segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Padres sinodais aos jovens: "Que nossas fraquezas não os desanimem"


Os Padres Sinodais dirigiram uma carta aos jovens do mundo na qual pedem uma confiança renovada na Igreja: “Que nossas fraquezas não os desanimem, que as fragilidades e pecados não sejam um obstáculo à sua confiança. A Igreja é sua mãe”.

Na carta, lida pelo Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, no final da Missa de encerramento do Sínodo dos Bispos sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional, presidida no domingo, 28 de outubro, pelo Papa Francisco na Basílica da Basílica de São Pedro, os Padres sinodais asseguraram aos jovens que a Igreja “não abandona vocês e está pronta para acompanhá-los em novos caminhos, nas sendas mais altas onde o vento do Espírito sopra mais forte, varrendo as névoas da indiferença, da superficialidade, do desânimo”.

Os Padres Sinodais asseguram conhecer “as suas buscas interiores, das alegrias e das esperanças, das dores e angústias que fazem parte de sua inquietude”.

“Agora, queremos que vocês escutem uma palavra nossa: desejamos ser colaboradores de sua alegria para que suas expectativas se transformem em ideais. Temos certeza de que com sua vontade de viver, vocês estão prontos a se empenhar para que seus sonhos tomem forma em sua existência e na história humana”.

Cardeal Zen pede a católicos fiéis da China que voltem às catacumbas



Em um dramático artigo editorial publicado no New York Times, o Cardeal Joseph Zen ze-kiun, Bispo Emérito de Hong Kong, pediu aos fiéis católicos da China para "voltar às catacumbas" depois do Acordo Provisório assinado entre o governo do país asiático e o Vaticano para a nomeação dos bispos.

"Aos bispos e sacerdotes clandestinos (fiéis) da China, apenas posso lhes dizer: por favor, não comecem uma revolução. Eles (as autoridades) tomam suas igrejas? Já não podem celebrar? Vá para casa e reze com suas famílias (...) Esperem um tempo melhor. Voltem às catacumbas. O comunismo não é eterno", disse o Purpurado chinês em um artigo publicado em 24 de outubro.

No texto intitulado "O Papa não entende a China", o Cardeal afirmou que o Acordo Provisório assinado pelo governo comunista e o Vaticano "é um passo importante na aniquilação da verdadeira Igreja na China".

O Purpurado, que já ensinou em diversos seminários chineses, assinalou que conhece a China, ao contrário do "Papa Francisco, um argentino, que parece não compreender os comunistas. Ele é muito pastoral e vem da América do Sul, onde historicamente os governos militares e os ricos se uniam para oprimir os pobres. E quem estava lá para defendê-los? Os comunistas, talvez inclusive alguns jesuítas, e o governo os chamaria de jesuítas comunistas".

"Francisco pode ter uma simpatia natural pelos comunistas porque, para ele, eles são perseguidos. Ele não os conhece como perseguidores quando estão no poder, como os comunistas da China".

O Bispo Emérito de Hong Kong recordou que "a Santa Sé e Beijing cortaram seus laços na década de 1950. Os católicos e outros crentes eram presos e enviados a campos de trabalho forçado. Voltei para a China em 1974, durante a Revolução Cultural, e a situação era terrível, pior do que podem imaginar. Era uma nação sob a escravidão e esquecemos facilmente destas coisas. Também esquecemos que nunca se pode ter um bom acordo com um regime totalitário".

"A China se abriu desde os anos 1980, mas até hoje tudo está sob o controle do Partido Comunista Chinês. A Igreja oficial da China é controlada pela associação patriótica e pela conferência dos bispos, e ambas são controladas pelo partido".

O Cardeal disse que entre 1985 e 2002, o Cardeal Josef Tomko, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, "compreendia o comunismo e foi sábio".

Em sua opinião, quando o Cardeal Tomko deixou seu cargo em 2002, as coisas mudaram e, embora fosse criada uma comissão especial para os temas da Igreja na China na qual o Cardeal Zen também participou, as coisas pioraram.

Em seguida, o Purpurado destacou que, com o Papa Bento XVI e sua carta aos católicos da China em 2007, a esperança voltou, mas algo grave ocorreu com a carta.

O texto tinha um erro de tradução para o chinês que parecia deliberado e se espalhou amplamente, embora o Vaticano tenha corrigido. Isso fez com que "alguns bispos entendessem que a carta histórica de Bento XVI era um encorajamento a unir-se à igreja estatal sancionada", mas na verdade era crítica ao regime.

Agora, continuou: "Francisco quer visitar a China. Todos os Papas gostariam de ter ido ao país, começando por João Paulo II, mas o que a visita a Francisco a Cuba em 2015 deixou para a Igreja? O que deixou ao povo cubano? Quase nada. Ele converteu os irmãos Castro?”.

Devido às atuais restrições do governo chinês contra a Igreja, "os sacerdotes clandestinos no continente me disseram que estão desencorajando os fiéis a irem à Missa para evitar serem presos". 

Homilia do Santo Padre na Conclusão da XV Assembleia do Sínodo dos Bispos



SANTA MISSA NA CONCLUSÃO 
DA XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Domingo, 28 de outubro de 2018

O episódio escutado é o último narrado pelo evangelista Marcos no ministério itinerante de Jesus, que, pouco depois, entra em Jerusalém para morrer e ressuscitar. Assim, Bartimeu é o último que segue Jesus ao longo do caminho: de mendigo na margem da estrada para Jericó, torna-se discípulo que vai juntamente com os outros para Jerusalém. Também nós caminhamos juntos, «fizemos sínodo» e agora este Evangelho corrobora três passos fundamentais no caminho da fé.

Antes de mais nada, olhemos para Bartimeu: o seu nome significa «filho de Timeu». O próprio texto o especifica: «Bartimeu, o filho de Timeu» (Mc 10, 46). Mas o Evangelho, ao mesmo tempo que o reitera, põe a descoberto um paradoxo: o pai está ausente. Bartimeu jaz sozinho na estrada, fora de casa e sem pai: não é amado, mas abandonado. É cego e não tem quem o ouça; e, quando queria falar, mandavam-no calar. Jesus ouve o seu grito. E, quando Se encontra com ele, deixa-o falar. Não era difícil intuir o pedido que faria Bartimeu: é óbvio que um cego queira ver ou reaver a vista. Mas Jesus não tem pressa, reserva tempo para a escuta. E aqui temos o primeiro passo para ajudar o caminho da fé: escutar. É o apostolado do ouvido: escutar, antes de falar.

Em vez disso, muitos dos que estavam com Jesus repreendiam Bartimeu para que estivesse calado (10, 48). Para estes discípulos, o indigente era um transtorno no caminho, um imprevisto no programa pré-estabelecido. Preferiam os seus tempos aos do Mestre, as suas palavras à escuta dos outros: seguiam Jesus, mas tinham em mente os seus projetos. Trata-se dum risco do qual sempre nos devemos precaver. Ao contrário, para Jesus, o grito de quem pede ajuda não é um transtorno que estorva o caminho, mas uma questão vital. Como é importante, para nós, escutar a vida! Os filhos do Pai celeste prestam ouvidos aos irmãos: não às críticas inúteis, mas às necessidades do próximo. Ouvir com amor, com paciência, como Deus faz conosco, com as nossas orações muitas vezes repetitivas. Deus nunca se cansa, sempre Se alegra quando O procuramos. Peçamos, também nós, a graça dum coração dócil a escutar. Gostaria de dizer aos jovens, em nome de todos nós, adultos: desculpai, se muitas vezes não vos escutamos; se, em vez de vos abrir o coração, vos enchemos os ouvidos. Como Igreja de Jesus, desejamos colocar-nos amorosamente à vossa escuta, certos de duas coisas: que a vossa vida é preciosa para Deus, porque Deus é jovem e ama os jovens; e que, também para nós, a vossa vida é preciosa, mais ainda necessária para se avançar.

Depois da escuta, um segundo passo para acompanhar o caminho de fé: fazer-se próximo. Vejamos Jesus, que não delega em ninguém da «grande multidão» que O seguia, mas encontra Ele pessoalmente Bartimeu. Diz-lhe: «Que queres que Eu faça por ti?» (10, 51). Que queres – Jesus amolda-Se a Bartimeu, não prescinde das suas expetativas – que Eu faça – fazer, não se limita a falar – por ti – não segundo ideias pré-estabelecidas para todos, mas para ti, na tua situação. É assim que Deus procede, envolvendo-Se pessoalmente com um amor de predileção por cada um. Na sua maneira de proceder, ressalta já a sua mensagem: assim a fé germina na vida. 

As implicações eclesiais da vitória de Jair Bolsonaro



Aconteceu. Era impensável na mente dos brasileiros outro desfecho. Jair Bolsonaro foi a única alternativa realmente factível contra o criminoso esquema de poder arquitetado para durar décadas pelo Partido dos Trabalhadores, com as bênçãos da CNBB.

A narrativa está definitivamente superada. Assim como o PT, a CNBB não representa o povo brasileiro. E não é de hoje! Desde o plebiscito dos armamentos, em 2005, o povo católico não hesitou em posicionar-se contra a orientação dos bispos. Do mesmo modo, dez anos depois, em 2015, os bispos não conseguiram adesão para a sua campanha de assinaturas para a reforma política. Neste momento, eles ainda devem estar sob o efeito alucinante de uma frustração aguda, frustração que se aprofunda ainda pelo fato de não compreenderem como conseguiram chegar a um nível tão profundo de desimportância. Ninguém os escuta. Eles são como cães mudos, incapazes de latir.

PT: o xodó da CNBB

O problema não é novo. Começou a gestar-se no final da década de 1960. Com o fim do Concílio Vaticano II, difundiu-se por todo o clero católico a euforia de modernidade, de abrir-se para todas as novidades do mundo, dentre as quais, na época, o marxismo era a onda que mais se impunha.

Com a impressão de libertar-se do idealismo teológico e de assumir ares de uma teologia mais prática, mais pastoral, mais popular, na verdade, os teólogos da libertação simplesmente jogaram o clero católico nos braços dos “intelectuais” da esquerda, que impulsionavam no Brasil a sua revolução cultural gramsciana. Ocupando as universidades e a mídia, estes davam ao clero a impressão de uma ressonância onipresente: o povo parecia socialista e os bispos eram a vanguarda dessa reviravolta política que se consolidaria com a fundação do Foro de São Paulo e a consequente vitória do PT nos inícios do novo século.

Embora desde cedo os governos Lula e Dilma tenham dado as costas aos princípios morais católicos e, em seguida, os mega-escândalos de corrupção tenham destruído totalmente a credibilidade do partido, a cegueira dos bispos os impedia de ver o que era evidente para todos. Como uma mãe furiosa, a CNBB defendeu e continua a defender o seu filho bastardo. O PT é o xodó definitivo dos bispos vermelhos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Fake News: Nossa Senhora Aparecida não deixará de ser padroeira do Brasil


Neste mês de outubro, quando a Igreja celebrou a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, começou a circular nas redes sociais a informação de que um dos candidatos à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), iria mudar a representação da Virgem Aparecida e apoiaria um projeto de lei que tiraria Dela o título de padroeira do país; porém, esta semana, o próprio político negou o fato.

As informações que circularam em redes sociais como Facebook e WhatsApp constavam de uma suposta página do jornal Folha de S. Paulo, com a declaração de que a sugestão da “troca da imagem da padroeira do Brasil” teria ocorrido em um encontro entre Bolsonaro e Edir Macedo, da Igreja Universal.

Além disso, a suposta notícia afirma que o candidato “tomará essa postura não somente pelo tom da pele, e sim para trazer mudança em todos os cenários”.

Entretanto, não há nenhuma publicação deste jornal com o mesmo título ou assunto na data em que aparece na página apresentada na mensagem, isto é, 11 de outubro, como indicou a própria Folha de S. Paulo em seu site.

Outra mensagem nas redes sociais afirma que o político assinou o Projeto de Lei (PL) 2623, de 2007, que sugeria a alteração do termo “padroeira do Brasil” para “padroeira dos brasileiros católicos apostólicos romanos”.

Este projeto é de autoria do deputado Victorio Galli, na época era filiado ao MDB e atualmente pertence ao PSL. Mas, o PL foi arquivado em 2008 na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.

Além disso, como assinala a própria Folha de S. Paulo, este projeto não poderá ser desarquivado no próximo ano, porque o seu autor, o deputado Victorio Galli, não foi reeleito.

Por sua vez, nesta semana, em entrevista ao ‘Terça Livre’, Bolsonaro indicou ser uma acusação sem cabimento a de que ele quer “tirar Nossa Senhora Aparecida como sendo padroeira do Brasil, devido à cor de sua pele”.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Consciência e respeito


Neste domingo, segundo turno das eleições, cumpriremos o dever cívico de votar. Não indico ninguém, mas faço algumas observações para ajudar a votar com consciência. Não estaremos elegendo um chefe de família ou um presidente de associação religiosa;para esses encargos, seriam exigidas outras qualidades, morais e espirituais.  E não julguemos que, para termos uma nação melhor, tudo será resolvido  pelo presidente, mas sim com a melhora de nós mesmos, de todos.

Especialmente no caso da eleição do presidente, a escolha não sendo totalmente livre, pois só há dois candidatos, não sejamos fanáticos nem apaixonados: ambos têm graves defeitos e nenhum será o “salvador da pátria”. Também não sejamos cegos na escolha: muito mais do que a sua vida pessoal, observemos o seu passado político, suas companhias e os seus programas, há que se escolher no seu conjunto entre o que seria menos ruim e prejudicial ao país.

Quanto ao estado democrático de direito, a liberdade de imprensa, a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade, os candidatos já assinaram, a pedido da ABI, um termo de compromisso de que respeitarão esses direitos e garantias fundamentais, previstos na Constituição. Isso nos tranquiliza, mas só um pouco e temporariamente. Esperemos que cumpram esses compromissos e que os seus partidos os deixem cumprir, pois eles devem obediência aos seus programas e ideologias.

Para um voto consciente, especialmente cristão, não se deve deixar impressionar pelas visitas demagógicas a Igrejas e entidades religiosas, por palavras de efeito, por elogios protocolares recebidos daqui e dali. É preciso examinar o programa de cada partido deles (candidatos a presidente e vice), pois eles seguirão esse plano, nas propostas claras sobre: aborto, educação, ideologia de gênero, família segundo o modelo criado por Deus, direito de propriedade, segurança, direitos humanos, defesa do cidadão honesto, apoio ao socialismo e comunismo, cuidado efetivo com os pobres através de um programa de estabilidade econômica com empregos e não apenas com assistencialismo, que deve existir apenas excepcional e temporariamente, como ajuda aos mais carentes, etc.

Arcebispo Viganò publica terceira carta aberta sobre escândalo McCarrick


Testemunhar a corrupção na hierarquia da Igreja Católica tem sido para mim uma decisão dolorosa e ainda o é. Mas eu sou um homem já velho, que sabe que em breve terá que prestar contas ao justo Juiz por suas ações e omissões, que teme Aquele que tem o poder de jogar corpo e alma no inferno.
   
Juiz, que apesar de sua infinita misericórdia, “dará a cada um segundo os méritos, a recompensa ou o castigo eterno” (Ato de fé). Antecipando a terrível pergunta daquele Juiz: “Como você pôde, você que estava ciente da verdade, permanecer em silêncio no meio de tanta falsidade e depravação?” Que resposta eu poderia dar?

Eu falei tendo plena consciência de que o meu testemunho iria provocar alarme e consternação em muitas pessoas eminentes: eclesiásticos, irmãos no Episcopado, colegas com quem trabalhei e rezei. Eu sabia que muitos deles se sentiriam magoados e traídos. Eu sabia que alguns deles iriam me acusar e questionar minhas intenções. E, o mais doloroso de tudo, eu sabia que muitos fiéis inocentes ficariam confusos e perplexos com o espetáculo de um bispo que acusa seus irmãos e superiores de malfeitos, pecados sexuais e grave negligência no seu dever. No entanto, acredito que meu contínuo silêncio teria posto em perigo muitas almas e certamente teria condenado a minha própria. Apesar de ter reportado várias vezes aos meus superiores, e até mesmo ao Papa, sobre as ações aberrantes de McCarrick, eu poderia ter denunciado antes e publicamente as verdades das quais eu estava ciente. Se existe alguma responsabilidade da minha parte por esse atraso, eu me arrependo, pois foi devido à gravidade da decisão que eu estava prestes a tomar e ao longo conflito da minha consciência.

Eu fui acusado de ter criado com o meu testemunho confusão e divisão na Igreja. Esta afirmação só pode ter algum fundo de verdade para aqueles que acreditam que tal confusão e divisão eram irrelevantes antes de Agosto de 2018. Qualquer observador desapaixonado, no entanto, já teria sido capaz de ver bem a presença prolongada e significativa de ambos, algo inevitável quando o Sucessor de Pedro se recusa a exercer sua principal missão, que é confirmar seus irmãos na fé e na sólida doutrina moral. Quando, pois, com mensagens contraditórias ou declarações ambíguas, a crise é agravada, a confusão só piora.

Então, eu falei. Porque é a conspiração do silêncio que causou e continua a causar enormes danos à Igreja, a tantas almas inocentes, a jovens vocações sacerdotais ou aos fiéis em geral. No mérito dessa minha decisão é que tomei consciência diante de Deus, e aceito com toda boa vontade qualquer correção fraterna, conselho, recomendações e convite a progredir na minha vida de fé e de amor a Cristo, à Igreja e ao papa.

Permitam-me lembrá-los novamente dos principais pontos do meu testemunho.

“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”


Caríssimos e amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo!

É extremamente oportuno tratar da PAZ SOCIAL.  A priori, podemos afirmar sem a mínima sombra de dúvida, que os comunistas, ateus que são,  nunca trarão a paz, porque sem Deus não há paz.  Há sim luta de classes, um lançar insano de terror na alma simples do povo, divisões e insubmissões nefastas entre filhos e pais. A nossa sociedade acha-se viciada nos seus pilares fundamentais: a família e a moral religiosa.

Os comunistas, ou seja, os políticos de partidos de esquerda, querem uma sociedade sem Deus e sem respeito ao direito de propriedade particular.

Quando Lula desgovernava o Brasil, e a Lava Jato ainda não existia, estive em Portugal e lá me perguntaram porque no Brasil não era proibido roubar. Não foi difícil responder: infelizmente parece que é isto mesmo e até bem pior do que isto: o direito de propriedade particular é que é ROUBO, segundo os comunistas. Invertem assim o sétimo mandamento da lei de Deus como o vemos exarado em Êxodo XX, 15. Daí, hoje, graças à Lava Jato que ficará exarada imortal nos fastos do Brasil,  quando presos por comprovados roubos, se fazem de vítimas, e dizem que é golpe.

“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Nesta frase do Divino Mestre está contido o cumprimento exato dos nossos deveres para com Deus e para com o próximo, dando a cada um o que lhe pertence. Na verdade, todo poder vem de Deus: “Não haveria poder algum se não fosse dado do alto” (cfr. Jo. 19, 11). A autoridade política legitimamente constituída provém de Deus e há de ser respeitada como um reflexo da autoridade divina. Por isso, todo o cristão está obrigado a obedecer à autoridade política, desde que esta não ordene coisas contrárias à Lei de Deus, porque neste caso já não representaria a autoridade divina, e, então, como diz São Pedro, “deve-se obedecer antes a Deus que aos homens” (Atos V, 29).

Ante as sérias ameaças feitas à paz pelos comunistas, o Cristianismo que deverá fazer? O que sempre fez, ou seja,  por meio de seus filhos espalhados por todas as partes do mundo, realizar as obras de caridade e de fé, coisas estas que vêm de Deus. “Deus é o sol das mentes sublimes e dos corações ardentes”, dizia Carducci. No amor a Deus e ao próximo encontramos o cumprimento de toda a Lei e os Profetas; e os justos vivem de fé. Quem, porém, não se detém em considerações apressadas, não pode deixar de chegar a conclusões nimiamente dolorosas. O espetáculo das massas indiferentes e, por vezes, hostis à Religião, os progressos do ódio e do mal no mundo, a afirmação em muitas consciências de doutrinas contrárias à verdade e aos princípios cristãos tradicionais (e quem os defende é vítima de facada), as perseguições desencadeadas em muitos países com métodos e um encarniçamento que não têm paralelo na história, tudo isso dá a impressão de nos encontrarmos no meio daquela crise espiritual predita pela Bíblia para a época do anti-cristo.

Caríssimos, para os comunistas, a religião não se apóia em bases transcendentes certas e sólidas, como sejam, a existência de Deus, a lei eterna e a vida ultra terrena, mas apenas na necessidade que o homem  –  “oprimido pelas forças naturais nos estados primitivos da civilização e pelas forças sociais nos estados superiores”  – experimentou de criar para si um mundo imaginário e melhor no além, que o compensasse dos sofrimentos, das injustiças e das opressões sofridas neste mundo. Para eles, a Religião, pode, por enquanto, lhes ser útil para tomar o poder (comungando p. ex.) mas, na verdade, está fadada a ser superada e a desaparecer, logo que seja superada e desapareça a miséria presente, graças à revolução social que o comunismo  –  apregoam eles  –   se encarrega de levar a cabo em todo o mundo. Para os comunistas a Religião não é apenas um erro inofensivo, é, outrossim, um mal nefasto sob o ponto de vista social.

Os comunistas dizem que a Religião engana as massas e cega-as, de tal modo que as torna presa fácil do capitalismo. Carl Marx dizia que a Religião é o ópio do povo. Ela, dizem os comunistas, corta as asas e elimina as aspirações a qualquer movimento contra as injustiças perpetradas pela classes dominadoras.  O crente que julga assegurado o Paraíso no futuro, pouco se importa com o presente, afirmam… Daqui vem o ódio e o incitamento para abolir a religião; daqui vem a propaganda do ateísmo feita pelo comunismo entre as massas, daqui a luta contra Deus, contra a Igreja, contra a família e contra a moral religiosa.