quinta-feira, 13 de julho de 2017

Santo Henrique e Santa Cunegundes


Muitos acusam a Idade Média como um “tempo de trevas” na História, e não tem como não pensar nisto se não abrirmos os olhos e olharmos para o alto, pois neste lugar é que se encontram as luzes deste período, ou seja, os inúmeros santos e santas.

Henrique e Cunegundes fazem parte deste “lustre”, pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.

Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia à uma família santa e por isso foi educado também por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.

Conta-se que espiritualmente ele preparou-se intensamente para assumir o trono da Alemanha, mas isto sem saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves palavras: “Entre seis”; e com isto interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas, como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses e em seguida seis anos até, por Providência, assumir o reinado.

No caso de Henrique o adágio de que “por trás de um grande homem está uma grande mulher” funcionou, pois casou-se com a princesa de Luxemburgo, Cunegundes, uma mulher de muitas virtudes e inúmeros dons ao ponto de ajudar por 27 anos seu esposo na organização do império e implantação do Reino de Deus.

Com a morte de Henrique II e seu reconhecimento de santidade, Cunegundes foi morar num mosteiro, onde cortou o cabelo, vestiu hábito pobre e passou a obedecer suas superioras até ir ao encontro de Henrique no céu, isto quando tinha 61 anos.

Sendo assim, ambos morreram sob a coroa de Sacro Romano no império terrestre e a coroa da Glória no império celeste.


Senhor Deus, que cumulastes de graça o imperador Santo Henrique, elevando-o de modo admirável das preocupações do governo terrestre às coisas do céu, concedei por suas preces, que Vos procuremos de todo o coração entre as vicissitudes deste mundo.

Ó querida Santa Cunegundes, fiel seguidora do ideal clariano em pobreza e castidade, sê para nós um modelo de vida pobre e casta. Que possamos viver uma fidelidade a toda prova, um amor profundo a Jesus. Intercede por nós, para que saibamos abraçar com radicalidade a nossa vocação, reconhecendo que a graça nos conduz à plenitude da experiência dos mistérios de Jesus Cristo. Que o teu amor a Jesus nos ajude a viver plenamente a nossa consagração. Amém!


Santo Henrique e Santa Cunegundes, rogai por nós!

Nossa Senhora Rosa Mística


Nossa Senhora Rosa Mística é um título da Virgem Maria. Trata-se de uma revelação que a própria Virgem Santa fez a uma enfermeira italiana no ano de 1947. Pierina Gilli, a enfermeira, trabalhava no Hospital de Montechiare e estava rezando na Capela quando viu Nossa Senhora. Posteriormente, ela descreveu sua visão e o mundo tomou conhecimento desse novo título de Maria como Nossa Senhora Rosa Mística. Trata-se de uma imagem rica em sua mensagem e simbolismos, expressos através das rosas, das vestes e das cores.

A túnica branca de Nossa Senhora Rosa Mística simboliza sua pureza e sua santidade. Os detalhes em dourado nos dizem que ela vem do céu, pois o dourado é cor que representa o céu e o divino.

O capuz de Nossa Senhora Rosa Mística representa o recolhimento, o silêncio e a oração. O terço pendurado em sua mão direita confirma esta mensagem. Maria nos pede recolhimento e que rezemos o terço.

As mãos juntas e o terço de Nossa Senhora Rosa Mística são mais um sinal claro do convite à oração e, especialmente, à oração do terço. Esta oração, como tudo que Nossa Senhora nos pede, é Cristoc6entrica, isto é, tem Jesus no centro. Ao rezar o terço, com efeito, contemplamos os Mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossa Senhora Rosa Mística traz três rosas na altura do peito: uma branca, uma vermelha e outra dourada. Na primeira aparição, porém, ela tinha três espadas no lugar das rosas. Vamos ver o significado das espadas e das rosas.

A rosa branca de Nossa Senhora Rosa Mística, segundo as revelações da própria Virgem Maria, significa o seu pedido para que nos abramos ao espírito de oração. A espada que estava no lugar desta rosa simbolizava a diminuição das vocações. Quando nos abrimos ao espírito de oração, as vocações aumentam. Assim, oferecemos uma rosa branca a nossa senhora.

A espada que estava no lugar desta rosa simbolizava os pecados cometidos pelos religiosos, monges, monjas e padres. A rosa vermelha de Nossa Senhora Rosa Mística simboliza o espírito de expiação e sacrifício. Ou seja, oferecer e fazer sacrifícios pela conversão dos pecadores. Nossos pequenos sacrifícios do dia a dia, quando oferecidos a Deus com amor, podem se transformar em bênçãos sobre os religiosos que precisam de nossas orações.

A espada que estava no lugar desta rosa simbolizava a traição que sacerdotes e religiosos cometiam contra Jesus e o ódio contra a Igreja. A rosa dourada simboliza o espírito de penitência que os cristãos devem ter, para que esses males sejam superados.Vemos, assim, que a devoção a Nossa senhora Rosa Mística existe pela Igreja e para a Igreja. Todos aqueles que amam a Igreja Católica devem, de uma forma ou de outra, atender aos pedidos de Nossa Senhora Rosa Mística.



Virgem Imaculada, Mãe da Graça, Rosa Mística, em honra de vosso filho Jesus, nos ajoelhamos diante de Vós a implorar a misericórdia Divina. Não por nossos méritos, mas pela vontade do vosso Coração Maternal, nós vos suplicamos que nos conceda proteção e graça com a certeza de que nos haveis de atender. Rosa Mística, Mãe de Jesus, Rainha do Santo Rosário, Corpo Místico de Cristo, nós vos pedimos que concedas ao mundo, dilacerado pela discórdia, a unidade e a paz e todas aquelas graças que podem mudar o coração de vossos filhos. Rosa Mística, Rainha dos Apóstolos, fazei florescer a volta da mesa da Eucaristia muitas vocações sacerdotais e religiosas, que difundam com a santidade de vossas vidas e com o zelo apostólico pelas almas, o Reino do Vosso Filho Jesus por todo o mundo. E derramai sobre nós a abundância de vossas graças. Ave Maria. Nossa Senhora da Rosa Mística, rogai por nós. Amém.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Precisamos nos importar com teologia?


Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. (Os 4,1)

Você precisa se preocupar com teologia? Ou teologia é “coisa” só para seminaristas e pastores? Quem é o verdadeiro teólogo? Aquele que é mestre ou doutor em teologia, ou qualquer que tenha opinião formada sobre Deus? Aliás, porque se preocupar com isso? Não seria a experiência com Deus mais importante do que o conhecimento de Deus?

Muitas pessoas, em sua ignorância, acabam achando mesmo que teologia é coisa só para poucos. Na verdade, todos são teólogos, visto que todos sempre têm uma palavra para emitir sobre a pessoa de Deus. Sempre que alguém diz: “Para mim, Deus é…”, ou, “para mim, Deus não existe”, tais pessoas estão emitindo opiniões sobre Deus.

Querendo ou não, todos são teólogos. Teologia é o estudo sobre Deus, ou seja, teologia tem a ver com o “conhecimento de Deus”. Agora, voltando às perguntas (pois elas são a melhor forma de se ensinar algo), seria o conhecimento de Deus algo importante? É importante conhecer a Deus? Por que é importante conhecer a Deus (antes de morrer)?

Teologia = Conhecimento de Deus. Alguém que diz que não gosta de teologia é alguém que não gosta de…? Isso: conhecer a Deus. A verdadeira teologia é aquela que é feita na Sagrada Escritura, pois é ela que ensina sobre a obra e pessoas da Santíssima Trindade.

É sempre na ausência do “conhecimento de Deus” que o povo de Deus acaba se perdendo ou sendo destruído:

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Os 4,6a)

terça-feira, 11 de julho de 2017

Maria sofreu ao dar a luz ao Filho Jesus Cristo?


As dores de parto são consequências do pecado original (cf. Gênesis 3,16). Para os católicos, Maria não teve esse pecado, logo, não teve dores de parto (cf. Is 66,7).

Em Apocalipse, entretanto, há um capítulo que os católicos dizem que sua vida é descrita em resumo, e lá, João cita “dores de parto”:

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.(…) Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.” (Apocalipse 12:1-5)

Que dores seriam essas, que precederam o parto de Jesus?

Para interpretar essa passagem, deve-se considerar um sentido alegórico de “dores de parto”. No Novo Testamento, Paulo utiliza o termo “dores de parto” ( do grego ὠδίνουσα-ōdinousa) como uma metáfora para o sofrimento espiritual, para o sofrimento em geral, ou para o desejo do mundo como ele aguarda para o cumprimento final (cf. Gl 4:19; Rm 8:22). Todos sabemos que para Maria dar a luz a Jesus, foi uma agonia, um verdadeiro sacrifício espiritual (como a perseguição, o recenseamento, a falta de lugar para ficar…). João, portanto, resumidamente, anuncia as angústias de Maria de uma forma alegórica, através da imagem das angustiantes “dores de parto”. No século VI, Ecumênio, famoso por ser um dos primeiros a comentar completamente o livro do Apocalipse, explica:

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Charlie Gard: Hospital inglês pede nova audiência a Alto Tribunal para revisar o caso


O Great Ormond Hospital de Londres está solicitando uma nova audiência ao Tribunal Superior para revisar o caso de Charlie Gard, depois que uma equipe de sete especialistas internacionais assinalou que um tratamento experimental poderia beneficiar o bebê de dez meses.

A equipe alertou o hospital de que dados novos e inéditos sugerem que um medicamento experimental poderia melhorar a condição cerebral de Charlie, que sofre da síndrome de esgotamento mitocondrial, uma doença rara genética que causa fraqueza muscular progressiva e pode provocar a morte no primeiro ano de vida.

Um dos assinantes da carta é um pesquisador e neurologista do Hospital Bambino Gesú, propriedade do Vaticano, em Roma, que ofereceu suas instalações a Charlie na semana passada. O Great Ormond Hospital disse que tinha se negado a esta transferência por razões legais.

“Dois hospitais internacionais e os respectivos investigadores comunicaram ao hospital, nas últimas 24 horas, que têm novidades sobre o tratamento experimental proposto”, disse um porta-voz do hospital, segundo a BBC.

“Nós acreditamos, tal como os pais de Charlie, que é correto explorarmos essa possibilidade de tratamento”, acrescentou.

Nesse sentido, “o hospital Great Ormond Street Hospital está dando a possibilidade à Suprema Corte de avaliar objetivamente as reivindicações das novas provas provenientes de estudos recentes”. “Será para que a Suprema Corte emita seu julgamento sobre esses fatos”, indicou.

O caso de Charlie atraiu a atenção internacional por diversas batalhas legais que seus pais, Chris Gard e Connie Yates, travaram na tentativa de salvar a vida de seu filho.

A decisão atual do hospital de solicitar a apelação é uma surpresa, depois que o tribunal negou aos pais que levassem Charlie a um hospital nos Estados Unidos para submetê-lo a tratamento experimental. Os pais tinham arrecadado mais de um milhão de dólares com este objetivo. Os juízes também tinha rejeitado seu pedido de levar o bebê para casa, para que morresse lá.

Tanto o hospital pediátrico do Vaticano como o Papa Francisco expressaram seu apoio a Charlie.

“O Santo Padre acompanha com afeto e emoção o caso do pequeno Charlie Gard e manifesta a sua proximidade aos seus pais”, indicou em uma declaração o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, no último dia 2 de julho.

“Ele reza por eles, fazendo votos de que não seja negligenciado o seu desejo de acompanhar e cuidar do próprio filho até o fim”, acrescentou.

Não sejas como quem diz uma coisa e faz outra


Somos todos fracos, confesso, mas o Senhor Deus nos entregou meios com que, se quisermos, poderemos ser fortalecidos com facilidade. Tal sacerdote desejaria possuir uma vida íntegra, que dele é exigida, ser continente e ter um comportamento angélico, como convém, mas não se resolve a empregar estes meios: jejuar, orar, fugir das más conversas e de nocivas e perigosas familiaridades.

Queixa-se de que, ao entrar no coro para a salmodia, ao dirigir-se para celebrar a missa, logo mil pensamentos lhe assaltam a mente e o distraem de Deus. Mas, antes de ir ao coro ou à missa, que fez na sacristia, como se preparou, que meios escolheu e empregou para fixar a atenção?

Queres que te ensine a caminhar de virtude em virtude e como seres mais atento ao ofício, ficando assim teu louvor mais aceito de Deus? Escuta o que digo. Se ao menos uma fagulha do amor divino já se acendeu em ti, não a mostres logo, não a exponhas ao vento! Mantém encoberta a lâmpada, para não se esfriar e perder o calor; isto é, foge, tanto quanto possível, das distrações; fica recolhido junto de Deus, evita as conversas vãs.

Tua missão é pregar e ensinar? Estuda e entrega-te ao necessário para bem exerceres este encargo. Faze, primeiro, por pregar com a vida e o comportamento. Não aconteça que, vendo-te dizer uma coisa e fazer outra, zombem de tuas palavras, abanando a cabeça.

Papa: "Jesus não tira os fardos da vida, mas a angústia do coração".


Papa Francisco

ANGELUS

Praça de São Pedro
domingo, 9 de julho, 2017


Caros irmãos e irmãos, as minhas saudações!

No evangelho de hoje, Jesus diz: «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos».

O Senhor não reserva esta frase para um dos seus amigos, não; ele dirige-a a «todos» os que estão cansados e oprimidos pela vida. Quem pode excluir-se deste convite?

O Senhor sabe o quanto a vida é dura. Ele sabe que muitas coisas cansam o coração: as decepções e as feridas do passado, os fardos a carregar e os erros do passado a suportar no presente, as incertezas e as preocupações com o futuro.

Diante de tudo isto, a primeira palavra de Jesus é um convite a mexer-se e a reagir: «vinde». O erro, quando as coisas não vão bem, é de ficar lá onde estamos, deitados. Isso é evidente, mas quanto é difícil de reagir e de se abrir! Não é fácil. Nos momentos sombrios, a tentação é de ficar fechado em si, de ruminar o quanto a vida é injusta, o quanto os outros são ingratos, e como o mundo é mau e assim por diante. Todos nós sabemos isso.

Por vezes já fizemos esta experiência. Mas fechados sobre nós mesmo desta maneira, vemos tudo negro. É então que nos familiarizamos com a tristeza má, que acaba por se sentir em sua casa. Essa tristeza leva-nos à prostração, e é uma coisa má.

Mas Jesus quer tirar-nos dessas «areias movediças» e é por isso que diz a cada um de nós: «Vem!» «Quem?» «Tu, tu, tu…». A saída encontra-se na relação, no facto de estender a mão e de erguer o olhar para Aquele que nos ama verdadeiramente.

Na verdade, não basta sair de si, mas é preciso saber para onde ir. Porque há muitos objetivos que são ilusórios: prometem o repouso e apenas distraem um pouco; prometem a paz e dão o divertimento, e logo nos deixam numa solidão sem precedentes; são «fogos de artifício».

É por isso que Jesus indica para onde ir: «Vinde a mim»! E se muitas vezes frente a um peso da vida ou a uma situação dolorosa tentamos falar com alguém  – e é muito bom fazer isso –  que nos escuta, com um amigo, com um especialista, não esqueçamos Jesus: de abrir-lhe o nosso coração, de contar-lhe a nossa vida, de lhe confiar as pessoas e as situações.

Talvez haja «zonas» da nossa vida que nunca lhe foram abertas e que ficaram obscuras porque nunca viram a luz do Senhor. Cada um tem a sua história pessoal: E se alguém tem essa zona obscura, procurai Jesus, ide ver um missionário da misericórdia, ir ver um sacerdote… Mas ide a Jesus, e contai isso a Jesus. 

Santo Olavo


Nascido em 995 numa família real, Olavo mostra-nos com sua vida que a santidade não escolhe profissão, nem posição social, pois ela não vêm sobre classes, mas sim em corações abertos à Graça de Cristo. Aconteceu que o jovem Olavo foi para a Inglaterra numa expedição e assim pôde conhecer Jesus, o Cristianismo e ser batizado, isto em 1014. Ao voltar para a casa, Olavo, que era herdeiro do trono, encontrou o falecimento do pai e usurpadores do reino.

Assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate. Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar de fazer de tudo para levar Deus aos súditos, por isso, procurou acabar com o paganismo, construir igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo. Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.


Senhor Jesus, Tu és o Rei dos Reis, O Senhor dos Senhores nós te louvamos e bendizemos porque Tu és o todo poderoso mas o Senhor não impõe o teu reinado em nossas vidas, o Senhor nos convida, o Senhor nos impele, o Senhor nos ama, Jesus reinai em nossos corações, reinai em nossas famílias, nas situações que estamos vivendo no dia de hoje, reinai pelo poder do Espírito Santo na nossa história, reinai e fazei de nós instrumento de teu Reino. Santo Olavo rogai por nós.


Santo Olavo, rogai por nós!