A Conferência Episcopal
da Alemanha negou as informações que assinalam que a Congregação para a
Doutrina da Fé (CDF) teria rechaçado um plano dos bispos a
fim de publicar um documento para permitir que protestantes casados com
católicos recebam a Comunhão.
“Os relatórios
que assinalam que o Vaticano, tanto o Santo Padre como os seus dicastérios,
rechaçaram o documento, são falsos”, disse Matthias Kopp, porta-voz do
Episcopado.
Também foi
relatado que o Arcebispo de Munique e Presidente da Conferência Episcopal da
Alemanha, Cardeal Reinhard Marx, foi convidado a Roma pelo Papa Francisco para
discutir a respeito deste tema.
Na
quarta-feira dia, 18 de abril, o site de notícias austríaco Kath.net informou
em 18 de abril que fontes do Vaticano assinalaram que a CDF suspendeu a proposta dos bispos alemães. Fontes deste Dicastério confirmaram estas
afirmações à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.
O que não explicaram é
se o Vaticano teria pedido aos bispos alemães que modificassem o conteúdo do
seu documento ou se impediram a preparação do rascunho, enquanto analisavam o
tema; ou se rejeitaram completamente esta proposta.
Há dois meses, a
Conferência Episcopal Alemã anunciou a publicação de um documento com normas
para permitir que os protestantes casados com católicos recebam a Comunhão
eucarística “sob certas condições”.
O anúncio foi
realizado pelo Presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo de Munique,
Cardeal Marx, “depois de um intenso debate”, ao concluir a assembleia geral dos
bispos alemães, realizada de 19 a 22 de fevereiro.
No início de
abril, sete bispos alemães escreveram uma carta ao Vaticano solicitando
esclarecimentos sobre o assunto. A carta foi enviada ao CDF e ao Pontifício
Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Nesse então,
a Arquidiocese de Colônia explicou que a carta dos sete bispos busca um
esclarecimento sobre se a recepção da Comunhão eucarística para os protestantes
casados com católicos pode ser decidida por uma conferência episcopal ou se é
necessária a “decisão da Igreja universal”.
A
Arquidiocese também assinalou que, “do ponto de vista dos signatários, o
objetivo em um tema de tal centralidade para a fé e da unidade da Igreja deve
evitar caminhos nacionais separados e chegar a uma solução globalmente
unificada e útil, através de um diálogo ecumênico”.
A carta
enviada ao Vaticano foi assinada pelo Cardeal Rainer Maria Woelki, Arcebispo de
Colônia, Dom Ludwig Schick, Arcebispo de Bamberg, Dom Konrad Zdarsa, Bispo de
Augsburgo, Dom Gregor Maria Hanke, Bispo de Eichstätt, Dom Stefan Oster, Bispo
de Passau, Dom Rudolf Voderholzer, Bispo de Regensburg, e Dom Wolfgang Ipolt,
Bispo de Görlitz.
Algumas
fontes assinalram que o Cardeal Woelki também foi convidado pelo Papa a Roma
para discutir sobre o tema.
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ACI Digital
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