domingo, 31 de dezembro de 2017

Vinte e três missionários foram assassinados no mundo inteiro durante o ano de 2017


Vinte e três missionários foram assassinados em 2017: é o que afirma o relatório anual de fim de ano publicado pela agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos.

Segundo a divisão continental, pelo oitavo ano consecutivo, o número mais elevado se registra na América, onde foram mortos 11 agentes pastorais (8 sacerdotes, 1 religiosos e 2 leigos), seguido pela África, onde foram mortos 10 agentes pastorais (4 sacerdotes, 1 religiosa e 5 leigos); na Ásia foram assassinados 2 agentes pastorais (1 sacerdote e 1 leigo).

Segundo dados coletados pela agência missionária, de 2000 a 2016 foram mortos no mundo 424 agentes pastorais, dos quais cinco bispos.

Agentes pastorais mortos de modo violento

Já de há  muito, o elenco anual da Fides não diz respeito somente aos missionários ad gentes(além-fronteiras), mas busca registrar todos os agentes pastorais mortos de modo violento, não expressamente “por ódio à fé”.

Por isso se prefere não usar o termo “mártires”, a não ser em seu significado etimológico de “testemunhas”, para não entrar no mérito do juízo que a Igreja poderá eventualmente dar sobre alguns deles, e que procuramos em todo caso documentar nesse mesmo contexto anual. 

Egito: Maior igreja do Oriente Médio será inaugurada no Cairo


A igreja deve ser inaugurada na noite do dia 6 para o dia 7 de janeiro, durante a Missa de Natal do calendário copta.

A construção foi anunciada há um ano pelo presidente egípcio, o general Al Sisi. Hoje, quase tudo está pronto. Equipes extras foram contratadas para que tudo esteja concluído para a Missa de Natal, que também marcará a inauguração do templo.

O governo egípcio contribuiu com o financiamento da obra. Quando concluída, esta será a maior igreja do país e também a maior do Oriente Médio. 

PR: Homem invade igreja e quebra todas imagens sacras do templo


Um homem de 30 anos invadiu a igreja matriz da Paróquia Santa Cecília, em Santa Cecília do Pavão, na região norte do Paraná, na noite de sábado (30) e destruiu todas as imagens religiosas que estavam no local, inclusive uma que foi colocada no topo da igreja.

Conforme a Polícia Militar, a igreja estava fechada e foi invadida por volta de 20h40. O suspeito quebrou uma janela de vidro para entrar e quebrar todas as imagens sacras que estavam no local.

Em seguida, ele ainda subiu até o topo da igreja e destruiu a imagem que postada na parte externa, perto do sino. Ainda segundo a PM, o homem aparentava estar em surto e foi taxativo ao dizer que "Deus tinha pedido para que ele fizesse aquilo". Ele não aparentava sinais de embriaguez, segundo a polícia.

O homem foi detido e levado pela PM ao destacamento, para lavratura de termo circunstanciado e, posteriormente, encaminhado ao Hospital Santa Casa de Cornélio Procópio. 

sábado, 30 de dezembro de 2017

Cuidado com as superstições


“Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 19,31). “Serás inteiramente do Senhor; teu Deus” (Dt 18,13). “Não praticareis a adivinhação nem a magia” (Lv 19,26b)

Sempre houve esta condenável idolatria, que continua moderna, chamada superstição, pela qual se busca uma divinização espúria das energias ocultas. Até mesmo entre os católicos, mal formados, se multiplicam, superstições que beiram ao ridículo. Elas são muitas e variadas.

Entre elas, muitos são os que colocam na entrada de suas lojas e casas vasos com a espada de São Jorge; outros, raminhos de arruda; inúmeros os que andam com “pedras, pêndulos, cristais e outras bugigangas para espantar as energias negativas”.

Há também aqueles que vivem impressionados com os males que possam advir dos “trabalhos” realizados nos terreiros. Querem combater as forças do mal de qualquer maneira e, apesar de frequentarem os Sacramentos da Igreja, empregam esses “rituais” para se “purificarem”.

Estamos já no início do terceiro milênio e, no entanto, prevalecem os feitiços: uma pedra, uma raiz, uma pena de pássaro, uma concha, um dente de animal, ainda há pessoas que pregam ferradura atrás da porta para atrair sorte nas questões econômicas ou vão atrás do trevo de quatro folhas, portador de felicidade.

A enorme lista de superstições que aparece na vida de tantas pessoas, poderiam ser abandonadas se tivessem mais confiança em Deus e na proteção dos anjos e santos; e não se entregariam a práticas tão irrisórias, fundadas num temor doentio. Trazer um amuleto não pode nunca atrair qualquer tipo de ajuda sobrenatural, nem afastar as invectivas do Maligno, o qual, segundo São Pedro, deve ser vencido unicamente pela fé (1 Pd 5,8).

Todas as crendices envolvidas nas superstições carecem de qualquer base filosófica e teológica. É inteiramente destituída de lógica a associação de causa e efeito professada pelos supersticiosos. Sob o ponto de vista da teologia, as práticas supersticiosas demonstram um senso religioso decadente.

No fundo, apesar dos pesares, é a nostalgia do Absoluto que impera. Aquele que perde sua fé na Providência de Deus que governa sabiamente o mundo e se interessa pelos homens de modo especial, tende a se curvar ao império de uma força cega criada pela fantasia humana.

O cristão deve dar sempre a demonstração de uma crença robusta, firmada nas Escrituras, acreditando numa palavra que Jesus repetiu tantas vezes: “Não tenhais medo” (Mc 6,50; Lc 24,36; Jo 6,20). “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5); e queria dizer que com Ele tudo pode quem Nele confia. Fora de Jesus não há salvação (At 4,12), disse São Pedro aos chefes judeus.

O escritor romano Varrão († 7 a.C.) exprimia muito bem, na sua linguagem politeísta, o que significa essa religiosidade inferior, quando afirmava que “o supersticioso é o homem que teme os deuses como inimigos, ao passo que o homem religioso os reverencia como pais” (citado por S. Agostinho, De civ. Dei 6.9.2). Quintiliano († 120 d.C.), por sua vez, notava que a “superstição difere da religião como o homem que procura por curiosidade difere do homem que procura por amor” (De inst. orat. VIII 3). Em suma, vê-se que já entre os romanos pagãos a superstição era tida como uma deterioração ou contrafação da Religião.

O Catecismo da Igreja diz que: “A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, por exemplo: quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesma legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição” (n.2111). Aqui se enquadram as tais “correntes de oração obrigatórias” sob pena de castigos. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Autoridades portuguesas investigam alegada rede de adoções ilegais ligada à IURD


Uma investigação da estação de televisão TVI, em Lisboa, revela que o brasileiro Edir Macedo, líder máximo da IURD, está envolvido numa rede internacional de adoções ilegais de crianças e que os seus próprios “netos” são crianças roubadas de um lar em Portugal.

Segundo a reportagem “O Segredo dos Deuses”, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tinha, na década de 90, um lar ilegal de crianças, em Lisboa, de onde foram levados vários menores, à revelia das suas mães.

As crianças eram entregues diretamente no lar, à margem dos tribunais, por famílias em dificuldades e acabavam no estrangeiro, adotadas por bispos e pastores da igreja de forma irregular e sem direito de contraditório às famílias, adianta a investigação das jornalistas Alexandra Borges e Judite França.

Segundo a TVI, Edir Macedo “está envolvido nesta rede internacional de adoções ilegais de crianças, e que os seus próprios ‘netos’ são crianças roubadas do Lar Universal, uma instituição que à época fazia parte da obra social da igreja”.

De acordo com nota divulgada pela TVI, “um importante membro desta rede chegou mesmo a roubar um recém-nascido à mãe na maternidade e registrá-lo diretamente como seu filho biológico”.

“Isto aconteceu debaixo dos nossos olhos e retrata o esquema que estava montado num lar ilegal”, disse o diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, no final da apresentação da reportagem à imprensa.

A situação “atinge a cúpula da IURD”, adiantou, sublinhando que “as crianças foram levadas sem que os tribunais ouvissem as famílias das crianças”.

“O Estado não esteve completamente bem aqui, mas nunca é tarde para repor a verdade”, disse Sérgio Figueiredo.

O lar abriu em 1994 em Lisboa e foi legalizado em 2001. A IURD acabou por encerrá-lo em 2011, alegando como motivo a crise. 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

'O Segredo dos Deuses' fidelizou 1,48 milhões ao longo de dez episódios


Terminou na sexta-feira a série O Segredo dos Deuses, emitida nas duas últimas semanas pela TVI, tendo garantido a liderança ao canal, com uma média de 1,48 milhões de espectadores por episódio.

Este conjunto de reportagens, a que a TVI chamou “a primeira série informativa da televisão portuguesa”, deu a conhecer uma rede de adoções ilegais de crianças de nacionalidade portuguesa, organizada por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

O canal de Queluz de Baixo emitiu um total de dez episódios nas duas últimas semanas, de segunda a sexta-feira. O programa gerou um grande debate público, que se traduziu igualmente nos seus resultados audimétricos: um rating médio de 14,82 e um share médio de 30,61 pontos percentuais, garantindo-lhe assim uma liderança confortável durante o seu período de exibição.

O episódio mais visto foi o primeiro, a 11 de dezembro, com 17,7 pontos de rating, o que equivale a uma audiência superior a 1,72 milhões de espectadores. O episódio com menor audiência foi justamente o último, emitido no dia 22 de dezembro, com 13 pontos de rating, ou seja, 1,26 milhões de espectadores.

A quota de mercado dos vários episódios oscilou entre os 28,1 e os 35,3 pontos percentuais. Os primeiros cinco episódios garantiram 31,84%, enquanto os últimos cinco perderam alguma competitividade, descendo para 29,38%. 

Ah, desencana, o Natal não é um feriado pagão


Aqui está um fato relevante: há um grupo considerável de cristãos que odeiam o Natal com o mesmo furor que eles odeiam o Dia das Bruxas (ou Halloween).

Sinceramente.

Talvez se você crescesse fora dos limites do fundamentalismo cristão, você desconhece esse grupo, mas eu lhe asseguro que estão lá. Todos os anos em torno desta vez, meu feed de notícias do Facebook é inundado com atualizações de status e MEMEs denunciando o feriado e os cristãos que escolhem celebrá-lo.

Agora, por que no mundo os cristãos – pessoas que afirmam seguir Jesus – ficam tão indignados com um feriado que celebra seu nascimento? A razão para isso é que esses cristãos acreditam que o Natal é um feriado pagão – ou pelo menos, que o Natal cooptou um feriado pagão.

Mesmo muitos cristãos que amam o Natal acreditam nessa associação com o Natal e um antigo feriado pagão. A explicação básica é assim: os primeiros cristãos viveram em uma cultura pagã que teve muitas celebrações e festivais. Para influenciar lentamente essa cultura, afirma-se que os cristãos começaram suas próprias celebrações nessas mesmas datas, a fim de proporcionar à cultura uma celebração alternativa e cristã (às vezes referida como “contextualização”).

Este é o caso com muitos feriados cristãos. Por exemplo, muitos afirmam erroneamente que a Páscoa está enraizada em um feriado pagão para a deusa da fertilidade Eostre, embora a evidência para isso seja duvidosa . Da mesma forma com o Natal, argumenta-se que o 25 de dezembro foi primeiro a celebração do “Nascimento do Sol Invicto” antes que os cristãos tentassem seqüestrá-lo.

No entanto, esses argumentos são aqueles feitos pelos estudiosos em tempos mais recentes (por exemplo, afirmações do século 17 para o mito de Natal) e não aguentam um escrutínio mais profundo. Na verdade, há um caso muito mais forte de ser feito para que o feriado pagão do Nascimento do Sol Invicto fosse um roubo do Natal, e não o contrário.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

"O Papa, seja quem for, é sempre Pedro", afirma o Cardeal Braz de Aviz


Fim de ano, tempo de balanços e análises também no Vaticano. Na quinta-feira (21/12), o Papa se encontrou com os seus colaboradores da Cúria para os votos de Natal e Ano Novo e na ocasião, falou sobre a resistência que tem enfrentado dentro do governo do Vaticano em relação às reformas que quer instaurar.

Francisco criticou o comportamento daqueles que foram nomeados para fazer avançar a reforma, mas que "não compreendem a magnitude de sua responsabilidade" e são "traidores da confiança".

Colaborador próximo do Papa, o cardeal brasileiro João Braz de Aviz está na Curia dirigindo a Congregação que trata dos Consagrados desde 2011. Foi nomeado por Bento XVI e confirmado por Francisco em 2013.

Em sua opinião, Francisco quer uma Igreja que testemunhe o Evangelho sem misturá-lo com critérios mundanos, afirma, entrevistado por Bianca Fraccalvieri, do Vatican News.

“O Papa, seja quem for, é sempre Pedro. Ou somos Evangelho, realmente unidos ao Papa, ou não tem sentido estarmos aqui”.