sexta-feira, 7 de julho de 2017

Santo Adriano de Nicomédia


Adriano era um oficial estacionado na Nicomédia (moderna Turquia) durante o reinado do Imperador Diocleciano, viveu no século IV. Era casado com Natália. Recebia oração e via o testemunho de sua esposa nas pequenas coisas, na fidelidade, no amor a Deus e a ele.

Adriano pertencia à chefia da guarda romana, onde o Imperador Diocleciano perseguia duramente os cristãos. Numa ocasião, foram presos 22 cristãos, que testemunharam Jesus perante os tribunais. O coração de Adriano se decidiu por Cristo naquele momento e quis pertencer ao número daqueles heróis do Senhor.

Decidiu-se por Cristo, recusou-se a fazer sacrifício aos deuses romanos e foi preso, sofreu todas as pressões para negar a fé em Cristo e na Igreja. De acordo com a tradição durante a sua prisão, sua esposa Natália colocou  roupas de homem e  cuidou dele e dos seus amigos prisioneiros.

Natália acompanhou tudo e orava pela fidelidade de seu esposo a Cristo. Adriano teve uma última chance de declarar seu amor à esposa e foi martirizado, queimado vivo, juntamente com os outros 22 cristãos. Quando foi martirizado  Natália  assistiu suas pernas serem esmagadas e seus braços serem cortados. 

Ela recuperou um dos braços do seu marido quando os romanos tentavam queimar seus restos mortais. Inexplicavelmente uma forte chuva apagou a fogueira. Natália  então pegou o braço de Adriano e escapou da área para não chamar a atenção dos oficiais romanos. 

Ela foi então para Constantinopla (hoje Istambul) onde o corpo de Adriano tinha sido levado por outros cristãos e estava incorrupto. Ela costurou o braço de São Adriano no devido lugar e suas relíquias estão na Catedral de Istambul.



Deus eterno e todo-poderoso, que destes a Santo Adriano a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Cristo Senhor nosso, amém.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

O pacto com o diabo: um tema recorrente na arte e na cultura


Muitas lendas populares mostram-nos os pactos de seres humanos com o diabo. Trata-se de uma referência cultural de toda a civilização ocidental inserida no acervo das tradições cristãs.

Em todas – ou quase todas – lendas e histórias, há um padrão: uma pessoa oferece sua alma ao diabo para que o maligno lhe conceda algum favor. Estes favores podem ser os mais variados: desde a construção de um elemento arquitetônico (como a Frauenkirche de Munique), o poder ou a eterna juventude.

Na Europa, existem inúmeras pontes chamadas de “Ponte do Diabo”, que foram, supostamente, construídas pelo maligno e, inclusive, chegou-se a dizer que o extraordinário violinista Nicooló Paganini fez um pacto em troca de sua magnífica técnica.

São histórias em que se mostra o perigo deste pacto e – ainda bem!- na tradição popular, é sempre o diabo que sai perdendo. Algumas vezes, porque é enganado; outra pela intervenção de Deus ou pelo arrependimento de quem faz o pacto.

Talvez, Fausto, de Goethe, seja quem melhor represente este tema universal. Goethe moldou, em seu relato, uma lenda clássica alemã. O autor mostra como um grande sábio, insatisfeito com sua vida, faz um trato com o diabo. Depois, o Fausto literário esconde um Fausto real, que é de onde vem a lenda transmitida de forma oral.

A lenda situa o protagonista na cidade Knittlingen e seu nome é Johann Georg Faust. A história acontece no final do século XVI e supõe-se que o Fausto real tenha vivido em Colinia, Leipzig Leipzig e Saturen de Brisgovia (onde morreria por causa de uma explosão com substâncias químicas). Outros se referem a ele como Georgius Faustus e dizem que ele andava com os cachorros, que eram demônios.

Morreu Joaquin Navarro-Valls porta-voz no pontificado de João Paulo II


Joaquin Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano durante o pontificado de João Paulo II, morreu nesta tarde (05) em Roma, aos 80 anos de idade por um câncer no pâncreas, na residência do Opus dei onde morava.

Foi porta-voz do Vaticano durante 22 anos no pontificado de João Paulo II. Com formação em medicina psiquiátrica e jornalismo, era membro numerário do Opus Dei, dedicou-se ao jornalismo e foi nessas funções que entrou no Vaticano, quando era presidente da Associação de Imprensa Estrangeira na Itália (1983 – 1984) a pedido de João Paulo II que queria melhorar os meios de comunicação da Santa Sé. Foi assim diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, cargo que ocupou até 2006, sendo o principal artífice da modernização da informação do Vaticano.

Acompanhou o papa João Paulo II em todas as suas viagens e atos oficiais, e confirmou oficialmente a morte do pontífice na noite de 02 de abril de 2005. No pontificado de Bento XVI, entre 2005 e 2006 esteve um pouco mais de um ano em funções.

Integrou as Delegações da Santa Sé nas Conferências Internacionais das Nações Unidas no Cairo (1994), Copenhague (1995), Pequim (1995) e Istambul (1996).

De 1977 a 1984 foi correspondente do diário ABC para a Itália e para o Mediterraneo Oriental e enviado especial nos países da África Equatorial, Japão e Filipinas.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas respeito é fundamental


Tem muita gente desocupada nesse mundo, não é possível; não há outra razão para que tantos se sintam incomodados com quem não cuida da vida de ninguém, com quem apenas vive as próprias verdades da forma que bem entende.

Parece que o mundo anda se esquecendo de uma regra básica da convivência em sociedade: o respeito. Não dá para manter um mínimo de harmonia em qualquer ambiente, caso não se respeitem as diferenças de credo, de religião, de opinião, de tudo enfim. Não conseguiremos gostar de todo mundo nessa vida, mas respeitar o espaço do outro é uma obrigação de todos nós.

Basta dar uma zanzada pelos comentários que inundam posts polêmicos pelas redes sociais, para percebermos que as diferenças vêm sendo rechaçadas e menosprezadas, por meio de ofensas e de agressões explícitas. Tem muita gente que não tolera ser contrariado, ser discordado, como se sua opinião tivesse que prevalecer sobre as demais, de qualquer jeito. E assim vão condenando todos que apenas expõem um ponto de vista, simplesmente porque pensam o oposto e agem de forma antagônica ao que os donos da verdade postulam como o mais adequado e correto.

O pior é notar que grande parte dessa verborragia violenta que muitos utilizam contra opiniões diversas não contém um mínimo de estofo argumentativo, visto serem vazias de embasamento coerente, sendo tão somente ofensas isentas de base que não seja xingamento raso. Lotam-se as redes sociais de lugares comuns, de juízos de valor, cujo mote vem a ser um preconceito cego e infantil. Soam a brigas de pré-adolescentes, cujo vocabulário é sofrível e ínfimo.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Existe crise de identidade? O que é isso?


Para se falar da crise de identidade, é preciso primeiro entender o significado de identidade. Fala-se em identidade ontológica, psicológica, genética, sexual, relacional e social. O ser humano é um complexo extraordinário que o constitui como pessoa humana. As diversas identidades da pessoa humana (genética, ontológica, psicológica, metafísica) encontram-se na pessoa e estão inextricavelmente entrelaçadas.

A identidade da pessoa humana não é simplesmente representativa, seu conceito é elaborado a partir de contribuições genéticas, sociológicas, filosóficas e teológicas. O conceito de identidade foi empregado, pela primeira vez, por Erik Erikson (1902 – 1994), em sua obra ‘Juventude e Crise de Identidade’, publicado em 1968, sendo que o termo “identidade” se refere à totalidade da pessoa e integra os componentes biológicos, psicológicos e sociais.

A identidade, entretanto, não é estática, ela evolui de acordo com as modificações que o ser humano, desde seu nascimento e infância, passa para atingir uma identidade adulta, ou seja, um eu maduro, uma identidade integrada. A falta de integração de todas as partes desse eu (masculino/feminino, bom/mau, superego admirado/superego desprezado) consequentemente cria um falso eu.1

A identidade é individual

Sendo a identidade um conceito mutável e dinâmico, atravessa diversas fases de reestruturação em coincidência com alguns períodos da vida do indivíduo, que podem ser críticos e que exige reestruturação da identidade.2 A identidade é um dos aspectos mais importantes de um indivíduo. Cada pessoa desenvolve a sua. Possuímos características distintas, as quais nos diferenciam dos outros e estão relacionadas à nossa história de vida pessoal. Na identidade de pessoa, há aquilo que é o ser, a essência, que permanece, e a história que é dinâmica e evolui.

Desde que fomos concebidos no seio de nossa mãe, vamos tecendo nossa identidade. A identidade ontológica do ser humano não se altera, aquilo que ele é, pessoa, imagem e semelhança de Deus, com dignidade intrínseca, é estável, inalterável; o que realmente pode ocorrer é uma alteração de ordem psicológica, social e histórica.

Compreender a identidade ontológica do homem é reafirmar o caráter singular do respeito à sua identidade e dignidade como requisito para sua igual consideração como pessoa, livre de qualquer forma de manipulação. A identidade ontológica constitui um bem da pessoa, uma qualidade intrínseca de seu ser e, então, um valor moral sobre o qual funda o direito/dever de promover e defender a integridade da identidade pessoal e sua dignidade.

Entendemos que todo indivíduo é um ser único, irrepetível, com composição genética própria, distinta da dos demais indivíduos, e que a identidade genética seria então a base biológica da identidade de pessoa, porém, esta não se resume ao genético, pois tem como referencial tanto o aspecto biológico como o meio.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Menino cai do nono andar e acorda do coma quando sua mãe cantava para a Virgem Maria


Os médicos do Hospital Infantil de San Miguel, na Argentina, não encontraram nenhuma explicação para a rápida recuperação de Martín Chaín, de 3 anos, que caiu do nono andar enquanto brincava na varanda do seu apartamento.

O acidente em 7 de junho deixou o pequeno à beira da morte, entretanto, demorou apenas 20 dias para se recuperar e não apresenta sequelas a longo prazo, algo que para a equipe do hospital “pode ??ter sido um milagre”.

“Eu estava trabalhando quando Máximo, meu esposo, me enviou uma mensagem de voz. Ele estava gritando. Disse que Martín tinha caído da varanda”, disse a mãe do menino, Florencia Núñez, o jornal ‘Clarín’.

No dia do acidente, o pai de Martín estava cozinhando enquanto o pequeno se dirigiu à varanda e, brincando, subiu no corrimão. Em seguida, o menor caiu de quase 30 metros de altura em um pátio do edifício, sem que nada amortecesse a queda.


“Quando Maxi olhou para baixo, viu Piti (Martín) de bruço, deitado em uma área com terra molhada, com entulhos. E viu quando se mexeu”, explicou Núñez.

O pai desceu imediatamente para socorrer Martín e o levou ao Hospital Infantil de Tucumán, onde foi atendido na urgência. Os médicos se surpreenderam ao ver o pequeno consciente, chorando, mas sem nenhuma fratura.

Apesar disso, permanecia em estado grave, pois o menino sofreu traumatismo no abdômen e no crânio, além de uma contusão pulmonar que lhe causou problemas respiratórios.

Durante algumas semanas permaneceu em coma induzido, conectado a um respirador artificial e sonda de alimentação.

Florencia recordou que, devido ao estado grave do seu filho, “não paramos de rezar e Piti pouco a pouco começou a melhorar. Um dia, enquanto cantava uma canção da Virgem Maria, ele finalmente acordou”.

A partir desse momento, Martín começou a se recuperar. Primeiramente, passou à terapia intermediária, em seguida tiraram seu respirador artificial e finalmente teve alta.

O papa Francisco exprime a sua solidariedade com os pais de Charlie Gard


“O Santo Padre acompanha com afeto e comoção o caso do pequeno Charlie Gard e manifesta a sua proximidade aos seus pais. Ele reza por eles, fazendo votos de que não seja negligenciado o seu desejo de acompanhar e cuidar do próprio filho até o fim”, diz comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa já havia se manifestado sobre o caso na noite de sexta-feira com um tweet, que dizia:  “Defender a vida humana, sobretudo quando é ferida pela doença, é um compromisso de amor que Deus confia a cada ser humano”.

O pequeno Charlie, de apenas dez meses, sofre de uma doença genética rara incurável. Contra o desejo dos pais, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos autorizou o desligamento dos aparelhos que o mantém vivo.

Os pais de Charlie haviam lançado uma campanha de coleta de recursos para poder levar o pequeno aos Estados Unidos, onde seria submetido a um tratamento experimental.

Papa: "A condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre".


Papa Francisco

ANGELUS

Praça de São Pedro 
domingo, 2 de julho, 2017


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A liturgia de hoje nos apresenta as últimas linhas do discurso missionário no capítulo 10 do Evangelho de Mateus (cf. 10,37-42), com os quais Jesus instrui os Doze Apóstolos, quando pela primeira vez os envia em missão nas aldeias da Galiléia e na Judéia. Nesta parte final Jesus enfatiza dois aspectos essenciais para a vida do discípulo missionário: o primeiro, que o seu relacionamento com Jesus é mais forte do que qualquer outro vínculo; o segundo, que o missionário não carrega a si mesmo, mas Jesus, e através dele o amor do Pai Celestial. Estas duas questões estão relacionadas, porque quanto mais Jesus está no centro do coração e da vida do discípulo, mais o discípulo transparece a sua presença. Eles caminham juntos.

"Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim ..." (v. 37), diz Jesus. O carinho de um pai, a ternura de uma mãe, a doce amizade entre irmãos e irmãs, tudo isso, apesar de ser muito bom e legítimo, não pode ser preferível a Cristo. Não que Ele seja cruel e ingrato, mas, pelo contrário, porque as exigências do discipulado tem uma relação prioritária com o mestre. Qualquer discípulo, seja um leigo, um secular, um sacerdote, um bispo: tem essa relação de prioridade. Talvez a primeira pergunta que temos de fazer para um cristão é: "Mas você encontra com Jesus? Você reza a Jesus?". O relacionamento. Você quase poderia parafrasear o Livro do Gênesis: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a Jesus Cristo e os dois serão um só (Gn 2,24).

Aqueles que são atraídos para este laço de amor e de vida com o Senhor Jesus, tornam-se seu representante, o seu "embaixador", especialmente com a maneira de ser, de viver. A tal ponto que o próprio Jesus, enviando os discípulos em missão, lhes diz: "Quem vos recebe a mim recebe, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou" (I Mt 10,40). Devemos perceber que para o discípulo Jesus é verdadeiramente "o Senhor", é verdadeiramente o centro da sua vida, toda a vida. Não importa se, como toda pessoa humana, tem suas limitações e até mesmo seus erros - desde que tenham a humildade de reconhecê-los -; o importante é que não tenha um coração duplo - e isso é perigoso. Eu sou cristão, eu sou um discípulo de Jesus, eu sou um padre, eu sou um bispo, mas eu tenho um coração duplo. Não, isso está errado. Ele não tem o coração duplo, mas o coração simples, unido; que não possui o pé em ambos os campos, mas é honesto consigo mesmo e com os outros. A duplicidade não é cristã. É por isso que Jesus reza ao Pai para que os discípulos não se enquadrem no espírito do mundo. Ou você está com Jesus, com o espírito de Jesus, ou você está com o espírito do mundo.