sábado, 8 de outubro de 2016

Santa Pelágia


Pelágia era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã. Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, jóias e outros ornamentos luxuosos. Tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social de Antioquia e adquiriu grande riqueza. 

De acordo com a estória, durante uma procissão, o Bispo Nono percebeu a presença de Pelágia entre o povo, numa atitude desinteressada e debochada. Iluminado por Deus o sábio bispo disse a multidão que se uma simples mulher era capaz de enfeitar-se tanto para os homens, quanto mais deveríamos nós enfeitarmos nosso interior para o encontro com Deus. Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã. 

Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão e ali chorou de arrependimento a noite toda. No dia seguinte procurou o Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo. Trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. Depois disso retirou-se para Jerusalém, viver como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras. 

Viveu afastada de todos e conservou sua identidade sob segredo, vivendo o resto da vida disfarçada de homem. Somente quando morreu, os ermitãos descobriram que era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo. 


Deus, nosso Pai, sede nossa luz e nossa direção neste dia. Velai por nossa saúde e por nossa paz interior. Ajudai-nos, pela intercessão de Santa Pelágia, a sermos mais nós mesmos e assim encontraremos a alegria e a paz interior. Ajudai-nos a viver intensamente cada momento e nossa vida, sabendo que tudo caminha rumo à unidade perfeita. Por Cristo nosso Senhor. Amém. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Ano Nacional Mariano




Estimados Diocesanos! A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano, para que juntos como Igreja povo de Deus possamos celebrar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, nas águas do rio Paraíba do Sul. O Ano Nacional Mariano terá inicio no próximo dia 12, quando celebramos a Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, será concluído no dia 11 de outubro de 2017.

Penso que será um ano de graças e bênçãos para o nosso povo, de modo especial para os peregrinos das regiões mais distantes e remotas do nosso imenso país, que vão até o Santuário Nacional de Aparecida, ou a outros santuários, para agradecer e buscar, na Mãe de Jesus, a ternura, o consolo, o bálsamo que aliviam o cansaço e a dor do coração ferido. Do amor que nasce do coração misericordioso de Maria Santíssima, os peregrinos recebem a força para continuarem a peregrinação da vida, com a esperança de um dia poderem chegar à pátria celeste, a casa do Pai. 

Por que nos Estados Unidos as crianças católicas abandonam a fé aos 10 anos?


Uma recente pesquisa publicada pelo Dr. Mark Gray, que trabalha no Centro de Investigação Aplicada no Apostolado (CARA) da Universidade de Georgetown, mostrou que as crianças católicas estão abandonando a fé aos 10 anos porque existe uma incompatibilidade entre o que aprendem sobre a Igreja e a ciência no colégio.

Das duas pesquisas realizadas pelo Dr. Gray, uma delas se centrou em pessoas cujas idades oscilavam entre 15 e 25 anos e foram criados como católicos, mas já não se identificavam como tais. O outro se centrou em pessoas com 18 anos ou mais que se identificavam como católicos.

“As entrevistas entre os jovens e adultos, que deixaram a sua fé católica, revelaram que a idade na qual tomaram a decisão de abandonar a fé foi aos 13 anos. Cerca de dois terços das pessoas entrevistadas, 63% disseram que deixaram de ser católicos entre os 10 e 17 anos. Outros 23% disseram que se afastaram da fé antes dos 10 anos. Apenas 13 % disseram que alguma vez pensaram em voltar para a Igreja Católica”, explicou ao Grupo ACI.

Gray assinalou que as pessoas que se afastaram “desejam ter uma prova, uma evidência do que estavam aprendendo sore a religião e sobre Deus”.

“Isto é quase uma crise de fé. Em todo o conceito de fé, esta geração está lutando com a fé de uma maneira que não ocorreu nas gerações anteriores”, comentou.

Também explicou que há uma tendência na cultura popular que vê o ateísmo como “inteligente” e a fé como “um conto de fadas”. 

O perito indicou que uma das razões dessa situação é a separação entre a fé e a educação, porque os jovens vão à Missa uma vez por semana, mas passam o resto da semana aprendendo que a fé é “boba”.

Por outro lado, disse que se os estudantes aprendessem na mesma escola sobre a evolução, a teoria de Big Bang e a fé com professores que têm convicções religiosas, isto demonstraria que “não há conflitos entre a ciência e a religião e entenderiam acerca da Igreja, sua história e sua relação com a ciência”. 

Conversa com a Virgem de Nazaré: "Viver do Jeito de Nazaré".


Viver segundo o Espírito! Espiritualidade! Vida cristã! Espiritualidade! São expressões usuais na Igreja que nos atraem, suscitando o desejo profundo de uma vida cristã autêntica. Há pessoas que se espelham nos santos, outras se encantam com a belíssima influência da vida religiosa. Todos devemos acolher como norma de vida o Evangelho de Jesus Cristo. E os passos percorridos por Jesus são fecundos de graça para vivermos integralmente segundo a vontade de Deus. O que almejamos é que todos nos nossos pensamentos, palavras e obras expressem o seguimento de Jesus Cristo, deixando-nos evangelizar sempre mais e de modo profundo.

Queremos visitar um espaço privilegiado do Evangelho, chamado Nazaré, para aprender ali, conduzidos justamente pelas mãos de Nossa Senhora de Nazaré, aquela que no Círio de 2016 chamamos “Mãe de Misericórdia”, a Espiritualidade de Nazaré. Nosso sonho é que todas as pessoas que acorrem a Belém ou nos acompanham no Círio abracem esta forma de vida, carregada de grandes alegrias, ainda que exigente e comprometedora. Fomos buscar a palavra de um sábio de nosso tempo, o Beato Papa Paulo VI, na visita a Nazaré da Galileia, em janeiro de 1964: “Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo. Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido. Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo. Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas”. Agora podemos conversar com Maria de Nazaré!

Maria de Nazaré, Mãe de Deus e nossa Mãe, Mãe de Misericórdia. Pedimos licença para entrar em tua Casa de Nazaré, onde te dedicaste, junto com São José, a cuidar de Jesus, o Verbo de Deus feito Carne. Sabemos que a vida espiritual envolve tudo o que fazemos, não somente as orações. Queremos aprender contigo a viver! 

Encontram morto sacerdote que denunciou narcotraficantes na Argentina


Padre Juan Heraldo Viroche, que nos últimos anos denunciou em suas homilias gangues de narcotraficantes, foi encontrado enforcado hoje na casa da Paróquia ‘Nuestra Señora del Valle’, em Tucumán, Argentina.

A polícia informou que o sacerdote de 46 anos foi encontrado sem vida em seu quarto, onde acharam seus pertences espalhados pelo chão e, segundo as investigações, sem sinais de violência.

A justiça ordenou que o corpo do sacerdote seja submetido a uma autopsia para estabelecer a causa de sua morte.

Os paroquianos disseram que o sacerdote havia expressado dias atrás sua preocupação pelas ameaças recebidas por causa de suas denúncias contra gangues envolvidas com a venda de drogas.

Uma das ações do Pe. Viroche foi celebrar uma Missa ao ar livre, em novembro de 2015, para pedir por um povo sem drogas nem roubo, na localidade e comuna rural de Delfín Gallo, localizado a 10 quilômetros da capital provincial.

Além disso, por causa dos reiterados roubos que sofreu no ano passado, o sacerdote decidiu colocar grades na Igreja e responsabilizou pelos delitos o avanço do narcotráfico que “corrompe” adolescentes e jovens da região.

Sobre esses fatos lamentáveis, a Arquidiocese de Tucumán publicou um comunicado, no qual lamenta a morte do pároco de ‘Nuestra Señora del Valle de La Florida’. 

Arquidiocese defende Cardeal Cañizares: ''Detenham distorções de suas palavras".


A Arquidiocese de Valência (Espanha) enviou uma carta na qual pede “respeito e reciprocidade” para com o Cardeal Antonio Cañizares ante os reiterados ataques que sofreu. Indicam que “já chegou a hora de deter a distorção de suas palavras” e desmentem as acusações que foram feitas ao Purpurado.

Na última segunda-feira, o Cardeal Antonio Cañizares foi novamente repreendido e insultado por um grupo de pessoas que o esperavam na Colegiata de Gandía, onde celebrou a festa de São Francisco de Borja, Padroeiro da localidade.

Ante os ataques que o Cardeal sofreu nos últimos meses, enviaram uma carta da Arquidiocese de Valência através da qual explicam que esse tipo de manifestações e insultos vai contra “os princípios de liberdade, tolerância e conciliação, com os quais o Arcebispo rege esta Diocese”.

Além disso, sublinham que esta “ofensa reiterada ao Arcebispo Cañizares só pode ser realizada por aqueles que não o conhecem ou não querem conhecê-lo”, por isso asseguram que a melhor maneira de desmentir os acontecimentos é “dando testemunho, do que transmite constantemente à Cúria”.

“Se esta ignorância da verdade procede de representantes públicos, deveria haver elementos democráticos que limitassem ações claramente reprováveis, para evitar o desemparo de quem é vítima de suas acusações”.

Por isso, “em consonância com a Arquidiocese de Valência, que advoga constantemente pelos princípios de reconciliação e de unidade, simplesmente solicitamos prudência e esperamos reciprocidade”. 

Meditemos nos mistérios da salvação


O Santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus. O Verbo do Pai dos Céus é fonte de sabedoria. Por meio de ti, Virgem santa, o Verbo Se fará carne, de modo que quem diz: Eu estou no Pai e o Pai em Mim, dirá também: Eu saí de Deus e vim ao mundo.

No princípio, diz João, era o Verbo. Já brotava a fonte, mas ainda só em si mesma, porque ao princípio o Verbo estava junto de Deus, habitando a luz inacessível. O Senhor dizia desde o início: Eu tenho pensamentos de paz e não de aflição. Mas o vosso pensamento está em Vós, Senhor, e nós ignoramos o que pensais. Com efeito, quem conheceu a mente do Senhor ou quem foi o seu conselheiro?

O pensamento de paz desceu do Céu para realizar a sua obra de paz: O Verbo fez Se homem e habita já no meio de nós. Na verdade, habita pela fé nos nossos corações, na nossa memória, no nosso pensamento, e desceu até à própria imaginação. Que primeiro pensamento teria o homem acerca de Deus, a não ser talvez um ídolo fabricado pelo seu coração? Deus era incompreensível, inacessível, invisível e para além de todo o nosso pensamento; agora, porém, quis ser compreendido, quis ser visto, quis ser pensado.

De que modo? Sem dúvida recostado no presépio, deitado no regaço da Virgem, pregando na montanha, passando a noite em oração; ou então, suspenso da cruz, lívido na morte, livre entre os mortos e dominando sobre o poder do inferno; ou também ressurgindo ao terceiro dia e mostrando aos Apóstolos os lugares dos cravos, sinais de vitória, e finalmente subindo, na presença deles, ao mais alto do Céu.

Quem não meditará na verdade, na piedade e na santidade destes factos? Quando medito em qualquer deles, o meu pensamento encontra a Deus, e em tudo é o meu Deus. É verdadeira sabedoria meditar nestes mistérios, é verdadeira prudência evocar a doce memória destes frutos excelentes que Maria recebeu do Céu e tão copiosamente derramou sobre nós.


Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo de aquaeductu: Opera omnia, Ed. Cisterc. 5 [1968], 282-283) (Sec. XII)

O Jesus da Bíblia e o Jesus dos pastores evangélicos


A maior parte dos pregadores evangélicos costuma dizer de si mesmo ser um fiel seguidor da Bíblia, muito embora cada evangélico seja uma igreja, pois nenhum deles é integralmente igual ao outro em matéria de fé e doutrina, razão pela qual se dividem constantemente.

Outra máxima comum entre pregadores evangélicos é a tal de “aceitar” Jesus, como condição fundamental para que alguém seja salvo. MAS... a Bíblia ensina exatamente o contrário:

"Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vô-lo conceda." João 15,16

Em nossa modesta opinião, seguir a Bíblia é aceitar tudo que as escrituras afirmam e não somente o que gostamos ou aquilo que nos é conveniente.

Aceitar Jesus deveria ser de fato assumir tudo que Jesus ensinou e não apenas aquilo que nos é interessante.

Dizer que “aceitou” Jesus e que ama ou segue a Bíblia, ignorando o contexto das Escrituras, é apenas um modo de enganar a si próprio e de impor doutrina, de modo cruel e tirânico sobre seus oponentes, senão vejamos:

1 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita tudo que Jesus disse e fez que não se encontra na Bíblia:

“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.” João 21, 25

2 - “Ama” a Bíblia, mas não aceita o que as Escrituras falam acerca da mãe de Jesus Cristo:

“...pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada...” Lucas 1,48

3 - “Ama” a Bíblia, mas não aceita a intercessão de Maria demonstrada na Bíblia:

“Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. ”João 2,4,5

4 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita o que Jesus fez em seu momento final de agonia ainda na Cruz:

“Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” João 19,26-27

E mesmo “gostando” da Bíblia, tampouco fizeram como João, que levou Maria para sua casa.

5 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita a Igreja que ele fundou:

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” Mateus 16, 18

6 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita que Jesus defenderia sua Igreja, de modo que não precisamos de “reformadores”:

“...e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;" Mateus 16,18

7 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita a escolha de Jesus para que Pedro liderasse os apóstolos:

“E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.” João 21,15-17

8 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita a infalibilidade de Pedro definida por Jesus:

“Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.” Lucas, 22, 32

Outorgando a Pedro sua autoridade divina: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus”. Mateus 16,18

9 - “Aceitou” Jesus, mas não aceita que o próprio Jesus purificaria sua Igreja, de modo que não precisaríamos de reformas ininterruptas:

“E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.” Lucas 17,1,2

10 – “Aceitou” Jesus, mas não aceita os poderes que Jesus conferiu à Igreja para reter e perdoar pecados:

“E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.” João 20,22,23