domingo, 24 de abril de 2016

Roupas para a Missa e o decoro na Casa de Deus


Você já se perguntou como deve ir vestido(a) à Igreja? Se sim, louvado seja Deus. Infelizmente, nem todas as pessoas têm essa preocupação. Não é porque vamos à Igreja que não precisamos nos arrumar bem, é justamente o contrário! Quando digo sobre nos arrumarmos bem, não estou dizendo em questão de “elegância”, e muito menos de modismos, mas de decência e de decoro. A Casa de Deus não é qualquer casa, muito menos um lugar qualquer. Lamentavelmente, as pessoas têm a ideia errada de que a Casa de Deus é igual à “casa-da-mãe-joana”, e adentram nela vestidas bastante “à vontade”, quando não desleixadas ou mesmo irreverentes. A Igreja é um lugar Santo, pois ali reside Nosso Senhor na Hóstia Consagrada dentro do Sacrário, e é por este motivo que devemos estar bem apresentáveis (com decoro e decência) quando adentramos no Santo Templo de Deus.

Quando vamos à casa de alguém importante nos vestimos do melhor modo possível. Quando vamos a um casamento, colocamos nossas roupas mais bonitas. Se tivéssemos que visitar algum rei nos vestiríamos do modo mais apresentável e respeitável possível. Garanto que ninguém vestiria bermuda e chinelo em nenhuma das circunstâncias que citei. Pois bem, na Igreja reside o Rei dos reis, Senhor dos senhores, e tem gente que insiste em ir lá vestida com trajes inapropriados, quase praianos. Para Deus devemos nos apresentar com o maior zelo possível, da melhor forma possível de acordo com a condição de cada um. Vestir-se bem na presença de Deus não implica em usar roupa chique, mas em usar roupa modesta! Portanto, vestir-se bem é sinônimo de modéstia.

Roupas para ir à Igreja e à Santa Missa

Antigamente as pessoas usavam o termo “roupa de domingo” para as roupas usadas para ir à Missa; não raro era somente uma peça de roupa! e era só para ir à Santa Missa mesmo, no domingo. Nos demais dias, a “roupa de domingo” ficava guardadinha, esperando a próxima Missa! E como era boa e respeitosa essa época, as mulheres com seus vestidos modestos e comportados, usando véu na Igreja, e os homens com trajes simples, sociais, mas modestos e de muito bom gosto!

Como hoje já não se comenta mais sobre as roupas adequadas para homens e mulheres irem à Igreja e à Santa Missa, farei algumas descrições e considerações gerais, na medida do possível, acerca de roupas femininas e masculinas.

Vestimentas femininas

As roupas femininas ideais para as mulheres irem à Igreja e à Santa Missa são:

Saias: devem ser abaixo do joelho pelo menos uns 20 cm (aproximadamente até a metade da canela), de modo que mesmo sentando os joelhos ainda fiquem cobertos;

Blusas: não podem ser cavadas nem decotadas, devem ser com mangas pelo menos até a metade do braço[1]. O ideal é que as mangas, no comprimento mínimo, sejam pelos cotovelos e o decote não passe de dois dedos sob o poço da garganta[2].

Vestidos: devem seguir o mesmo esquema da saia para a parte de baixo e da blusa para a parte de cima[3].

Véu: deve preferencialmente ser branco para as solteiras e preto, marfim ou cinza para as casadas. O véu é um símbolo da “mulher como Maria”. O véu também simboliza a humildade de Maria e sua submissão à vontade Deus, além de “esconder nossa glória e beleza”, que pertencem a Deus e ao nosso marido somente. Além de tudo, o véu ajuda a nos concentrarmos nas orações sem ficarmos olhando para o lado distraídas com o “penteado da vizinha”, entre outras coisas.

JAMAIS se deve ir à Missa com roupas justas, com o colo de fora, mostrando partes dos seios, ou com os ombros, as costas, a barriga e as pernas de fora ou expostas sob roupas colantes. Além de ser vulgar e indecoroso, é desrespeitoso para com Deus e para com o Sacerdote que celebra a Santa Missa.

São Fidélis (Fiel) de Sigmaringa


Nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringa, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos. Era particularmente aberto à amizade, amante do belo e da música, hábil no movimento dos dedos sobre vários instrumentos musicais.

Estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado, em 1601. Recebeu o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar.

Aos trinta e quatro anos abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidélis. Cuidava com coragem e caridade daqueles das pessoas atingidas pela peste. Escreveu muito e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana.

Enviado à Suíça para apaziguar as tensões entre católicos e protestantes, foi acusado de espionagem e morto que após celebrar a Missa. Dizem que, ferido por um golpe de espada, pôs-se de joelhos e perdoou aos seus assassinos, rezando por eles esta oração: “Senhor, perdoai meus inimigos. Cegos pela paixão, não sabem o que fazem”.  


Ó Deus de admirável providência, que, no mártir São Fidélis de Sigmaringa destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sábado, 23 de abril de 2016

O Brasil que nós queremos

 
Os jornalistas estrangeiros estão querendo entender o que aconteceu no Brasil, com a recente condenação da Presidente da República pela Câmara dos Deputados. Não é fácil dar uma explicação cabal e satisfatória.

É o típico episódio que nos deixa perguntando a quantas andamos na construção de nossa nacionalidade. E aí as perguntas aumentam o leque das causas que estão por trás dos acontecimentos.

É sintomático, por exemplo, que ninguém se deu conta que a data, 17 de abril, recordava o massacre de Eldorado dos Carajás. Certamente porque aquele episódio ainda incomoda, e deveria ser colocado no esquecimento. Em todo o caso, foi nítida a tendência de transformar uma votação carregada de consequências, em simples espetáculo a divertir uma plateia de dimensões nacionais.

Assim, para muitos, o domingo à tarde teve uma opção diferente de passar o tempo, para retomar na segunda-feira a faina de sempre.

O difícil é ler os acontecimentos, e perceber o que eles nos revelam sobre a situação do país. Pensar o país, eis o desafio. Superar a dimensão de espetáculo que diverte, para assumirmos a postura de quem se pergunta como viabilizar um projeto de país, que seja abrangente e adequado às circunstâncias que a realidade e a história nos proporcionam.

Pensar é laborioso. E muitos preferem deixar esta tarefa para outros. Ao passo que a primeira condição para construirmos  um país é a participação consciente dos cidadãos, que precisa começar pela definição de um projeto que contemple todas as dimensões da convivência social.

Foi sintomático o que aconteceu na última assembleia da CNBB. Foi apresentado um subsídio, denso e consistente, com a finalidade de estimular a reflexão sobre o país, com o título: “Pensando o Brasil”.  A reação dos bispos mostrou que a maioria rejeitava o texto, não porque discordasse do conteúdo, mas porque ele exigia um esforço de leitura e de reflexão.  Quando se prefere não pensar,  a situação fica perigosa, pois cedemos o espaço para quem pensa, rapidamente, na defesa dos próprios interesses, e não olha o bem comum.

Pela bondade de Deus, extensiva a toda a humanidade, o mundo inteiro foi salvo


Sendo muitos, nós formamos um só corpo e somos membros uns dos outros; e é Cristo quem nos une pelo vínculo da caridade, como está escrito: Do que era dividido, ele fez uma unidade, destruiu o muro de separação, a inimizade, e aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos (cf. Ef 2,14-15). Convém, portanto, que tenhamos os mes­mos sentimentos uns para com os outros; se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, os demais se alegrem com ele.

Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo também vos acolheu, para a glória de Deus (Rm 15,7). Para pôr em prática este acolhimento recíproco, devemos ter os mesmos sentimentos, carregando os fardos uns dos outros e guardan­do a unidade do espírito pelo vínculo da paz (Ef 4,3). Foi assim que Deus também nos acolheu em Cristo. Falou a verdade quem disse: Deus tanto amou o mundo, que deu seu Filho Unigênito (Jo 3,16). De fato, ele foi dado em resgate pela vida de todos nós, e assim fomos arrebatados da morte e libertados da morte e do pecado. E ilustra a finalidade deste desígnio ao dizer que Cristo se tornou ministro da circuncisão, para demonstrar a fidelidade de Deus. Com efeito, Deus prometera aos patriarcas do povo judeu que abençoaria toda sua descendência e a multiplicaria como as estrelas do céu. Por isso se revestiu da carne, tornando-se homem, ele o próprio Deus e Verbo que conserva todas as coisas criadas e lhes dá a salvação. Veio, porém, a este mundo na sua carne não para ser servido por ele, mas ao contrário, como ele mesmo afirma, para servi-lo e dar a sua vida pela redenção l de todos. 

Dizia claramente ter vindo ao mundo de modo visível para cumprir as promessas feitas a Israel: Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15,24). Por esta razão, Paulo não mente quando afirma que Cristo f foi o ministro da circuncisão, para confirmar as promessas feitas aos patriarcas e, com esse fim, foi entregue por Deus Pai; mas foi para que também os pagãos obtivessem misericórdia e assim o glorificassem como criador, autor, salva­dor e redentor de todos os seres humanos. Assim, pela bondade de Deus, extensiva a toda a humanidade, os pagãos foram recebidos e o mistério da sabedoria em Cristo não se desviou do seu desígnio de bondade. Efetivamente, em vez daqueles que se afastaram, o mundo inteiro foi salvo pela misericórdia de Deus.



Do Comentário sobre a Carta aos Romanos, de São Cirilo de Alexandria, bispo (Cap. 15,7: PG 74,854-855)      (Séc. V)

Pode ter Jesus desprezado a sua mãe?


O Evangelho de São Mateus narra que, em determinado dia, Jesus estava pregando e sua mãe e irmãos procuravam falar com Ele. Ao ser informado disso, Jesus respondeu: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?"; em seguida, apontou para todos os que ali estavam e disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe." (12, 46-50) Igualmente, no Evangelho de São Marcos e de São Lucas, o mesmo evento é narrado, mas, o que Jesus quis ensinar com essas palavras aparentemente duras?

Não parece possível que Ele tenha realmente desprezado ou feito pouco caso de sua mãe. Basta recordar a passagem referente ao jovem rico, quando Ele diz que, para entrar no Reino do Céu, é preciso honrar pai e mãe:

"Alguém aproximou-se de Jesus e disse: ‘Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?’ Ele respondeu: ‘Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos’. - ‘Quais’, perguntou ele. Jesus respondeu: Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 19, 16-19)

Mais plausível seria pensar que Jesus desejasse mostrar, nessa passagem, que a salvação não estaria mais ligada ao sangue do povo judeu e ensinando, assim, que o novo povo de Deus deve ser baseado na fé e na obediência à vontade divina.

No Antigo Testamento, para uma pessoa ser inserida no ‘povo de Deus’, bastava o nascimento; não era preciso fazer nada, poder-se-ia dizer que a salvação era genética. Evidentemente que, por causa disso, os judeus desprezavam aqueles que não faziam parte da ‘raça eleita’, os goyn, os gentios. O que Jesus faz, portanto, é quebrar o paradigma dos laços sanguíneos. Alguns versículos antes do episódio com sua mãe, Ele havia sinalizado esse novo modo de ser povo de Deus quando disse:

"Então, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: ‘Mestre, queremos ver um sinal da tua parte.’ Ele respondeu-lhe: ‘Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no ventre da terra. No dia do Juízo, os habitantes de Nínive se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão, pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará; pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão" (Mateus 12, 38-42)

Ora, a ‘geração perversa e adúltera’ a que Jesus referiu-se são os judeus, a raça eleita. Jonas não queria pregar em Nínive, como é sabido, porque lá eram todos gentios; no entanto, ele prega e os ninivitas se convertem. Da mesma forma, a rainha de Sabá, uma mulher negra, etíope, não pertencia ao povo de Israel, mas ela ouve a mensagem de Salomão. 

São Jorge


Em torno do século terceiro, quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

O Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus.

Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina. É local de peregrinação, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das Cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Diz a lenda que São Jorge derrotou um pavoroso dragão, usando para isso sua fé em Jesus Cristo.

São Jorge virou um símbolo de força e fé. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica. A festa acontece no dia 23 de abril tanto no Ocidente como no Oriente.


Deus Todo-poderoso, vós nos protegeis pelos méritos e bênçãos de São Jorge. Fazei que este grande mártir, com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a caridade, esclareça a nossa inteligência, ilumine os nossos caminhos e fortaleça o nosso ânimo nas lutas da vida. Que ele nos alcance de vós a firmeza diante da vossa vontade contra as ciladas do mal. E assim, vencendo como São Jorge venceu, possamos triunfar convosco no céu, e participar das eternas alegrias. Amém.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

São Jorge, Cavaleiro da Misericórdia



 
Todos sabemos que o amado povo do Rio de Janeiro tem uma bela devoção a São Jorge, o assim chamado “santo guerreiro”. Isso eu aprendi logo no primeiro ano que assumi a missão de servir a esta Igreja nesta cidade. Damos graças a Deus por esta devoção! Temos poucas informações sobre a vida de São Jorge. O carinho de seus devotos acrescentou elogios em sua vida, dando algumas características daquilo que o coração fala e admira, embora nem sempre corresponda a fatos históricos. 

Temos na antiguidade vários santos mártires que foram soldados: São Sebastião, nosso padroeiro, Santo Expedito, celebrado no dia 19 de abril, e São Jorge, que comemoramos dia 23 de abril. 

Trago aqui alguns poucos fatos que são de domínio público em livros e na internet: a vida de São Jorge se dá no século III, quando Diocleciano era imperador de Roma: havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge de Anicii. Filho de pais cristãos, converteu-se a Cristo ainda na infância, quando passou a temer a Deus e a crer em Jesus como seu único e suficiente salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Tendo ingressado para o serviço militar, distinguiu-se por sua inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física e porte nobre. 

Foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade. Tantas qualidades chamaram a atenção do próprio Imperador, que decidiu lhe conferir o título de Conde. Com a idade de 23 anos, passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Nessa mesma época, o Imperador Diocleciano traçou planos para exterminar os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião, declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. 

São Jorge foi um grande defensor e testemunha da fé cristã.  Com grande coragem e sua fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "o que é a verdade?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e n’Ele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade." Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé, torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. 

A fé deste servo de Deus era tamanha que muitas pessoas passaram a crer em Jesus e confessá-Lo como Senhor, por intermédio do testemunho e da pregação do jovem soldado romano. Conta-se que seu testemunho de fidelidade e amor a Deus arrebatou uma geração de incrédulos da época. Por fim, Diocleciano mandou degolar o jovem e fiel discípulo de Jesus, em 23 de abril de 303. Logo, a devoção a “São” Jorge tornou-se popular. Celebrações e petições a imagens que o representavam se espalharam pelo Oriente e, depois das Cruzadas, tiveram grande entrada no Ocidente.

Brasil é um dos piores países para o jornalismo, diz ONG

 
A Organização independente Repórteres sem Fronteiras (RSF) revelou na quarta-feira, (20/04), que o Brasil caiu cinco posições e agora ocupa o 104º lugar entre os 180 países onde a liberdade de imprensa é menos respeitada.

É a quinta queda consecutiva do Brasil na Classificação Mundial de Liberdade de Imprensa: em 2010, o país ocupava a 58ª posição. “O Brasil segue sendo um dos países mais mortíferos da América para os jornalistas, somente atrás de México e Honduras. Em 2015, foram 7 os jornalistas assassinados no Brasil”, recorda a RSF.

“Uma escalada da violência contra os jornalistas e a falta de vontade política em alto nível para proteger eficazmente os profissionais”, são as primeiras razões apresentadas pela RSF para explicar o péssimo desempenho do Brasil.

“No Brasil, os principais obstáculos à liberdade de imprensa e o clima de desconfiança em relação aos jornalistas se reforçam com a recessão econômica e a instabilidade política”, diz a organização, cuja sede está em Paris.

Conflito de interesse

A RSF cita ainda a questão dos “coronéis” brasileiros, “latifundiários ou empresários que, às vezes, são governadores, prefeitos ou parlamentares e, direta ou indiretamente, possuem um ou vários meios de comunicação que dominam o território”.

Como consequência desta realidade, "os meios de comunicação têm uma grande dependência dos centros de poder”, denuncia.

Impeachment

Como exemplo deste fenômeno, a RSF aponta a cobertura da crise política em que os principais meios de comunicação, “convidaram a sua audiência, de maneira pouco velada, a precipitar a queda da Presidente Dilma Rousseff”.

Desta forma – prossegue o relatório – “é difícil para os jornalistas destes conglomerados trabalhar tranquilamente sem sofrer a influência de interesses privados e partidários. Estes constantes conflitos de interesse prejudicam muito a qualidade da informação difundida”, adverte a organização.