos semelhantes têm muitos (e tantos) outros locais para ouvir sua música barulhenta. Disto a Liturgia pode sentir-se dispensada. Invés de oferecer barulho, é mais pastoral que a Igreja ofereça-lhes espaço e oportunidades onde possam silenciar, neste mundo tão barulhento, no qual vivem e convivem. Os jovens podem, sim, ser atraídos para a celebração pela música, desde que esta seja um diferencial, uma música diferente, capaz de transmitir uma mensagem diferente, a ponto de acalmar e cantar em seus corações com acordes de ternura e de paz, de prece e de consolo. 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Muçulmanos convertidos ao protestantismo invadem e profanam Missas nos EUA


Os católicos de Las Vegas (Estados Unidos) vivem dias difíceis logo que vários homens que se apresentaram como ex-muçulmanos conversos ao protestantismo irrompessem e profanassem diversas Missas nas últimas semanas.

Em ao menos três incidentes, o grupo “Koosha Las Vegas” ingressou nas igrejas no meio da celebração da Eucaristia gritando aos católicos como se vê no vídeo.

Pode-se ver, por exemplo, um dos homens usando uma camiseta com a inscrição “Trust Jesus” (Confie em Jesus) caminhando pela nave do templo e entregando panfletos enquanto diz aos paroquianos que por serem católicos “pecaram contra (Deus) e violaram suas leis”.

O homem com a câmara grita logo: “Arrependam-se e voltem para Jesus Cristo! O Papa é Satanás! A imagem de Maria é Satanás!”

“Deixem de adorar ídolos! Os ídolos não os salvarão! Vocês precisam de Jesus Cristo! Vocês precisam do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, grita um dos homens.


O grupo também fez algo similar nos subúrbios de uma escola católica na semana passada gritando aos alunos que passavam: “Se virem o Catecismo da Igreja Católica e as Escrituras, entenderão por que Deus odeia este sistema religioso”.

Por que o neopentecostalismo é pagão?


Hoje (04/05) de manhã eu li no facebook a seguinte frase: "Deus é fiel e fará acontecer os planos dele na minha vida". De correta esta frase só tem uma afirmação: "Deus é fiel". Todo o resto é um grande erro teológico e antropológico. Este pensamento está presente na atual pregação neopentecostal tanto dentro da Igreja Católica por meio da R.C.C. quanto fora, nas seitas ditas cristãs. É cantada em verso e prosa nas canções dos atuais cantores, cantoras e "ministérios". Ou seja: esta frase exemplifica um pensamento corrente, mágico, intervencionista e determinista da parte de Deus.

Em primeiro lugar, as pessoas colocam tudo na conta de Deus: se são infelizes, Deus vai dar a felicidade; se são pobres, Deus vai dar riqueza; se são mal amadas, Deus vai dar o casamento perfeito; se estão doentes, Deus vai dar a cura, etc. Lidam com Deus de maneira infantil, como uma criança que não pode lidar com os problemas da vida e precisa do super-pai para colocar-se entre a pessoa e o tal problema e evitar que a pessoa sofra. Este pensamento mágico é infantilizante. Não prepara a pessoa para enfrentar o sofrimento com fé, mas, fá-la sofrer ainda mais esperando uma intervenção de Deus que pode nunca vir, porque uma coisa é a vontade da pessoa e outra é a vontade de Deus. De vez em quando ambas coincidem, outras vezes não. Aqui chega-se a outro problema: e quando a intervenção divina não ocorre? Quando a dívida é cobrada? Quando a doença ceifa a vida da pessoa? Quando não aparece o príncipe encantado? O mais provável é que a pessoa antes fervorosa, por causa da motivação dos pregadores da teologia da prosperidade, agora arrefeça na fé e afaste-se da Igreja ou da seita. Caridade aqui nem se cogita. Esta espécie de fé é de tipo individualista, intimista e egoísta. É a fé do inferno, como falava padre Léo numa de suas memoráveis palestras.

Não há nada mais anti-cristão do que o neopentecostalismo que para mim é paganismo puro. A fé cristã genuína baseia-se na Revelação de Deus aos homens por meio de seu Filho Jesus Cristo imolado, ressuscitado e glorificado. Ele ensina que o culto em espírito e verdade que é a Santa Missa glorifica a Deus e santifica o homem. Tal culto é o ato litúrgico da fé, por parte do homem, e é a dispensação da graça por parte de Deus. É uma ação teândrica: o homem vai a Deus porque Deus veio ao homem! Esta sempre foi a compreensão da Igreja. A lei da fé é a regra da oração: Lex orandi, lex credendi. As obras da fé - que também se transformam em oração - são a segunda parte da vida cristã. Logo, a fé cristã genuína tem dois traços. Um horizontal e um vertical, como a cruz. A fé e o culto, que é a Missa, ligam o homem a Deus por meio de Jesus o nosso mediador; a seiva da vida divina é doada do tronco da videira aos ramos, os homens, os liga entre si e aumenta o vínculo da caridade: É a eucaristia que alimenta a caridade. Logo, fé, Missa (oração pessoal) e caridade são marcas indeléveis do ser cristão. O paganismo neopentecostal das "promessas" solapa tudo isso. Nele não há sacerdócio ordenado pelos sucessores dos apóstolos, que são os Bispos, porque os pastores a si mesmos outorgam o grau/título do que quiserem. Assim, não há Eucaristia; não havendo sacerdócio nem eucaristia não há o Corpo Místico presente sacramentalmente. Não havendo o corpo místico, o culto neopentecostal, pentecostal, evangélico e protestante (em grande parte) é apenas um juntamento de pessoas com a mesma finalidade, como acontece num show de rock, por exemplo. Não sendo Corpo Místico de Cristo - Igreja - o ato de orar do neopentecostal é fundamentalmente individual, ainda que ladeado por milhares de pessoas. Não bastasse isso, a prática do culto neopentecostal é uma sucessão de histeria, emocionalismos, sentimentalismos e reforço da presença do mal na vida das pessoas com a finalidade explícita de ganhar dinheiro com isso tudo. Assim, não restou nada de cristão ao culto/oração neopentecostal para requererem esta identidade. A marca da Igreja desde o princípio foi a eclesialidade, a comunhão dos santos, a dimensão eclesial da fé. São pagãos travestidos de cristãos que usam a bíblia para justificar as suas práticas individualistas.