sábado, 1 de setembro de 2018

Frei dominicano faz duras advertências a jesuíta que aprova relações homossexuais


Frei Nelson Medina, sacerdote dominicano, escreveu uma dura advertência ao Pe. James Martin, jesuíta que aprova as relações homossexuais.

Em uma carta aberta publicada em seu site, Frei Nelson assegurou ao sacerdote jesuíta que “você pode dizer o que diz porque está onde está. E você está onde está porque há poderosos prelados que lhe dão ilimitado apoio e o promoveram uma e outra vez”.

“Entretanto, eles não estarão para sempre nem seu apoio durará para sempre”, garantiu.

Pe. James Martin, que desde 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como um dos consultores da Secretaria de Comunicação do Vaticano e é diretor da revista jesuíta “America”, expressou reiteradamente sua aprovação às relações homossexuais.

Ao participar recentemente como palestrante no Encontro Mundial das Famílias 2018, em Dublin (Irlanda), Pe. Martin fez um apelo a “não reduzir as pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) ao chamado à castidade que todos compartilhamos”.

“As pessoas LGBT trazem dons especiais à Igreja, como qualquer grupo”, assegurou e criticou os pastores “homofóbicos”.

Em sua carta aberta, Frei Nelson assegurou ao sacerdote jesuíta que, “no momento apropriado, segundo a providência de Deus, a verdade brilhará forte e a genuína misericórdia se oferecerá de novo”.

“Misericórdia não é aprender a viver ao lado do pecado, mas sim vencer o pecado mediante o arrependimento e a conversão, como Santo Inácio ensinou muito bem”, recordou.

O frei dominicano sublinhou que “um pecado é um pecado, com todo açúcar que se lance sobre ele, ou sob camadas e camadas de retórica bem elaborada”.

“E cada pecador merece ser guiado à plena luz do Evangelho, sem importar o quanto fora de seu alcance possa lhe parecer a princípio”.

“James: muitos de nós estamos rezando por vocês”, concluiu.

Confira a carta na íntegra:

Palavra de Vida: «Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas» (Tg 1, 21).


A Palavra deste mês é retirada de um texto atribuído a Tiago, figura de relevo na Igreja de Jerusalém. Ele recomenda aos cristãos a coerência entre o crer e o agir.

No trecho inicial da carta, sublinha-se uma condição essencial: libertar-se de toda a malícia para receber a Palavra de Deus, deixando-se guiar por ela no caminho para a plena realização da vocação cristã.

A Palavra de Deus tem uma força própria: ela é criadora, produz frutos de bondade, tanto em cada pessoa, como na comunidade. Constrói relacionamentos de amor de cada um de nós com Deus, mas também entre todos nós. Ela – diz Tiago – já foi “plantada” em nós.

«Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas».

Mas como? Sem dúvida porque Deus, desde a criação, pronunciou uma Palavra definitiva: o homem é “imagem” de Deus. De facto, cada criatura humana é o “tu” de Deus, chamado à existência para partilhar a Sua vida de amor e comunhão.

Para os cristãos, é pelo sacramento do batismo que somos inseridos em Cristo, Palavra de Deus, que entrou na História humana. Mas Ele depositou a semente da Sua Palavra em cada ser humano, chamando-o ao bem, à justiça, a dar-se aos outros e a comunicar. Se a semente for recebida e cultivada com amor na própria “terra”, é capaz de produzir vida e frutos.

«Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas».

Aborto: Voz da Ciência



Considerando-se o feto como um amontoado de células ou algo pertencente ao corpo da mãe, o aborto seria defensável. Mas, cientificamente falando, não é. Trata-se, segundo a ciência moderna, de um ser humano, apesar de ainda em formação, - como, aliás, também o é um bebê recém-nascido - com código genético, conjunto de cromossomos e personalidade independente da sua mãe. E a sua morte provocada vem a se constituir em um voluntário e direto ato de se tirar a vida de um ser humano inocente, ato ilícito perante a lei natural e a lei positiva de Deus. 

E já foi estatisticamente refutado o argumento de que, nos países em que o aborto foi legalizado, o seu número diminuiu. E mesmo que o fosse, continua o princípio de que não se pode legalizar um crime, mas sim estabelecer a proteção da criança que está no ventre de sua mãe. Cada bebê é um dom precioso com personalidade própria e não um número de estatística. 

E ao argumento falso de que a mulher é dona do seu próprio corpo devemos responder com a ciência que o nascituro não faz parte do corpo da sua mãe, não é um apêndice ou um órgão seu, mas é um ser independente em formação nela. 

A questão de uma nova vida começar com a concepção é um dado científico atual e não objeto da fé. Portanto, ser contra o aborto é posição normal de quem aceita os dados da ciência. 

“O ciclo vital, do ponto de vista estritamente biológico, é que, cada ser humano é um organismo distinto e singular... A fertilização dá início ao ciclo vital levando a um período de desenvolvimento, chamado de embriogênese, no qual as células, os tecidos e os órgãos se desenvolvem progressivamente a partir de uma única célula, o zigoto...
 

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Argentina: Igreja de São Roque é atacada com coquetel molotov



A histórica igreja de São Roque, localizada no centro da cidade de Córdoba (Argentina), foi alvo de um ataque através de um incêndio perpetrado por desconhecidos, que também picharam o local com símbolos anarquistas.

O ataque ocorreu na madrugada da terça-feira, 28 de agosto, quando os agressores jogaram coquetéis molotov nas portas do templo, que foi construído em 1760 e estava fechado ao público.

A igreja, constituída Patrimônio Histórico Nacional desde 1941, foi pichada com a seguinte frase: "Queimarão na vingança" e, além disso, os agressores deixaram panfletos com uma mensagem intitulada "Deus morreu, nós, bruxas, o abortamos".

"Estamos atrás de vocês, genocidas, fascistas, sacerdotes violadores. Vocês e seus templos queimarão na vingança", assinala o cartaz. 

Comissão de leigos denuncia “cultura de silêncio” sobre abusos sexuais nos Estados Unidos



A National Review Board, comissão encarregada de assessorar os bispos dos Estados Unidos sobre a prevenção dos abusos sexuais a menores, condenou a "cultura de silêncio" na hierarquia da igreja e pediu uma investigação independente dirigida somente pelos leigos para cada acusação de má conduta sexual no clero.

Em um comunicado de imprensa distribuído pela Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) em 28 de agosto, a comissão, que é totalmente formada por especialistas leigos de diferentes áreas, disse que vem expressando a sua preocupação pela excessiva tolerância eclesiástica "durante vários anos" e pediu reformas específicas.

A comissão pediu uma "mudança genuína na cultura da Igreja" e assinalou os bispos como particularmente necessitados de mudança. Também pediu o fortalecimento da "Carta para a Proteção das Crianças e dos Jovens", estabelecida originalmente pela USCCB em 2002.

"Está na hora de os leigos assumirem uma liderança corajosa para ajudar a Igreja a responder e a curar, e para que os bispos escutem atentamente as nossas recomendações".

"As revelações de terríveis incidentes de abuso do Grande Júri da Pensilvânia, junto com o abuso perpetrado pelo Arcebispo McCarrick, apontam a um problema sistêmico dentro da Igreja que já não pode mais ser ignorado ou tolerado pelo episcopado nos Estados Unidos”, continua o comunicado.

A NRB foi formado em junho de 2002 como parte da resposta dos bispos à onda de escândalos de abusos sexuais em Boston. O grupo de 13 membros faz as suas recomendações ao Comitê para a Proteção das Crianças e dos Jovens da USCCB.

A comissão observou que, após os escândalos de abuso sexual que ocorreram a partir de 2000, estabeleceram novas políticas e procedimentos, incluindo a criação da NRB. Além disso, acrescentou que estas ações resultaram em uma "diminuição significativa" dos incidentes de abuso, mas os problemas subjacentes continuam sem ser abordados.

"A National Review Board expressou durante vários anos a sua preocupação de que os bispos não se tornem solícitos em sua resposta ao abuso sexual cometido pelo clero. As recentes revelações deixam claro que o problema é muito mais profundo. Estamos tristes, indignados e feridos pelo que aprendemos nas últimas semanas".

A declaração indica que "o mal dos crimes que foram cometidos" atinge os "níveis mais altos da hierarquia" e não pode ser abordado simplesmente com mudanças de procedimento e estruturais.

"Este mal foi o resultado de uma perda de liderança moral e um abuso de poder que levou a uma cultura de silêncio que permitiu que ocorressem estes incidentes. A intimidação, o medo e uso indevido da autoridade criaram um ambiente que foi aproveitado pelos sacerdotes, incluindo bispos, que causaram danos aos menores, aos seminaristas e aos mais vulneráveis", continua. 

Bispos do Peru asseguram seu “pleno, fraterno e episcopal apoio" ao Papa Francisco


A Conferência Episcopal Peruana expressou seu "pleno, fraterno e episcopal apoio" ao Papa Francisco, em meio ao que consideram "tentativas de desestabilizar a Igreja e o seu ministério".

Em um comunicado divulgado em 29 de agosto, os bispos peruanos asseguraram ao Santo Padre a "nossa proximidade na certeza de que a promessa de Jesus sempre sustenta a rocha sobre a qual construiu a sua Igreja: 'Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela'".

Em 25 de agosto, Dom Carlo Maria Viganò, ex-núncio nos Estados Unidos, publicou uma carta de 11 páginas assegurando que vários sacerdotes, bispos, cardeais e inclusive o Papa Francisco sabiam dos abusos do ex-cardeal Theodore McCarrick e agiram com negligência ou o encobriram.

No caso do Papa Francisco, Dom Viganò disse que, no início do seu pontificado, em 2013, retirou as sanções de McCarrick impostas supostamente pelo seu predecessor, o atual Papa Emérito Bento XVI. 

Bispos do Regional NE 3 da CNBB manifestam apoio ao Papa Francisco



Os Bispos do Regional Nordeste 3, manifestaram solidariedade ao Papa Francisco através de uma carta divulgada hoje (30), após o encerramento da Assembleia de Pastoral.  A iniciativa  dos Bispos da Bahia e de Sergipe integra as diversas manifestações de apoio ao Papa após a publicação do documento do arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos EUA, que acusa o Santo Padre e alguns purpurados de ter acobertado o caso do cardeal Theodore McCarrick. Acusado de abusos contra menores, em 27 de julho o Papa aceitou a renúncia do purpurado ao título de cardeal e dispôs a suspensão do mesmo de qualquer ministério público. No texto, os bispos manifestam a unidade e a solidariedade ao pontífice. “Temos consciência de que a Igreja vive um momento particularmente doloroso e difícil. Se isso aflige o nosso coração de pastores de Igrejas Particulares, imaginamos quanto o faz sofrer, diante da responsabilidade que recebeu de Jesus Cristo como continuador da missão de Pedro, de confirmar todos os seus irmãos na fé”, diz um trecho da carta.

Leia, abaixo, a íntegra do texto:

"Depois de anos de estudo, buscando a verdade, encontrei a Igreja Católica!", diz ex-protestante



Nasci num lar Batista. Toda a minha família é protestante e eu, a 4ª geração. Meu bisavô, por parte de mãe, era calvinista presbiteriano, fundador de igrejas calvinistas no Brasil. Minha mãe, presbiteriana de origem, ao se casar com meu pai, migrou para a Igreja Batista.

Até os 14 anos ainda não era batizada já que batistas não batizam crianças. Quando estava perto de completar 15 anos fui para a casa de uma tia, irmã do meu pai, em Nova Friburgo. Ela era católica e ficou muito preocupada pelo fato de eu ainda não ter recebido Batismo. Começou então ali, na casa dela meu primeiro contato com a Igreja. Fiquei convencida da importância do Batismo e aceitei fazer a catequese na Catedral São João Batista.  No dia 25 de abril de 1974, recebi Batismo e Primeira Comunhão.


Ao voltar para casa, contei tudo aos meus pais e falei que queria ser católica, frequentar as Missas... Enfim, que não queria mais ser “crente”.

Eles consideraram minha atitude como traição à nossa fé protestante. Fui naquele mesmo ano re-batizada na igreja protestante e proibida de ”passar perto” de uma igreja católica.


Naquela época, eu não tinha consciência do que estava acontecendo. Aceitei os argumentos deles, o re-batismo e continuei na Igreja Batista de meus pais. Mas aquelas imagens jamais saíram da minha mente. Lembrava com saudade da Missa, do cheirinho do incenso, do órgão, do silêncio, das músicas…


Quando já adulta, às vezes entrava em alguma igreja católica e ficava relembrando… Olhava as imagens e pensava que se não fossem por elas eu poderia ser católica sem “culpa”.


Com o tempo, a Igreja Batista foi ficando muito diferente da Igreja da minha infância. O culto se tornou barulhento, as doutrinas pentecostais foram penetrando lenta e sutilmente e eu me sentia muito incomodada com as mudanças. Dos 19 aos 29 anos, frequentava muito pouco… Um culto a cada três meses. Quando me lembrava da recomendação bíblica: “ensina a criança no caminho que deve andar” sentia muita culpa por não estar proporcionando às minhas filhas, o mesmo ambiente cristão que eu tive.


Optei por colocá-las em colégio católico (Sagrado Coração de Maria), porque acreditava que além de receberem ensino de excelência, receberiam também valores de ética e moral cristãs. Aos domingos (nem todos), levava-as para a Escola Bíblica Dominical Batista, mas elas não gostavam da Igreja Batista.


Eu sentia muita angustia por não estar freqüentando uma igreja.. As idas esporádicas me causavam ainda mais ansiedade.  Então no meio da década de 90 passei a freqüentar a Igreja Batista assiduamente, participar de suas atividades como professora de EBD infantil, e como corista do coral batista. Embora estivesse bem inserida, não me sentia plenamente satisfeita. Faltava algo que eu não sabia explicar o que era.   Quase que por acaso conheci a Igreja Presbiteriana. Uma corista presbiteriana veio à Igreja Batista para participar da Cantata de Páscoa conosco e me fez um convite para viajarmos num retiro espiritual de Páscoa, da igreja dela.

Desde o primeiro dia que participei do culto presbiteriano tive certeza absoluta de que jamais voltaria a ser batista! Descobri a diferença entre estar numa comunidade cristã e estar em comunhão com Deus. Foi uma mudança radical.  Hoje sei que o que mais me encantou foi o que os presbiterianos conservaram do catolicismo, mas naquela época não tinha consciência disso. A liturgia, os cânticos suaves acompanhados apenas do órgão, as orações previamente estruturadas, sem gritos, o coro com os hinos clássicos do Novo Cântico (hinário litúrgico presbiteriano), enfim, todo um conjunto harmonioso e uma doutrina que aceitei inicialmente como muito coerente com a Bíblia.Até então, jamais tinha sentido vontade e necessidade de estudar Teologia. Mas aquela Igreja me apontava para algo, para além dela. Ao final do culto eu ficava me perguntando de onde vinha toda aquela beleza litúrgica.