quarta-feira, 18 de maio de 2016

Espanha: Retirada de cruz por aplicação errada de uma lei causa reações

 
No último mês de março, o governo local formado pelo PSOE, IU, Podemos aprovou a retirada da Cruz situada na praça da igreja de São Martín em Callosa de Segura, na cidade de Alicante (Espanha). Segundo afirmaram, tratava-se do cumprimento da Lei de Memória Histórica. Milhares de pessoas reagiram por meio de uma petição em que mostram seu rechaço por tal decisão do governo e pedem que o símbolo religioso não seja retirado.

A Plataforma Cidadã em Defesa da Cruz fez uma petição no Change.org contra a decisão do governo da localidade de Callosa de Segura, pois, conforme considera, “a liberdade religiosa e de consciência é um dos pilares das sociedades democráticas reconhecidas expressamente na legislação nacional e internacional”.

Por isso, esta plataforma cidadã insiste em que “a presença da Cruz neste espaço comum não atenta contra ninguém, pois não obriga nada, mas mostra a presença de Cristo crucificado como sinal que une as pessoas, promove os princípios de igualdade, liberdade e tolerância, porque para Cristo todos os homens são irmãos e, portanto, iguais”.

Ante a aplicação errada da Lei de Memória Histórica, os cidadãos sublinham o valor da presença da cruz na Praça da Igreja “como parte da nossa identidade histórica, cultural e espiritual cotidiana”, uma presença que “foi e é majoritária e popularmente aceita em toda a cidade”.

Além disso, desta maneira a plataforma mostra sua surpresa e preocupação ante “a imposição de iniciativas minoritárias que pretendem a exclusão ou rechaço da Cruz, do religioso e dos seus sinais da vida pública”.

Para assinar a petição, CLIQUE AQUI.

Onde abundou o delito, superabundou a graça




Onde encontrar repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, a não ser nas chagas do Salvador? Ali permaneço tanto mais seguro, quanto mais poderoso é ele para salvar. O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas; não caio, porque estou fundado sobre rocha firme. Pequei e pequei muito; a consciência abala-se, mas não se perturba, pois me lembro das chagas do Senhor. Ele foi ferido por causa de nossas iniquidades. Que pecado tão mortal que a morte de Cristo não apague? Se vier à mente tão poderoso e eficaz remédio, não haverá mal que possa aterrorizar.

Por isso, muito errou quem disse: Tão grande é o meu pecado que não merece perdão. Mostra com isso não ser membro de Cristo nem lhe interessar o mérito de Cristo, por apoiar-se no próprio merecimento, declarar coisa sua o que pertence a outro,como acontece com um membro em relação à cabeça.

Quanto a mim, vou buscar o que me falta confiadamente nas entranhas do Senhor, tão cheias de misericórdia, que não lhe faltam fendas por onde se derrame. Cavaram suas mãos e seus pés, traspassaram seu lado; por estas fendas é-me permitido sugar o mel da pedra, o óleo do rochedo duríssimo, quero dizer, provar e ver quão suave é o Senhor.

Ele alimentava pensamentos de paz e eu não sabia. Pois quem conheceu o pensamento do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Mas o cravo que penetra tornou-se-me a chave que abre a fim de ver a vontade do Senhor. Que verei através das fendas? Clama o cravo, clama a chaga que Deus está em Cristo reconciliando o mundo consigo. A espada atravessou sua alma e tocou seu coração; é-lhe agora impossível deixar de compadecer-se de minhas misérias.

Abre-se o íntimo do coração pelas chagas do corpo, abre-se o magno sacramento da piedade, abrem-se as entranhas de misericórdia de nosso Deus que induziram o Oriente, vindo do alto a visitar-nos. Qual o íntimo que se revela pelas chagas? Como poderia brilhar de modo mais claro do que em vossas chagas, que vós, Senhor, sois suave e manso e de imensa misericórdia? Maior compaixão não há do que entregar sua vida por réus de morte e condenados.

Em vista disso, meu mérito é a misericórdia do Senhor. Nunca me faltam méritos enquanto não lhe faltar a comiseração. Se forem numerosas as misericórdias do Senhor, eu muitos méritos terei. Que acontecerá se me torno bem consciente dos meus muitos pecados? Onde abundou o delito, superabundou a graça. E se as misericórdias de Deus são de sempre e para sempre, também eu cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Acaso é minha a justiça? Senhor, lembrar-me-ei unicamente de vossa justiça. Vossa, sim, e minha; porque vós vos fizestes para mim justiça de Deus.



Dos Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, de São Bernardo, abade
(Sermo 61,3-5: Opera omnia2,150-151)              (Séc.XII)

Existem dez armadilhas mortais do demônio contra nós. Você as conhece?


Satanás é uma serpente. Lembre-se. É um mentiroso e pai da mentira. Trabalha em sua vida para te tentar, quer que você caia no pecado e desta forma se afaste de Deus, e também no mundo tenta te enganar, te confundir. Ele quer que perca sua fé e que se afaste de Deus.

Diante desta realidade, o Pe. Dwight Longenecker adverte sobre dez armadilhas mortais do demônio no mundo atual. Preste atenção e fique em estado de alerta ante a ação do demônio.

1) Relativismo

O relativismo defende a ideia de que nada é verdadeiro, que todos os pontos de vista são válidos e que não existe uma verdade absoluta nem universal. O demônio não quer que acredite em uma verdade, pois se não existir a verdade, então o bem nem o mal não existem. Se isto for assim, então, tudo é válido.

Uma maneira de tentar com mais facilidade é fazendo com que a pessoas acredite que o pecado não existe.

2) Indiferentismo

O indiferentismo te diz que todas as religiões são iguais e não importa qual escolha. O indiferentismo é comum dentro do protestantismo. Esta ideologia diz: “Não importa em qual igreja você participa, o importante é amar Jesus”.

Também assinala que não importa ser hinduísta, muçulmano, judeu, budista ou católico. Dizem que “todos estamos subindo a mesma montanha, mas por diferentes caminhos”.

Talvez em certa forma seja assim, mas existem caminhos que são melhores que outros, pois são mais verdadeiros e honestos. Além disso, existem caminhos que nos levam na parte baixa da montanha e não para o alto.

Devemos ser claros. Jesus Cristo é a mais plena, a mais completa e a revelação final de Deus aos seres humanos. Portanto, o catolicismo é a mais plena, antiga e a mais completa união com a única revelação de Deus em Cristo.

3) Ecletismo

Este é “primo” do indiferentismo. O ecletismo indica que você pode misturar e juntar diferentes religiões e espiritualidades como quiser, da mesma forma que monta o seu próprio combo de fast food. A pessoa acredita que isto é possível porque já está influenciada pelo indiferentismo.

Pense bem. Não pode misturar o islamismo, o cristianismo ou o budismo com o catolicismo. Não é como montar o teu próprio combo. É como se estivesse colocando molho de tomate no sorvete ou estar usando tinta branca no lugar de creme para o café.

4) Sentimentalismo

O sentimentalismo implica tomar decisões ou escolher suas crenças baseando-se nas emoções em vez das verdades eternas. Pode estar zangado ou contente com alguém e, deste modo, atua e decide segundo sua ira ou alegria.

Por exemplo: Dois homens querem “se casar” e você diz: “João e Diego são meninos tão legais. Por que não podem se casar como o resto das pessoas?”. Desta forma, está baseando sua decisão em suas emoções acerca de João e Diego, no seu desejo de ser uma pessoa “boa” e em suas ideias sentimentais sobre os casamentos e celebrações.

Não tome decisões importantes de acordo com suas emoções. Isso conduz ao caos e à escuridão.

5) Utilitarismo

O utilitarismo é apoiar suas decisões morais ou crenças no que parece ser útil, eficiente e econômico. Por exemplo: “Minha mãe está em uma casa de repouso. Ela tem demência. É caro mantê-la neste lugar. Os médicos nos dão a alternativa de ‘dar uma injeçãozinha’ e assim ‘seus problemas acabarão’”.

Não o faça. Devido ao utilitarismo, milhões de bebês são abortados. 

São Félix de Cantalício


Félix nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Itália, no ano 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência trabalhou como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a Vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e a caridade cristã. Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. Em vida eram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídas à Frei Félix. Quando ele morreu imensa procissão de fiéis desejava se despedir do amado frei. 


Ó Deus, que nos mostra em São Félix o exemplo de simplicidade evangélica e de inocência de vida, concedei que, seguindo os seus passos, cuidamos de amar somente a Cristo e de segui-lo com alegria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

terça-feira, 17 de maio de 2016

EUA: Diocese investigará imagem da Virgem Maria que chora

 
A Diocese de Fresno (Estados Unidos) informou que investigará uma imagem da Virgem de Guadalupe que, segundo seus proprietários e outras pessoas, “chora” há um ano e meio.

A família dona da imagem afirma que o fenômeno das lágrimas acontece aproximadamente há um ano e meio.

Segundo as pessoas que dizem ter atestado o fato, as lágrimas saem do olho direito e caem pelo rosto. Maria Cárdenas, dona da imagem, colocou um copo debaixo do queixo da Virgem para recolher as lágrimas aparentemente milagrosas e compartilhar com as pessoas que a visitam.

Cárdenas recebeu a imagem há 10 anos de presente pelo Dia das Mães, conforme disse à ABC 30 Action News. Entretanto, a imagem começou a chorar desde o assassinato do seu primo.

Embora sem informar publicamente onde vivem, a família está acostumada convidar muitas pessoas à sua casa para que vejam com seus próprios olhos a estátua que chora.

“Não estamos escondendo a imagem, mas ao mesmo tempo, não queremos que aconteça nada ruim com ela”, disse ao mesmo meio um dos cuidadores da imagem, que preferiu permanecer no anonimato.

A equipe do noticiário permaneceu no local para ver o fenômeno e afirmaram que as lágrimas eram oleosas, com cheiro de rosas e brotavam de maneira contínua.

O cuidador também indicou que vários sacerdotes chegaram a observar a imagem e assinalam que parece milagrosa.

Frente a isto, o Bispo de Fresno, Dom Armando Ochoa, afirmou que “recentemente foi informado” acerca deste fato aparentemente milagroso.

“Desconhecem a qual sacerdote se referia a nota televisiva a respeito deste tema, pois até a data nenhum membro do clero na Diocese trouxe relatório algum sobre o tema ao escritório do Bispo”, sustentou Dom Ochoa em um comunicado.

O Bispo também disse que a Diocese se comunicará em privado com a família, a fim de oferecer uma orientação pastoral sobre o fenômeno.

Para onde vai a política brasileira?

 
Há meses acompanhamos o desenrolar de uma profunda crise política no nosso país, que acaba de ter como consequência o afastamento, ainda temporário, da presidente da República e a formação de um novo governo. Que dizer, diante dessa situação?

É difícil fazer uma avaliação serena e objetiva, uma vez que o conhecimento dos fatos e dos motivos de decisões tomadas nem sempre está ao alcance de todos. Além disso, a paixão política e ideológica pode turbar a objetividade das discussões. Mesmo assim, e apesar das perplexidades suscitadas, cada brasileiro foi formando a sua opinião. A meu ver, o Brasil passa, a duras penas, por um amadurecimento político, que terá consequências benéficas.

Muitos perguntam sobre a posição da Igreja Católica diante da crise. A esse propósito, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante a sua recente assembleia-geral, em abril passado, emitiu uma declaração com a posição do episcopado. O texto não entra propriamente no mérito das acusações feitas à presidente, reconhecendo que esse papel cabe às instâncias competentes da vida pública nacional.

Em matéria política, os cidadãos têm direito às suas próprias opiniões e por isso mesmo a Igreja Católica não obriga a aderir a uma posição única. No seio da própria Igreja, tratando-se de questões políticas, existe uma legítima diversidade de posições, contanto que não estejam em desacordo com as convicções da própria fé cristã. Vale lembrar um antigo dito, atribuído a Santo Agostinho: “No essencial, unidade; no secundário, liberdade; e em tudo, caridade”.

Os bispos, no entanto, manifestaram preocupações em relação ao cenário político, econômico, social e ético e apontaram critérios e referências importantes a serem levados em conta na busca da superação da crise brasileira.

Para que serve a política? Ela deve respeitar critérios éticos?

38 anos do atentado à imagem de Nossa Senhora Aparecida que comoveu o país

 
No dia 16 de maio de 2016 completaram-se 38 anos do atentado à imagem de Nossa Senhora Aparecida. Há quase quatro décadas, um jovem de 19 anos, completamente transtornado, adentrou a antiga basílica em Aparecida, retirou a pequena estatueta do nicho de vidro e jogou-a ao chão.

Os vários pedacinhos da imagem foram levados ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) e entregues à artista plástica Maria Helena Chartuni que, enquanto paciente e paulatinamente restaurava a santinha, sentia-se a si mesma restaurada espiritualmente.

Terminado o trabalho restaurador, na verdade, uma nova confecção da estatueta, que havia sido reduzida a dezenas de partículas, conduziu-se a Padroeira do Brasil de volta a Aparecida. Durante o cortejo, criou-se um autêntico cordão humano, de São Paulo ao Vale do Paraíba. Na estrada, os que viam Nossa Senhora Aparecida sobre o caminhão do corpo de bombeiros ajoelhavam-se e choravam copiosamente.

Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer


Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer. Muito bem expressa no princípio de suas palavras a necessária ligação ao unir a morte ao nascimento. Pois obrigatoriamente a morte segue o parto e toda geração vai dar na dissolução.

Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer. Oxalá que a mim também suceda nascer em tempo desejado e morrer também em tempo oportuno. Ninguém irá pensar que o Eclesiastes se refere ao nascimento involuntário e à morte natural, como se nisso houvesse uma reta ação virtuosa. Não é pela vontade da mulher que existe o parto, nem a morte depende do livre-arbítrio dos que morrem. Nunca se definirá como virtude ou vício aquilo que não está em nosso poder. É preciso, portanto, compreender o parto num tempo querido e a morte num tempo oportuno. Quanto a mim, parece-me que um parto é perfeito e não abortivo quando, no dizer de Isaías, alguém concebe pelo temor de Deus e pela alma em dores de parto gera sua salvação. Pois somos, de certo modo, pais de nós mesmos, nos concebemos e nos damos à luz a nós mesmos.

Assim nos acontece, porque acolhemos Deus em nós, feitos filhos de Deus, filhos da virtude, filhos do Altíssimo. Mas também nos damos à luz como abortivos e nos tornamos imperfeitos e imaturos, quando não se formou em nós, segundo diz o Apóstolo, a forma de Cristo. É preciso ser íntegro e perfeito o homem de Deus.

Se, pois, está claro como se nasce em tempo, também é claro para todos de que maneira se morre em tempo; para São Paulo, todo tempo era oportuno para uma boa morte. Em seus escritos declara, quase como um protesto: Morro todos os dias para vossa glorificação, e ainda: Por ti somos entregues à morte cotidianamente. E nós também tivemos uma sentença de morte dentro de nós mesmos.

Não é difícil entender de que maneira Paulo morre diariamente, ele que nunca vive para o pecado, que sempre faz morrer seus membros carnais e traz em si a morte do corpo de Cristo, que sempre está crucificado com Cristo e nunca vive para si mas em si tem o Cristo vivo. Esta é, parece-me, a morte oportuna, aquela que obtém a verdadeira vida.

Foi dito: Eu dou a morte e faço viver, para que não haja dúvida que é um verdadeiro dom de Deus o morrer para o pecado e o ser vivificado pelo Espírito. Pelo fato mesmo de dar a morte, a palavra divina promete vivificar.



Das Homilias sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Nissa, bispo
(Hom. 6:PG 44,702-703)                     (Séc.IV)