quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Santo Hilário de Poitiers


Hilário era francês, nasceu em 315, de família rica e pagã, recebendo educação e instrução privilegiada. Sua busca por respostas levou-o ao caminho da fé. Fez-se batizar aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha e passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos. 

Hilário viveu numa fase onde a Igreja sofria com a heresia ariana, uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com palavras e escritos, ele defendeu amorosamente a plenitude de Jesus, Homem e Deus.

Sua ação era tão bonita que povo o escolheu para ser bispo. Foi difícil aceitar o cargo, pois para isso precisava deixar de lado os cuidados com a família de sangue. Mas a fé falou mais alto e Hilário foi ordenado bispo de Poitiers, de onde lutou contra a expansão do arianismo.

Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. No Oriente, longe dos seus, aproveitou para estudar a língua grega. Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores e contribuiu para a teologia da revelação.

De volta para a França, fez o casamento da filha e ajudou a esposa a entrar num convento. Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo. Recebeu o título de doutor da Igreja. 

ORAÇÃO


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Hilário de Poitiers, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Compaixão, misericórdia e ternura: a "poética" do evangelho


Dar e receber perdão. Desviar-se e ser acolhido ao regressar. Pedir ajuda sem precisar humilhar-se. Ter alguém com quem chorar as próprias desventuras. Saber que errou e ter a chance de reparar. Não precisar disfarçar as próprias feridas sob o olhar compassivo do outro. Festejar a alforria da escravidão. Ter amigos e recitar seus nomes sem receio. Ser visitado quando doente ou prisioneiro. Sentir-se sinceramente aceito pelos demais. Ter um endereço seguro ao termo das viagens. Ser consolado na aflição. Receber a defesa da verdade quando injustiçado. Encontrar abrigo nas horas de tempestade. Sentar-se à mesa e partilhar o pão. Provar afetos. Libertar-se das mágoas. Curar os remorsos. Ser tratado com dignidade, mesmo na pobreza. Saber-se amado, com tudo e apesar de tudo. Assim é a experiência da misericórdia: regeneradora, paciente, gratuita, alegre. Pois é sempre - e fundamentalmente - uma experiência de amor: amor em ato de resgate, em ato de cura, em ato de salvação. De tal modo, que o hino da caridade de 1Cor 13 poderia ser entoado à misericórdia, especialmente quando esta procede de Deus.

Enquanto compaixão, misericórdia e ternura se ampliam e divagam nas inúmeras variações de linguagem, se abraçam e se concentram na experiência humana - avessa a fronteiras estreitas quando se trata de amor. Compaixão, misericórdia e ternura se repartem entre si, se aliam à piedade, justiça e solidariedade e, assim, cooperam mutuamente na edificação de uma humanidade reconciliada e feliz. É o que verificamos nas páginas da Bíblia, na voz dos místicos, na observação profunda da psique, no protesto das artes e no aprendizado dramático da história - sempre à caça de olhares capazes de discernimento.

1. Compaixão: afeto que mobiliza

A compaixão é geralmente experimentada como um "sentir com o outro" em face de suas aflições. Contudo, o que a caracteriza não é só este afeto específico (affectus), mas o movimento que ele causa (motus). Pois trata-se de um "sentir com" que constrange, desloca e afeta as "motivações" - no sentido original de moção ou movimento. De fato, a compaixão pousa o olhar e o coração sobre as dores do outro, fazendo deste outro não um alheio, mas um próximo. É sentimento que move ao encontro, que motiva afetivamente uma aproximação efetiva. Os textos bíblicos raramente dizem "sentir compaixão"; o que mais destacam é "mover-se de compaixão" (cf. Êx 3,7-8; Os 11,8; Lc 10,33; Lc 15,20; Mc 6,34).

Quem se compadece, faz jus à preposição com que registra esse sentir nas línguas neo-latinas: compadecer, compassivo, compaixão - do latim compatire. De tal modo, que o afeto se faz compatível com a situação de carência do outro, aproximando o sujeito do próximo que padece. O affectus, sem este motus, não seria compaixão. Por isso, a compaixão favorece a prática da misericórdia, uma vez que é um sentir que move à solidariedade. Do sentir ao praticar, a compaixão dá um passo e se faz obra de misericórdia. Sem misericórdia o motus afetivo da compaixão seria um sentir estéril e incompleto, que não encontrou o seu sentido. Enquanto que, sem compaixão, a misericórdia perderia seu afeto, dissociada do coração e motivada, unilateralmente, pela superioridade daquele que ajuda o necessitado, visto como inferior.

Compaixão, piedade e justiça:

De fato, a compaixão realiza uma "proximidade solidária", como deduzimos do prefixo com de sua versão latina (com-passio) e grega (syn-pathos). Tanto com quanto syn mostram a reciprocidade que põe face a face aquele que oferece e aquele que recebe compaixão. Pois embora a situação de carência os distinga, a humanidade que partilham é a mesma. Diversamente do caso de Deus, que age com a distinção da graça: sendo Ele divino, se compadece da humanidade realmente, sem renunciar à sua divindade, aproximando-se de nós por gratuita benevolência. Fato extremo e paradoxal dessa divina compaixão se dá na encarnação, paixão e ressurreição do Verbo, Jesus de Nazaré: a piedade divina assume a miséria humana historicamente, para elevar a humanidade à comunhão com Deus. Assim, a divina compaixão se mostra claramente no mysterium pietatis que nos devolveu a liberdade e a dignidade de filhos de Deus (cf. 1Tm 3,16).

Diferente da linguagem greco-romana, os termos hebraicos para designar "compaixão" são, a seu modo, muito sugestivos. Seus radicais lingüísticos indicam uma relação eficaz entre Deus e a humanidade: relação de Aliança, que move o coração de Deus a socorrer e resgatar seu povo. Por isso o hebraico privilegia o termo rehem (útero, entranhas) para indicar o amor compassivo de Deus, capaz de "refazer" o ser amado à semelhança da geração materna. Outras vezes aparece hesed - graça ou favor imerecido, que dispõe o coração divino ao perdão das faltas e dívidas humanas. Rehem e hesed expressam a solicitude amorosa de Deus por nós, seus filhos e filhas.

O Novo Testamento usa geralmente a palavra grega éleos - piedade, compaixão ou benevolência - donde deriva o verbo eléison: "ter piedade". É o clamor que a humanidade eleva a Deus, como entoamos na liturgia judaica (rahém alêinu) e cristã, no Oriente (eléison hymas) e no Ocidente (miserere nobis).

Nas relações fraternas, a compaixão move o sujeito ao próximo carente e miserável, abrindo as portas da solidariedade. Tal comportamente diferencia o homem justo (pio) do injusto (ímpio). De fato, a piedade está mais ligada à justiça, do que ao sentimento de pena ou dó. Se o Direito tarda em socorrer os aflitos, a compaixão nos leva solicitamente até eles, favorecendo obras de misericórdia. Assim, a compaixão adianta-se à Lei e garante que o bem seja feito, a começar dos mais carentes. Compaixão, piedade e justiça caminham juntas[1].

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sacerdote italiano é agredido por delinquentes em sua própria paróquia


Há alguns dias, o Pe. Massimo Malinconi, pároco de Mezzana, localizada na região de Trento (Itália), foi assaltado e agredido por quatro desconhecidos na porta da casa paroquial.

O Pe. Malinconi estava há pouco mais de um ano como pároco de Mezzana. No final da Missa de Natal, conversou com alguns paroquianos e foi tomar chocolate com um grupo de jovens. O sacerdote disse ‘a Il Terreno’ que chegou em casa por volta da 1:30.

“Percebi que a porta da cozinha estava fechada, mas costumava deixá-la aberta. Observei que dentro de casa havia pegadas no chão. Então me aproximei da porta em direção ao jardim (por onde entraram os ladrões). Ao abri-la, encontrei com uma figura negra, com o rosto coberto por um gorro”, disse.

O homem ameaçou bater nele com uma chave de fenda, o sacerdote destacou que, felizmente, havia colocado um casaco grosso. Então, começou uma luta entre ambos e, imediatamente, apareceram outros três indivíduos e o agrediram.

“Achava que não queriam me matar, simplesmente achava que me amarrariam e colocariam uma mordaça na minha boca e roubariam tudo o que fosse possível”, expressou o sacerdote. Ele gritava, mas não havia ninguém perto deste local. 

França: incendiaram igrejas, derrubaram cruzes e profanaram a Eucaristia


No último domingo, 10, ocorreram diversos atos anticristãos em Fontainebleau, na França, como o incêndio de duas igrejas, a demolição de uma emblemática cruz e a profanação e roubo da Eucaristia.

Desconhecidos profanaram e incendiaram a igreja católica Saint Louis, localizada na cidade de Fontainebleau, ao sul de Paris. Presume-se que os autores ingressaram no templo durante as primeiras horas do domingo. O incêndio foi reportado aproximadamente às 7:30, quando se abriram as portas da igreja.

Segundo informou ao Le Figaro Jean-Luc Marx, prefeito do Seine-et-Marne, o município onde ocorreram estes casos, os autores amontoaram cadeiras e tapetes em três áreas da igreja: aos pés da capela de Franchard, na capela de São José e na área do coro. Depois lhes atearam fogo. Acrescentou ainda que fizeram isso de propósito porque eram “os bens mais valiosos e simbólicos. Estas pessoas conheciam seu valor patrimonial e religioso”.


A estrutura do templo não ficou danificada porque só foram incendiadas essas partes. Para sufocar as chamas, foram necessários cerca de 20 bombeiros.

Por sua parte, Padre José Antonini, pároco do centro missionário do Fontainebleau, indicou a Le Parisien que as hóstias consagradas foram jogadas no chão, vários objetos desapareceram e as estátuas da Capela de São José estavam colocadas de cabeça para baixo, o que “leva a pensar que se tratou de uma profanação”.

Também se perdeu nas chamas um altar do século XVI e o Menino Jesus do presépio estava no piso. O sacerdote manifestou que está com “o coração partido” diante de ato como esse. 

Santo Antonio Maria Pucci


No batismo recebeu o nome de Eustáquio Pucci. Nasceu na Itália em 1819. Aos dezoito anos, ele ingressou no convento dos Servos de Maria, onde mudou o nome para Antonio Maria. Em 1847 foi enviado como vice-pároco para a nova paróquia confiada aos servitas e três anos depois se tornou o pároco, função que executou, durante quarenta e oito anos, até morrer.

Dedicou-se com zelo heróico à cura espiritual e material dos seus fiéis, que o chamavam afetuosamente de "o curador". Padre Antonio Maria enfrentou duas epidemias na cidade, tratando pessoalmente dos mais doente, pois tinha o dom da cura e do conselho.

Em 1853 fundou a congregação das Irmãs auxiliares Servas de Maria direcionadas para a educação dos adolescentes, e criou o primeiro orfanato mariano para as crianças doentes e pobres. Alem disto, introduziu outras Organizações já existentes, todas dedicadas às obras de caridade que atendiam os velhos, crianças, doentes e pobres.

Depois de socorrer um doente, numa noite fria e de tempestade, contraiu uma pneumonia fulminante, que o levou à morte em 12 de janeiro de 1892. 

ORAÇÃO


Querido Pai de bondade, olhai com solicitude seu povo e pela intercessão de Santo Antonio de Pucci daí-nos santos pastores para nossas comunidades, que nos guiem pelos caminhos da fraternidade e da justiça. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Os mortos dormem?


No livro do Gênesis encontramos a história da criação do mundo e dos seres viventes. Diz o Gênesis que "O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7).

Neste versículo encontramos a primeira prova da natureza dualística do homem: a carne formada “do barro da terra” e seu espírito que é "um sopro de vida". Somente depois de dadas as duas coisas, diz o Gênesis que "o homem se tornou um ser vivente".

Com efeito, sopro em hebraico é "nashamah". É a mesma palavra usada no Deuteronômio onde lemos: "Quanto às cidades daqueles povos cuja possessão te dá o Senhor, teu Deus, não deixarás nelas alma viva [nashamah]" (Dt 20,16). Ver também 1 Reis 15,29.

Muitos são os exemplos na Escritura onde "nashmah" denota claramente o espírito que Deus deu ao homem, infiltrado no corpo humano através das suas narinas (cf. Gn 2,7) no momento da criação.

A inteligência da alma

Não é por acaso que a Psicologia estuda as faculdades intelectuais humanas. A palavra que no português conhecemos por "alma" não existe no hebraico. "Alma" vem do grego "psychein" que significa "soprar". Deste verbo grego vem a palavra "psique" que significa "sopro", que é raiz da palavra "psicologia".

A etimologia da palavra "psicologia" nos remete à inteligência presente no espírito humano ("sopro"), pela qual recebemos nossas faculdades intelectuais.

Com efeito, a própria Revelação de Deus mostra que é pelo seu espírito que o homem possui inteligência, conforme vimos em Prov 20,27. A mesma verdade encontramos em Jó: "mas é o Espírito de Deus no homem, e um sopro [nashmah] do Todo-poderoso que torna inteligente" (Job 32,8).

Embora as faculdades do corpo como tato, olfato, audição e visão sejam responsáveis pela nossa interação com o mundo, é pelo espírito que temos inteligência; é dele que vem a nossa razão.

Por isso, sobre o espírito humano escreveu Salomão: "O espírito [nashamah] do homem é uma lâmpada do Senhor: ela penetra os mais íntimos recantos das entranhas" (Prov 20,27).

Concordando com Salomão, São Paulo ao escrever aos Romanos faz a relação entre espírito e razão: "Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à lei de Deus; de outro lado, por minha carne, sou escravo da lei do pecado" (Rm 7,26).

As referências acima provam que o espírito humano é dotado de faculdades intelectuais. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O Batismo: Fonte de Misericórdia


Ensina o evangelista Lucas que, ao iniciar sua vida pública, Jesus se fez batizar no Rio Jordão, por João, o Precursor. Ao descer Jesus às águas, algo sobrenatural se manifestou de forma inequívoca. O Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba e ouviu-se a voz do Pai que proclamou: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem querer” (cf Lc 3, 22). 

Somos acostumados a ver o batismo como ato purificador, simbólico e eficaz. João batizava levando as pessoas a tomarem um bom banho nas águas do Jordão, após o qual se sentiam rejuvenescidas de seus cansaços e fortalecidas para tomarem novo caminho. O costume de batizar para significar tempo novo, limpeza da alma, purificação dos pecados não foi inventado por João Batista e nem por Jesus. Havia em seu tempo, comunidades como a de Qunran, cujos membros se batizavam todos os dias, buscando não somente a limpeza do corpo, mas o restabelecimento de pureza espiritual. 

Porém, algo novo se dá no relato dos evangelistas sobre o batismo de Jesus. Ao mesmo tempo em que os evangelhos mostram que o Menino, nascido de Maria, em Belém, é o Filho de Deus feito homem, o Verbo Eterno que se fez carne, afirmam também que foi batizado por alguém que era pecador, embora fosse o Precursor. A narrativa da voz que veio do alto confirma a realidade divina de Cristo, destacando-o como Filho amado do Pai, sobre o qual estava o Espírito Santo. 

A exegese católica, a ortodoxa e a protestante coincide na mesma crença, afirmando que a filiação divina de Cristo não é igual a filiação dos demais seres humanos, uma vez que Jesus é filho de Deus por natureza e nós o somos por adoção. Tal realidade nos é conferida por misericórdia do Pai, quando somos batizados, ocasião em que somos perdoados de todos os pecados cometidos até então. Portanto, o batismo de Cristo não tem caráter purificador para si mesmo, uma vez que não tinha pecados, mas se deu também por pura misericórdia do Pai que o faz descer às águas batismais carregando sobre si os pecados da humanidade e para nos indicar o caminho da graça a seguir no desenrolar da vida. Na cruz, ele vai levar às últimas consequências este gesto de misericórdia com o banho de seu sangue com o qual nos salvou. 

Ataques extremistas: o temor de um "11 de setembro europeu"


Mais do que ataques isolados, como o que teve por alvo uma delegacia de Paris nesta quinta-feira, o que serviços antiterroristas da Europa temem em 2016 são atentados extremistas múltiplos e coordenados em vários países do continente.

O episódio do 13 de novembro em Paris (130 mortos) demonstrou que várias equipes de homens-bomba decididos, equipados com kalachnikovs e explosivos artesanais, podem causar danos terríveis e traumatizar um país antes de serem neutralizados. Multiplicados em escala continental, o efeito seria ainda mais devastador.

“Acho que, lamentavelmente, em 2015 ainda não vimos o pior”, afirma à AFP, pedindo anonimato, um oficial da luta antiterrorista.

“Chegaremos a um tipo de 11 de setembro europeu: ataques simultâneos em vários países, vários lugares. Algo muito bem coordenado. Sabemos que os terroristas trabalham para isso”, afirma.

“Assistimos atualmente nas regiões controladas pelo Daesh (acrônimo árabe do grupo Estado Islâmico) ao recrutamento de grupos, de jovens europeus, e a seu treinamento, com o objetivo de enviá-los para atacar seus países de origem”, acrescenta.

“Eles têm os documentos falsos necessários, o domínio da língua, dos lugares, armas. Detivemos muitos, mas é preciso reconhecer que estamos acuados pelo número. Alguns passarão, alguns já passaram”, disse.

Os extremistas recém-detidos de volta das “terras da jihad” fazem aumentar a preocupação.

“Os perfis mudam. Vemos que regressam ultrarradicais, bem treinados. Alguns são impulsionados pelos bombardeios russos que, ante a menor suspeita de presença extremista em um povo, atacam todo o setor. Mas outros voltam para realizar missões na Europa”, afirma o oficial.

“Antes, voltavam principalmente pessoas que haviam se equivocado, que não haviam se dado conta do que é a guerra”. Agora são outros, com outros objetivos”.