quarta-feira, 5 de julho de 2017

Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas respeito é fundamental


Tem muita gente desocupada nesse mundo, não é possível; não há outra razão para que tantos se sintam incomodados com quem não cuida da vida de ninguém, com quem apenas vive as próprias verdades da forma que bem entende.

Parece que o mundo anda se esquecendo de uma regra básica da convivência em sociedade: o respeito. Não dá para manter um mínimo de harmonia em qualquer ambiente, caso não se respeitem as diferenças de credo, de religião, de opinião, de tudo enfim. Não conseguiremos gostar de todo mundo nessa vida, mas respeitar o espaço do outro é uma obrigação de todos nós.

Basta dar uma zanzada pelos comentários que inundam posts polêmicos pelas redes sociais, para percebermos que as diferenças vêm sendo rechaçadas e menosprezadas, por meio de ofensas e de agressões explícitas. Tem muita gente que não tolera ser contrariado, ser discordado, como se sua opinião tivesse que prevalecer sobre as demais, de qualquer jeito. E assim vão condenando todos que apenas expõem um ponto de vista, simplesmente porque pensam o oposto e agem de forma antagônica ao que os donos da verdade postulam como o mais adequado e correto.

O pior é notar que grande parte dessa verborragia violenta que muitos utilizam contra opiniões diversas não contém um mínimo de estofo argumentativo, visto serem vazias de embasamento coerente, sendo tão somente ofensas isentas de base que não seja xingamento raso. Lotam-se as redes sociais de lugares comuns, de juízos de valor, cujo mote vem a ser um preconceito cego e infantil. Soam a brigas de pré-adolescentes, cujo vocabulário é sofrível e ínfimo.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Existe crise de identidade? O que é isso?


Para se falar da crise de identidade, é preciso primeiro entender o significado de identidade. Fala-se em identidade ontológica, psicológica, genética, sexual, relacional e social. O ser humano é um complexo extraordinário que o constitui como pessoa humana. As diversas identidades da pessoa humana (genética, ontológica, psicológica, metafísica) encontram-se na pessoa e estão inextricavelmente entrelaçadas.

A identidade da pessoa humana não é simplesmente representativa, seu conceito é elaborado a partir de contribuições genéticas, sociológicas, filosóficas e teológicas. O conceito de identidade foi empregado, pela primeira vez, por Erik Erikson (1902 – 1994), em sua obra ‘Juventude e Crise de Identidade’, publicado em 1968, sendo que o termo “identidade” se refere à totalidade da pessoa e integra os componentes biológicos, psicológicos e sociais.

A identidade, entretanto, não é estática, ela evolui de acordo com as modificações que o ser humano, desde seu nascimento e infância, passa para atingir uma identidade adulta, ou seja, um eu maduro, uma identidade integrada. A falta de integração de todas as partes desse eu (masculino/feminino, bom/mau, superego admirado/superego desprezado) consequentemente cria um falso eu.1

A identidade é individual

Sendo a identidade um conceito mutável e dinâmico, atravessa diversas fases de reestruturação em coincidência com alguns períodos da vida do indivíduo, que podem ser críticos e que exige reestruturação da identidade.2 A identidade é um dos aspectos mais importantes de um indivíduo. Cada pessoa desenvolve a sua. Possuímos características distintas, as quais nos diferenciam dos outros e estão relacionadas à nossa história de vida pessoal. Na identidade de pessoa, há aquilo que é o ser, a essência, que permanece, e a história que é dinâmica e evolui.

Desde que fomos concebidos no seio de nossa mãe, vamos tecendo nossa identidade. A identidade ontológica do ser humano não se altera, aquilo que ele é, pessoa, imagem e semelhança de Deus, com dignidade intrínseca, é estável, inalterável; o que realmente pode ocorrer é uma alteração de ordem psicológica, social e histórica.

Compreender a identidade ontológica do homem é reafirmar o caráter singular do respeito à sua identidade e dignidade como requisito para sua igual consideração como pessoa, livre de qualquer forma de manipulação. A identidade ontológica constitui um bem da pessoa, uma qualidade intrínseca de seu ser e, então, um valor moral sobre o qual funda o direito/dever de promover e defender a integridade da identidade pessoal e sua dignidade.

Entendemos que todo indivíduo é um ser único, irrepetível, com composição genética própria, distinta da dos demais indivíduos, e que a identidade genética seria então a base biológica da identidade de pessoa, porém, esta não se resume ao genético, pois tem como referencial tanto o aspecto biológico como o meio.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Menino cai do nono andar e acorda do coma quando sua mãe cantava para a Virgem Maria


Os médicos do Hospital Infantil de San Miguel, na Argentina, não encontraram nenhuma explicação para a rápida recuperação de Martín Chaín, de 3 anos, que caiu do nono andar enquanto brincava na varanda do seu apartamento.

O acidente em 7 de junho deixou o pequeno à beira da morte, entretanto, demorou apenas 20 dias para se recuperar e não apresenta sequelas a longo prazo, algo que para a equipe do hospital “pode ??ter sido um milagre”.

“Eu estava trabalhando quando Máximo, meu esposo, me enviou uma mensagem de voz. Ele estava gritando. Disse que Martín tinha caído da varanda”, disse a mãe do menino, Florencia Núñez, o jornal ‘Clarín’.

No dia do acidente, o pai de Martín estava cozinhando enquanto o pequeno se dirigiu à varanda e, brincando, subiu no corrimão. Em seguida, o menor caiu de quase 30 metros de altura em um pátio do edifício, sem que nada amortecesse a queda.


“Quando Maxi olhou para baixo, viu Piti (Martín) de bruço, deitado em uma área com terra molhada, com entulhos. E viu quando se mexeu”, explicou Núñez.

O pai desceu imediatamente para socorrer Martín e o levou ao Hospital Infantil de Tucumán, onde foi atendido na urgência. Os médicos se surpreenderam ao ver o pequeno consciente, chorando, mas sem nenhuma fratura.

Apesar disso, permanecia em estado grave, pois o menino sofreu traumatismo no abdômen e no crânio, além de uma contusão pulmonar que lhe causou problemas respiratórios.

Durante algumas semanas permaneceu em coma induzido, conectado a um respirador artificial e sonda de alimentação.

Florencia recordou que, devido ao estado grave do seu filho, “não paramos de rezar e Piti pouco a pouco começou a melhorar. Um dia, enquanto cantava uma canção da Virgem Maria, ele finalmente acordou”.

A partir desse momento, Martín começou a se recuperar. Primeiramente, passou à terapia intermediária, em seguida tiraram seu respirador artificial e finalmente teve alta.

O papa Francisco exprime a sua solidariedade com os pais de Charlie Gard


“O Santo Padre acompanha com afeto e comoção o caso do pequeno Charlie Gard e manifesta a sua proximidade aos seus pais. Ele reza por eles, fazendo votos de que não seja negligenciado o seu desejo de acompanhar e cuidar do próprio filho até o fim”, diz comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa já havia se manifestado sobre o caso na noite de sexta-feira com um tweet, que dizia:  “Defender a vida humana, sobretudo quando é ferida pela doença, é um compromisso de amor que Deus confia a cada ser humano”.

O pequeno Charlie, de apenas dez meses, sofre de uma doença genética rara incurável. Contra o desejo dos pais, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos autorizou o desligamento dos aparelhos que o mantém vivo.

Os pais de Charlie haviam lançado uma campanha de coleta de recursos para poder levar o pequeno aos Estados Unidos, onde seria submetido a um tratamento experimental.

Papa: "A condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre".


Papa Francisco

ANGELUS

Praça de São Pedro 
domingo, 2 de julho, 2017


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A liturgia de hoje nos apresenta as últimas linhas do discurso missionário no capítulo 10 do Evangelho de Mateus (cf. 10,37-42), com os quais Jesus instrui os Doze Apóstolos, quando pela primeira vez os envia em missão nas aldeias da Galiléia e na Judéia. Nesta parte final Jesus enfatiza dois aspectos essenciais para a vida do discípulo missionário: o primeiro, que o seu relacionamento com Jesus é mais forte do que qualquer outro vínculo; o segundo, que o missionário não carrega a si mesmo, mas Jesus, e através dele o amor do Pai Celestial. Estas duas questões estão relacionadas, porque quanto mais Jesus está no centro do coração e da vida do discípulo, mais o discípulo transparece a sua presença. Eles caminham juntos.

"Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim ..." (v. 37), diz Jesus. O carinho de um pai, a ternura de uma mãe, a doce amizade entre irmãos e irmãs, tudo isso, apesar de ser muito bom e legítimo, não pode ser preferível a Cristo. Não que Ele seja cruel e ingrato, mas, pelo contrário, porque as exigências do discipulado tem uma relação prioritária com o mestre. Qualquer discípulo, seja um leigo, um secular, um sacerdote, um bispo: tem essa relação de prioridade. Talvez a primeira pergunta que temos de fazer para um cristão é: "Mas você encontra com Jesus? Você reza a Jesus?". O relacionamento. Você quase poderia parafrasear o Livro do Gênesis: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a Jesus Cristo e os dois serão um só (Gn 2,24).

Aqueles que são atraídos para este laço de amor e de vida com o Senhor Jesus, tornam-se seu representante, o seu "embaixador", especialmente com a maneira de ser, de viver. A tal ponto que o próprio Jesus, enviando os discípulos em missão, lhes diz: "Quem vos recebe a mim recebe, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou" (I Mt 10,40). Devemos perceber que para o discípulo Jesus é verdadeiramente "o Senhor", é verdadeiramente o centro da sua vida, toda a vida. Não importa se, como toda pessoa humana, tem suas limitações e até mesmo seus erros - desde que tenham a humildade de reconhecê-los -; o importante é que não tenha um coração duplo - e isso é perigoso. Eu sou cristão, eu sou um discípulo de Jesus, eu sou um padre, eu sou um bispo, mas eu tenho um coração duplo. Não, isso está errado. Ele não tem o coração duplo, mas o coração simples, unido; que não possui o pé em ambos os campos, mas é honesto consigo mesmo e com os outros. A duplicidade não é cristã. É por isso que Jesus reza ao Pai para que os discípulos não se enquadrem no espírito do mundo. Ou você está com Jesus, com o espírito de Jesus, ou você está com o espírito do mundo.

ES: Fanático protestante invade igreja católica e quebra as imagens!


Parece notícia repetida mas, infelizmente, aconteceu de novo! Fanático protestante invadiu uma Igreja Católica e depredou as imagens sacras. O padre Tiago Roney, se expressou no Facebook com a seguinte mensagem:

Acabamos de ser vítimas de um fanático protestante que entrou na Igreja gritando que somos idólatras e derrubou nossas imagens sagradas de Nossa Senhora e São José!


Foi agora pelas 14h na Comunidade Sagrado Coração de Maria em Barcelona na Serra, ES.

Já entregamos as imagens ao restaurador Álvaro Manuel Junior e convidamos a todos a fazerem um Ato de reparação por esta ofensa feita hoje a Deus.


Estamos preparando as Santas Missões que iniciarão sábado, e neste fim de semana temos o Retiro Ami-Ruhama resgatando 77 jovens. O inimigo furioso se manifestou mas a graça de Deus é infinitamente maior e a Cruz do Nosso Senhor já venceu as potências inimigas!

Palavra de Vida: «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28).


«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, 
que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28).

Cansados e oprimidos. Estas palavras fazem-nos lembrar pessoas – homens e mulheres, jovens, crianças e idosos – que, de alguma maneira, carregam pesos ao longo do caminho da vida e esperam que chegue o dia em que se possam libertar deles.

Nesta passagem do Evangelho de Mateus, Jesus faz um convite: «Vinde a mim…».

À sua volta estava uma multidão, que tinha vindo para O ver e ouvir. Na sua maioria, eram pessoas simples, pobres, com pouca instrução, incapazes de conhecer e cumprir todas as complicadas prescrições religiosas daquele tempo. Para além disso, sentiam-se esmagadas pelas taxas e pela administração romana, que muitas vezes se tornava um peso insuportável. Esperavam ansiosamente por alguém que lhes oferecesse uma vida melhor.

Com o seu ensinamento, Jesus manifestava uma atenção especial para com eles e para com todos aqueles que, por serem considerados pecadores, eram excluídos da sociedade. Ele queria que todos pudessem compreender e receber a lei mais importante, aquela que abre a porta da casa do Pai: a lei do amor. Com efeito, Deus revela as suas maravilhas a todos aqueles que têm o coração aberto e simples.

Mas Jesus convida-nos também a nós, hoje, a aproximarmo-nos d’Ele. Ele manifestou-se como o rosto visível de Deus que é amor, um Deus que nos ama imensamente, tal como somos, com as nossas capacidades e os nossos limites, com as nossas aspirações e os nossos fracassos! E convida-nos a confiar na sua “lei”, que não é um peso para nos esmagar, mas sim um jugo suave, que pode encher de alegria o coração daqueles que a vivem. É uma lei que exige de nós o compromisso de não nos fecharmos em nós mesmos, mas de fazer da nossa vida, de cada dia, uma oferta cada vez maior aos outros.

domingo, 2 de julho de 2017

Pedagogia Litúrgica para Julho de 2017: "Processo pedagógico da Liturgia, um exemplo".


As celebrações que compõem o Ano Litúrgico, além de celebrar os Mistérios de Cristo, exercem também atividade e função pedagógica em vista do discipulado. Ou seja, os celebrantes, de celebração em celebração — seja aquelas semanais como Dominicais — vão sendo plasmados e convidados a crescer no seguimento a Jesus, através do discipulado. Isso não significa reduzir a celebração litúrgica encontros de catequese, mas ressaltar que o “modus celebrandi”, enquanto tal, é pedagógico e vai transformando o celebrante em discípulo e discípula de Jesus.

À medida que se celebra a Liturgia, esta vai como que libertando os celebrantes de suas cadeias, de prisões que ele criou para si ou que lhe impuseram. São Paulo, por exemplo, confessa que o acolhimento do Evangelho fez dele uma pessoa livre diante de tudo e diante de todos; fez dele um verdadeiro discípulo (2ªL da Festa de São Pedro e São Paulo). Outro exemplo muito interessante, neste sentido é entender que a celebração do Ano Litúrgico, nas celebrações Dominicais, modela o celebrante a partir do Coração de Jesus, que é manso e humilde (14DTC-A). O celebrante entende que Deus não se manifesta, a exemplo do mundo, com a força do poder agressivo, mas com a força da simplicidade, da serenidade, da aproximação feita com ternura e com a paz. Entende-se que quanto mais um celebrante aprender a cultivar a humildade e a simplicidade em sua vida, tanto mais terá um coração semelhante ao Coração de Jesus. Mais será pacificado e pacificador; não precisará se servir do "arco do guerreiro", pois cultivará a mansidão e a humildade.

A pedagogia litúrgica do 14DTC-A, que celebra e, ao celebrar, propõe a formação do coração do celebrante ao modelo do Coração de Jesus, é completada pela celebração do Domingo seguinte (15DTC-A) que, pedagogicamente, orienta a abrir a vida, como a terra se abre à chuva que cai do céu para produzir frutos, para frutificar em boas obras. O celebrante é ajudado a perceber que sua vida é um terreno a ser cultivado e é neste terreno que se lança a semente da vida divina presente no Evangelho.