segunda-feira, 20 de junho de 2016

Santa Florentina



 
A família de santa Florentina foi agraciada. Além dela, três irmãos foram canonizados: São Leandro, Santo Isidoro, São Fulgêncio. Os pais souberam educar seus filhos na fé cristã. Nascida em Cartagena, Florentina precisou acompanhar a família na mudança para Sevilha. Seus irmãos foram todos elevados aos episcopado, sendo exemplo de vida cristã para o povo espanhol. Florentina, por sua vez, tornou-se abadessa, consagrando-se plenamente a Deus. Era uma excelente diretora espiritual, procurada por homens e mulheres. Suas orientações foram além dos muros do mosteiro e influenciou muitas outras religiosas. Esta santa era dotada de uma inteligência singular, dedicava tempo à penitência e agia com docilidade com suas companheiras de claustro. Florentina incentivava o crescimento humano através do serviço ao próximo, evitando causar o sofrimento aos semelhantes. Todos que a procuravam eram aconselhados a leitura espiritual e rezar diante do santíssimo. Para as monjas, Florentina dizia sobre a necessidade da vida comum, da discrição e do desapego material. Faleceu santamente em 636. 

Deus Pai de amor e bondade, pela intercessão de santa Florentina, dai-me a graça de perseverar na vida de fé e zelar pela pregação da sua Palavra. Ajudai-me a ser dócil com meus irmãos e irmãs e em tudo dai-me a clareza da melhor decisão. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

domingo, 19 de junho de 2016

Misericórdia e intolerância




O atentado em Orlando considerado indizível e absurdo pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos através de seu presidente Dom Joseph Kurtz, depõe contra a convivência humana e constitui um crime de terrorismo contra cidadãos e irmãos. Neste ano jubilar da misericórdia seria oportuno e salutar ampliar o diálogo e a compreensão entre as religiões para proteger a vida e a dignidade das pessoas além das suas formas de pensamento, expressão ou mesmo de pautar a sua existência. Uma cultura que afirma a misericórdia e a tolerância acolhe a pessoa como dom precioso, na sua originalidade e irrepetibilidade, como filho de Deus e irmão da espécie humana. 

Desconsiderar ou eliminar uma pessoa é uma grave ofensa contra Deus e a fraternidade universal, pois abdicamos da nobreza, honra e veneração que merece cada ser humano. É verdade que foi um ato individual de um sujeito insano e desequilibrado, mas não podemos ignorar ou menosprezar o caldo de cultivo do discurso do ódio e da discriminação que impregna a mente e as atitudes de muita gente que divide a humanidade em pessoas certas e identificadas com a sua ideologia e forma de pensar excludente e os outros como inimigos, que devem desaparecer do convívio social. 

Cristo é rei e sacerdote para sempre


O nosso Salvador foi verdadeiramente ungido, segundo a carne, como verdadeiro rei e verdadeiro sacerdote. O Salvador foi uma e outra coisa, para que nada faltasse à sua excelsa condição redentora. Ele mesmo afirma a sua dignidade real, quando diz: Fui constituído rei sobre Sião, a sua montanha sagrada. E o Pai dá testemunho da sua dignidade sacerdotal, quando proclama: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec. Na antiga Lei, o primeiro a ser consagrado sacerdote com a unção do crisma foi Aarão; mas não se diz «segundo a ordem de Aarão», para que não se pense que o sacerdócio do Salvador foi recebido por sucessão, como o sacerdócio da Lei. O sacerdócio do Salvador não se transfere para outrem por sucessão, porque Ele permanece sacerdote eternamente, como está escrito: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec. 

Portanto, o Salvador é rei e sacerdote segundo a sua humanidade; a sua unção, porém, não é material mas espiritual. Entre os israelitas, os reis e sacerdotes eram consagrados pela unção do óleo material; e não eram as duas coisas ao mesmo tempo; uns eram reis e outros sacerdotes. Só a Cristo pertence a perfeição e a plenitude em todas as coisas, Ele que veio para dar plenitude à Lei. 

Mas embora nenhum israelita fosse rei e sacerdote ao mesmo tempo, aqueles que eram consagrados reis ou sacerdotes com a unção material eram chamados cristos [ungidos]. O Salvador, porém, que é o verdadeiro Cristo, foi ungido pelo Espírito Santo, para se cumprir o que estava escrito a seu respeito: Por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria, de preferência aos teus companheiros. A sua unção supera a dos companheiros, porque foi ungido com o óleo da alegria, que significa o Espírito Santo. 

Sabemos que isto é verdade pelas palavras do próprio Salvador. De facto, quando Ele recebeu e abriu o livro de Isaías e leu: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, proclamou que ali mesmo estava cumprida a profecia que acabavam de ouvir. Também Pedro, o príncipe dos Apóstolos, ensinou que aquele crisma com que foi ungido o Salvador é o Espírito Santo e o poder de Deus, quando, nos Actos dos Apóstolos, falava ao centurião, homem cheio de fé e misericórdia, dizendo entre outras coisas: Começando pela Galileia, depois do batismo que João pregou, Jesus de Nazaré, a quem Deus ungiu, pelo seu poder e pelo Espírito Santo, passou pela terra realizando prodígios e milagres e libertando todos os possessos do diabo. 

Como vês, também Pedro afirma que Jesus foi ungido, segundo a sua condição humana, pelo Espírito Santo e pelo seu poder. Portanto, Jesus, enquanto homem, é o verdadeiro Cristo ou ungido, porque pela unção do Espírito Santo foi constituído rei e sacerdote para sempre.


Do tratado de Faustino Luciferano, presbítero, sobre a Trindade(Nn 39-40: CCL 69, 340-341) (Sec. IV)

Ser católico é amar o Papa


Quem já me conhece (ainda que pelo blog ou virtualmente), sabe que nem sempre fui católico, que tive meus problemas com a religião, com o Papa e etc. Sabe também que isso mudou a partir de um momento muito especial em minha vida, quando tive uma experiência pessoal com Cristo, e a partir daí busquei cada vez mais me aprofundar sobre a Igreja Católica e como ser um bom católico. Em verdade este aprofundamento é bom, como já defendi várias vezes antes, mas tenho visto várias situações entre os católicos que me assustam.

Este aprofundamento na fé e na Igreja eu defendo e incentivo já faz algum tempo, e realmente acho necessário para evitar que qualquer pessoa assuma a religião católica de forma superficial, mas tenho visto pessoas que decidiram estudar, e estudar, e se aprofundar, e se tornaram pessoas chatas, transmitindo aos outros um Deus de citações filosóficas e teológicas, ou ainda, tornaram-se como animais irados que urram e cospem (impondo) seus pensamentos aos demais.

Devo deixar claro que não sou versado em teologia, filosofia, não li a Suma Teológica de São Tomás de Aquino, não conheço de cor e salteado os pensamentos dos santos, Papas e documentos da Igreja, mas o pouco que aprendi me fez amar a Deus, a Igreja e ao Papa.

Pelo que vejo muitos fazem questão de ler, decorar e usar o que encontraram para fundamentar o que defendem. Não estão tentando um aprofundamento na fé, mas sim fundamento para atacar "seus inimigos", e hoje o principal tem sido o Papa Francisco.

Pois é, por mais estranho que possa parecer para muita gente, existe um número considerável de católicos que atacam diariamente o Papa Francisco, sendo que alguns já disseram que querem que ele morra logo. Vejam, estamos falando de pessoas que batem no peito e gritam toda a sua "catolicidade" ao mundo, colocam-se como piedosas quando falam de experiência litúrgica e mística, mas já na frase seguinte (que pode ser em um post do facebook) fazem duras críticas ao Santo Padre, chamando-o de hegere, apóstata, etc., e desejando a sua morte.

Gosto muito de umas palavras de São Pio X (Alocução aos Padres da Confraria "A União Apostólica" de 18 novembro 1912), acerca de como se amar o Papa:
  
São Pio X
(...) É por isso que, quando se ama ao Papa, não se fica a discutir sobre o que ele manda ou exige, a procurar até onde vai o dever rigoroso da obediência, e a marcar o limite desta obrigação. Quando se ama o Papa, não se objeta que ele não falou muito claramente, como se ele estivesse obrigado a repetir diretamente no ouvido de cada um sua vontade e de exprimi-la não somente de viva voz, mas cada vez por cartas e outros documentos públicos. Não se põe em dúvida suas ordens, sob fácil pretexto, para quem não quer obedecer, de que elas não dimanam diretamente dele, mas dos que o rodeiam! Não se limita o campo onde ele pode e deve exercer sua autoridade; não se opõe à autoridade do Papa a de outras pessoas, por muito doutas que elas sejam, que diferem da opinião com o Papa. Por outro parte, seja qual for sua ciência, falta-lhes santidade, pois não poderia haver santidade onde há dissentimento com o Papa. (...) 

São Romualdo

 
Nasceu em Ravena, na Itália, no ano de 956. Sua família não tinha vínculo algum com a religião. Diz a história que seu pai o fez assitir a um duelo, onde acabou assassinando um parente. Após este episódio, Romualdo sentiu-se tocado por Deus e recolheu-se a um convento na França. Repensou a existência e decidiu-se pela vida monástica, ingressando na Ordem de São Bento. Em pouco tempo, tornou-se um exemplo para todos. Tanta era sua disciplina, tamanha era sua dedicação, que passou a sofrer oposição de seus irmãos de ordem. Resolveu abandonar o mosteiro e tornou-se eremita. Aperfeiçoou-se tanto no trabalho espiritual que atraiu vários amigos para a vida religiosa. Romualdo fundou vários conventos, dando origem à Ordem dos Camaldulenses. Sua grande obra foi a reforma da disciplina monástica, que fez os conventos recuperarem os verdadeiros valores cristãos em sua época. Introduziu uma nova característica na vida dos monges, que além da vida contemplativa consistia na participação ativa dos problemas do seu tempo. Romualdo pressentindo a sua morte, despediu-se dos monges e quis morrer sozinho. Faleceu no dia 19 de junho de 1027. 

Ó Deus, que nos destes no Abade São Romualdo um testemunho de perfeição evangélica, fazei-nos em meio às agitações deste mundo, fixar o coração nos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sábado, 18 de junho de 2016

Na catequese, Papa Francisco fala sobre conversão




JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA JUBILAR
Sábado, 18 de Junho de 2016

Entre os aspetos qualificativos da misericórdia com que Deus cuida de nós, conta-se a conversão; esta significa «voltar para o Senhor», pedindo-Lhe perdão e mudando estilo de vida. Jesus fez precisamente desta conversão o primeiro apelo da sua pregação: «O Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e acreditai no Evangelho». Mas, quando Ele chama à conversão, não o faz do alto como se fosse juiz das pessoas, mas torna-Se solidário e próximo delas; compartilhava a condição humana, fazendo-Se companheiro de estrada, entrando nas casas, sentando-Se à mesa. Com este seu comportamento, o Senhor tocava profundamente o coração das pessoas, e estas sentiam-se atraídas pelo amor de Deus e impelidas a mudar de vida. Assim sucedeu a Mateus e a Zaqueu: converteram-se, mudaram de vida, porque se sentiram amados por Jesus e, através d’Ele, pelo Pai. Na sua presença amável, transparecia a misericórdia divina pelas pessoas extraviadas: procurava envolvê-las na sua história de salvação, abrindo-se à graça. Quando acolhemos o dom da graça, acontece a verdadeira conversão, e um sinal claro da sua autenticidade é dar-se conta das necessidades dos irmãos e procurar remediá-las. Quantas vezes sentimos a exigência duma mudança geral da nossa vida! Não façamos resistência ao convite do Senhor, porque somente se nos abrirmos à sua misericórdia é que encontraremos a verdadeira vida e a verdadeira alegria.

Devemos orar não só com as palavras, mas também com as obras


Irmãos caríssimos, esta é a oração que Deus nos ensinou, resumindo todas as nossas petições em tão breves e salutares palavras. Já anteriormente tinha sido anunciado pelo profeta Isaías, quando ele falava, cheio do Espírito Santo, sobre a majestade e piedade de Deus: Deus completa e abrevia a sua palavra de justiça, Deus realiza uma palavra breve em todo o orbe da terra. Na verdade, a Palavra de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, veio para reunir todos os homens, sábios ou ignorantes, e para ensinar a todos, sem distinção de sexo ou idade, o caminho da salvação. Por isso resumiu num compêndio admirável os seus ensinamentos, para não sobrecarregar a memória dos que aprendiam a sua doutrina celeste e para que aprendessem com facilidade os elementos necessários à fé cristã.

E assim, para ensinar em que consiste a vida eterna, resumiu o mistério da vida nestas palavras tão breves e cheias de divina grandiosidade: Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. Do mesmo modo, para salientar os principais e maiores preceitos da Lei e dos Profetas, disse: Escuta, Israel: o Senhor teu Deus é o único Senhor; e ainda: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. Este é o primeiro mandamento; e o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Nestes dois mandamentos se resume toda a Lei e os Profetas. E também: Tudo o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles. Esta é, de facto, a Lei e os Profetas.

No entanto, Deus ensinou-nos a orar não somente com palavras mas também com factos. Ele orava e suplicava frequentemente, mostrando com o testemunho do seu exemplo o que devíamos nós fazer. Assim está escrito: Então Jesus retirava-Se para lugares desertos e orava; e outra vez: Subiu ao monte para orar e passou a noite em oração a Deus.

O Senhor, quando orava, não pedia por Si mesmo – porque havia de rezar por Si mesmo, se era inocente? – mas pelos nossos pecados, como declara com aquelas palavras que dirige a Pedro: Satanás procura-vos para vos joeirar como o trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E depois roga ao Pai por todos, dizendo: Não peço somente por eles, mas também por aqueles que hão-de acreditar em Mim através da sua palavra, para que todos sejam um, como Tu, Pai, em Mim, e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós.

Como é grande a bondade e misericórdia que Deus manifestou pela nossa salvação! Não contente com remir-nos pelo seu Sangue, também roga por nós. E vede qual era a sua súplica, quando orava: que assim como o Pai e o Filho são um só, também nós permaneçamos na mesma unidade.


Do Tratado de São Cipriano, bispo e mártir, sobre a Oração Dominical (Nn. 28-30: CSEL 3, 287-289) (Sec. III)

Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


Oração Preparatória: À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.

D. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
T. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oferecimento: Senhor Deus, nosso Pai, atendei os pedidos que Vos fazemos hoje, em favor dos doentes e atribulados, dos pobres pecadores, dos sacerdotes e missionários, pelas vocações sacerdotais e religiosas e por nossas intenções particulares. Nós Vos pedimos pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Virgem Maria, Sua Mãe, refúgio seguro e Perpétuo Socorro da humanidade. Amém.

Hino: Ó Virgem Maria/ que tudo alegrais/ na vida socorro/ que falta jamais.
          Ave, ave, ave Maria (bis)
          Sim, vossa imagem/ estrela de paz/ que nossa viagem/ ventura nos traz.

Oremos: Ó Mãe do Perpétuo Socorro, eis-me aqui aos vossos pés um pobre pecador que recorre a vós e põe em vós a sua confiança.Ó mãe de misericórdia, tende piedade mim. Sei que todos vos chamam o refúgio e a esperança dos pecadores: sede, pois, também o meu refúgio e a minha esperança. Socorrei-me pelo amor de Jesus Cristo. Daí a mão a um pobre pecador que vos entrega e se consagra para sempre ao vosso serviço. Louvo e agradeço a Deus que, pela sua misericórdia, me inspirou uma grande confiança em vós: vejo nesta confiança o penhor de minha salvação. Confesso que tenho caído muitas vezes em pecado, por não ter recorrido a vós, mas, com o vosso socorro serei sempre vitorioso. Sei que me haveis de ajudar, se me recomendar a vós, mas, nas ocasiões perigosas temo não vos invocar e causar assim a perda da minha alma. Peço vos encarecidamente me concedais a graça, quando o demônio me tentar, de recorrer a vós, repetindo: ó Maria, socorrei-me! Ó Mãe do Perpétuo Socorro, não permitais que eu perca o meu Deus. Ave Maria...

Oremos: Ó Mãe do Perpétuo Socorro, concedei-me a graça de  invocar sempre, o vosso nome poderosíssimo, pois é o nosso socorro durante a vida e a nosso salvação na ocasião da morte. Ó Maria, virgem dulcíssima e puríssima, que o vosso nome seja doravante a aspiração de minha alma. Ó minha soberana, não tardeis em me socorrer, quando eu vos invocar, pois em todas as tentações que me assaltarem, em todas as minhas necessidades, nunca deixarei de vos invocar,repetindo sempre: Ó Maria! Ó Maria! Que força, que ternura, que doçura, que confiança sente minha alma, quando pronuncio vosso bendito nome, quando penso em vós, agradeço ao Senhor por vos ter dado este nome tão doce, tão amável, tão santo, tão poderoso para o meu bem.Mas não me contentarei de pronunciá-lo com amor, quero que o amor que vos dedico me lembre, sem cessar, que vos devo invocar, ó mãe do Perpétuo Socorro. Ave Maria...