segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Santo Afonso Rodrigues


Afonso Rodrigues nasceu na Espanha, em 25 de julho de 1532. Pertencia à uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé. A primeira provação foi a morte do pai. Diante da ausência paterna, Afonso assumiu os negócios da família. 

Com 23 anos Afonso casou-se e o seu matrimônio gerou dois filhos. Mas aí veio a segunda provação: sua esposa adoeceu gravemente e faleceu. Em seguida seus filhos também faleceram. A perda da família fez Afonso descuidar-se dos negócios. 

Afonso entrou então numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente à serviço de Deus servindo os semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas na ilha de Maiorca. 

No colégio exerceu somente a simples e humilde de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura. 


Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 

domingo, 30 de outubro de 2016

O Dia Nacional da Proclamação do Evangelho


Pela lei 13.246 de 13/ 01/ 2016 foi substituída a festa chamada de Samhain (fim do outono) mais conhecida como o dia das bruxas ou Halloween, como se denomina nos EEUU, pelo Dia Nacional da Proclamação do Evangelho, a ser comemorado no 31 de outubro. 

Nos alegra muito pois a nossa cultura é vitalmente cristã, e as tradições druidas e célticas não pertencem a nossa matriz religioso-espiritual, tratando-se apenas de um mimetismo da indústria midiática e cultural. Esta comemoração reúne a todos os cristãos pois em razão do batismo assumimos o direito-dever de anunciar e testemunhar o Evangelho. 

Para os católicos e luteranos e também em chave ecumênica envolvendo a todos os que promovem a unidade dos cristãos, esta data lembra a assinatura do acordo sobre a doutrina da justificação no dia 31 de outubro de 1999. Esta caminhada nos faz olhar com uma perspectiva mais esperançosa e alvissareira rumo a comemoração dos 500 anos da Reforma que vai acontecer em 2017.

É importante assinalar que o processo histórico denominado como Reforma tem antecedentes que vão desde Cluny, passando pelos mendicantes, a devotio moderna, com muitas nuances e movimentos, fazendo lembrança da frase conciliar Ecclesia semper reformanda. Por primeira vez será lembrada conjuntamente por católicos e luteranos, mostrando que estamos fazendo um caminho muito edificante, que vai do conflito para a comunhão, como se intitula a Carta da Comissão Católico-Luterana que prepara esta comemoração conjunta.  

Terremoto na Itália destrói Igreja de São Bento


Um terremoto de 6,6 pontos na escala Ricther destruiu a histórica Igreja de São Bento em Nórcia, na Itália. Imagens divulgadas na televisão italiana apresentam o resgate de religiosos do templo logo após o desastre.


No coração da Itália, em meio às montanhas da região da Úmbria, está a pacata cidade de Núrsia (Norcia, no italiano), com suas estreitas ruas de pedra e paisagens extraordinárias. Famoso por suas linguiças suínas e trufas negras, o povoado de quase 5 mil habitantes é também a terra natal de São Bento, pai da vida monástica.

A promoção da paz


A paz não é mera ausência de guerra, nem se reduz a um equilíbrio entre as forças adversárias nem se origina de um domínio tirânico, mas com toda a propriedade se chama obra da justiça (Is 32,17). É fruto da ordem, inserida na sociedade humana por seu divino fundador e a ser realizada de modo sempre mais perfeito pelos homens que têm sede de justiça. Em seus fundamentos o bem comum do gênero humano é regido pela lei eterna. Contudo, nas contingências concretas, está sujeito a incessantes mudanças com o decorrer dos tempos. Por isso a paz nunca é conquistada de uma vez para sempre; deve ser continuamente construída. Além disto, sendo a vontade humana volúvel e marcada pelo pecado, a busca da paz exige de cada um o constante domínio das paixões e a atenta vigilância da autoridade legítima.

Isto, porém, não basta. Aqui na terra não se pode obter a paz a não ser que seja salvaguardado o bem das pessoas e que os homens comuniquem entre si, com confiança e espontaneidade, suas riquezas de coração e de inteligência. Vontade firme de respeitar a dignidade dos outros homens e povos, ativa fraternidade na construção da paz, são coisas absolutamente necessárias. Deste modo a paz será também fruto do amor, que vai além do que a justiça é capaz de proporcionar. Pois a paz terena, oriunda do amor ao próximo, é figura e resultado da paz de Cristo, provinda de Deus Pai. Seu Filho encarnado, príncipe da paz, pela cruz reconciliou os homens com Deus. E recompondo a unidade de todos em um só povo e um só corpo, em sua carne destruiu o ódio (cf. Ef 2,16; Cl 1,20.22),  e exaltado pela ressurreição, infundiu nos corações o Espírito da caridade.

É a razão por que todos os cristãos são insistentemente chamados a que, vivendo a verdade na caridade (cf. Ef 4,15), se unam aos homens verdadeiramente pacíficos, a fim de implorar e estabelecer a paz. Movidos pelo mesmo espírito, queremos louvar calorosamente aqueles que renunciam à ação violenta para reivindicar seus direitos e recorrem aos meios de defesa, que de resto estão ao alcance dos mais fracos também, contanto que isto não venha lesar os direitos e deveres de outros ou da comunidade.


Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II (N. 78) (Séc.XX)

Indulgência: A Igreja Católica realmente vendia a Salvação?


Existem poucos dogmas da Igreja Católica tão pouco compreendidos, ou tão grosseiramente mal representados por seus adversários, como a sua doutrina sobre as indulgências. Por esse motivo, faz-se necessário, aliás, imprescindível, à Apologética Católica que se trate do tema, tanto para a edificação do próprio católico quando para a justa defesa da Santa fé face aos não raros ataques.

Uma das razões para o equívoco popular sobre indulgências pode ser atribuída à falta de entendimento sobre o significado desse termo, ao qual ele foi gradualmente submetido. A palavra Indulgência originalmente significava remissão, favor ou perdão. Agora, ela é comumente usada no sentido de gratificação ilegal, e de alcance livre às paixões. Por isso, quando algumas pessoas ignorantes ou preconceituosas ouvem sobre concessão de uma indulgência pela Igreja, a idéia de “licença para pecar” é  apresentada às suas mentes.

A indulgência é simplesmente uma remissão, no todo ou em parte, pelos méritos superabundantes de Jesus Cristo e Seus santos, da pena temporal devida a Deus por causa do pecado depois da culpa e do castigo eterno terem sidos remetidos.

Deve-se ter em mente que, mesmo depois de nossa culpa ser removida, freqüentemente resta alguma pena temporal a ser submetida, seja nesta vida ou na próxima, como uma expiação para a santidade divina e da justiça. A Sagrada Escritura nos fornece muitos exemplos dessa verdade.  Maria, irmã de Moisés, foi perdoada do pecado que tinha cometido por murmurar contra seu irmão. No entanto, Deus infligiu sobre ele sua pena de lepra e de separação do povo por sete dias. [Num.21]

Natan, o profeta, anunciou a Davi que seus crimes haviam sidos perdoados, mas que ele deveria sofrer muitos castigos da mão de Deus. [2 Reis 12].

Que nosso Senhor deu à Igreja o poder de conceder indulgências é claramente deduzido a partir do Texto Sagrado. Ao líder dos Apóstolos Ele disse: “tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que tu desligares na terra será desligado também no céu.” [Mat. 16. 19.] E à todos os Apóstolos reunidos Ele fez a mesma declaração solene. [Ibid., 18. 18.] Com estas palavras, nosso Senhor deu poder à Sua Igreja para livrar seus filhos (se bem dispostos) de todos os obstáculos que poderiam retardar-los ao Reino dos Céus. Agora, existem dois impedimentos que detêm um homem do reino celestial – o pecado e o castigo temporal incorrido por ele. E a Igreja, tendo o poder de remeter o maior obstáculo, que é o pecado, tem também o poder para remover o menor obstáculo, que é a pena temporal devida por conta do mesmo.

A prerrogativa de conceder Indulgência foi exercida pelos pais da Igreja, desde o início de sua existência.

São Paulo exerceu isso em nome dos Corintios incestuosos que ele havia condenado a uma severa penitência proporcional à sua culpa, ” para que seu espírito seja salvo no dia do Senhor.” [I Coríntios. 5, 5] E tendo ouvido depois da contrição fervorosa daqueles coríntios, o apóstolo absolve-os da penitência que ele os tinha  imposto:. “Para ele, que é de tal modo, esta repreensão é suficiente, que é dado por muitos Então, que pelo contrário. você deveria perdoar e confortá-lo, para que, talvez, um tal ser engolido com o excesso de muita tristeza …. E para quem você perdoou nada, eu também. Pois, o que tenho perdoado, se eu lhe perdoei nada , por amor de vós o fiz na pessoa de Cristo. “[II Coríntios. ii. 6-10.]

Aqui nós temos todos os elementos que constituem uma indulgência. Primeiro – A penitência, ou castigo temporal proporcional à gravidade da infracção, é imposta ao transgressor. Segundo – O penitente é verdadeiramente contrito (arrependido) por seu crime. Terceiro – Esta contrição determina ao Apóstolo remeter a pena. Quarta – O apóstolo considera o relaxamento da penitência ratificada por Jesus Cristo, em cujo nome ela é transmitida.

Verificamos que os Bispos da Igreja,  sucessores  dos Apóstolos,  detém esse mesmo poder. Ninguém contesta o direito, que alegaram desde os tempos primeiros, de infligir penitências canônicas sobre os criminosos graves, que eram submetidos a longos jejuns, abstinências graves e outras mortificações, por um período que se estendia desde alguns dias até cinco, dez anos e até mesmo por toda a vida, de acordo com a gravidade da infracção. Essas sanções eram, em vários casos, mitigadas ou canceladas pela Igreja, de acordo com seu critério, pois se uma entidade pode infligir uma punição ela também pode remetê-la. Nosso Senhor deu o Seu poder à Igreja não só para ligar, mas também para desligar. Esta prerrogativa discricionária era muitas vezes exercida pela Igreja pela intercessão daqueles que haviam sido condenados ao martírio, quando os mesmos penitentes davam fortes sinais de uma arrependimento  fervoroso, como nós aprendemos com os escritos de Tertuliano e Cipriano.

São Geraldo


Hoje, o Martirológio Romano fixa a memória de são Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Ele era natural de Placência, e transferiu-se para Potenza. Foi escolhido como bispo por suas virtudes e suas atividades taumatúrgicas. Morreu apenas oito anos após sua escolha ao episcopado. Seu sucessor, Manfredo, escreveu-lhe uma vida exageradamente panegírica e sobretudo obteve uma canonização a viva voz (ou seja sem documentação escrita) por parte do papa Calisto II (1119-24). Mas existe outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve uma fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de São Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional. E há motivo para esta popularidade: ele era invocado sobretudo pelas gestantes ou parturientes.

Nos inícios de 1800, cerca de cinquenta anos após a sua morte, um médico de Grassano (Matera) declarava: “Há muitos anos eu não exerço a profissão de médico. Exerce-a por mim o irmão Geraldo.” Este médico levava tanto a sério o patrocínio de são Geraldo, proclamado bem-aventurado só em 1893, que antes que remédios preferia dar as suas pacientes uma imagem do bom religioso. E Tannoia declarava: “O irmão Geraldo é o protetor especial dos partos. Em Foggia não há mulher parturiente que não tenha sua imagem e que não o invoque como protetor.” Singular revanche de santo pelos sofrimentos por que passou advindos de calúnias de uma mulher, uma ex-monja para a imprensa, o que foram mui facilmente aceitos pelos seus superiores.

Na realidade são Geraldo, que no leito de morte podia afirmar não saber nem o que fosse uma tentação impura, tinha sobre a mulher uma concepção superior: olhava toda mulher como uma imagem de Nossa Senhora, “louvor perene a SS. Trindade.” Eram os entusiasmos místicos de uma alma simples, mas cheia de amor espiritual. Exclamava frequentemente “Meu querido Deus, meu Espírito Santo,” sentindo íntimos a ele a bondade e o amor infinitos de Deus. Mais que um asceta, era um místico.

Sua vida está repleta de privações, de sofrimentos, de humilhações, mas tudo está profundamente animado, finalizado com um encontro vivo e pessoal com Deus. É isso que ficou dele, para além de algumas extravagâncias, que possam desconcertar ortodoxos. Há algo de autêntico e de genuíno também nos seus exageros que talvez os hipies de nossos dias os tornam novamente atuais. Mas São Geraldo fez uma contestação vinda de dentro.


Ó São Geraldo, nós nos alegramos pela felicidade de vossa glória. Nós bendizemos a Deus pelos dons sublimes de vossa graça a vós dispensados com tanta largueza. Nós vos felicitamos por haverdes correspondido fielmente a tanta bondade do Senhor.

Ó São Geraldo, ajudai-nos a imitar vossa fidelidade à Vontade divina: vosso amor a Jesus Sacramentado: vossa devoção singular a Maria Santíssima; vosso espírito de penitência; a pureza de vossa vida e, enfim, vossa grande caridade para com os pobres, para com as mães e para com os mais abandonados.

Ó São Geraldo, socorrei-nos em todas as nossas precisões espirituais e materiais. Alcançai-nos uma piedosa conformidade nas agruras, doenças e sofrimentos da vida. Abençoai as mães, de quem sois o especial padroeiro. Protegei nossa paróquia. Alcançai-nos de Deus muitas vocações sacerdotais e religiosas. Orai pela Igreja de Jesus Cristo e pelo Santo Padre, o Papa.

São Geraldo, nosso padroeiro, rogai por nós. Amém.

sábado, 29 de outubro de 2016

ONU relata massacres do Estado Islâmico no Iraque


Pelo menos 232 pessoas foram massacradas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) nesta semana perto de seu reduto de Mossul, segundo as Nações Unidas, enquanto o fantasma de um grande deslocamento de civis no Iraque está crescendo a cada dia.

Os assassinatos, que “foram corroborados na medida do possível”, segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, são apenas os últimos de uma série de atrocidades perpetradas pela organização extremista desde 2014.

Alguns relatos dizem respeito a “execuções por fuzilamento na quarta-feira”, 26 de outubro, de 232 pessoas, informou a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, a jornalistas em Genebra.

Entre as vítimas haviam “190 ex-oficiais da segurança iraquiana”, acrescentou, observando que o número total de pessoas mortas pode ser maior.

Estas informações foram divulgadas um dia após a atribuição do prestigiado Prêmio Sakharov pelo Parlamento Europeu a duas vítimas da brutalidade do EI.

Nadia Murad e Haji Bashar Lamia, que sobreviveram a uma série de perseguições – sequestro, estupro, escravidão – tornaram-se símbolos da defesa da comunidade Yazidi perseguida pelos extremistas islâmicos.

A ofensiva lançada em 17 de outubro pelas forças de segurança iraquianas para retomar o controle do último grande reduto do EI no Iraque permitiu apertar o cerco sobre Mossul pelo norte, leste e sul, mas o número de pessoas fugindo da organização radical aumenta.

As organizações humanitárias organizavam nesta sexta-feira acampamentos para acomodar os civis em fuga.

“Constatamos um aumento enorme de civis em fuga nos últimos dias, e eles serão acomodados nos acampamentos”, declarou à AFP Karl Schembri, conselheiro regional do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).

Segundo ele, a situação “é preocupante” porque as forças iraquianas ainda não entraram na cidade. Quando isso acontecer, “vamos assistir a um deslocamento em massa”, acrescentou.

‘Independência’ curdaMas os deslocados da guerra são apenas um dos muitos problemas que assombram o Iraque. 

McDonald's expõe imagem da Virgem sangrando com o Menino Jesus decapitado para celebrar 'Halloween'.


Um estabelecimento do McDonald na Espanha decidiu comemorar o Dia das Bruxas colocando uma imagem de Nossa Senhora do Carmo sangrando, levando o menino Jesus decapitado, o que levou a condenação dos católicos nas redes sociais.

A imagem foi colocada em um local do McDonald na cidade de Talavera de la Reina, na província de Toledo.

O delegado das missões episcopais da diocese de Toledo, Fernando Redondo, condenou o incidente através de sua conta no Twitter, onde ele perguntou: "Assim que se respeita a liberdade religiosa? Vergonha".

Enquanto isso, o Padre Emilio Palomo, um sacerdote da Arquidiocese de Toledo, também repudiou no twitter a colocação da imagem manifestando “dor e repulsa”.