segunda-feira, 23 de julho de 2018

Nicarágua: Estudantes viveram noite de horror em ataque contra igreja


Depois de iniciado o ataque ao meio-dia de sexta-feira por paramilitares encapuzados, os estudantes entrincheirados na Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (Unan) buscaram abrigo no templo da Divina Misericórdia, próxima ao campus no conjunto residencial de Villa Fontana, ao sudeste de Manágua, contou o jovem.

Foram quase 20 horas de horror vividas por cerca de 200 estudantes desalojados da Unan, uma operação que deixou dois mortos e 14 feridos, segundo o cardeal Leopoldo Brenes, que liderou uma missão para tirar os jovens que estavam no templo.

“Não respeitaram a igreja e a imagem da Virgem, o Cristo. Quebraram tudo, as paredes ficaram marcadas pelos disparos”, acrescentou o estudante, com a voz embargada, após viver a experiência do ataque com armas de grosso calibre.

Quase na madrugada de sábado, correndo o risco de novos tiros, “saímos para apagar o fogo, porque estavam queimando a igreja com todos dentro”, completou o universitário, que procurava ansioso pela mãe, a qual não via há dois meses.

– ‘Muita impotência’ –

Apesar dos momentos de tensão vividos por quase 20 horas, “não senti medo, mas sim muita impotência, porque eles nos atacaram com fuzis AK-47, Dragunov e granadas. Nós tínhamos apenas morteiros artesanais e as barricadas”, afirmou outro estudante.

As trincheiras de pedras e tijolos pouco serviram para protegê-los, pulverizados com os disparos feitos não muito distante, relatou.

O ataque foi tão brutal que se sentiu uma forte explosão, quando “lançaram uma granada que pegou no muro do portão e por ali entraram na Unan”, acrescentou.

“Mataram Gerald Velázquez. Foi um tiro na cabeça. Não pudemos fazer nada e o perdemos”, disse, consternado, esse jovem de 22 anos, que pediu para não ser identificado.

Ele garantiu que continuará na luta cívica até a saída do presidente Daniel Ortega do governo.

Mais de 60 mil coroinhas e acólitos terão encontro com papa Francisco em Roma


“Ser coroinha é um serviço de doação e entrega, feita por nós, leigos, de coração aberto. Entrei no serviço do altar aos 14 anos como cerimoniário e fiquei por 7 anos no serviço da Eucaristia na minha paróquia”, lembra o jovem Saulo Gadelha, da paróquia São Pedro Apóstolo, em Ceilândia Sul, no Distrito Federal.

O coroinha é chamado a servir como Cristo, que dedicou a vida a servir o próximo. Estar nessa missão é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida, além de vivenciar o respeito e a dedicação às coisas sagradas.

Essas são algumas características do serviço dos milhares de jovens e adolescentes que auxiliam bispos e sacerdotes no altar no mundo inteiro. 

No próximo dia 30 de julho, mais de 60 mil deles vão participar da 12ª Peregrinação Internacional acólitos e coroinhas, em Roma, organizada pela Coetus Internationalis Ministrantium (CIM), organismo internacional que reúne acólitos e coroinhas da Europa.

Com o lema: “Busca a paz e vai ao seu encalço”(Salmo 33,15b), o ponto alto da peregrinação que termina dia 3 de agosto será o um encontro com o Papa Francisco na Praça de São Pedro.

O termo coroinha vem da palavra coro, o lugar onde acontecem as celebrações, espaço reservado ao clero, isto é, aos ministros que presidem a liturgia. De acordo com bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Textos Litúrgicos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Armando Bucciol, na Igreja, o serviço litúrgico dos coroinhas recebe atenção e cuidado especiais porque é uma ajuda importante na realização das celebrações litúrgicas.

“Eles e elas se dispõem para servir ao altar, junto aos ministros ordenados, para que as celebrações aconteçam da forma melhor. Quando a Missa era celebrada em latim, os coroinhas deviam aprender as respostas, todas em latim. Era preciso um demorado treinamento para estar à altura desse serviço não fácil. Falo por experiência, tendo aprendido, aos sete anos, todas as respostas, sem entender o que dizia”, destaca.

Ainda segundo o bispo, os coroinhas são os acólitos de fato, também se é oportuno evitar de confundir os termos, do momento que o acólito é um serviço instituído pela Igreja, como se lê num documento do Papa Paulo VI  (Ministeria quaedam, 1972): “O acólito é instituído para ajudar o diácono e para fazer de ministro ao sacerdote… nas ações litúrgicas; sobretudo, na celebração da Santa. Missa”.

“Deixei o serviço de cerimoniário em 2016, entretanto ainda hoje sou catequista de formação para coroinhas e sirvo em algumas missas quando solicitado por algum padre”, destaca Saulo.

A missão de ser sal e luz


No evangelho, o Salvador nos diz – diz aos cristãos, somente aos cristãos, aqueles que se aproximaram Dele quando Se sentou no alto da montanha (cf. Mt 5,1): "Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo".

Para compreendermos bem o que o nosso Senhor nos afirma, recordemos a Lei dos judeus, a Torá: “Salgará toda oblação que ofereceres e não deixarás de pôr na tua oblação o sal da aliança do teu Deus” (Lv 2,13).

O sal era a pitada que tornava a oferenda agradável a Deus. Sem a pitada de sal, a oferenda não poderia ser aceita, pois o sal simbolizava a própria aliança de Deus com o Seu povo!

Atenção: o sal não era toda a oferenda, mas a pitada, o tiquinho que tornava a oferta agradável ao Senhor, o pouquinho que fazia a oferenda ser aceita como expressão da Aliança sagrada entre Israel e o seu Deus.

E agora Jesus nos diz: “Vós sois o sal da terra”, vós sois o pouquinho de sal que, presente no mundo, torna-o oferenda agradável a Deus! O sal não é toda a oferenda, como os cristãos nunca serão a humanidade toda!

Mas, somos nós o pequeno rebanho, o resto fiel, que torna o mundo todo, a humanidade inteira, a criação completa, agradáveis a Deus, salvos em Cristo Jesus que, por Sua Morte e Ressurreição, selou a Aliança nova, eterna e definitiva entre Deus e toda a humanidade!

Pense bem, que responsabilidade, a nossa: sermos no mundo a pitada de sal que conserva e dá sabor, sermos o pequeno resto fiel que se torna uma alternativa, um modo diferente de ser e de viver. Por isso, o Senhor diz também que somos luz: luz do mundo! Não seremos luz se não formos sal!

Em muitos cristãos existe uma ilusão de que a humanidade inteira será cristã e a Igreja será mais Igreja e os cristãos serão mais fortes quando todos foram cristãos. Para isso muitos pregam um cristianismo fácil, ao sabor da moda do momento. Aí teriam a ilusão, com um cristianismo de consumo, de que todo o mundo tornara-se cristão; quando, na verdade o cristianismo apenas teria se tornado pagão, mundano, infiel ao Senhor!

Um exemplo? A agenda de certos cristãos que sentem segundo o mundo, e pensam numa reforma na Igreja, para “salvá-la”, para torna-la palatável e atraente ao mundo, livrando-a, assim, na visão deles, da crise em que se encontra no Ocidente... Quais seriam as mudanças? As de sempre: fim do celibato obrigatório, aprovação da contracepção artificial, ordenação de mulheres, admissão do divórcio, bênção de pares homossexuais, etc! Com este programa mundano, as pessoas achariam a Igreja simpática, moderna, humana, atraente, e nela ficariam... Quanto engano; que pensamentos tão distantes da lógica do Cristo Senhor e do Reino que Ele anunciou e inaugurou! Nesta mentalidade mundana, a palavra “conversão” – central, basilar, primordial, no Evangelho – desaparece!

domingo, 22 de julho de 2018

Enviado do Papa denuncia: “forças malignas” estão agindo em Medjugorje



O Monsenhor Henryk Hoser, visitador apostólico em Medjugorje, afirmou que o lugar das supostas aparições marianas está infiltrado pelas “ações demoníacas” das máfias. A declaração foi feita durante uma homilia e divulgada pelo Vatican Insider de 10 de julho de 2018.

“É um lugar de conversões em massa, onde multidões se confessam e os confessores nunca são suficientes. Há também ações demoníacas que estão fazendo de tudo para arruinar o local”, destacou o arcebispo emérito de Varsóvia-Praga. 

Segundo o Monsenhor Hoser, “as máfias já estão se infiltrando” neste local de peregrinação, em especial a máfia napolitana. Como informa o Vatican Insider, o Monsenhor Hoser pode estar se referindo a uma investigação em curso em Nápoles sobre os supostos vínculos entre a Camorra e a gestão das peregrinações.

Esta é a tradução literal do fragmento publicado pelo jornal: 

O desafio da renovação do Congresso Nacional, um poder desacreditado no Brasil


Em menos de três meses os brasileiros irão às urnas para votar e escolher um presidente da República, governadores dos Estados, deputados federais e estaduais e dois terços dos membros do Senado. As campanhas eleitorais já vão ganhando as ruas, com lançamentos de pré-candidatos e sondagens sobre as tendências do eleitorado. Passada a Copa do Mundo, as atenções agora se voltam cada vez mais para as eleições que temos pela frente.

Como de costume, as campanhas ficam focadas, sobretudo, na escolha dos chefes do Executivo, em especial do presidente da República. Por enquanto, fala-se bem pouco dos candidatos às duas Casas do Congresso Nacional e menos ainda dos pretendentes a um gabinete nas Assembleias Legislativas. E aí se esconde um equívoco e até um certo perigo para a vida política. Pretende-se, de maneira talvez inconsciente, que o presidente da República resolva todos os problemas do Brasil e seja uma espécie de chefe plenipotenciário. Mas, ao ser eleito, ele não recebe todos os poderes para realizar o que o País precisa, nem mesmo para pôr em prática, sem mais, aquilo que promete na campanha eleitoral. Nas suas decisões, ele depende do Congresso e todas as iniciativas que pretenda tomar, salvo as do funcionamento ordinário da máquina governamental, deverão ser autorizadas por leis aprovadas pelo Legislativo. O presidente não governa sem a Câmara dos Deputados e o Senado.

Há uma percepção insuficiente do poder e da responsabilidade imensa do Congresso Nacional. Os próprios candidatos à Presidência não falam claramente dessa sua dependência do Poder Legislativo. Praticamente, eles nunca chamam a atenção dos eleitores para a necessidade de elegerem deputados e senadores que apoiem as ações do Executivo. Como as campanhas para o Executivo e para o Legislativo se desenvolvem de forma quase paralela e independente, os eleitores acabam deixando para a ultimíssima hora a decisão sobre a escolha dos candidatos para o Congresso. Dessa forma, torna-se quase impossível uma renovação significativa dos mandatários do Legislativo.

Ora, tudo isso é muito preocupante. Nosso atual Congresso está extremamente desacreditado, não só porque grande número de seus membros está sendo investigado por corrupção, mas também porque sua atual representatividade é bastante questionável.

CNBB: Nota de Repúdio ao STF contra tentativa de descriminalizar o aborto


Na segunda-feira, 16 de julho, festa de Nossa Senhora do Carmo, o setor Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota pública de repúdio ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a série de atos que, neste momento, está procurando descriminalizar o aborto no país.

O conteúdo da nota se dirige à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na intenção de o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a realizar abortos até a 12ª semana de gestação, independentemente do motivo da gestante para solicitar a eliminação do seu filho.

A ministra Rosa Weber, relatora do caso no STF, convocou audiência pública para discutir o caso no dia 6 de agosto.

Reproduzimos a seguir a íntegra da nota dos bispos do Regional Sul 3:

América Latina desmascara o mito de que cristãos não são perseguidos


Recentes desdobramentos nas nações da América Central, Nicarágua e a Venezuela, oferecem não só indicações sobre o direcionamento dessas sociedades, mas também uma completa desmistificação de um dos mitos mais persistentes sobre perseguições contra os cristãos no início do século XXI.

Desde que o assunto surgiu como uma questão de debate político e midiático na década de 1990, a discussão sobre as perseguições contra os cristãos passou por várias fases de negação.

A primeira foi a ideia de que não havia tal coisa, alimentada pela suspeita em alguns circuitos culturais e midiáticos de que "as perseguições contra cristãos" tinham sido exageradas por cristãos ocidentais conservadores procurando ganhar simpatia a fim de fazer passar suas posições socialmente impopulares sobre questões relacionadas à homossexualidade e às mulheres.

Após a ascensão do ISIS no Iraque e na Síria a ideia de que a perseguição fosse uma falácia se tornou insustentável, e a maioria das pessoas estava disposta a reconhecer que os cristãos estavam realmente sendo perseguidos pelo radicalismo islâmico em várias partes do Oriente Médio.

Mais recentemente, notícias de um possível avanço nas relações China-Vaticano tem novamente chamado atenção sobre o fato de que há uma Igreja perseguida e clandestina na China, e que não são apenas muçulmanos radicais que às vezes veem o cristianismo como uma ameaça.

A negação que resta é a de que os cristãos estão em risco de perseguição apenas onde eles são uma minoria. Nas sociedades em grande parte cristãs, pelo menos é o que o mito reforça, indivíduos cristãos estão seguros - e se não estão, o que eles estão sofrendo não é perseguição "religiosa".

Mesmo uma rápida reflexão, no entanto, é suficiente para demonstrar que não é apenas em lugares onde os cristãos são minoria que há perseguição.

O Center for the Study of Global Christianity (Centro para o Estudo do Cristianismo Global, em português) estima que dos 70 milhões de cristãos que foram martirizados desde a época de Cristo, 45 milhões morreram no século XX. De longe a maior concentração foi na União Soviética, chegando até 25 milhões mortos dentro Rússia e mais 08 milhões na Ucrânia. Tanto a Rússia como a Ucrânia são sociedades profundamente cristãs e assim têm sido há séculos, mesmo durante o período em que eram governadas por regimes oficialmente ateístas.

Muitos dos mais célebres mártires do século XX vieram da América Latina, entre os cristãos que resistiram as políticas de estado da região. Um lembrete desse histórico virá em outubro, quando a Papa Francisco canonizará oficialmente o arcebispo Oscar Romero de El Salvador, que foi morto a tiros enquanto rezava uma missa em 1980 pela defesa dos pobres e das vítimas de violações dos direitos humanos.

Outros exemplos destes mártires incluem a irmã americana Dorothy Stang, a grande "mártir da Amazônia", no Brasil, que é esmagadoramente católico; e, Maria Elizabeth Macías Castro, líder do movimento leigo dos Escalabrinianos e popular blogueira, decapitada no México em 2011 por expor as atividades de um cartel de drogas.

Hoje, a América Latina está mais uma vez na linha de frente da exposição do mito de “apenas uma minoria”. A violência na Nicarágua e as tensões políticas na Venezuela estão aí para provar.

Campanha de Oração pela Nicarágua


Ontem (20), o Portal Paraclitus publicou um artigo falando sobre a crise pela qual passa a Nicarágua e a perseguição religiosa desencadeada naquele país contra a Igreja Católica. O motivo da perseguição, como dissemos, foi o fato dos bispos católicos, juntamente com o Núncio Apostólico da Nicarágua, haverem se oferecido para mediar o diálogo entre a população (revoltada com a crise econômica e as reformas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional – FMI) e o governo do presidente Daniel Ortega, no poder desde 2007.

Hoje, o Portal Paraclitus recebeu mais notícias, vindas de uma fonte direta da Nicarágua. Segundo a fonte, que não se identifica por medo de retaliação, pois a repressão governamental (através da polícia e de forças paramilitares ) é muito forte, a Igreja Católica está sofrendo pressões e perseguição no país porque está acolhendo manifestantes contrários ao governo Ortega e impedindo que sofram violência por parte da polícia ou das forças paramilitares ou que cheguem a ser presos.

Houve um protesto de estudantes da UNAN (Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua) e estes, devido à violência das forças de apoio ao governo, tiveram de buscar refúgio em uma igreja católica próxima, a Igreja da Divina Misericórdia. Os grupos paramilitares atacaram a igreja, que ficou crivada de balas e manchada do sangue de alguns dos jovens universitários que tentavam se proteger, na esperança de que ao menos a igreja fosse respeitada.

Esperar respeito a um local sagrado como é uma igreja, porém, seria demais, para um governo que, segundo corre entre a população nicaraguense, tem ligações com ocultismo e bruxaria. Conforme detalhado pela fonte a que tivemos acesso, Rosario Murillo, vice-presidente da Nicarágua e também esposa do presidente Daniel Ortega, fez uma espécie de pacto satânico para que o marido e ela se perpetuem no poder. As origens dessas ligações com o esoterismo vêm das relações de amizade entre o casal Ortega e o falecido ditador da Venezuela, Hugo Chávez (o qual, por sua vez, compartilhava com Fidel Castro – falecido ditador de Cuba hoje sucedido por seu irmão Raul – da crença na santería, espécie de culto de magia negra de origem africana).