Ser cristão não significa ser triste nem ser estranho ao lazer, à festa, à hilaridade. Um velho adágio lembra que “um santo triste é um triste santo”. A beleza, a estética, a arte são manifestações do Absoluto. Nelas o mistério escondido se faz tocável. Vamos hoje refletir sobre a teologia da festa.
1. A festa e a comunidade. Uma das melhores maneiras de se reunir a comunidade é a festa. Ela tem a função de fomentar a comunhão, possibilitar a partilha, unir a comunidade. A festa facilita o encontro, o estar juntos, o diálogo e a reciprocidade.
2. A festa e a criatividade. Por ocasião da festa, a criatividade humana tem uma ocasião propícia para se exercitar. As pessoas desenvolvem seus dons, oferecem suas qualidades, despertam suas potencialidades. A festa ativa a fantasia e nos torna criativos.
3. A festa e a cultura. Nos festejos populares, encontramos as grandes expressões culturais dos povos. Por meio das festas, a cultura se perpetua no tempo, nascem novos incentivos culturais, e o povo se expressa mais espontaneamente.
4. A festa e os novos relacionamentos. A festa propicia comunicação, relacionamentos novos, início de grandes amizades. Festejar é, antes de tudo, encontrar- -se. A festa aproxima as pessoas, congrega as famílias, movimenta as cidades.
5. A festa e a reconciliação. Quantos inimigos voltam a se abraçar e quantos adversários dão-se as mãos por ocasião de uma festa. As mágoas são desfeitas, e a paz volta aos corações, pois a festa tem “um poder nidificador”, um poder de reconciliação.