quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Advogados apelam contra decisão que arquiva denúncia por exposição blasfema em Pamplona


A Associação Espanhola de Advogados Cristãos (AEAC) anunciou que recorrerá da resolução do magistrado Fermín Otamendi Zozaya, do Tribunal de Instrução número 2 de Pamplona, pela qual suspende e ordena o arquivamento da causa contra Abel Azcona por um suposto delito contra os sentimentos religiosos e de ódio.

Abel Azcona roubou mais de 240 hóstias consagradas de Missas celebradas nas cidades de Madri e Pamplona. Depois, fez fotos suas nu com as hóstias e escreveu com elas a palavra ‘pederastia’, como “obra de arte”, parte de uma exposição em uma sala pública em novembro de 2015 na cidade de Pamplona (Espanha).

Ao finalizar tal exposição, o autor vendeu as hóstias consagradas por mais de 240 mil euros.

A Associação de Advogados Cristãos declarou estar “surpresa” por esta resolução e anunciou que apresentará um “recurso de reforma subsidiário de apelação” e que estão dispostos a chegar “até as instâncias que seja preciso chegar, ante o que vem a ser uma campanha de graves ofensas contra a fé cristã e a liberdade religiosa”.

No auto, o juiz de Instrução Número 2 de Pamplona (Espanha), Fermín Otamendi, define as hóstias consagradas e roubados como “objetos brancos e redondos de pequenas dimensões” e alega que não houve profanação de espécies sagradas porque, segundo o dicionário da Real Academia Espanhola, isto se define como “tratar algo sagrado sem o devido respeito, ou aplica-lo para usos profanos”.

Em sua opinião, não se pode afirmar que “a conduta do acusado implicara tratar algo sagrado (as espécies consagradas o são, sem dúvidas, paras os católicos), sem o devido respeito, uma vez que não cabe confundir faltar com respeito com não realizar o que a religião católica exige a seus fiéis que façam com as espécies consagradas no ato da comunhão”.

O magistrado também assegura no auto que Azcona usou as espécies “de forma discreta, sem que sua conduta possa se qualificar como desrespeitosa, ofensiva ou irreverente”.

“Na opinião deste instrutor, a obra exposta no Monumento aos Caídos de Pamplona não constitui um escárnio dos dogmas, crenças, ritos ou cerimônias da Igreja Católica, tampouco uma vexação de quem professa ou pratica tais crenças”, acrescenta. 

O coração do justo exultará no Senhor


Alegre-se o justo no Senhor e n’Ele espere, congratulem-se os homens de coração recto. Isto é o que cantamos com a boca e o coração. São palavras que a consciência e a língua cristãs dirigem a Deus: Alegre-se o justo, não no mundo, mas no Senhor. A luz resplandece para os justos – diz outro salmo – e a alegria para os corações rectos. Talvez perguntes donde vem esta alegria. Num salmo ouves: Alegre-se o justo no Senhor. E noutro: Põe no Senhor as tuas delícias e Ele satisfará os anseios do teu coração.

Que é que se nos declara? Que se recomenda? Que se manda? Que se dá? Que nos alegremos no Senhor. E quem se alegra naquilo que não vê? Ou será que vemos o Senhor? Isso é ainda uma promessa. Agora caminhamos à luz da fé; enquanto habitamos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor. Caminhamos à luz da fé e não da visão clara. Quando chegaremos à visão clara? Quando se cumprir o que diz São João: Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é.

Então será a alegria plena e perfeita, a felicidade completa, quando já não tivermos por alimento o leite da esperança, mas o alimento sólido da realidade. Todavia, também agora, antes de chegarmos a essa ventura, antes de essa ventura chegar até nós, alegremo-nos no Senhor. Porque não é pequena a alegria da esperança que nos garante a futura realidade.

Agora amamos em esperança. Por isso diz a Escritura: Alegre-se o justo no Senhor. Mas porque o justo ainda não vê, acrescenta em seguida o texto sagrado: E n’Ele espere.

De fato, temos já as primícias do Espírito, que nos aproximam d’Aquele que amamos e nos permitem saborear de antemão, embora tenuemente, o que mais tarde havemos de comer e beber com satisfação plena.

E como é possível alegrar-nos no Senhor, se Ele está longe de nós? Mas não deve estar longe! És tu que O fazes estar lonXXXge. Ama-O, e Ele aproximar-se-á de ti; ama-O e Ele habitará em ti. O Senhor está próximo; não vos inquieteis com coisa alguma. Queres ver como está contigo, se O amares? Deus é caridade.

Dir-me-ás: «Sabes o que é a caridade?». A caridade é aquilo com que amamos. E que amamos? O bem inefável, o Bem benéfico, o Bem criador de todos os bens. Põe n’Ele as tuas delícias, pois d’Ele recebeste tudo o que te deleita. Não me refiro ao pecado, porque o pecado é a única coisa que não recebeste d’Ele. Excetuando o pecado, foi d’Ele que recebeste tudo o que tens.


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 21, 1-4; CCL 41, 276-278) (Sec. V) 

Sobre a calúnia e difamação...


“Não denuncieis falsamente” (Lc 3,14).

A vontade de passar informações faz parte do homem, e a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as consequências das nossas palavras. Precisamos ter consciência de que a maldade humana não conhece limites e nem todos falam a verdade sobre os outros, distorcendo os fatos ao seu bel prazer, às vezes sem motivo algum, sem sequer ter proximidade com a pessoa.

Difamar uma pessoa é algo muito fácil, espalhar falso boato também, mas isso pode destruir a vida de alguém, por isso é importante ao menos ouvir os dois lados e também sermos racionais e imparciais para analisar bem o que foi dito. O melhor é evitar se relacionar com quem tem essa conduta de denegrir a imagem do outro, ainda assim, nem sempre estamos livres dessa gente e, por vezes, nos encontramos envolvidos com suas artimanhas.

Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. O egoísmo é o resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mais desalmadas mentiras com a ideia de prejudicar o semelhante.

A recuperação de quem sofre a calúnia se faz à medida que a pessoa não se submete ao fenômeno, encara-o de frente, conversa com seus amigos, preserva sua autoestima, desvinculando-se desta agressão verbal e psicológica da qual está sendo vítima.

A fofoca traduz um sentimento de maldade de disseminar como joio a intriga, ao passo que a calúnia mostra o forte instinto maldoso de usurpação da dignidade do outro pelo engano e a falsidade.

“Seis coisas há que o Senhor odeia e uma sétima que lhe é uma abominação: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, um coração que maquina projetos perversos, pés rápidos em correr ao mal, um falso testemunho que profere mentiras e aquele que semeia discórdias entre irmãos.” (Provérbios 6,16-19).

Essa é a razão porque os mentirosos são excluídos da posse da celeste bem-aventurança. Por isso, quando Davi se dirigiu a Deus com a pergunta: “Quem morará na Vossa casa?” – o Espírito Santo lhe respondeu: “Aquele que diz a verdade no seu coração, e que não solta em calúnias a sua língua”. (Salmo 14,1-3).

O pior dano da mentira é que ela constitui doença do espírito quase incurável, pois o pecado de calúnia e o de menosprezo ou fofoca, contra a fama e o bom nome do próximo, não são perdoados enquanto o acusador não prestar satisfação ao ofendido pelas injustiças praticadas.

Ninguém pode, tampouco, esperar o perdão de suas calúnias e detrações se antes não der satisfação a quem foi por ele lesado na fama ou consideração, quer em juízo público quer em conversas familiares e reservadas, segundo a grave advertência de Nosso Senhor Jesus Cristo que disse: “No dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido.” (Mateus 12,36).

Assim, são pecados graves todos os agravos à honra de uma pessoa: injúria, suspeita infundada e injusta, juízo temerário, maledicência e calúnia. A malícia destas duas últimas reside no grave atentado contra a justiça e a caridade, falta imensamente mais grave do que o furto (cf. Pr 22,1; Rm 1,29-20). Ambas são pecados mortais não apenas porque provém de uma intenção positivamente má, mas porque nascem de uma irresponsabilidade consciente e culposa. Tanto objetiva como subjetivamente, porém a calúnia deve ser julgada de forma muito mais severa do que a maledicência, pois a calúnia não viola apenas um direito relativo, mas um direito absoluto ao bom nome, e o faz de maneira contrária à verdade.

O maledicente encontra-se em atraso moral e emocional, não se dá conta de que este prazer de massacrar a reputação alheia é algo ilusório, mesquinho e ainda mais danoso para ele mesmo, pois na sua grande maioria estas pessoas vivem infelizes com sua própria realidade e agem assim para obter satisfação, prejudicando os outros e chamando atenção para si na tentativa de amenizar suas dores internas e se mostrar alguém melhor do que realmente são. Quem se satisfaz com suas conquistas e com a sua vida, não compactua com a difamação.


Neste sentido, o Papa Francisco disse: “Não há necessidade de consultar um psicólogo para saber que quando você denigre o outro é porque você mesmo não consegue crescer e precisa que o outro seja rebaixado para você se sentir alguém. Cuidemos do nosso coração porque é de lá que sai o que é bom e ruim, o que constrói e o que destrói”.

Santa Gertrudes


Nascida na Saxônia, em 1256, era filha de fervorosos pais cristãos. Aos cinco anos de idade foi entregue do mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura cristã. Possuidora de grande carisma místico tornou-se religiosa consagrada. 

Gertudres revelou-se como uma profunda mística. Sua vida contemplativa era sinal de perseverança para as outras religiosas. Aos vinte e cinco anos de idade teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do Divino amor", talvez a mais importante obra cristã de teologia mística. 

A união com Cristo vivo constitui a essência de suas aspirações e de suas experiências místicas. Este amor tão próximo à humanidade de Cristo levou-a a descobrir a devoção ao Sagrado Coração, constituindo-se numa das iniciadoras de seu culto. Mas para ela o coração significa “toda a pessoa do Verbo feio carne, que o desejo de união leva a atingir no seu coração, onde se encerra toda a virtude da divindade”. 

Mais tarde foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos. Faleceu em 1302.



Ó Senhor, que amaste santa Gertrudes com amor eterno, falando a seu coração, dá-me ouvidos para escutar a tua voz e fé para responder a teu chamado, com entrega comparável a essa apaixonada de tua sabedoria eterna. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Mãe da Misericórdia


Existe uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia. Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e do demônio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção – está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos (especialmente pelos pecadores e sofredores).

Oficialmente a Igreja Católica aprovou a 15/8/1986 o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração – sem nos esquecermos que a 30/11/1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (n. 9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica (1997) dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (n. 2677).

A invocação “Salve, Rainha de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade de Cluny. “Ego sum Mater misericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.

No mundo oriental podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental Tiago de Sarug (+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto. 

4 Cardeais pedem ao Papa Francisco que esclareça alguns pontos da Amoris Laetitia

Cardeal dom Odilo fazendo o juramento.

No dia 19 de setembro, 4 cardeais escreveram ao Papa Francisco uma carta na qual pedem que esclareça 5 pontos da exortação apostólica Amoris Laetitia sobre o amor na família.

A carta, assinalam os cardeais, “nasce de uma profunda preocupação pastoral” e após encontrar “um grave desconcerto em muitos fiéis e uma grande confusão a respeito de questões muito importantes para a vida da Igreja”.

A missiva, divulgada nesta segunda-feira, 14 de novembro, pelo vaticanista italiano Sandro Magister através do seu site, é assinada por dois cardeais alemães, Walter Brandmüller e Joachim Meisner; o italiano Carlo Cafarra; e norte-americano Raymond Burke.

Os purpurados referem que escreveram ao Papa e ao Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal alemão Gerhard Müller, em um ato que consideram “de justiça e caridade”, de acordo com o direito canônico e em conformidade com a missão cardinalícia de colaborar com o ministério petrino.

Os cardeais indicam que “o Santo Padre decidiu não responder” à carta e, por isso, interpretam “esta sua decisão soberana como um convite a continuar a reflexão e a discussão serena e respeitosamente”.

“É por isso que informamos sobre nossa iniciativa a todo o povo de Deus, oferecendo toda a documentação”, acrescentam.

Os cardeais pedem, então, que “ninguém interprete o fato segundo o esquema ‘progressistas-conservadores’: seria uma completa má interpretação. Estamos profundamente preocupados pelo verdadeiro bem das almas, suprema lei da Igreja, e não por fazer progredir na Igreja qualquer forma de política”.

Do mesmo modo, assinalam, “é nosso desejo que ninguém nos julgue, injustamente, como adversários do Santo Padre e como pessoas sem misericórdia. O que fizemos e estamos fazendo nasce do profundo afeto colegial que nos une ao Papa e da apaixonada preocupação pelo bem dos fiéis”.

Na carta que os cardeais escreveram ao Papa Francisco, enumeram alguns dos problemas surgidos após as interpretações “não somente divergentes, mas também contraditórias, sobretudo, por causa do capítulo VIII (da Amoris Laetitia). Além disso, os meios de comunicação enfatizaram esta disputa, provocando incerteza, confusão e alarme entre muito fiéis”.

“Com profundo respeito, permitimo-nos pedir-lhe, Santo Padre, como supremo Mestre da Fé chamado pelo Ressuscitado a confirmar aos seus irmãos na fé, que dirima as incertezas e esclareça, dando benevolamente resposta às ‘Dúvidas’ que nos permitimos anexar à presente”, indicam.

As 5 dúvidas

Os cardeais chamam de “dúvidas” os assuntos que suscitam e indicam que se referem ao capítulo oitavo da exortação apostólica Amoris Laetitia, especificamente dos parágrafos 300 ao 305. São apresentadas para ser respondidas com um “sim” ou um “não”.

Os purpurados assinalam que “para muitos – bispos, párocos, fiéis –, esses parágrafos aludem, ou também ensinam explicitamente, uma mudança na disciplina da Igreja com relação aos divorciados que vivem uma nova união, enquanto outros, admitindo a falta de clareza ou ainda a ambiguidade das passagens em questão, argumentam, entretanto, que essas mesmas páginas podem ser lidas em continuidade com o magistério precedente e não contém uma modificação na prática e no ensinamento da Igreja”. 

Fechadas as Portas Santas nas igrejas catedrais do mundo


Enquanto avançamos para a conclusão do Jubileu da Misericórdia, com o fechamento da Porta Santa na Basílica de São Pedro no próximo domingo, 20, foram fechadas neste domingo, 13, as Portas Santas em todas as catedrais do mundo. Entre elas, a Porta Santa de Bangui, na África Central, a primeira a ser aberta pelo Papa Francisco, em novembro do ano passado, e as das Basílicas romanas de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo fora dos Muros.

A Porta Santa de Bangui foi a primeira a ser aberta em novembro do ano passado pelo Papa Francisco, que, apesar do encerramento oficial – como sublinhou o Arcebispo da cidade e Presidente da Conferência Episcopal local, Dom Dieudonné Nzapalainga – na catedral permanecerá aberta a “significar que todos os dias é o tempo de misericórdia”. “Que o fruto deste Ano Santo seja o fim da guerra e a justiça para todas as vítimas do conflito, em particular para os deslocados”, acrescentou no seu apelo pela paz na África Central o arcebispo, que no sábado será acompanhado pelo “imã de Bangui e pelo líder dos evangélicos ao Vaticano, onde vai receber o chapéu cardinalício das mãos do Papa Francisco.

São João de Latrão, em Roma. Vallini: a misericórdia não é fraqueza

Fechada também a Porta Santa de São João de Latrão, em Roma Santa, com uma celebração presidida pelo Cardeal Vigário Agostino Vallini. “O destino final do mundo não está nas mãos dos homens, mas na misericórdia de Deus”: este, de acordo com o cardeal, o ensinamento do Jubileu da Misericórdia, “tempo favorável” para a Igreja, que tornou mais forte e mais eficaz o nosso testemunho de fiéis. “A Misericórdia não é um sinal de fraqueza – acrescentou o cardeal – pelo contrário, de força, magnanimidade e irradiação poderosa da onipotência amorosa do Pai”. Em seguida, a recordação do convite do Papa a viver mais conscientemente as parábolas da misericórdia: a da ovelha perdida, a da moeda perdida e do pai misericordioso. Sobre essa última, em particular, se deteve o Cardeal Vallini: “Assim o Senhor nos trata: Ele não nós mortifica, mas nos acolhe e se alegra com o nosso retorno”. Enfim, outra característica distintiva da misericórdia, fruto do Ano Santo: cuidar dos pobres. “A única verdadeira realização da vida é dar amor e viver segundo justiça os nossos relacionamentos humanos”. 

Papa: a transformação de cada um de nós começa na Confissão.


O Papa Francisco foi à Basílica de São Pedro na manhã da terça-feira (15/11) saudar os peregrinos holandeses que vieram ao Vaticano celebrar o Jubileu da Misericórdia.

Em sua breve saudação, o Pontífice destacou que o Ano Santo nos faz relacionar ainda mais com Jesus Cristo, rosto da misericórdia do Pai.

“Jamais esgotaremos este grande mistério do amor de Deus! É a fonte da nossa salvação: todo o mundo, todos nós necessitamos da misericórdia divina. Ela nos salva, nos dá vida, nos recria como verdadeiros filhos e filhas de Deus”, disse o Papa, ressaltando que nós experimentamos a bondade do Senhor de modo especial no sacramento da Penitência e da Reconciliação.

Transformação

“A Confissão é o local em que se recebe o perdão e a misericórdia de Deus. Aqui tem início a transformação de cada um de nós e a reforma da vida da Igreja.”