domingo, 15 de janeiro de 2017

Roma: igreja abriga moradores de rua nas noites frias.


A Igreja de San Calisto, situada no bairro de Trastevere, em Roma, está abrindo suas portas para moradores de rua desde a noite de 7 de janeiro, quando uma onda de frio chegou à capital e as temperaturas começaram a cair abaixo de zero.

Segundo a Esmolaria vaticana, a iniciativa continuará enquanto perdurarem as baixas temperaturas em Roma. A igreja tem abrigado cerca de 30 moradores de rua diariamente, entre italianos e estrangeiros.

Acolhida começa com o jantar às 19h

No local, os sem-abrigo recebem além de uma cama e cobertores, também alimentação e produtos de higiene. Os hóspedes deixam a Igreja de San Calisto sempre por volta de 8h da manhã.

Administrada pela Comunidade de Santo Egídio, a igreja é de propriedade da Santa Sé e foi construída sobre o poço onde teria ocorrido o martírio do Papa Calisto I, morto no ano de 222 durante uma revolta popular.

Atualmente, é ligada à Paróquia de Santa Maria in Trastevere, confiada à Comunidade, que ali realiza atividades de culto e catequeses, especialmente para idosos e pessoas com deficiências. 

Na concórdia da unidade


É vosso dever glorificar em tudo a Jesus Cristo que vos glorificou a vós, para que, unidos em perfeita obediência, sujeitos ao bispo e ao presbitério, em tudo sejais santificados. 

Não vos dou ordens, como se fosse alguém. Embora prisioneiro pelo nome de Cristo, ainda não cheguei à perfeição em Jesus Cristo. Só agora começo a ser discípulo e falo-vos como a meus condiscípulos. Eu é que devia ser fortalecido pela vossa fé, exortação, paciência, equanimidade. Mas a caridade não permite calar-me a vosso respeito; por isso me adianto a exortar-vos para que vivais unânimes segundo o pensamento de Deus. Jesus Cristo, nossa vida inseparável, é o pensamento do Pai; e os bispos, constituídos em toda a terra, estão no pensamento de Jesus Cristo. 

Por isso deveis estar de acordo com o pensamento do vosso bispo, como já fazeis. O vosso memorável presbitério, digno de Deus, está em harmonia com o bispo como as cordas de uma cítara. Esta vossa concórdia e harmonia na caridade é como um hino a Jesus Cristo. Procurai todos vós formar parte deste coro, de modo que, harmonizados pela concórdia, recebendo a melodia de Deus na unidade, possais cantar em uníssono por Jesus Cristo ao Pai, a fim de que vos escute e vos reconheça, pelas vossas boas obras, como membros do seu Filho. Vale bem a pena viver em unidade irrepreensível, para poder participar sempre da vida de Deus. 

Se em tão breve espaço de tempo contraí com o vosso bispo tão íntima familiaridade, não humana mas espiritual, quanto mais ditosos vos devo considerar a vós que estais tão profundamente ligados a ele, como a Igreja a Jesus Cristo e Jesus Cristo ao Pai, na harmonia da perfeita unidade! Ninguém se engane: quem não está no recinto do altar fica privado do pão de Deus. Se a oração de um ou dois tem tanta força, quanto mais não terá a do bispo com toda a Igreja?


Da Carta de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir, aos Efésios

(Nn. 2, 2 – 5, 2: Funk 1, 175-177) (Sec. I)

Igreja Católica Apostólica Romana: A única Igreja de Jesus Cristo!


Primeiramente, não existe isso de que cada um tem a sua fé. A Fé não é um sentimento subjetivo, mas um assentimento pessoal a um corpo de verdades. Ora, a verdade somente o é se for correspondente à realidade. Isto significa que entre dois religiosos cujas visões destoam um do outro, não é possível que ambos estejam corretos. Os dois podem estar errados, mas não corretos igualmente. Isso ocorre porque os erros são infinitos. A verdade, ao contrário, pela sua própria natureza, só pode ser uma.

1 - Que Jesus Cristo tenha fundado uma, e somente uma Igreja, é verdade que está muito claramente nos Santos Evangelhos. Pois todas as vezes que Jesus se referiu à sua Igreja, usou o singular. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.(Mt. 16,18); “quem não ouve a Igreja seja tido por gentio e publicano” ( Mt. 18,17), isto é, pecador público.

Note-se: em vão os adversários imaginam que Jesus, ao dizer: “sobre esta pedra… ”, apontava o dedo para Si mesmo. Todo o contexto desmente essa suposição. Por ex.: “dar-te-ei as chaves… ”; “tudo o que ligares… ”, etc.

2 - Também os outros livros do Novo Testamento só usam o singular. Assim S. Paulo várias vezes fala do “Corpo de Cristo que é a Igreja”(Col. 1,24; 1,18); da Igreja como sendo “a Igreja do Deus Vivo” (I Tim. 3,15); e que “a Igreja é amada por Cristo” como Esposa. (Ef. 5,25 e 29) O uso do plural só se encontra nas Epístolas, e indica “as igrejas” como comunidades locais.

3 - Outra maneira de a Bíblia dizer que a Igreja de Cristo é única é afirmar: “há um só Senhor, uma só fé, e um só batismo” (Ef. 4,5), e portanto uma só é a Religião e Igreja desse único Deus e Senhor. Assim, fora desta única Igreja não pode achar salvação quem tem meios e condições de conhecê-la. E conhecendo-a, tem obrigação de pertencer-lhe, porque é necessária para a salvação.

4 - Que essa única Igreja de Cristo seja a Igreja Católica, é fato bíblico e histórico comprovado:

A) porque Jesus mesmo garantiu a perpetuidade de sua Igreja no mundo “todos os dias até o fim dos séculos”(Mt. 28,20); e a sua invencibilidade contra as forças infernais do maligno, seus seguidores e seus erros: “As portas do inferno não prevalecerão contra Ela”. (Mt. 16,18).

B) porque, historicamente é a única Igreja que vem desde os Apóstolos, os quais foram também constituídos por Cristo, em certa medida, seus “fundamentos”. Sobretudo São Pedro (Mt. 16,18), o qual, na pessoa de seus sucessores, foi feito fundamento visível da Igreja nesse mundo e princípio de unidade. Para isso, mudou-lhe o nome de Simão para Pedro. Jesus, porém, é e será sempre o seu fundamento principal, a “Pedra Angular”. (Ef. 2,19-20) A referência à Igreja, nesse texto chamada “Família de Deus”, é patente. (Ef. 2,19).

5 – A Igreja Católica é, pois, Apostólica. Foram os Apóstolos que a estabeleceram por toda a parte, conforme a ordem e missão que Jesus lhes deu: “Ide, pois, e pregai o Evangelho a toda criatura”; “…a todas as nações”. (Mc. 16,15; Mt 28,19) A Igreja é, pois, a continuadora da obra salvífica de Cristo no mundo em todos os tempos até o fim dos séculos. (Mt. 28,20) E Ela tem realizado essa divina missão, não obstante as guerras que Lhe movem o Demônio e os seus aliados, promovendo heresias, seitas e falsas religiões que a Ela se opõem, e sempre A combateram.

sábado, 14 de janeiro de 2017

A crente quebra-santo


Não basta quebrar a imagem! Tem que filmar. E não basta filmar! Tem que postar no facebook… E o escândalo incendeia as redes sociais.

O vídeo da"pastora" evangélica quebrando a imagem de Nossa Senhora Aparecida causou espanto em muita gente, desde ontem. Eu, que já estou cansado de me espantar, simplesmente adscrevi o fato a essas boçalidades com as quais precisamos conviver dia-a-dia.

O circo em que se converteram certas "igrejas" oferece espetáculos de gosto mais que duvidoso: desde camisas e facas sujas pelo sangue do "apóstolo esfaqueado" que se transformam num Santo Graal ambulante, passando por outros que se fantasiam de Fred Flintstone para bancar "o profeta", até encenações pitorescas que os saltimbancos medievais considerariam cafonas… E o povo não cai no ridículo, gosta, paga pra ver de novo, e paga, e paga, e paga. Paga porque merece!

Qualquer padre brasileiro já está acostumado com cenas como essas. Basta o fulano se "converter" para qualquer desses grupos, e se transforma num quebra-santo. Sim, há aqueles mais educados que deixam as imagens nas portas das Igrejas ou que as jogam num lugar mais digno. Mas, parafraseando um corinho-reteté cantado nessas garagens de fogo, "a ordem é pra quebrar".

Isso não é de hoje! Desde os tempos de Lutero e Calvino os protestantes se prodigalizaram por seu ódio iconoclasta. A teologia, aqui, é totalmente descartável: vai desde a pregação de que por trás de cada imagem há um demônio, coisa que aterroriza o imaginário protestante aos arroubos (só quem é ex-protestante sabe do que estou falando), até a acusação anti-católica de que somos idólatras porque aquelas são representações de falsos deuses, deuses que a fantasia criativa desses pregadores veem projetados anti-historicamente em nossas esculturas. 

Deus justifica a todos desde o princípio pela fé

 

Confiemos firmemente na bênção de Deus e vejamos quais são os caminhos que a ela conduzem. Consideremos os acontecimentos que se verificaram desde o princípio. Por que motivo Abraão nosso pai recebeu a bênção? Não foi porque praticou a justiça e a verdade por meio da fé? Isaac, conhecendo o futuro, deixou-se conduzir confiada e voluntariamente ao sacrifício. Jacob, com humildade, afastou-se da sua terra, por causa do irmão, e partiu para junto de Labão, colocando-se ao seu serviço; e foram-lhe dados os doze cetros de Israel.

Considerando com sinceridade cada um destes dons concedidos, reconhecer-se-á a sua magnificência. De Jacob descenderam todos os sacerdotes e levitas que serviam o altar de Deus; dele descende, segundo a carne, o Senhor Jesus; dele vieram os reis, os príncipes e os chefes da tribo de Judá. Quanto às outras suas tribos, também não foi pequena a sua glória, conforme a promessa do Senhor: A tua descendência será como as estrelas do céu. Todos eles alcançaram glória e grandeza, não por si mesmos ou pelas suas obras ou pela justiça das suas ações, mas por vontade de Deus. Também nós, por sua vontade chamados em Cristo Jesus, não somos justificados por nós mesmos, nem pela nossa sabedoria, inteligência ou piedade, nem pelas obras que fizemos com santidade de coração, mas pela fé, pela qual Deus onipotente justificou a todos desde o princípio. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

Que faremos então, irmãos? Deixaremos de fazer o bem e abandonaremos a caridade? Não permita o Senhor que tal aconteça entre nós, antes nos apressemos com diligência e fervor de espírito a praticar toda a espécie de boas obras. Imitemos o Criador e Senhor de todas as coisas, que Se alegra com as suas obras. Com o seu poder supremo fez os céus e os adornou com incompreensível sabedoria; separou a terra firme da água que a cobria e estabeleceu-a sobre o seguro fundamento da sua vontade; com uma ordem, chamou à existência os animais que se movem sobre a terra, e também, com o seu poder, criou o mar e os animais que nele vivem.

Depois de tudo isto, com as suas mãos santas e puríssimas formou o homem, o ser mais excelente e mais nobre pela dignidade da sua inteligência, imprimindo-lhe os traços da sua própria imagem. Assim disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança; e Deus criou o homem, homem e mulher os criou. Tendo concluído todas as suas obras, louvou-as e abençoou-as, e mandou aos seres vivos: Crescei e multiplicai-vos. Reparemos que todos os justos se adornaram com boas obras e o próprio Senhor Se adornou e alegrou com boas obras. Animados com este exemplo, entreguemo-nos com diligência ao cumprimento da sua vontade e com todas as forças pratiquemos as obras da justiça.


Da Epístola de São Clemente I, papa, aos Coríntios

(Nn. 31-33: Funk 1, 99-103) (Sec. I)

Minhas lágrimas diante de Ti, Senhor


"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes» (Mt 9,12). Mostra, portanto, ao médico o teu ferimento, para que possas ser curado. Mesmo que não Lho mostres, Ele conhece-o, mas exige de ti que Lhe faças ouvir a tua voz.

Limpa as tuas chagas com as tuas lágrimas. Foi assim que a mulher de que o Evangelho fala se libertou do seu pecado e do mau odor do seu desregramento; foi assim que ela se purificou dos seus erros, lavando os pés de Jesus com as suas lágrimas.

Possas Tu, Jesus, reservar-me também o cuidado de Te lavar os pés, que sujaste quando caminhavas em mim!

Mas onde encontrarei a água viva com a qual Te possa lavar os pés? Se não tiver água, tenho as minhas lágrimas. Faz com que, ao lavar-Te os pés com elas, eu possa purificar-me!

Como fazer de maneira a que digas de mim: "São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou"?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

México: Conferência do Episcopado Mexicano expressa sua dor pela morte do Pe. Joaquín Hernández Sifuentes


A diocese de Saltillo (México) informou que no dia 12 de janeiro o Pe. Joaquín Hernández Sifuentes foi encontrado sem vida, depois de terem denunciado o seu desaparecimento em 7 de janeiro.

O sacerdote entraria de férias depois das Missas de Ano Novo, entretanto, no dia 3 de janeiro já não foi visto em sua casa na Paróquia Sagrado Coração, em Aurora, Coahuila, embora suas malas estivessem lá. Estas e outras circunstâncias levaram a informar sobre seu desaparecimento à Procuradoria Geral do Estado de Coahuila.

Em um comunicado publicado ontem, a diocese liderada pelo Bispo Raúl Beira confirmou “com profunda tristeza que nosso irmão Joaquín Hernández Sifuentes, sacerdote diocesano que estávamos procurando incansavelmente, com a grande esperança de encontrá-lo vivo, partiu para a Casa do Pai eterno”.

“Ontem à tarde, as autoridades informaram que foi encontrado sem vida”, precisa o texto.

Segundo a imprensa local, o corpo foi encontrado junto com o de outras duas pessoas em uma área do município de Parras de la Fuente, em Coahuila. Depois destes acontecimentos, a Procuradoria começou uma investigação por homicídio.

O corpo do presbítero foi levado ao Serviço Médico Forense para realizarem a necropsia correspondente e determinar as causas da sua morte.

O automóvel do sacerdote, um Volkswagen derby branco, foi encontrado na Colônia Residencial Cuauhtémoc, no estado limítrofe de Nuevo León.

O comunicado da diocese de Saltillo recorda que o sacerdote era uma pessoa que “buscava a perfeição em qualquer atividade que realizava” e a proximidade das pessoas para com ele “se reflete no carinho que os paroquianos demonstraram inclusive nos últimos 10 dias”. 

Papa aos jovens: "ouçam a voz de Deus, construam um mundo melhor".


CARTA DO PAPA FRANCISCO 
AOS JOVENS POR OCASIÃO DA APRESENTAÇÃO 
DO DOCUMENTO PREPARATÓRIO
 PARA A XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
 DO SÍNODO DOS BISPOS


Caríssimos jovens!

É-me grato anunciar-vos que em outubro de 2018 se celebrará o Sínodo dos Bispos sobre o tema «Os jovens, a fé e o discernimento vocacional». Eu quis que vós estivésseis no centro da atenção, porque vos trago no coração. Exatamente hoje é apresentado o Documento preparatório, que confio também a vós como «bússola» ao longo deste caminho.

Vêm-me à mente as palavras que Deus dirigiu a Abraão: «Sai da tua terra, deixa a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te mostrar!» (Gn 12, 1). Hoje estas palavras são dirigidas também a vós: são palavras de um Pai que vos convida a «sair» a fim de vos lançardes em direção de um futuro desconhecido, mas portador de realizações seguras, ao encontro do qual Ele mesmo vos acompanha. Convido-vos a ouvir a voz de Deus que ressoa nos vossos corações através do sopro do Espírito Santo.

Quando Deus disse a Abraão «Sai!», o que é que lhe queria dizer? Certamente, não para fugir dos seus, nem do mundo. O seu foi um convite forte, uma provocação, a fim de que deixasse tudo e partisse para uma nova terra. Qual é para nós hoje esta nova terra, a não ser uma sociedade mais justa e fraterna, à qual vós aspirais profundamente e que desejais construir até às periferias do mundo?

Mas hoje, infelizmente, o «Sai!» adquire inclusive um significado diferente. O da prevaricação, da injustiça e da guerra. Muitos de vós, jovens, estão submetidos à chantagem da violência e são forçados a fugir da sua terra natal. O seu clamor sobe até Deus, como aquele de Israel, escravo da opressão do Faraó (cf. Êx 2, 23).

Desejo recordar-vos também as palavras que certo dia Jesus dirigiu aos discípulos, que lhe perguntavam: «Rabi, onde moras?». Ele respondeu: «Vinde e vede!» (cf. Jo 1, 38-39). Jesus dirige o seu olhar também a vós, convidando-vos a caminhar com Ele. Caríssimos jovens, encontrastes este olhar? Ouvistes esta voz? Sentistes este impulso a pôr-vos a caminho? Estou convicto de que, não obstante a confusão e o atordoamento deem a impressão de reinar no mundo, este apelo continua a ressoar no vosso espírito para o abrir à alegria completa. Isto será possível na medida em que, inclusive através do acompanhamento de guias especializados, souberdes empreender um itinerário de discernimento para descobrir o projeto de Deus na vossa vida. Mesmo quando o vosso caminho estiver marcado pela precariedade e pela queda, Deus rico de misericórdia estende a sua mão para vos erguer.