A esquerda pira! Quem diria que a mãe do PT abandonaria sua cria à morte e, ao mesmo tempo, confirmaria a expectativa de milhões de católicos brasileiros, não respondendo a nenhuma das acusações apresentadas nos últimos meses, antes, fazendo-se de vítima?…
Solenemente posta em cima do muro, a CNBB, na verdade, está completamente encurralada: se, de um lado, não pode negar o seu passado de compromisso com as esquerdas, de outro, atualmente, não tem fôlego para enfrentar a opinião pública, que execra o lulopetismo com absoluta veemência.
A mesma CNBB que protagonizou a “lei da ficha limpa” terá de ver Lula inelegível justamente por ser “ficha suja”; assim como a mesma CNBB que sempre militou pela judicialização da política, agora vê os seus políticos julgados e condenados, e não pode defendê-los, pois se condenaria.
Ao contrário do que dizem, não temos um país divido, nem tampouco os católicos estão divididos. O país está unido, rechaça com força a impostura socialista, e os católicos desejam de seus pastores uma posição clara e inequívoca, mas, ao contrário, estes lhes oferecem águas turvas.
Quem está dividindo a Igreja e o país não são as opiniões divergentes, é a dialética socialista do “nós contra eles”; quem dividiu a Igreja católica no Brasil não foram os leigos que gritam por transparência, foi a dialética da teologia da libertação. De tanto pregar o antagonismo entre a hierarquia e o povo, os teo-ideológos da libertação beberam de seu próprio veneno: uma vez na hierarquia, o povo se voltou contra eles, enquanto estes se fazem de desentendidos.
Se os bispos tivessem humildade e coragem, reconheceriam que erraram e se afastariam definitivamente desta bandidagem esquerdista, agradeceriam os denunciantes por lhes mostrarem que eles também estão sendo enganados por uma corja de manipuladores e tomariam as rédeas da Conferência Episcopal, seriam coerentes com o discurso anti-corrupção e apoiariam a justiça que prendeu um ex-presidente corrupto, corrigiriam os abusos litúrgicos, as aberrações doutrinais (como a “concelebração” das pastoras protestantes na “Romaria da Terra”) e dariam aos católicos mostras de levarem a sério a sua religião. Mas, não… preferem a neutralidade.