sábado, 18 de fevereiro de 2017

Cristãos e pais num mundo paganizado


Estejamos atentos que não mais vivemos numa sociedade cristã. Muito pelo contrário, a força formadora de cultura atual, a matriz geradora do modo de pensar e viver agora é pagã, pós-cristã e até mesmo anticristã, claramente destinada a arrancar qualquer vestígio de uma consciência fundada na civilização cristã, agora vista como arcaica, opressiva, repressiva e obscurantista.

Assim sendo, quem desejar ser cristão de corpo, alma e consciência, que não se iluda: esteja atento criticamente aos meios de comunicação e aos formadores de opinião – e aqui incluo também os meios acadêmicos. Vale hoje, plenamente, a advertência do Senhor: “Se o mudo vos odeia – isto é, não vos preza, não vos ama, não vos tem estima, vos despreza – sabei que primeiro odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que é seu!”

Que nenhum cristão se iluda por ver pessoas ainda professando a sua fé. A questão é outra: nossa matriz cultural mudou: o pensamento e suas várias expressões agora se nutre de um paganismo e até de um ateísmo virulento. Olhe ao redor, meu Amigo: propõe-se um modo de vida, uma trama de valores em que o homem de fato vive como se Deus não existisse: a própria humanidade deve ser sua medida e seu deus. Deus deve ser reduzido ao âmbito do privado, do opinável, das hipóteses exóticas, resquícios de um passado sombrio de uma humanidade imatura... Este é o pensamento dominante atual...

Sendo assim, um cristão que realmente deseje viver segundo Cristo e educar seus filhos no caminho do Senhor, com uma mentalidade cristã e valores genuinamente cristãos que norteiem sua vida, que esteja atento ao que ele vê, ouve, aprende, pois a educação cristã não pode mais ser suposta como uma realidade descontada, mas deve ser transmitida em família metódica e persistentemente sob a responsabilidade primeira dos pais!

Pense: onde uma criança ou um jovem podem fazer uma experiência verdadeira de fé e aprender de modo sistemático o conteúdo da fé? Na escola? Não. Na sociedade, nos meios de comunicação? Certamente que não. Na Igreja? Sim, se ele for lá e encontrar uma verdadeira comunidade de fé e amor... Mas, tudo, em nível de uma fé profunda e efetiva, tem que se iniciar na família! É isto e não há escapatória. 

Amar até os inimigos


No contexto do Sermão da Montanha (bem-aventuranças), conforme São Mateus vai contando, Jesus, como o novo Moisés, vem implantar uma Justiça Nova superior à antiga. Esta justiça nova não ab-roga as leis antigas, mas as supera e as aperfeiçoa baseada que está sobre o fundamento do mandamento maior da Caridade, do Amor, da Misericórdia. Na sequência do Evangelho, no trecho lido na Missa de hoje - Mt 5,38-48) - Mateus registra mais dois “ditos” de Jesus, isto é, dois ensinamentos com os quais Ele avança no aperfeiçoamento da lei em vigor, a saber “não vingar-se mas ceder” e “amar até seus inimigos”.

Eis, em síntese, como Jesus fala quanto a “não vingar-se, mas ceder”: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo, não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Entregue também o manto a quem te leva ao tribunal para tirar-te a túnica...”.

Quanto a “amar até seus inimigos”: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo, amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”. “Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa?”.    

Por fim, Jesus, indicando como o ponto mais alto do alcance da Justiça Nova e como medida do amor humano a perfeição divina, arremata dizendo: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. O Pai é assim: “faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos”. Jesus também orientou os seus discípulos, em outra ocasião, de perdoar até setenta vezes sete, isto é, sempre.   

Bom mediador entre Deus e os homens


Desde que foi ordenado sacerdote, Teotônio deu mostras evidentes de grande progresso no caminho da perfeição e santidade. A sua vida era para todo o povo de Deus um admirável exemplo de virtude. 

Desempenhava com exímia perfeição as obrigações da sua ordem [sacerdotal]: instruía na fé as gentes rudes e incorporava-as na Igreja pelo batismo; chamava os pecadores à penitência e, curando-os com a medicina das suas orações e palavras de encorajamento, absolvia-os e reconciliava-os com a Igreja; como bom mediador entre Deus e os homens, a todos ensinava os preceitos divinos e pregava a verdade, apresentava ao Senhor as preces dos fiéis e intercedia diante de Deus pelos pecados do povo, oferecia no altar o sacrifício de expiação, recitava as orações e abençoava os dons de Deus. 

Na igreja comportava-se sempre com santa reverência e temor de Deus, e cumpria as funções sagradas com toda a perfeição. 

Desprezava a suntuosidade e as enganadoras seduções do mundo; não se envaidecia com os louvores, nem se exaltava com a riqueza, nem se amargurava com a pobreza. Há quem o louve pela sua renúncia total às curiosidades, divertimentos, ostentações e coisas semelhantes; eu, porém, considero não menos digna de louvor a sua perfeição na virtude da castidade, comprovada pela circunspecção e prudência em todas as suas ações. 

Com a ajuda do Senhor, passarei agora a contar como Teotônio veio a tomar o hábito de Cristo e como viveu na Religião sob a regra de Santo Agostinho. Desde a sua entrada na Religião, ele sobressaía notavelmente entre os demais pela santidade de costumes, extraordinária abstinência e assídua oração. Continuamente dirigia a Deus as suas preces; e, quando deixava de rezar, lançava mão da leitura sagrada, aplicando-se principalmente à Salmodia. Com efeito, além das Horas Canônicas e todo o Ofício Divino, em que se empenhava fielmente com santa reverência e temor de Deus, rezava cada dia todo o Saltério. 

O tempo que lhe restava era para se ocupar em exercícios de boas obras ou em diversos serviços do mosteiro. 

Longe de transigir com qualquer atrativo de vícios ou vaidades mundanas, era sua constante predileção o recolhimento, a mansidão, o silêncio e a paz. Finalmente – coisa rara no nosso tempo – foi tão profunda a sua humildade, que parecia querer passar pelo mais esquecido de todos e o último dos servos de Deus.


Da Vida de São Teotônio, 
escrita por um autor contemporâneo, seu discípulo

(Port. Mon. Hist., Scriptores I, 80.83) (Sec. XII)

Estou vivendo uma crise de fé. O que fazer?


A fé do cristão é o combustível que o faz transcender os obstáculos e permanecer firmes em Deus. Todo ser humano enfrenta lutas e sofrimentos, mas existe uma diferença entre o crente e o não crente: o sentido da existência humana. O cristão crê que após vivenciar as provações terrenas, em Deus ele será recompensado com a salvação eterna. O não crente vive fugindo das provações, pois deseja viver uma vida terrena sem lutas, somente com bonança, saúde, dinheiro e felicidade. A vida sem fé conduz a pessoa à perda do sentido de sua existência.

Afinal, o que é a fé?


Na Palavra de Deus, encontra-se a seguinte definição: “A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se veem” (Hb 11,1). Ou seja, a pessoa espera com uma certeza que não tem explicação humana, por algo que não é palpável.

O Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 153, afirma: “A fé é uma graça, um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele”. Portanto, é um presente do Senhor para Seus filhos. É a via que conduz o homem a Deus.

Tentações contra a fé


Se a fé é essencial para alcançar o céu, então o inimigo fará de tudo para arrancá-la das pessoas. “A fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos, muitas vezes, parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa Nova; podem abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação” (CIC número 165).

As doenças, divórcios, sofrimentos, desempregos podem ser algumas das tentações que o inimigo se utiliza para fazer as pessoas duvidarem da ação amorosa de Deus. Inicia-se um processo de afastamento do Senhor, experimenta-se uma crise de fé na qual a existência de Deus é questionada.

Passos para superar a crise de fé


Primeiro: pedir ajuda para pessoas que sejam maduras na fé como um padre, um diretor espiritual ou alguém que é referência para você. Ser muito transparente e livre em seus questionamentos e abrir-se para ouvir os seus conselhos.

Segundo: Sair do foco para viver nos bastidores o combate espiritual. Para quem é líder na Igreja, é tempo de talvez ceder o “cargo” para outra pessoa exercer sua função, enquanto você passa por essa crise. Não é deixar de viver as prática religiosas, atividades missionárias, mas é tempo de ser cuidado para que a luta contra o inimigo não seja desleal.

Terceiro: Contar com o apoio de pessoas que realmente o amam e não o julgam. É uma crise que passará, se for bem vivida, e que produzirá bons frutos de salvação. Deixe as pessoas falarem o que elas quiserem, não se deixe levar pelos comentários e julgamentos, mas compreenda que, no fim da vida, seu julgamento será você e Deus.

Quarto: é importante compreender que Deus jamais violará as leis humanas e a liberdade que Ele mesmo deu para os seus filhos. Exemplo: para o marido voltar para casa, após ter abandonado a esposa, é preciso que ele queira voltar e faça esse caminho de volta. Deus não vai forçá-lo a fazer isso.

Outro exemplo: para que a doença seja curada, é preciso que o tratamento pedido pelos médicos seja realizado. Se Deus quiser curar instantaneamente, é mistério de fé. Mas é importante que o doente, na sua liberdade, escolha fazer todo o processo solicitado pelos médicos. 

São Teotônio


Mariano e devoto dos Santos Anjos, São Teotônio viveu uma vida retirada para contemplar o Senhor.

 

Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.

Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.

Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.

Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a glória.

Peçamos a intercessão de São Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre voltando-nos para os mais pequeninos.



Ó Deus, que, no caminho da salvação, ajudais a nossa fraqueza com o testemunho e a proteção dos Santos, concedei que, ao celebrar a festa de São Teotônio, cheguemos até vós seguindo seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Israel: Após 2 anos de atentado, reabrem Igreja onde Cristo multiplicou os pães.


A Igreja da multiplicação dos pães e dos peixes, em Tagbha, a oeste do lago de Tiberíades (norte de Israel), abriu novamente as portas para os fiéis cristãos no dia 12 de fevereiro, aproximadamente dois anos depois de ter sido incendiada pelos extremistas judeus.

O templo católico, construído em 1984 sobre as ruínas das igrejas dos séculos IV e V, é guardado por monges beneditinos e está localizado na região onde Jesus realizou o milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes para 5.000 pessoas.

Durante a cerimônia esteve presente o presidente de Israel, Reuven Rivlin, o qual recordou que “a última vez que estive aqui estávamos juntos” e “olhamos para as paredes queimadas e terrivelmente pichadas”.

“Hoje, estou novamente aqui e vejo a renovação do lugar especial e santo”.

Em seguida, Rivlin agradeceu a “todas as pessoas que trabalharam bastante para restaurar este lugar e dizer claramente, com voz alta e clara, que o ódio não pode vencer”. 

Iraque: Jovens muçulmanos ajudam a limpar igreja dedicada a Maria em Mosul


Depois que o governo iraquiano recuperou a região leste de Mosul das mãos do Estado Islâmico (ISIS), um grupo de jovens muçulmanos decidiu limpar uma igreja dedicada à Virgem Maria, como parte de uma campanha que busca recordar a coexistência religiosa que existia na cidade antes da chegada do grupo terrorista.

A campanha chamada “Por uma Mosul mais bela” foi lançada pelo grupo de jovens “A Nínive da Concórdia”. Esta iniciativa também promove a limpeza de uma mesquita.

Segundo informações, há poucos dias, cerca de 30 jovens voluntários, incluindo mulheres com véus muçulmanos, limparam a igreja caldeia dedicada a Maria Imaculada, localizada no bairro de Drakziliya, na margem oriental do rio Tigre.

O templo foi confiscado pelo ISIS e utilizado como sede da “hisba”, polícia moral responsável pelo monitoramento da população no cumprimento do código de comportamento islâmico.

De acordo com Ankawa.com, os jovens removeram os escombros espalhados pela igreja e limparam o chão.

Maher Al-Obaidi, chefe da “Rede das organizações da sociedade civil”, assinalou que “todos os voluntários são muçulmanos, porque os membros das outras comunidades foram expulsos das suas casas pelas milícias do Daesh (como também é conhecido o ISIS) e ainda não se sentem seguros para voltar”.

Por sua parte, Mohammad Badrany, da ONG Ramah, que também colabora com a iniciativa, disse que a limpeza da igreja “é uma mensagem aos nossos irmãos cristãos para que voltem às suas casas, porque Mosul precisa deles”. 

Nossa Senhora Aparecida no Carnaval


Sou muito devoto da Mãe de Jesus, Nossa Senhora, invocada com carinho sob muitos títulos. Desde criança, aprendi a rezar o terço, a cantar à “Mãezinha do Céu” e a me consagrar a ela todos os dias. Com o povo católico, alegro-me pela comemoração dos 300 anos do achado da imagem sagrada da Mãe Aparecida e escrevi, recentemente, uma carta pastoral à Arquidiocese de São Paulo, com o título “Viva a Mãe de Deus e nossa”, sobre o lugar de Maria no coração de Deus, de Jesus Cristo e da Igreja, não podendo estar ausente do coração dos cristãos. E fico triste cada vez que se desrespeita a Mãe de Jesus; é como se fosse destratada minha própria mãe.

Desejo, pois, desfazer dúvidas e temores a respeito da “homenagem a Nossa Senhora Aparecida” que a escola de samba “Unidos de Vila Maria” vai fazer no carnaval de 2017, em São Paulo. No dia 25 de março de 2015, fui procurado pelos representantes da citada escola de samba. Em vista do 3º centenário do encontro da imagem sagrada nas águas do rio Paraíba do Sul, achavam que seria a ocasião propícia para apresentar o tema de Aparecida num enredo do carnaval de 2017, como um tributo a Nossa Senhora Aparecida. Indaguei sobre o formato da proposta que apresentavam e, desde logo, procurei verificar se era algo sério, que não desrespeitasse minimamente a Mãe de Jesus, ou debochasse da fé do povo católico. Obtive todas a explicações que desejava e lhes informei que era necessário refletir e que a “autorização” pedida não dependia apenas do arcebispo de São Paulo. Eles, desde logo, se dispuseram a aceitar todas as orientações de nossa parte. Mais ainda: pediram uma supervisão, da parte da Igreja, para os preparativos da homenagem.

A questão foi levada ao conhecimento do Conselho Pro-Santuário Nacional de Aparecida, encarregado de acompanhar, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a vida pastoral e administrativa do Santuário. Participam do Conselho, além do Arcebispo de Aparecida e do Presidente da CNBB, vários outros arcebispos do Brasil e também o Reitor da Basílica. O pedido da “Vila Maria” foi exposto na reunião de 27 de março de 2015. Levantaram-se várias questões e foram pedidos esclarecimentos, em vista de uma resposta à Escola Unidos de Vila Maria.

O Conselho, por unanimidade, deu parecer favorável à iniciativa, mas recomendou que fossem observados alguns critérios: 1. Respeito à imagem de Nossa Senhora Aparecida, à fé e à religiosidade do povo católico; 2. Fidelidade aos fatos históricos; 3. Apresentação da genuína piedade mariana católica, sem sincretismos; 4. Decoro no desfile da escola, sem exposição de nudez; 5. Supervisão dos preparativos pelo Santuário de Aparecida e pela Arquidiocese de São Paulo.

A agremiação aceitou sem reservas todos esses critérios. Os Diretores da “Unidos de Vila Maria” asseguraram que também eles são devotos de Nossa Senhora Aparecida e, longe de desrespeitarem a Mãe de Deus, eles lhe queriam tributar uma singela homenagem, em nome de todos os brasileiros. O Reitor do Santuário Nacional e representantes da Arquidiocese de São Paulo acompanharam a elaboração da proposta do desfile. Antes da confecção das alegorias, os projetos e a letra do samba-enredo foram mostrados e receberam sugestões. Por isso, até o presente, não há motivos para pensar que a imagem de Maria seja profanada, nem que seja desrespeitada a fé dos católicos. Na sede da “Unidos de Vila Maria” há um nicho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, sempre com flores, e as pessoas rezam diante dela.

A apresentação consistirá numa série de alegorias, música e danças, narrando o encontro da imagem, o contexto histórico e social da época, as primeiras devoções e milagres, a relação da Princesa Isabel com Aparecida, oferecendo o manto e a coroa, a construção das duas basílicas, as romarias e o significado cultural da devoção a Nossa Senhora Aparecida. Trata-se de algo mais amplo do que uma homenagem religiosa.