domingo, 29 de janeiro de 2017

O Deus "malvado" do Antigo Testamento


Um dos grandes cavalos de batalha da militância dos arautos de Satanás, entenda-se, os neo-ateus, é a maneira como Deus é retratado no Antigo Testamento. Segundo eles temos um Deus que manda enforcar, saquear, fazer sacrifícios e matar crianças. Como base para tal argumentação eles citam trechos das Esrituras como os seguintes:

Êxodo XXXII, 27: Aos quais disse: Eis aqui o que diz o Senhor Deus de Israel: Cada um cinja a sua espada sobre a sua coxa: passai, e tornai a passar de porta a porta pelo meio do campo; e cada qual mate a seu irmão, a seu amigo, e a seu vizinho.

Números XXV, 4: Disse a Moisés: Toma todos os príncipes do povo, e pendura-os em forcas contra o sol: para que o meu furor se aparte de Israel.

Números XXXI, 17-18: Matai pois a todos os machos, ainda os que são crianças; e degolai as mulheres que tiveram comércio com os homens. Mas reservai para vós as meninas e todas as donzelas.

Deuteronômio II, 33-34: E o Senhor nosso Deus no-lo entregou: e nós o derrotamos com seus filhos  e com todo o seu povo. Tomamos-lhe ao mesmo tempo todas as suas cidades, mortos os seus habitantes, homens mulheres e meninos: e nela não deixamos nada.

Isaías XIII, 18: Mas eles matarão as crianças com as suas setas, e não se compadecerão das mães em cujo ventre elas andarem, e a seus filhos não perdoará o olho deles.

Jeremias XIX, 9: E dar-lhes-ei a comer as carnes de seus filhos, e as carnes de suas filhas: e cada um comerá a carne de seu amigo, no cerco, e no aperto, em que os terão encerrados os seus inimigos, e os que buscam as almas deles.

Ezequiel IX, 6: O velho, o moço e a donzela, o menino e as mulheres, todos matai, sem que nenhum escape; mas não mateis nenhum daqueles sobre quem virdes o thau, e começarei pelo meu santuário. Começaram pois a matança pelos homens mais velhos que estavam diante da casa. 

Melhor que tratar cada versículo de modo específico (coisa que poderei fazer futuramente neste blog), o ideal é dar uma visão exegética geral que engloba a eles e a muitos outros. 

Em primeiro lugar, devemos saber que a inspiração divina se dá por meio do arcabouço cultural e das limitações pessoais do escritor sagrado. Nesse sentido, uma das características da linguagem semita era o uso de hipérboles; dada a sua vivacidade, o israelita era muito propenso às expressões fortes, exageradas e contrastantes.

Daí ocorrerem no Antigo Testamento, principalmente nos Salmos, fórmulas em que o autor sagrado ou outro personagem deseja mal àqueles que o angustiam. Diz D. Estevão Bettencourt:

“Em verdade, os autores sagrados, ao pleitear sua causa perante o Senhor, advogavam os interesses do bem, da justiça ou da verdadeira religião; por conseguinte, explícita ou implicitamente a sua causa se identificava com a de Deus, e os seus inimigos vinham a ser adversários do próprio Deus. Assim entendida a situação, não podiam ver motivo para abrandar o rigor dos termos com que os antigos orientais, dotados de ânimo fervido, costumavam pedir a extirpação dos adversários; não pode haver compatibilidade entre o bem e o mal, o reino de Deus e o do pecado; a toda instituição que se opõe a Deus, o homem justo não pode deixar de desejar completa ruína”.

Ou seja, eles procuravam mostrar qual o caminho reto, mas faziam isso imbuídos de toda a sua carga cultural.

Tal postura ainda é mais patente pelo fato de que não diferenciavam entre a pessoa que fazia o mal e o mal em si. Desconheciam o adágio retirado por Santo Agostinho da Lei aperfeiçoada e definitiva (o Evangelho):

“Odeia o pecado, mas ama o pecador”.

Daí, fazendo um parêntese, já se observa que a dicotomia promovida pelos protestantes liberais entre "o Deus do Antigo Testamento" e o "Deus revelado por Jesus" é falsa e absurda. É falsa porque deriva de conceitos que, em geral, não têm nenhuma relação com a religião, representando, tão somente, uma perspectiva culturalmente fechada. É absurda porque pressupõe a possibilidade de contradição num texto inspirado.

Isso é muito perigoso. As críticas que se fazem em torno dessa idéia levaram alguns a negar a necessidade de Cristo para nos salvarmos. Principiam contestando a “intolerância religiosa” presente na Antiga Aliança e disso passam a ver negativamente a exclusividade do culto ao Deus verdadeiro.

Mais uma ilusão dos hereges... eles não vão "descobrir a roda" e, no mínimo, deveriam procurar saber qual o status quaestionis antes de abrir a boca, seja para evitar erros conceituais, seja para não cair na posição orgulhosa de quem procura adaptar Deus a si. 

sábado, 28 de janeiro de 2017

Incêndio destrói parte da Catedral de São Nicolau na Argentina


Por volta das 15h (horário local) de quinta-feira, 26 de janeiro, a Catedral de São Nicolau de Bari, na Diocese de San Nicolás de los Arroyos (Argentina), sofreu um incêndio.

O fogo consumiu por completo a área do altar e parte do teto, de onde as chamas saiam.


Os meios de comunicação locais assinalam que o fogo foi causado por uma falha elétrica no órgão do templo.


Algumas fontes informaram que as chamas teriam começado na cúpula, onde há materiais de limpeza, outros indicam que o foco das chamas teria sido na área do altar. 

A cruz, exemplo de todas as virtudes


Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para remédio contra o pecado e para exemplo do que devemos fazer.

Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio contra todos os males em que incorremos por causa dos nossos pecados.

Mas não é menor a utilidade que tem como exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar toda a nossa vida. Quem quiser viver em perfeição, basta que despreze o que Cristo desprezou na cruz e deseje o que Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude está ausente da cruz.

Se queres um exemplo de caridade: Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos seus amigos. Assim fez Cristo na cruz. E se Ele deu a vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por Ele.

Se procuras um exemplo de paciência, encontras na cruz o mais excelente. Reconhece-se uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita. Ora Cristo suportou na cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque sofrendo não ameaçava; e como ovelha levada ao matadouro, não abriu a boca. É grande portanto a paciência de Cristo na cruz: corramos com paciência para a prova que nos é proposta, pondo os olhos em Jesus, autor e consumador da fé, que em lugar da alegria que lhe era proposta suportou a cruz, desprezando-lhe a ignomínia.

Se queres um exemplo de humildade, olha para o crucifixo: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.

Se procuras um exemplo de obediência, segue Aquele que Se fez obediente ao Pai até à morte: assim como pela desobediência de um só, isto é, Adão, muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um só muitos serão justificados.

Se queres um exemplo de desprezo pelas honras da terra, segue Aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual se encontram todos os tesouros de sabedoria e de ciência e que na cruz está despojado dos seus vestidos, escarnecido, cuspido, espancado, coroado de espinhos e dessedentado com fel e vinagre.

Não te preocupes com trajes e riquezas, porque repartiram entre si as minhas vestes; nem com as honras, porque troçaram de Mim e Me bateram; nem com as dignidades, porque teceram uma coroa de espinhos e puseram-Ma sobre a cabeça; nem com os prazeres, porque para a minha sede Me deram vinagre.



Dos Comentários de São Tomás de Aquino, presbítero (Collatio 6 super Credo in Deum) (Sec. XIII)

Por que a disputa sobre o corpo de Moisés em Judas 9?


Mas mesmo o arcanjo Miguel, quando estava disputando com o diabo sobre o corpo de Moisés, não se atreveu a condená-lo por calúnia, mas disse: “O Senhor te repreenda!” (Judas 9).

Para ser sincero, ninguém pode dar uma explicação completa sobre este verso, embora várias sugestões foram feitas. O comentário JFB diz uma série de coisas sobre isso, incluindo o seguinte:

“…. A respeito do corpo de Moisés -. Seu corpo literal. Satanás, tendo o poder da morte, se opôs à ressurreição dele, em base do pecado de Moisés em Meriba e ao assassinato do egípcio. Que o corpo de Moisés foi ressuscitado aparece por sua presença com Elias e Jesus (que estavam no corpo) na Transfiguração: a mostra e honestidade do reino da ressurreição a ser introduzido pela defesa feita por Miguel do povo de Deus. De movo que em cada dispensação se tem dado um exemplo e garantia da futura ressurreição: Enoque na era patriarca, Moisés na levítica e Elias na profética. É notável que aqui se registre a primeira repreensão que foi usada pelo Anjo do Senhor, ou Jeová a Segunda Pessoa, ao interceder por Josué, o representante da Igreja judaica, contra Satanás em Zc. 3,2; pelo que alguns tem entendido que também aqui o “corpo de Moisés” significa a Igreja judaica acusada por Satanás, diante de Deus, por sua imundícia, sobre cuja base reclama que a justiça divina se cumpra contra Israel, mas é reprovado pelo Senhor, que tem “reeleito a Jerusalém”; assim, como o “corpo de Moisés” é a Igreja cristã, o “corpo de Moisés” é a Igreja judaica. Mas é evidente que o corpo literal aqui indicado (ainda quando, segundo o termo, a Igreja judaica é tipificada pelo corpo de Moisés, como foi ali representada por Josué o sumo sacerdote): e Miguel, cuja relação com Jeová Messias parece ser tão íntima, por uma parte, e com Israel pela outra, naturalmente usa a mesma linguagem que seu Senhor. Como Satanás (adversário judicial) e o diabo (acusador) acusa a si mesmo a Igreja coletivamente como aos “irmãos’ individualmente, assim Cristo intercede por nós como nosso Advogado. A justificação plena de Israel  e de todos os crentes, é ainda futura. Josefo, em Antiguidades, 4.8, diz que Deus escondeu o corpo de Moisés, porque se ouvesse sido exibido ante o povo, haveria chegado a ser objeto de adoração. Judas, por esta razão, o adota do apócrifo “A Ascensão de Moisés’ (como pensa Orígenes, sobre Principalidades, 3.2), ou se não, da antiga tradição que serviu de base para a dita obra. Judas, sendo inspirado, pôde distinguir quanto da tradição era verídica, quanto era falsa. Nós não temos tais meios para distinguir e portanto, não podemos ter a segurança sobre tradição alguma, exceto aquela que está na palavra escrita. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Viver na era da pós-verdade


Anualmente, a Universidade de Oxford elege uma palavra que defina aquele ano. No final de 2016, o termo escolhido foi “pós-verdade” (“post-truth”), empregado já em 1992 pelo dramaturgo sérvio-americano Steve Tesich. Nem o Aurélio, o Houaiss ou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, registra essa palavra. Por ela procuram-se definir circunstâncias nas quais os fatos objetivos têm pouca importância. O que vale são os apelos à emoção e a crenças pessoais. A verdade como tal estaria, pois, perdendo sua importância; o fato torna-se secundário; importante são as reações – isto é, como o fato é recebido e que emoções ele desperta.

É grave uma situação em que se deixa de levar em conta a distinção entre o certo e o errado, o bom e o mau, o justo e injusto, os fatos e as versões, a verdade e a mentira. Entra-se, então, numa era em que predominam as avaliações fluidas, as terminologias vagas ou os juízos baseados mais em sensações do que em evidências. Passa a ser verdade aquilo de que gostamos, que escolhemos e difundimos, torcendo para que tenha a maior repercussão possível.  

O que muito contribui para o avanço daquilo que a palavra “pós-verdade” representa são as novas tecnologias de informação e comunicação. Tudo é imediatamente transmitido, repartido e globalizado. Não há mais tempo para se checar se o que recebemos é verdadeiro; o importante é que seja o quanto antes partilhado e multiplicado. Mentiras são construídas de forma sofisticada, com ares de verdade, e são difundidas por um exército de simpatizantes. Com isso, o bom nome de muitos é destruído de forma rápida e cruel – pior, a difamação é envolvida por um ódio que assusta. Voltaire entendia disso: “Menti, menti, que alguma coisa permanecerá!”. Goebbels, chefe da propaganda nazista, dizia algo semelhante: “Uma mentira repetida mil vezes vira verdade”. Não é segredo para ninguém que as redes sociais são um campo aberto e fértil para a difusão de histórias e “fatos” que não precisam ser comprovados; basta que sejam bem apresentados. 

Quais são meus valores?


Os valores podem ser definidos como horizontes de referência. O horizonte é como uma linha imaginária que nunca se toca e que se afasta na medida em que nos aproximamos dela. Tem momentos que a linha do horizonte é nítida e próxima; em outros momentos parece embaçada, fora de foco. O mesmo ocorre com os valores que em determinados momentos intuímos com clareza e em outros momentos não ficam tão nítidos. Não são uma ilusão por influenciarem diretamente no cotidiano.

Um exercício interessante a ser feito é tentar hierarquizar nossos valores. Tentar fazer a nossa pirâmide de valores dando a eles um ordenamento, do menos significativo ao mais importante. Talvez este exercício possa trazer surpresas. O ordenamento feito, através do exercício de discernimento, talvez revele uma realidade diferente daquela que achamos que era. Porém, torna-se um momento de tomada de consciência.

Os valores pessoais, muitas vezes, não correspondem e nem vão ao encontro dos valores sociais em se vive. O medo de sermos marginalizados ou excluídos faz com que frequentemente nossas prioridades não estejam tão claras. Outras vezes, não se vive de acordo com as convicções, gerando tensão e incoerência na vida pessoal. 

Os valores não são objetos a serem possuídos, mas fazem parte da natureza mais íntima da pessoa, fazem parte da essência. O nosso estilo de vida é uma manifestação externa das convicções interiores. É sinal de autodeterminação agir segundo os próprios valores e tê-los presente ao tomarmos decisões, principalmente num ambiente externo desfavorável.   

A enérgica resposta dos Bispos do México ao muro fronteiriço de Trump


Na quinta-feira, 26 de janeiro, os bispos do México responderam energicamente à recente ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca construir de forma “imediata” um muro na fronteira com o México para combater a migração ilegal.

Em um comunicado da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), os bispos expressaram sua “dor e rechaço” pela decisão de Trump, anunciada no dia 25 de janeiro.

Deste modo, recordaram que, há mais de 20 anos, os prelados “da fronteira do norte do México e da fronteira do sul dos Estados Unidos estamos trabalhando” a fim de oferecer “a melhor atenção aos fiéis que habitam em dois países irmãos, localizados propriamente em uma única cidade; comunidades de fé atendidas por duas Dioceses (como Matamoros e Brownsville, ou Laredo e Nuevo Laredo, por exemplo)”.

“A primeira coisa que nos causa dor é o fato de que muitas pessoas que vivem sua relação de família, fé, trabalho ou amizade, ficarão ainda mais bloqueadas por esta interferência desumana”, lamentaram.

Os bispos recordaram as palavras de Dom Joe Vasquez, Presidente do Comitê de Migração da Conferência do Episcopado dos Estados Unidos e Bispo da Diocese de Austin, que assinalou, entre outras coisas, que “a construção desse muro fará com que os imigrantes, sobretudo os mais vulneráveis, mulheres e crianças, sejam ainda mais explorados por traficantes e contrabandistas”.

Além disso, a construção dessa barreira desestabilizará muitas comunidades que vivem pacificamente ao longo da fronteira”, disse.

Os bispos do México afirmam que, como Igreja no país, “seguiremos apoiando de maneira próxima e solidária tantos irmãos que provêm do Centro e da América do Sul e que passam pelo nosso país para chegar aos Estados Unidos”.

“Expressamos nossa dor e rechaço pela construção deste muro e convidamos respeitosamente a fazer uma reflexão mais profunda a respeito de como podemos buscar a segurança, o desenvolvimento, a ativação do emprego e outras medidas, necessárias e justas, sem causar mais danos do que já sofrem os mais pobres e vulneráveis”, indicaram.

Em seguida, os prelados exortaram as autoridades a fim de que, “nos diálogos e busca de acordos com os Estados Unidos, defendam caminhos justos, que protejam a dignidade e o respeito às pessoas, sem importar sua nacionalidade nem credo e, sobretudo, apreciem a riqueza que contribuem em sua busca de melhores oportunidades de vida. Cada pessoa tem um valor intrínseco e incalculável como filho de Deus”.

Os bispos expressaram seu respeito pelo direito do governo dos Estados Unidos de respeitar suas fronteiras, mas assinalaram que não consideram que “uma aplicação rigorosa e intensiva da lei seja a maneira de alcançar seus objetivos e que, pelo contrário, estas ações são alarmantes e causam temor entre os imigrantes, desintegrando muitas famílias sem nenhuma consideração”.

Os prelados concluíram o seu comunicado pedindo a “nossa Mãe de Guadalupe, Imperatriz de toda a América”, que “acompanhe as pessoas que têm a responsabilidade das negociações em ambos os países” e que “dê consolo e proteção aos nossos irmãos imigrantes”.

O "monstruoso” Trump derrotou a “bela” Hillary


O jornalista William Waack abriu seu programa “Globo News Painel” de 12/11/2016, cujo tema foi “Perspectivas dos Estados Unidos e do mundo com Donald Trump na Presidência”, dizendo-se perplexo com o resultado as eleições dos Estados Unidos, perguntando “o que teria havido com os eleitores norte-americanos” para elegerem o “monstro” Trump.

Citou duas possibilidades para Donald Trump:

A primeira e a melhor é que ele não cumpra o que prometeu a seus eleitores e adapte seu governo a coisas sensatamente possíveis.

A segunda seria o cumprimento das promessas absurdas, inaceitáveis, discriminatórias, fascistas, machistas, homofóbicas e islamofóbicas que fez na campanha eleitoral, cuja realização comprometeria a paz mundial.

Quer dizer, William torce para que Trump não cumpra o que prometeu a seus mais de 60 milhões de eleitores e faça um governo mais de acordo com o que prometeu Hillary Clinton aos eleitores dela!

É claro que toda a mídia esquerdista brasileira ficou horrorizada com a vitória de Trump, o que não é de estranhar e agora pintam o futuro apocalíptico do mundo com aquele “monstro” louco e fascista na Presidência da nação mais poderosa do planeta.

O que me deixa perplexo é que quase todos os jornalistas da direita brasileira também têm a mesma visão que a eleição de Trump é um desastre de proporções apocalípticas para todo o mundo.

Parece ter razão a jornalista Gioconda Brasil ao dizer que não havia cobertura jornalística das eleições norte-americanas, mas apenas torcida por Hillary Clinton.

Então os vitoriosos eleitores norte-americanos com a eleição de Trump e os milhões de seus apoiadores nas redes sociais de todo o mundo estão loucos e os jornalistas são os únicos que perceberam o grande equívoco que cometeram apoiando aquele “monstro” e sabem mais o que é melhor para os moradores dos Estados Unidos do que os próprios moradores.

Trump teve uma vitória acachapante no Colégio Eleitoral, com 306 votos contra 232 da adversária. No voto popular teve apenas uns 250 mil votos a menos que Hillary, num total de mais de 120 milhões de eleitores. Praticamente empatados. Fez campanha pelas regras eleitorais vigentes e nem deu muita importância à Califórnia, onde perderia de qualquer maneira, pois o estado é fortemente democrata e perdeu por diferença de mais de 4 milhões de votos.