terça-feira, 14 de março de 2017

Homilética 3º Domingo da Quaresma - Ano A: "Adoração em espírito e verdade".


A Quaresma é para nós um tempo forte de conversão e renovação em preparação à PÁSCOA. O grande tema que marca este Domingo é a ÁGUA, símbolo da vida.

A 1ª leitura (Ex 17, 3-7) nos fala da água que brota da rocha golpeada por Moisés para saciar a sede do povo no deserto. Moisés dá de beber a seu povo. É imagem de Cristo, que no futuro dará a água da vida, que é o Espírito Santo.

Em Rm 5, 1-2. 5-8, São Paulo faz uma releitura significativa: A rocha é Cristo. Do Cristo morto e ressuscitado brota o Espírito como rio de água viva. “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado” (Rm 5, 5).

“O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho” (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2011).

Deus está apaixonado pelo ser humano, tem sede do pobre amor dos nossos corações. Nós pedimos de beber a alguém que afirma claramente que tem sede. Essa sede de Deus por cada pessoa humana ficou claramente expressada naquele grito que somente o evangelista João conservou no Evangelho: “Tenho sede” (Jo 19,28).  Deus tem sede de que nós tenhamos sede do seu Espírito, da sua vida, da sua graça, da sua glória. Ele tem água abundante, mas tem sede de que nós a bebamos.

“Dá-me de beber” (Jo 4,7) é a expressão daquilo que todo ser humano tem: sede de Deus, que pode ser saciada: aqui pela graça e no céu pela glória. André Frossard no famoso relato da sua conversão, “Deus existe. Eu encontrei-o”, terminava com essas palavras: “l’éternité sera courte” – a eternidade será curta. Trata-se de uma maneira poética de afirmar que diante da grandeza de Deus, a mesma eternidade –um presente sem começo nem fim– será “curta” para deliciar-nos com a presença do Senhor.

Essa mulher desprezada, após escutar Jesus como Discípula, torna-se MISSIONÁRIA de Cristo, antes mesmo dos apóstolos…

Jesus veio para salvar o que estava perdido! Não poupará nenhum esforço para o conseguir. Eram proverbiais os ódios entre Judeus e Samaritanos; contudo, Jesus Cristo não exclui ninguém, mas o Seu amor estende-se a todas as almas, e por todas e cada uma vai derramar o Seu sangue.

A leitura atenta descobre facilmente a importância da água para S. João. É somente nesse Evangelho que nós lemos o relato das bodas de Caná, onde Jesus transforma a água em vinho (cfr. Jo 2,1-12); no capítulo seguinte encontramos aquela afirmação que sempre nos comove: “quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5); depois a passagem, que acabamos de escutar, que nos relata o encontro de Jesus com a Samaritana (cfr. Jo 4,1-42); era pelo movimento da água que os enfermos eram curados na piscina de Betesda (cfr. Jo 5,1-18). De fato, o Catecismo da Igreja Católica afirma que o simbolismo da água significa a ação do Espírito Santo, que brota do lado aberto de Cristo crucificado (cfr. Cat 694).


É no Coração de Deus que nós encontramos o nosso descanso, a nossa paz, os nossos prazeres, a nossa felicidade, a nossa bem-aventurança. Distanciar-nos daí é sair do caminho da felicidade, é correr pelos prados da insensatez, é viver uma vida que só pode levar à escuridão mais profunda e ao pior absurdo da vida humana, não ser feliz. Façamos nosso o pedido da Samaritana: “Senhor, dá-nos sempre dessa água!”.

Padre, um "recasado" pode comungar?


Os divorciados recasados não podem receber a comunhão porque são mais pecadores do que os outros?

Não, o problema é a dimensão pública: o divorciado recasado vive publicamente em contradição com o sacramento do matrimónio. Todos os sacramentos, e a Comunhão em especial, manifestam (tornam pública) a plena adesão a Cristo e à Igreja; o divorciado recasado nega publicamente esta comunhão, independentemente das intenções subjectivas que tenha, porque vive em contradição com o sacramento que ele mesmo, livremente, celebrou: esta contradição depende exclusivamente dos seus comportamentos e não de qualquer acção disciplinar da Igreja. Conceder os sacramentos nestas condições resultaria numa negação da missão salvífica da Igreja, que é necessariamente pública. Porém, isso não exclui de nenhuma forma os divorciados recasados de todos aqueles actos que não envolvam um compromisso público na comunidade cristã, nem constitui um juízo sobre o estado de sua alma.

Portanto, o sacerdote não pode absolver um divorciado recasado que se confessa?

Com certeza deve absolvê-lo se o penitente decidiu viver com o novo “cônjuge” como irmão e irmã, não mais como marido e mulher, e isso também com eventuais quedas por fraqueza, porque é a intenção que conta. Além do mais deve ser absolvido também se manifesta sinais de autêntico arrependimento com relação ao "segundo casamento", embora ainda não se sinta capaz de tomar a decisão acima, porque se está a abrir à graça e, portanto, deve ser apoiado. O papel do confessor é importante: por um lado deve avaliar a força do arrependimento, por outro, com a sua caridade e uma palavra esclarecedora, pode levar o pecador ao arrependimento. Os santos confessores são capazes de absolver quase sempre, não porque sejam “laxistas”, mas porque sabem suscitar a dor pelos pecados. 

Quatro anos de um dos Papas mais odiados da história!


Hoje (13/03) é um dia importante. Quatro anos atrás, numa quarta-feira, celebrávamos a fumata bianca expelida pela chaminé da Capela Sistina e pouco tempo depois, ansiosos, ouvíamos pela TV secular o secular anúncio do Habemus Papam. Era o (então desconhecido) cardeal Jorge Maria Bergoglio, qui sibi nomen imposuit Franciscum.

Quatro anos após o fato, olhando em retrospectiva, creio que se pode dizer — ao contrário do que parece à primeira vista — que estamos diante de um dos Papas mais odiados da história da Igreja. Sim, é certo que a mídia anticatólica, os católicos progressistas e os não-católicos enaltecem [aquilo que acreditam ser] o Papa Francisco; no entanto, só o enaltecem naquilo que não é católico. A condescendência com o homossexualismo. A ordenação de mulheres. A comunhão dos adúlteros. O louvor ao socialismo. O indiferentismo religioso. Et cetera, et cetera. Ora, não se pode dizer que seja realmente movido por amor quem tanto se esmera para divulgar uma imagem tão desabonadora assim de outrem!

Os inimigos da Igreja falam muito do Papa Francisco, é verdade, e falam dele em tom laudatório, é verdade também; mas o que elogiam no Papa são qualidades que envergonham e ofendem qualquer fiel. O Papa não é amado por ser católico, mas precisamente o contrário: quem diz amar o Papa — ao menos quem o diz com espalhafato, nas redes sociais e na mídia anticlerical, quem diz amar Francisco quando até ontem odiava Bento XVI — só o faz por acreditar ver no Papa características que contradizem certos aspectos, digamos, pouco populares da Fé Católica. Por que “amam” o Papa Francisco? Porque ele não acha que todo mundo precise ser católico, porque ele acredita que baste a cada um fazer o que acredita ser certo, porque ele acha que a Igreja não deve se meter no casamento gay, e porque aliás ele acredita que os gays devem ser incluídos na Igreja, porque é a favor dos padres casados e da ordenação de mulheres, porque quer acolher os divorciados recasados, porque é contra a cúria vaticana, contra Temer, contra Trump… Em suma, por que “amam” o Papa Franciso? Por tudo e qualquer coisa, exceto aquilo que faz um papa — qualquer Papa — ser o líder máximo da religião católica.

Estas pessoas não amam realmente o Papa Francisco. E não o amam por uma razão dupla: primeiro que não se afeiçoam ao Papa de verdade, senão a uma sua caricatura grotesca; segundo porque atribuem a ele características que são desabonadoras e difamatórias para qualquer católico. Não é portanto verdade que os anticlericais tenham passado a amar o Papa: os anticlericais continuam odiando o Papa. Apenas o fazem agora por outro meio.

Em contrapartida, muitos dos católicos — o resquício de católicos de verdade, conscientes do que significa o Catolicismo e da crise pela qual atravessa a Igreja — debandaram tristemente para o ódio escancarado e a perseguição aberta ao Soberano Pontífice. Engolem da maneira mais acrítica possível as maiores barbaridades que os inimigos da Igreja dizem a respeito do Papa: dão mais crédito ao burburinho do mundo que à oração de Nosso Senhor para que a Fé de Pedro não desfalecesse. Acreditam em tudo o que se diz de depreciativo sobre o Papa Francisco, e o divulgam e alardeiam, contribuindo assim para o fortalecimento da má fama de Sua Santidade. Eis porque o atual Pontífice é um dos mais odiados de todos os tempos: porque aos odiadores tradicionais — que o continuam odiando — somaram-se multidões de católicos que, fazendo coro aos anticlericais, vêem no Papa mais o Anticristo que o Cristo-na-Terra.

Bento XVI era odiado pelo mundo, mas amado por parte significativa dos católicos tradicionais. Francisco continua odiado pelo mundo e é também odiado por grande parte destes católicos que — com toda a razão — opõem-se à mundanização do Catolicismo mas enxergam no Papa mais um inimigo que um aliado. No final das contas, quem é que ama o Papa Francisco pelo que ele é, e não pelo que [acredita que] ele representa? Quase ninguém. É o mais solitário e abandonado dos Papas!

E não se justifique o próprio ódio sob a alegação de que o Papa não ajuda a desfazer a imagem errada que têm dele. São Valentino também é um dos santos menos amados do mundo, apesar de milhões de pessoas celebrarem alegremente o Valentine’s Day a cada 14 de fevereiro. São Francisco de Assis também é um dos santos mais impopulares da história, a despeito de a “Oração de São Francisco” ser mais conhecida que o Hino Nacional. Não é privilégio do Papa Francisco ter uma imagem pública destoante da que se espera de um católico de verdade.

Além disso, o esforço exigido para desfazer o senso comum é hercúleo e não pode ser exigido de ninguém — muito menos de um Papa, aliás, a quem absolutamente ninguém pode ditar a melhor forma de governar a Igreja. Se Sua Santidade poderia ser mais claro e não o é, disto ele haverá de prestar contas ao Altíssimo e não aos leigos católicos da internet sedizente tradicionalista. Eventuais defeitos dos superiores não elidem o dever de submissão dos subordinados, e nem muitíssimo menos justificam a falta de respeito cada vez mais generalizada que se tem tristemente observado nos últimos quatro anos. 

segunda-feira, 13 de março de 2017

Sacerdote escreve a jovem que parodiou “aborto” da Virgem Maria


Uma carta dirigida à jovem argentina que parodiou o “aborto” da Virgem Maria comoveu as redes sociais, não só porque o seu autor, um sacerdote, repreende a feminista por ter atacado a Mãe de Cristo, mas também porque assegura que caso se arrependa de coração, o “sangue do Filho de Maria pode renová-la e limpá-la”.


"Marina: Não é fácil escrever. Uma mistura de indignação e tristeza invade minha alma, bem como as centenas de milhares e talvez milhões de argentinos.

Uma mistura de indignação e tristeza que, desta vez, não é fácil serenar.

Porque para qualquer argentino, atacar a sua mãe é algo muito grave.

E você já atacou a minha, a nossa, a Mãe do Povo Argentino, incluindo daqueles que hoje, confusa ou inconsciente de seu rosto e seu colo, não se sintam assim.

E, embora, nesta altura dos fatos quase nada nos surpreende, devo dizer que desta vez o delito blasfemo ultrapassou todos os limites. Uma blasfêmia com todos os inconfundíveis sinais diabólicos, por sua malícia, sua maldade, e acima de tudo por ódio Maria.

E, paradoxalmente, essa mulher que parodiaste é, como mulher e como mãe, certamente a mais esplêndida defesa do feminino.

Nunca a mulher esteve em um lugar tão alto na história como aquela manhã em Nazaré, quando Maria, humilde filha de Israel, ofereceu seu corpo e toda a sua existência ao plano salvífico de Deus.

Nunca antes nem depois a mulher realizou um ato tão decisivo no curso dos tempos, como quando ela deu à luz, em uma caverna escura, ao que seria a luz do mundo.

Uma mulher nunca foi tão influente, tão valorizada, tão exaltada, como quando ela - sim, essa da qual você zombou -, de pé junto ao Filho Bendito de seu ventre – a quem ousaste representar abortado – uniu suas dores de mãe ao Sacrifício Redentor, levando seu Sim ao extremo, sem reservas, sem medidas.

O que você fez não é só um pecado, mas também um crime. E por isso, para a educação das novas gerações, para que o mal não fique impune, para que o nosso povo não acredite erroneamente que tudo é possível, pedimos e exigimos às autoridades uma punição exemplar.

Ao mesmo tempo, apesar de achar que é difícil, apesar de nossas entranhas se contorcerem de indignação, sabemos que o menino que se atreveste a imaginar não nascido nos ensinou: "amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem".  

Comunidade indígena celebra inauguração de primeira capela da aldeia


A realização de um sonho, assim índios e missionários classificaram a inauguração de uma capela na aldeia indígena Guarani Kaiowa Itay, em Douradina (MS), no dia 5 de março, quando foi presidida pela primeira vez a Eucaristia no novo templo.

A Comunidade Mãe, Rainha e Vencedora três vezes Admirável de Schoenstatt é a primeira igreja católica nessa localidade e pertence à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Diocese de Dourados (MS), que cuida da formação catequética dos índios.

Com a inauguração, a filha do cacique, Ifigeninha Irto, disse que a aldeia vive uma grande alegria, pois “vamos receber todos os sacramentos”.

“Esse era o meu sonho e, agora que foi realizado, eu agradeço por tudo a Deus e à Mãe e Rainha”, declarou.

A inauguração teve início com a oração do Terço, seguida pela apresentação de um ritual indígena. Logo após, Pe. Odair José Boscolo, pároco de Nossa Senhora Aparecida e assistente eclesiástico da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt na Diocese, presidiu a Santa Missa, que contou com a participação da comunidade indígena e também de missionários da Campanha da Mãe Peregrina e Legionários de Maria.

No início da celebração, o sacerdote entregou ao cacique Joel Hilton, cujo nome indígena é Qui-Yrussú, um quadro da Mãe e Rainha, que foi colocado ao lado do altar. 

O diácono faz parte do Clero?


O que diz o Código de Direito Canônico quando define quem seja “Clero”?

Para esclarecer a memória de quem contesta ou nega essa realidade, vejamos o que determina o Código de Direito Canônico promulgado pelo papa João Paulo II, dado em Roma, a 25 de janeiro de 1983, na residência do Vaticano, ao quinto ano de seu Pontificado.

Assim diz o Código de Direito Canônico no seu Cânon 266:

Ø  “Pela ordenação diaconal, alguém se torna clérigo e é incardinado na Igreja particular ou prelazia pessoal, para cujo serviço foi promovido”.

No parágrafo 2 do mesmo Cânon, reza:

Ø  “O membro professo com votos perpétuos num instituto religioso ou incorporado definitivamente numa sociedade clerical de vida apostólica, pela ordenação diaconal é incardinado como clérigo nesse instituto ou sociedade, a não ser que, quanto às sociedades, as constituições determinem diversamente”.

E, no rodapé explicativo, deixa claro que:

Ø  “O fato que está na base de toda incardinação originária é o diaconado”.

No parágrafo 3 do já mencionado Cânon, diz:

Ø  “Pela ordenação diaconal, o membro do instituto secular é incardinado na Igreja particular para cujo serviço foi promovido, a não ser que seja incardinado no próprio instituto em virtude de concessão Apostólica”.

O Código de Direito Canônico, no seu Cânon 276 orienta e incentiva o clero, diáconos e presbíteros a ter uma vida de santidade:

Ø  “Em seu modo de viver, os clérigos são obrigados por peculiar razão a procurar a santidade, já que, consagrados a Deus por novo título de recepção da ordem, são dispensadores dos mistérios de Deus a serviço do povo”.

E, para reforçar essa afirmativa, no parágrafo 3 deste Cânon, incentiva à oração da Liturgia das Horas, como vemos:

Ø  “Os sacerdotes e os diáconos que aspiram ao presbiterato são obrigados a rezar todos os dias a liturgia das horas, de acordo com os livros litúrgicos próprios e aprovados; os diáconos permanentes, porém, rezem a parte determinada pela Conferência dos Bispos”. 

São Rodrigo e São Salomão


Pertenceram ao bispado de Córdova. Rodrigo tornou-se um sacerdote muito zeloso na busca da santidade e cumprimento dos seus deveres, em um tempo onde os cristãos eram duramente perseguidos.

Seus irmãos de sangue começaram uma contenda, a qual tentou apartar. Não compreendendo tal ato, um deles o feriu, deixando-o inconsciente. Aproveitou então para difamá-lo, espalhando que o sacerdote Rodrigo tinha renunciado a fé cristã. Um escândalo foi gerado e o caluniado refugiou-se numa serra, em oração e contemplação, indo a cidade somente para buscar alimentos.

Numa dessas ocasiões, o irmão agressor resolveu denunciá-lo. Ao ser questionado pelo juiz, Rodrigo declarou: “Nasci cristão e cristão hei de morrer”.

Foi preso, e ali na cadeia conheceu outro cristão, Salomão. Ambos transformaram a cadeia num oratório, travando uma linda amizade. Ameaçados e questionados, não renunciaram a fé. Foram separados, mas permaneceram fiéis a Deus. Condenados à morte, ajoelharam-se, abraçaram o crucifixo e degolados, foram martirizados.


Ó Deus, venham em auxílio dos vossos fiéis as preces dos vossos Santos para que, celebrando com amor a sua festa, participemos com eles da glória eterna. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.


Santos Rodrigo e Salomão, rogai por nós!

domingo, 12 de março de 2017

O que significa o termo “Filho do Homem” aplicado a Jesus?


Embora Jesus alegasse ser o divino Filho de Deus, Sua auto-designação favorita era, de longe, “Filho do Homem”. Como sabemos que Jesus realmente se referiu a Si mesmo como o Filho do Homem e o que isso significa?

“Na minha visão, havia diante de mim um semelhante a um Filho do Homem, vindo com as nuvens do céu”. (Daniel 7,13)

Quando perguntamos como sabemos que ‘Filho do Homem’ era um título que Jesus reivindicou para si mesmo (ao invés de um título legendário mais tarde atribuído a Ele pelos escritores do Evangelho), pedimos isso para o benefício do cético. O cético é aquele que não aceita a Bíblia pela fé. Ele é quem quer “apenas os fatos”. É para essa pessoa que fazemos as perguntas: ‘Podemos saber se Jesus realmente se referiu a si mesmo como o Filho do Homem?’ E o que isto quer dizer?’ Então nós começamos.

Muitos estudiosos céticos acreditam que Jesus se referiu a Si mesmo como o Filho do Homem, porque é improvável que tenha sido uma invenção da Igreja primitiva. Por exemplo, nos Evangelhos, “Filho do Homem” é a auto-designação favorita de Jesus. No entanto, nas epístolas, nunca é usado de Jesus. Na verdade, o termo aparece no Novo Testamento apenas 4 vezes fora dos Evangelhos e nunca em escritos cristãos extra-bíblicos durante os primeiros 120 anos depois de Jesus. O ponto é: como é provável que a Igreja originou o título Filho do Homem como a auto-descrição favorita de Jesus, quando a própria Igreja não se referiu a ele dessa maneira?

Então o que Jesus quis dizer quando se chamou Filho do Homem? Alguns supõem que o termo coloca uma ênfase na humanidade de Jesus em comparação com o “Filho de Deus” que coloca ênfase em Sua divindade. Mas isso não leva em conta o contexto histórico significativo em que Jesus usa o termo e como Ele o compreendeu. Como Jesus entendia o termo “Filho do Homem” é importante, já que Ele o usou mais do que qualquer outro termo.