O apóstolo Paulo escreve à comunidade de Filipos, numa altura em que ele próprio está em graves dificuldades, vítima de uma perseguição. Todavia, a estes seus caros amigos ele aconselha, ou melhor, quase ordena para que “estejam sempre alegres”.
Mas será possível dar uma ordem como esta?
Olhando ao nosso redor, não é fácil encontrar motivos de serenidade, e muito menos de alegria!
Diante das preocupações da vida, das injustiças da sociedade, dos atritos entre os povos, é já um grande desafio não nos deixarmos desencorajar, derrotar, ou não nos fecharmos em nós mesmos.
Em todo o caso, Paulo faz-nos o convite:
«Alegrai-vos sempre no Senhor!».
Qual é o seu segredo?
«[…] há uma razão para que, apesar de todas as dificuldades, nós temos que estar sempre alegres. É a própria vida cristã, levada a sério, que permite isto. Por ela, Jesus vive em plenitude dentro de nós e, com Ele, não podemos deixar de estar na alegria. É Ele a fonte da verdadeira alegria, porque dá sentido à nossa vida, guia-nos com a sua luz, liberta-nos de todos os medos, tanto por aquilo que aconteceu no passado, como pelo que ainda nos espera. Dá-nos força para vencermos todas as dificuldades, tentações e as provações que possamos encontrar» (1).
A alegria do cristão não é um mero otimismo, nem a segurança do bem-estar material, nem sequer a alegria de quem é jovem e está de boa saúde. Acima de tudo, é fruto do encontro pessoal com Deus, no mais íntimo do coração.