terça-feira, 17 de maio de 2016

Verdade e perseguição


Jesus diz que a verdade liberta, apesar de o processo de libertação exigir grande esforço, busca de ideal elevado, honestidade e remar contra a correnteza de quem é corrupto e não quer saber da verdade. Esta inclui valores de cidadania, honradez, grandeza de caráter, ética e atitude moral de quem valoriza a vida com suas virtudes humanas.

Por falar a verdade e criticar a incredulidade dos judeus reunidos na sinagoga, eles se colocaram contra o Mestre, expulsaram-no da cidade e queriam matá-lo (Cf. Lucas 4,25,30). As agressões contra as pessoas que defendem o bem, a justiça e a verdade muitas vezes acontecem. Em muitas campanhas eleitorais assistimos agressões verbais, perseguições, mentiras e até mortes de opositores políticos. Mesmo durante o mandato de alguns políticos vemos perseguições em relação a quem defende a ética na política. Acontece muito a reprovação contra quem compra e quem vende o voto, sendo corruptos ou corruptores, bem como o modo imoral de governar e legislar, o roubo e o caixa dois na arrecadação ou na prestação de contas em relação a verbas de campanha. 

Não podemos ter medo de defender a verdade e o bem comum, assim como a lisura nas campanhas políticas, nas eleições e no mando político. Afinal, a boa política é a melhor forma de fazer a caridade, conforme nos lembraram alguns Papas, como Pio XI e Paulo VI. De fato, a verdade defendida também no bom encaminhamento da promoção da coisa pública, ajuda  o serviço ao bem comum e, principalmente, aos que são injustiçados na convivência social. 

São Pascoal Bailão


Pascoal nasceu na cidade de Torre Formosa, na Espanha, no dia 16 de maio de 1540. Filho de uma família humilde, foi pastor de ovelhas e, aos dezoito anos, seguindo sua vocação, tentou ser admitido no convento franciscano de Santa Maria de Loreto. Sua primeira tentativa foi frustrada, mas por causa dos seus dons carismáticos ele pôde ingressar na Ordem. Pascoal por humildade permaneceu um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração. Defensor extremado de sua fé, travou grande luta contra os calvinistas franceses que negavam a eucaristia. Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos. Ele morreu no dia 17 de maio de 1592, aos cinquenta e dois anos, em Villa Real, Valência. São Pascoal é patrono dos congressos eucarísticos. 


Ó Deus, que fizestes resplandecer São Pascoal por um profundo amor para com os sagrados mistérios do Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos acolher em nossa vida as riquezas espirituais de que ele se alimentava nesse sagrado banquete. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Os olhos dos sábios estão em sua cabeça


Se a alma levantar os olhos para sua cabeça, que é Cristo – conforme comparação de Paulo – considere-se feliz pela viva agudeza de seu olhar, porquanto tem os olhos ali onde não existe a escuridão do mal. O grande Paulo, e quem quer que seja igualmente grande, tem os olhos na cabeça, como também os tem todos os que vivem, se movem e são em Cristo. Pois como não é possível que veja trevas quem está na luz, também não pode acontecer que quem tem olhos em Cristo, os fixe em alguma coisa vã.

Quem, pois, tem os olhos na cabeça, entendendo cabeça por princípio de tudo, tem olhos em toda virtude (Cristo é a virtude absoluta e perfeita), na verdade, na justiça, na incorruptibilidade, em todo bem. Os olhos do sábio estão em sua cabeça; o insensato, porém, caminha nas trevas. Quem não põe sua lâmpada sobre o candelabro, mas coloca-a debaixo do leito, faz com que a luz seja trevas.

Ao contrário, quão numerosos são aqueles que, por suas lutas, se enriquecem com as realidades supremas, vivem na contemplação da verdade e, no entanto, são tidos por cegos e inúteis, tais como Paulo a gloriar-se, dizendo-se insensato por causa de Cristo. A prudência e sabedoria dele não se preocupavam nunca com aquilo que é objeto de nossos cuidados. Diz ele: Nós, estultos por Cristo, como se dissesse: “Nós, cegos em relação às coisas daqui de baixo, porque olhamos para cima e temos os olhos na cabeça”. Por este motivo era sem teto e sem mesa, pobre, peregrino, nu, sofrendo fome e sede.

Quem não o julgaria infeliz, vendo-o preso e açoitado como um infame, após o naufrágio, ser levado pelas ondas do mar alto, e conduzido daqui para ali em cadeias? E, no entanto, embora tratado desta maneira entre os homens, não despregou os olhos, mantendo-os sempre em Cristo, Cabeça e dizia: Quem nos separará da caridade de Cristo, que está em Cristo Jesus? aflição, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos, espada? Como se dissesse: “Quem arrancará meus olhos da Cabeça e os voltará para aquilo que se calca aos pés?”.

A nós também nos exorta a agir de modo semelhante quando ordena ter gosto pelas coisas do alto; não é isto o mesmo que dizer termos os olhos em Cristo, Cabeça?



Das Homilias sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Nissa, bispo
(Hom. 5:PG 44,683-686)                    (Séc.IV)

Portas de Misericórdia


A Porta Santa do Jubileu da Misericórdia aberta pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, representa simbolicamente a peregrinação de fiéis ao Coração de Cristo onde buscam e encontram a vida e a salvação. A Porta da Misericórdia abre-se aos pecadores que renunciam a tudo o que seja mal, a mentira, a inveja, o ódio, a vingança, a violência, o rancor, enfim, o que gera sofrimento para si e para o próximo. A Porta abre-se aos que abraçam a conversão a Cristo e aos valores do Evangelho. A Porta abre-se aos gestos de amor e disponibilidade, para servir aos semelhantes, especialmente aos mais necessitados.

Há vários gestos referindo às obras de misericórdia espirituais e corporais tais como: visitar e cuidar dos enfermos (Mt. 8,14); Ensinar a quem não sabe (Mt. 5, 38-48); Dar de comer a quem tem fome e dar de beber a quem tem sede (Mt. 25, 35.37.42-44); Dar bons conselhos a quem necessita (Mt. 13, 1-13); Corrigir aos que erram (Jo. 8, 1-11); Dar pousada aos necessitados (Lc. 2, 1-7); Perdoar as ofensas (Mt. 18, 21-22); Vestir os despidos (Mt. 25, 34.36.43); Consolar os tristes e aflitos (Mt. 11, 28-29); Socorrer quem está preso (Lc 16, 16-21); Suportar com paciência os defeitos dos outros (Lc 5, 1-11); Orar pelos vivos e mortos, sepultar os defuntos (Jo. 11, 1-45). Tratam-se de gestos praticados no dia a dia de nossos relacionamentos.

Passar pelas Portas da Misericórdia significa buscar a indulgência, o perdão, a restauração da própria vida e da vida de pessoas destruídas por dentro. Trata-se da conversão, do compromisso de transformação cristã. Há atitudes destrutivas que manipulam as pessoas como objetos de uso e abuso, como traição, calúnia, difamação, preconceito, agressão, exploração. A verdade liberta e se ela for lesada deve ser restaurada. O perdão corresponde à reconstrução de vidas destruídas. Para recuperar a confiança perdida, passa-se por dentro do arrependimento, da restituição do prejuízo e da honra, do comportamento sincero que demonstra a emenda de vida. 

São João Nepomuceno


João nasceu no ano de 1330. Apesar de ter pais pobres, João conseguiu se formar doutor em teologia e direito canônico na universidade de Praga. João sabia que sua verdadeira vocação era o sacerdócio, a pregação. Quando finalmente recebeu a unção sacerdotal pôde colocar em prática o seu talento de orador sacro. O fez de forma tão brilhante que foi convidado à ser capelão e confessor na corte. Tornou-se confessor da rainha e provocou a ira do rei. A tradição diz que o rei teria exigido que João violasse o segredo da confissão da rainha, coisa a que ele se negou e, por isso, foi torturado e morto. O seu corpo foi jogado nas águas do rio Moldávia. Seu corpo foi descoberto e recebeu digna sepultura na Igreja de Santa Cruz.


Senhor, nós vos louvamos hoje dizendo com o Salmista: Aleluia! Feliz o homem que teme ao Senhor e se compraz com seus mandamentos! Sua descendência será poderosa na terra, a descendência dos retos será abençoada. Na sua casa há abundância e riqueza, sua justiça permanece para sempre. Ele brilha na treva como luz, ele é piedade, compaixão e justiça.

domingo, 15 de maio de 2016

O homicida desde o princípio está por trás de todo o movimento pró-aborto

 
Quando alguém tem um ódio mortal contra uma pessoa, deseja matá-la. Mas, e se não puder matá-la? Fixa a sua imagem na parede e arremessa dardos contra ela. Os dardos não ferem a pessoa, mas pelo menos atingem a sua imagem.

O demônio tem um ódio mortal contra Deus. Seu desejo supremo é matá-lo. Mas Deus é imortal. Na impossibilidade de matar a Deus, o demônio investe contra a imagem de Deus.

Qual é a imagem de Deus? O homem, conforme está escrito:

Deus criou o homem à sua imagem,
à imagem de Deus ele o criou,
homem e mulher ele os criou” (Gn 1,27).

Por isso, o demônio é “homicida desde o princípio” (Jo 8,44). Deseja destruir aqueles que são imagem de Deus.

Mas, entre os homens, quais aqueles que refletem com maior esplendor a imagem de Deus? Sem dúvida, as criancinhas.

Por isso, o desejo homicida do demônio dirige-se principalmente contra os pequeninos. Sua ira contra os bebês aparece na Bíblia, por exemplo, quando o Faraó do Egito ordenou às parteiras, e depois a todo o povo, que jogasse ao rio Nilo todo menino que nascesse, poupando apenas as meninas (Ex 1,16.22). Aparece também quando o rei Herodes, na tentativa de matar o Menino Jesus, mandou matar em Belém e arredores todos os meninos de dois anos para baixo (Mt 2,16).

Não nos enganemos. A busca frenética por implantar o aborto em nosso país pode ter vários motivos: permitir que as potências estrangeiras exerçam sobre nós o controle demográfico — e, portanto, a dominação política — impedindo que no Brasil nasçam brasileiros; beneficiar as clínicas de aborto, que anseiam por praticar seu lucrativo negócio sem a proibição da lei; fornecer às indústrias de cosméticos a preciosa matéria prima dos cadáveres de bebês abortados; favorecer o hedonismo e a permissividade sexual… Mas, por trás de tudo está o “homicida desde o princípio”.

Nossa luta contra o aborto é, portanto, sobretudo uma luta espiritual. “Nosso combate não é contra o sangue nem contra a carne, mas contra os Principados, contra as Autoridades, contra os Dominadores deste mundo de trevas, contra os Espíritos do Mal, que povoam as regiões celestiais” (Ef 6,12).

Um pecado que clama aos céus

O Catecismo da Igreja Católica (n. 1867) lembra que existem “pecados que bradam aos céus”. Entre eles ocupa o primeiro lugar o homicídio voluntário. De fato, logo após ter matado Abel, Caim ouve de Deus: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar para mim!” (Gn 4,10).

De todos os homicídios, o mais grave é o aborto. De fato, ele difere dos outros pelas seguintes notas:

  1. a) a vítima é totalmente inocente;
  2. b) a vítima é totalmente indefesa;
  3. c) quem pratica o homicídio é a mãe ou o pai da vítima, que mais deveriam amá-la, ou um médico, que fez o juramento de sempre defender a vida;
  4. d) a vítima morre sem poder ser batizada;
  5. e) os meios utilizados para matá-la são horrendos: aspiração em pedaços (sucção), esquartejamento (curetagem), envenenamento em solução salina (que queima toda a pele do bebê), expulsão precoce do útero (a criança respira, chora, e é deixada para morrer à míngua);
  6. f) a vítima não tem honras fúnebres. Seu cadáver é misturado aos detritos hospitalares (ou então, utilizado para alimentar indústrias de cosméticos, que se aproveitam da gordura fetal).

Com razão dizia Dom Manoel Pestana Filho, fundador do Pró-Vida de Anápolis: “Uma nação que legaliza o aborto não merece subsistir”.

Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2016: "Igreja missionária, testemunha de misericórdia".




MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2016

Igreja missionária, testemunha de misericórdia

Queridos irmãos e irmãs!

O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que a Igreja está a viver, proporciona uma luz particular também ao Dia Mundial das Missões de 2016: convida-nos a olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material. Com efeito, neste Dia Mundial das Missões, todos somos convidados a «sair», como discípulos missionários, pondo cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e experiência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família humana inteira. Em virtude do mandato missionário, a Igreja tem a peito quantos não conhecem o Evangelho, pois deseja que todos sejam salvos e cheguem a experimentar o amor do Senhor. Ela «tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho» (Bula Misericordiae Vultus, 12), e anunciá-la em todos os cantos da terra, até alcançar toda a mulher, homem, idoso, jovem e criança.

A misericórdia gera íntima alegria no coração do Pai, sempre que encontra cada criatura humana; desde o princípio, Ele dirige-Se amorosamente mesmo às mais vulneráveis, porque a sua grandeza e poder manifestam-se precisamente na capacidade de empatia com os mais pequenos, os descartados, os oprimidos (cf. Dt 4, 31; Sal 86, 15; 103, 8; 111, 4). É o Deus benigno, solícito, fiel; aproxima-Se de quem passa necessidade para estar perto de todos, sobretudo dos pobres; envolve-Se com ternura na realidade humana, tal como fariam um pai e uma mãe na vida dos seus filhos (cf. Jr 31, 20). É ao ventre materno que alude o termo utilizado na Bíblia hebraica para dizer misericórdia: trata-se, pois, do amor duma mãe pelos filhos; filhos que ela amará sempre, em todas as circunstâncias suceda o que suceder, porque são fruto do seu ventre. Este é um aspeto essencial também do amor que Deus nutre por todos os seus filhos, especialmente pelos membros do povo que gerou e deseja criar e educar: perante as suas fragilidades e infidelidades, o seu íntimo comove-se e estremece de compaixão (cf. Os 11, 8). Mas Ele é misericordioso para com todos, o seu amor é para todos os povos e a sua ternura estende-se sobre todas as criaturas (cf. Sal 144, 8-9).

A misericórdia encontra a sua manifestação mais alta e perfeita no Verbo encarnado. Ele revela o rosto do Pai, rico em misericórdia: «não somente fala dela e a explica com o uso de comparações e parábolas, mas sobretudo Ele próprio a encarna e a personifica» (João Paulo II, Enc. Dives in misericordia, 2). Aceitando e seguindo Jesus por meio do Evangelho e dos Sacramentos, com a ação do Espírito Santo, podemos tornar-nos misericordiosos como o nosso Pai celestial, aprendendo a amar como Ele nos ama e fazendo da nossa vida um dom gratuito, um sinal da sua bondade (cf. Bula Misericordiae Vultus, 3). A primeira comunidade que, no meio da humanidade, vive a misericórdia de Cristo é a Igreja: sempre sente sobre si o olhar d’Ele que a escolhe com amor misericordioso e, deste amor, ela deduz o estilo do seu mandato, vive dele e dá-o a conhecer aos povos num diálogo respeitoso por cada cultura e convicção religiosa.

Como nos primeiros tempos da experiência eclesial, há tantos homens e mulheres de todas as idades e condições que dão testemunho deste amor de misericórdia. Sinal eloquente do amor materno de Deus é uma considerável e crescente presença feminina no mundo missionário, ao lado da presença masculina. As mulheres, leigas ou consagradas – e hoje também numerosas famílias –, realizam a sua vocação missionária nas mais variadas formas: desde o anúncio direto do Evangelho ao serviço sociocaritativo. Ao lado da obra evangelizadora e sacramental dos missionários, aparecem as mulheres e as famílias que entendem, de forma muitas vezes mais adequada, os problemas das pessoas e sabem enfrentá-los de modo oportuno e por vezes inédito: cuidando da vida, com uma acrescida atenção centrada mais nas pessoas do que nas estruturas e fazendo valer todos os recursos humanos e espirituais para construir harmonia, relacionamento, paz, solidariedade, diálogo, cooperação e fraternidade, tanto no setor das relações interpessoais como na área mais ampla da vida social e cultural e, de modo particular, no cuidado dos pobres.

As diaconisas permanentes

Na foto, diaconisas da igreja luterana (IECLB).

Se pararmos para pensar, notaremos que há uns 20 ou 25 anos, os órgãos coletivos da sociedade civil (tribunais, conselhos de classes etc.) eram compostos somente por homens. Não havia mulheres nesses sodalícios. Hoje em dia, as cortes de justiça, por exemplo, são integradas por 50 por cento de mulheres. Os cargos públicos mais relevantes, tais como juiz, promotor, advogado, eram ocupados por homens. Contemporaneamente, a título de exemplificação, reparamos que existem inúmeras juízas e promotoras de justiça. Aliás, uma mulher já ascendeu à suprema magistratura do Estado, tornando-se presidenta da república. Não vamos discutir neste artigo se a mencionada reviravolta do sexo feminino constituiu algo positivo ou negativo. É certo, contudo, que a família se ressente do afastamento da mulher do lar. A propósito, uma grande parte das mães, por estrita necessidade econômica, deixa de lado as tarefas exclusivamente domésticas, para exercer uma profissão fora de casa.

A Igreja católica é a única instituição no Ocidente que não está autorizada (non possumus) a admitir mulheres nos quadros hierárquicos. Feministas de todos os naipes tentam debalde quebrar o que alegam ser uma machista hegemonia. Pugnam pela ordenação de mulheres. Em julho de 2013, na viagem do Rio a Roma, o sucessor de são Pedro rechaçou essa possibilidade, porquanto se trata de uma decisão dogmática, ex cathedra, tomada pelo beato João Paulo II. O argumento precípuo é de caráter tradicional e bíblico. Jesus podia ter escolhido mulheres; elegeu só varões como apóstolos. Não estava o messias influenciado pelo machismo de seu tempo, porque em outras ocasiões, desafiou os costumes e se aproximou de mulheres.

Não se deve, entretanto, negar que a Igreja seja uma das sociedades que mais valorizam e protegem a mulher na perspectiva das idiossincrasias do belo sexo. Mulheres se encontram em todos os quadrantes da grei católica, como religiosas e leigas que vivem e testemunham o evangelho. Não nos esqueçamos, outrossim, das teólogas, as quais refletem acerca da doutrina cristã desde uma cosmovisão feminil. Hoje em dia, fala-se até em criar uma mulher cardeal, algo plenamente factível, em minha opinião.