segunda-feira, 2 de maio de 2016

Palavra de Vida: “Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus.” (Ap 21,3)

 
Sempre foi este o desejo de Deus: morar conosco, o seu povo. Desde as primeiras páginas da Bíblia nós o vemos na atitude de descer do Céu, passear pelo jardim e entreter-se com Adão e Eva. Não foi para isso que nos criou? O que deseja aquele que ama, senão estar com a pessoa amada? O livro do Apocalipse, que sonda o projeto de Deus na história, nos dá a certeza de que esse desejo de Deus será realizado em sua plenitude.

Deus já começou a morar em nosso meio desde a chegada de Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”. E agora que Jesus ressuscitou, a sua presença não está mais limitada a um lugar ou a um tempo, mas se dilatou sobre o mundo inteiro. Com Jesus iniciou a construção de uma nova comunidade humana muito original: um povo composto por muitos povos. Deus quer morar não somente na minha alma, na minha família, no meu povo, mas entre todos os povos chamados a formarem um só povo. Além do mais, a atual mobilidade humana está mudando o próprio conceito de povo. Em muitos países o povo já é composto por muitos povos.

Somos bem diferentes pela cor da pele, pela cultura, pela religião. Olhamo-nos muitas vezes com desconfiança, suspeita, medo. Ficamos fazendo guerra uns contra os outros. E no entanto, Deus é Pai de todos, ama-nos a todos e a cada um. Não quer morar com um povo – “o nosso, naturalmente”, é o que se pensa logo – e abandonar os outros povos. Para Ele somos todos filhos e filhas Dele, somos uma única família.

Vamos então exercitar-nos, orientados pela Palavra de Vida deste mês, em valorizar a diversidade, em respeitar o outro, em olhá-lo como uma pessoa que me pertence: eu  me identifico com o outro, o outro se identifica comigo; o outro vive em mim, eu vivo no outro. Começando pelas pessoas com as quais vivo todo dia. Desse modo podemos abrir espaço para a presença de Deus entre nós. Será Ele que irá compor a unidade, que vai salvaguardar a identidade de cada povo, criar uma nova socialidade.

Pedagogia Litúrgica para o mês de Maio de 2016: "Vinde, Espírito Santo, e concedei-nos o dom da paz!".

 
Maio, mês carinhosamente dedicado a Nossa Senhora, inicia as celebrações do Tempo Pascal com um convite para que os celebrantes se empenhem em favor da construção da paz. Esta paz, diferente daquela oferecida pelo mundo, porque tem sua fonte na Ressurreição de Jesus e sua grande inspiração no amor divino, vivido na Trindade Santa.

Um mês para conduzir os celebrantes a refletirem a misericórdia a partir da partilha do pão (Corpus Christi) e da unidade de todos os homens e mulheres de boa vontade que sinceramente buscam o rosto divino.

O Dom da paz

Eu vos dou a paz! É com este presente, o grande dom da paz doado pelo próprio Jesus, que a Liturgia introduz seus celebrantes no mês de maio, na celebração do 6º Domingo da Páscoa. O dom da paz é o grande desejo de todos os homens e mulheres de boa vontade, porque somente a paz e convivendo na paz e com a paz podemos nos tornar uma humanidade fraterna, solidária e misericordiosa.

Pelo dom da paz, a Ressurreição de Jesus tem o poder de transformar a sociedade, iluminando-a com a luz da glória divina e congregando todos os povos e todas as nações na Jerusalém do alto, a Igreja. Uma Igreja que recebe de Jesus a missão de semear e cultivar a paz, permanecendo firme na Palavra do Senhor. Uma Igreja que invoca constantemente o dom do Paráclito, o consolador, o fortalecedor para que a violência não domine a terra e não destrua, pela morte, a humanidade.

O dom da paz, podemos dizer, é o fruto e o conteúdo da grande missão evangelizadora que a Igreja recebeu no dia da Ascensão, do próprio Jesus. Por isso, entendemos que a Ascensão não é um Mistério da Salvação que se remete unicamente a Jesus, mas a cada pessoa que se torna discípulo e discípula do Evangelho. Porque Jesus subiu aos céus, todos somos destinados a promover a vida cultivando o dom da paz. O destino final desta vivência fraterna na paz é viver no céu e fazer o mesmo caminho até a Pátria definitiva, testemunhando o Evangelho em todas as partes da terra. Um testemunho para levar a alegria de quem acredita e sente a presença de Jesus Cristo vivo entre nós.

Como conseguiremos isso? Não com nossa sabedoria e nem com nossas simples intuições, mas com a presença iluminada e iluminadora do Espírito Santo conduzindo a Igreja. Por isso, concluindo o Tempo Pascal, na celebração de Pentecostes, nós invocamos a vinda do Espírito Santo de Deus: Vinde, Espírito Santo e renovai a face da terra! Invocamos o Espírito Santo de Deus que é apresentado como o hermeneuta, aquele que ajuda a compreender as Escrituras em vista do projeto divino. A vinda do Espírito Santo não tem a finalidade de instrumentalizar Deus com milagres ou com dons especiais, para atrair pessoas para uma Igreja específica. A finalidade da vinda do Espírito Santo é aquela de conduzir a Igreja e seus membros a viver em Deus, testemunhando o Evangelho através de relacionamentos fraternos, misericordiosos e solidários, cujo fruto mais saboroso é a paz. 

Maria e o Rosário em maio



 
Ao iniciar o mês de Maio, a tradição católica nos remete a Maria, cujo mês é a ela dedicado. Aqui na Arquidiocese do Rio de Janeiro, no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Penha, iniciaremos este mês com uma grande concentração do movimento “terço dos homens”, que congrega milhares de homens em quase todas as paróquias da cidade. A tradição do terço mariano deve ser retomada com mais entusiasmo e piedade tanto pessoalmente, como em família ou na comunidade. Aproveitemos o mês de maio, mês de Maria, para fazer do Rosário a oportunidade de contemplar os mistérios de nossa salvação junto com Maria, nossa mãe.

No Santo Rosário, temos a oração mariana mais recomendada pela Igreja ao longo dos séculos. A piedade mostra-nos um resumo das principais verdades da fé cristã; através da consideração de cada um dos mistérios, a Santíssima Virgem ensina-nos a contemplar a vida do seu Filho. Em alguns deles, Maria tem certo destaque; em outros fala-nos do Senhor, mas, mesmo sendo uma devoção de cunho mariano o Santo Rosário é completamente Cristológico. Maria fala-nos sempre do Senhor: da alegria do seu nascimento, da sua vida pública, da sua morte, da sua ressurreição e da ascensão gloriosa.

O nome Rosário vem do latim rosarius – relativo às rosas, e foi chamado assim devido à prática popular de coroar Maria com rosas no final do saltério. O valor espiritual do Rosário consiste na característica de ser uma oração simples e profunda. Uma oração contemplativa que educa o espírito humano à meditação dos mistérios da vida de Cristo, e sua intrínseca relação à compaixão de Maria nos momentos de alegria e de dor. Uma oração catequética, pois apresenta e ensina, com um método simples, o núcleo do conteúdo da fé católica. Uma oração que respeita os ritmos da vida, uma vez que harmoniza a disposição corporal com o movimento do espírito que, por sua vez, produz frutos de paz e serenidade diante das tribulações da vida. Uma oração criativa que ajuda comparar os nossos sentimentos com os de Cristo durante a meditação de cada passo, desde o mistério da Encarnação até o mistério da Ressurreição. E, por fim, uma oração que introduz a liturgia por sua natureza comunitária, cristocêntrica e bíblica. É nesse sentido que o Papa Paulo VI diz na sua Exortação Apostólica Marialis Cultus: “O rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica” (MC 61).

O Concílio Ecumênico Vaticano II pede “a todos os filhos da Igreja que promovam generosamente o culto à Bem-aventurada Virgem, que deem grande valor às práticas e aos exercícios de piedade recomendados pelo Magistério no curso dos séculos” (Lumen Gentium, 67). Sabemos bem com que insistência a Igreja sempre recomendou a oração do Santo Rosário. Concretamente, é “uma das mais excelentes e eficazes orações em comum que a família cristã é convidada a rezar” (Marialis Cultus, 54). 

A encarnação do Verbo


O Verbo de Deus, incorpóreo, incorruptível e imaterial, veio habitar no meio de nós, se bem que antes não estivesse ausente. De fato, nenhuma região do mundo jamais esteve privada de sua presença, porque, pela união com seu Pai, ele estava em todas as coisas e em todo lugar.

Por amor de nós, veio a este mundo, isto é, mostrou-se a nós de modo sensível. Compadecido da fraqueza do gênero humano, comovido pelo nosso estado de corrupção, não suportando ver-nos dominados pela morte, tomou um corpo semelhante ao nosso. Assim fez para que não perecesse o que fora criado nem se tornasse inútil a obra de seu Pai e sua ao criar o homem. Ele não quis apenas habitar num corpo ou somente tornar-se visível. Se quisesse apenas tornar-se visível, teria certamente assumido um corpo mais excelente; mas assumiu o nosso corpo.

Construiu no seio da Virgem um templo para si, isto é, um corpo; habitando nele, fê-lo instrumento mediante o qual se daria a conhecer. Assim, pois, assumindo um corpo semelhante ao nosso, e porque toda a humanidade estava sujeita à corrupção da morte, ele, no seu imenso amor por nós, ofereceu-o ao Pai, aceitando morrer por todos os homens. Deste modo, a lei da morte, promulgada contra a humanidade inteira, ficou anulada para aqueles que morrem em comunhão com ele. Tendo ferido o corpo do Senhor, a morte perdeu a possibilidade de fazer mal aos outros homens, seus semelhantes. Além disso, reconduziu o gênero humano da corrupção para a incorruptibilidade, da morte para a vida, fazendo desaparecer a morte – como a palha é consumida pelo fogo – por meio do corpo que assumira e pelo poder da ressurreição. Assumiu, portanto, um corpo mortal, para que esse corpo, unido ao Verbo que está acima de tudo, pudesse morrer por todos. E porque era habitação do Verbo, o corpo assumido tornou-se imortal e, pelo poder da ressurreição, remédio de imortalidade para toda a humanidade.

Entregando à morte o corpo que tinha assumido, ele o ofereceu como sacrifício e vítima puríssima, libertando assim da morte todos os seus semelhantes; pois o ofereceu em sacrifício por todos.

O Verbo de Deus, que é superior a todas as coisas, entregando e oferecendo em sacrifício o seu corpo, templo e instrumento da divindade, pagou com a sua morte a dívida que todos tínhamos contraído. Deste modo, o Filho incorruptível de Deus, tornando-se solidário com todos os homens por um corpo semelhante ao seu, tornou a todos participantes da sua imortalidade, a título de justiça com a promessa da imortalidade.

Por conseguinte, a corrupção da morte já não tem poder algum sobre os homens, por causa do Verbo que por meio do seu corpo habita neles.


Dos Sermões de Santo Atanásio, bispo
(Oratio de incarnatione Verbi, 8-9:PG 25,110-111)        (Séc. IV)

A pior crise que o Brasil passa não é nem política nem econômica... Mas moral e espiritual!


O caos em que se acha afundado o Brasil não é senão o resultado de uma crise religiosa e moral, da qual o PT é, a uma só vez, o fruto péssimo e o grande propulsor.

Destruição da alma brasileira

Por pouco que analise o panorama político brasileiro, nos seus desdobramentos político, psicológico e moral, o observador fica perplexo com a envergadura do programa do PT.

É dele uma síntese o Plano Nacional de Direitos Humanos – 3 (PNDH-3), promulgado no fim do governo Lula.

A extensão e a radicalidade desse Plano são tais, que a sua aplicação equivaleria à destruição da alma do Brasil.

Um leitor desavisado talvez não perceba que o PNDH-3 faz parte de uma revolução com “R” maiúsculo, que pretende desmantelar a sociedade desde os seus fundamentos, como o direito de propriedade, a família e os valores morais multisseculares que regem e governam uma organização social sadia.

Brasilidade: feliz conjunção de raças

Com a deterioração dos costumes e da maneira de pensar, de querer e de sentir, é a libertinagem que grassa através do amor livre e da rejeição da honra;

É a descaracterização de um povo plasmado pela civilização e pela cultura católica, de cuja feliz conjunção de raças e circunstância nasceu a brasilidade.

Mas o povo está deixando de ser brasileiro por ação dessa Revolução?

Ouso afirmar que sim, pois a meta deste processo é atingir o homem no seu próprio ser, desequilibrando-o paulatinamente, em contraposição às virtudes cardeais, sobretudo a da temperança, que regula e equilibra as suas paixões desordenadas.

Revolução Psicológica e Cultural

Essa Revolução é imposta através da introdução de desenhos animados, de brinquedos eletrônicos, de certos aplicativos, quando não dos próprios celulares;

Até a exacerbação da criança, que perderá a calma, a disciplina, o bem-estar, a obediência, o acatamento, o respeito, a reflexão, a admiração, entre tantas virtudes.

Mas, afinal, a criança não ganha nada com isso? – Ela se empanzina de egoísmo, só encontrando satisfação em si mesma.

A criança vai se tornando desatenta a tudo, alheia aos deveres, aos compromissos assumidos ou a assumir, ao próprio ambiente e aos circunstantes, pela incapacidade de prestar atenção em algo que não seja ela mesma.

Passa a viver na agitação e no frenesi, portanto longe de seguir a axiologia rumo à perfeição, ou seja, os compromissos para com Deus, para com o próximo e para consigo mesma. 

Santo Atanásio


Atanásio, bispo de Alexandria, foi o mais vigoroso combatente dos hereges arianos. A heresia ariana negava a divindade de Jesus Cristo. Atanásio nasceu no Egito em 296. Ainda adolescente foi considerado um dos homens mais inteligentes de Alexandria. Ingressou na Igreja por meio do bispo Alexandre. Embora fosse apenas diácono, Atanásio participou do Concílio de Nicéia, em 325. Conta-se que os seus discursos empolgantes, com uma argumentação bíblica brilhante e a lucidez de sua doutrina foram essenciais na defesa e manutenção da doutrina cristã. Apontou um por um os erros dos hereges. Atanásio preservou intacta na Igreja esta verdade teológica: Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Quando morreu o bispo Alexandre, tanto o povo como o clero, apontaram Atanásio como seu sucessor. Seu bispado durou quarenta e seis anos recheados de perseguição e sofrimento. Apoiados pelo imperador, os arianos espalharam calúnias incríveis. Atanásio sofreu cinco exílios seguidos, que suportou com paciência e determinação. Atanásio morreu com setenta e sete anos. É considerado um pilar da fé e declarado doutor da Igreja. 


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Atanásio, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

domingo, 1 de maio de 2016

São José, a família e o trabalho

 
Há uma bonita tradição que representa São José "Adormecido", cuja imagem encontrei há poucos dias. O José do Novo Testamento recorda José do Egito, chamado "homem dos sonhos". Nenhum dos dois viveu fora da realidade, como pode parecer por uma análise superficial. Antes, foram pessoas atentas aos planos de Deus, na permanente prontidão para realizar a sua vontade. São José, sendo um homem justo, tomou decisões a partir da revelação dos rumos a serem assumidos, dentro da história da salvação. "A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo. José, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor, que lhe disse: José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus-conosco. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa. E, sem que antes tivessem mantido relações conjugais, ela deu à luz o filho" (Mt 1, 20-24)... "Depois que os magos se retiraram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se, de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito" (Mt 2, 13-15)... "Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois já morreram aqueles que queriam matar o menino”. Ele levantou-se, com o menino e a mãe, e entrou na terra de Israel. Mas quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Depois de receber em sonho um aviso, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré" (Mt 2, 19-23). À percepção da vontade de Deus, segue-se sempre uma ação, toda voltada para "o menino e sua mãe".

Em Nazaré, José constituiu e sustentou sua original família, cujas razões e desenvolvimento se encontram no Céu, solidamente ancorada no trabalho. Foi carpinteiro dos bons e Jesus, chamado seu filho, aprendeu a mesma profissão. Maria, aquela que veneramos com tanto apreço, foi imensa em sua pequenez e simplicidade de dona de casa! A José e Maria não faltaram Anjos para lhes revelarem o que Deus queria, nem lhes faltou a responsabilidade para assumir as próprias tarefas, sem fugir da missão que lhes foi entregue, que incluía o direito e o dever do trabalho.

A dignidade do trabalho humano

 
A celebração do Dia do Trabalho ou do Trabalhador convida-nos a refletir sobre a dignidade do trabalho humano. O trabalho é uma dimensão fundamental da existência que apresenta duas dimensões: objetiva e subjetiva.

Em sentido objetivo, o trabalho é o conjunto de atividades, recursos, instrumentos e técnicas de que o homem se serve para produzir. Além disso, o trabalho no sentido objetivo constitui o aspecto contingente da atividade do homem, que varia incessantemente nas suas modalidades com o mudar das condições técnicas, culturais, sociais e políticas. 

O trabalho em sentido subjetivo é o agir do homem enquanto ser dinâmico, capaz de levar a cabo várias ações que pertencem ao processo do trabalho. O homem é um ser dotado de subjetividade, capaz de agir de maneira programada e racional, capaz de decidir por si mesmo e com a tendência de realizar-se a si mesmo. O sentido subjetivo é a dimensão estável do trabalhador, porque não depende do que o homem realiza concretamente nem do gênero de atividade que exerce, mas só e exclusivamente da sua dignidade de ser pessoa.