O apóstolo Paulo escreve aos cristãos da região da Galácia, que
tinham recebido o anúncio do Evangelho por seu intermédio. Sente o dever de os
repreender por não terem compreendido o verdadeiro significado da liberdade
cristã.
Para o povo de Israel a liberdade tinha sido uma dádiva de Deus: Ele libertou o povo da escravidão do Egito, conduziu-o para uma nova terra e estabeleceu com ele um pacto de recíproca fidelidade.
Da mesma maneira, Paulo afirma convictamente que a liberdade é uma dádiva de Jesus.
De fato, Jesus dá-nos a possibilidade de nos tornarmos, como Ele e n’Ele, filhos de Deus que é Amor. Se nós imitarmos o Pai, como Jesus nos ensinou (1) e mostrou (2) com a sua vida, podemos aprender a mesma atitude de misericórdia para com todos, pondo-nos ao serviço dos outros.
Para Paulo, este aparente sem-sentido da “liberdade de servir” torna-se possível pela dádiva do Espírito, que Jesus concedeu à humanidade, com a sua morte na cruz.
E é o Espírito que nos dá a força de sairmos da prisão do nosso egoísmo – com as consequentes divisões, injustiças, traições, violências – guiando-nos para a verdadeira liberdade.