domingo, 26 de maio de 2019

Menos Freire, Mais Anchieta


Patrono é um notável homem que defende uma causa; é, pois, um protetor. Hoje, de acordo com a Lei 12.612/2012, de autoria de Luíza Erundina (PSOL/SP) e sancionada por Dilma Rousseff (PT), o marxista Paulo Freire é o “Patrono da Educação Brasileira”. Portanto, de acordo com a lei, Paulo Freire é o protetor da educação brasileira, seu defensor, seu guardião. Pergunto: Há nisso algum sentido? É justo, ou pelo menos razoável, Paulo Freire ser honrado com tal título?

Serei direto: Não! Absolutamente não! “E por que não?”, perguntará o amigo. Para responder a essa pergunta é necessário primeiro compreender em que consiste a educação. Uma vez compreendida a verdadeira educação, apresentarei brevemente em que consiste educação paulofreriana, e aí ficará evidente que Paulo “ninguém educa ninguém”[1] Freire nunca deveria ser honrado com tal título.

Pois bem, segundo Papa Pio XI, a educação consiste “essencialmente na formação do homem como ele deve ser e portar-se, nesta vida terrena, em ordem a alcançar o fim sublime para que foi criado”[2]; ou seja, a verdadeira educação trata “de formar o eleito e o herdeiro do céu”[3], levar o homem à Bem-Aventurança eterna. Eis a verdadeira educação. Por isso, “não pode dar-se educação adequada e perfeita senão a cristã [católica]”[4] e toda educação que desvie desse fim último é, portanto, uma educação defeituosa.

Se a verdadeira educação busca levar o homem à Bem-Aventurança eterna, a educação paulofreriana é a falsa educação, é uma “anti-educação”, é o extremo oposto da verdadeira educação. Paulo Freire nunca protegeu a educação – a verdadeira –, pelo contrário, buscava destruí-la; sua pedagogia consiste em fazer política pela pedagogia: “Faço política através da educação”[5]. E por ter caráter político e revolucionário, a pedagogia paulofreiriana, aquilo que é comumente conhecido como “Método Paulo Freire”, é um fracasso monstruoso: “os egressos do Método Paulo Freire, de ontem e de hoje, continuam alfabetizados e politizados, porém, verdadeiros analfabetos funcionais”[6]. Mas não é só isso: Paulo Freire não só formou e forma analfabetos funcionais, mas também destruiu e destrói a fé de muitos – e de muita gente simples e pobre que ele dizia defender. Paulo Freire, como “católico” que era, era um “discípulo” da revolucionária Teologia da Libertação. Para ele, “a única [igreja] capaz de fazer a revolução social é a profética[7], desde que geste em seu seio a única teologia capaz das transformações, isto é, a Teologia da Libertação”[8].

No “Método Paulo Freire” não há aquele sublime fim de formar o eleito e o herdeiro do céu. Não. Não há amor, só ódio e revolução. Paulo Freire nunca quis levar almas para o céu, mas transformar crianças, jovens e adultos em revolucionários para a causa socialista. E pior (se é que se pode piorar): enquanto os bons católicos buscam compreender o Evangelho olhando para os santos, Paulo Freire “compreendeu” o Evangelho olhando para Karl Marx (aquele sujeito que, dentre outras coisas deploráveis, dizia que a religião é o ópio do povo). Diz o (ainda) patrono: “Marx me ensinou a compreender melhor os Evangelhos. Quem me apresentou a Marx foi a dor do povo […], foi a miséria, a deterioração física, a morte. Fui a Marx e não descobri razão nenhuma para não continuar minha camaradagem com Cristo”[9].

Diante de tudo isso, consegue o amigo compreender porque ter Paulo Freire como Patrono da Educação Brasileira é uma ofensa inominável? Enquanto a verdadeira educação vê na pessoa uma alma imortal amada por Deus e que deve ser salva, a educação paulofreiriana vê um revolucionário em potencial, um agente político.

Se Paulo Freire não é o defensor da educação brasileira, pelo contrário, ele é um opositor, pergunta-se: Há na história do Brasil algum homem que defendeu e protegeu a educação de forma verdadeira? Existiu algum homem que educava as pessoas para o seu fim sublime?

Sim, e seu nome é José de Anchieta, Apóstolo do Brasil e Verdadeiro Patrono da Educação Brasileira.

Por que São José de Anchieta deveria ser o patrono da educação brasileira?


Desde que aportaram pela primeira vez em solo brasileiro as naus comandadas por Cabral até o presente momento (em que engaja toda uma nação a defesa da vida e dos princípios da lei natural), a identidade da Terra de Santa Cruz é indissociável da fé cristã, mais especificamente católica, de seu povo.

Se, espiritualmente, este tudo deve à Santa Igreja, intelectualmente, deve ainda mais sua saída do estado da mais profunda ignorância e barbárie aos esforços incansáveis dos missionários jesuítas, que, desapegados de todas as riquezas do mundo e arriscando suas próprias vidas (e muitos foram os mártires, atacados por corsários a caminho do Novo Mundo ou devorados por tribos antropófagas!), pregavam o Evangelho a povos que antes precisavam ser alfabetizados e civilizados.

Neste contexto, o padre José de Anchieta, responsável pela fundação de São Paulo e outras cidades, grande poeta da língua portuguesa, latina e tupi (que compôs o maior poema latino dedicado à Virgem Maria de todos os tempos), autor da primeira gramática da língua tupi, dramaturgo, grande pregador e santo jesuíta, brilha como síntese perfeita de todos os valores e virtudes que marcaram esses heróis da cultura e da Fé.

A imagem do velho sacerdote de batina surrada perambulando pelas praias paulistas e capixabas, com um altar às costas, em busca de um único índio que pudesse evangelizar, mais do que qualquer outra, serve como símbolo de todos os educadores brasileiros, numa nação onde, felizmente, instrução escolar e ação catequética estiveram sempre tão ligados.

Ninguém trabalhou mais pela comunicação entre as diferentes culturas que formam nosso rico povo! O humilde missionário, que contribuiu para a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e assistiu Estácio de Sá em seus últimos momentos, pode ser considerado o verdadeiro fundador do Brasil, o primeiro homem que soube unir, sob o estandarte da Cruz, colonos e nativos.

Nos tempos que correm, nos quais nosso país procura finalmente livrar-se das amarras ideológicas e resgatar corajosamente sua identidade cristã, nada mais apropriado do que a substituição do nome vergonhoso de Paulo Freire pelo de São José de Anchieta como modelo máximo de educador no Brasil.

De Freire, restam-nos 38% de matriculados analfabetos funcionais em nível superior (segundo dados do Inaf), bem como os resultados humilhantes de nossos estudantes nos maiores testes internacionais. De Anchieta, restam-nos uma obra vastíssima, colégios, cidades… enfim, um país!

Heresias atuais


Na 57ª Assembleia Geral da CNBB, a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, em sua declaração, adverte-nos para sete tendências atuais que ameaçam a ortodoxia e a vivência da fé, na sua unidade e integralidade. São erros e heresias atuais. Resumo alguns trechos:

1- O problema do ateísmo e do secularismo. Chega-se devagar à “morte de Deus”. Há uma recusa da autoridade. Só se aceita a tolerância. A impunidade diante dos erros com base no dito “o inferno existe, mas está vazio” pode conduzir à banalidade do mal. A máxima “se Deus não existe, tudo é permitido”, está em voga, e abre caminho para teorias como a ideologia de gênero etc. Enfim, o direito de a Igreja existir no mundo moderno é contestado até por cristãos.

2- O antropocentrismo exagerado que leva ao relativismo em todos os campos, inclusive o ético. Afirma-se que o homem não só pensa, mas faz a (sua) verdade. É a fé dissociada da prática (que o Papa Francisco chama de hipocrisia). O homem se faz Deus e tudo recria.... De um lado há os que acham suficiente acudir às urgências no empenho por um mundo justo e fraterno, e por outro lado a tendência ao fundamentalismo espiritual, que deseja uma Igreja espiritualista, separando fé e vida. A fé é propriedade de toda a Igreja e não pode ser escamoteada ao gosto de cada um.

3- Quase não se fala mais em pecado. É politicamente incorreto falar de pecado. Hoje o psicologismo isenta a todos de culpa. É quase consenso que quem é pobre, está redimido dos pecados, só pelo fato de ser pobre. Torna-se necessário formar as consciências. Não se fala mais dos novíssimos: morte, juízo, inferno, paraíso, apesar de o Catecismo da Igreja o ensinar.

4-  Tentação de separar a fé da oração e do agir: vida de oração, espiritualidade, liturgia, que não podem ser vistos como realidades ultrapassadas, mas partes integrantes da vida eclesial. A Igreja deve crer o que reza e praticar o que crê. E o que se deve crer está explícito.

MG: "Vim do inferno", disse homem após assassinar ex-namorada, invadir uma igreja evangélica e matar outras três pessoas em Paracatu


Um homem abriu fogo em uma igreja evangélica de Paracatu, Minas Gerais, e deixou três mortos. O alvo de Rudson Aragão Guimarães foi a Igreja Batista Shalon.

Segundo a Polícia Militar do Estado, antes do crime, ele tinha acabado de esfaquear e matar a ex-namorada. Depois, ele seguiu para o templo religioso e disparou contra três pessoas, que morreram.

Uma patrulha da PM passava pelo local, reagiu a baleou o atirador, que foi encaminhado para um hospital.

No momento em que abria fogo na Igreja Batista Shalom de Paracatu, no interior de Minas Gerais, o ex-militar Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, disse que havia "voltado do inferno" e precisava cumprir "algumas missões".

A informação foi divulgada pelo porta-voz da Polícia Militar mineira, major Flávio Santiago, com base em relatos de testemunhas que escaparam do ataque, ocorrido na noite desta terça-feira (21).

"No momento em que eles entraram (na igreja), ele tomou uma mulher como refém e disse: 'Eu vim do inferno, tenho algumas missões para cumprir' e atirou nela. Não deu nem tempo para negociação. Aí os policiais atiraram nele", explicou o major.

Governo mantém monitoramento do Sínodo da Amazônia, revela diplomata


O diplomata Henrique da Silveira Sardinha revelou que a preparação para evento da Igreja Católica sobre a Amazônia trazia "ideias e conceitos preocupantes", que, mais tarde, atingiram nível satisfatório

Em outubro a Igreja Católica vai realizar em Roma o Sínodo da Amazônia, a partir de uma convocação do papa Francisco. O tema da assembleia sinodal (encontro de bispos) será “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. O evento reunirá representantes eclesiásticos dos oito países sul-americanos abrangidos pela Região Amazônica.

O monitoramento que o governo brasileiro vem realizando sobre o encontro da Igreja Católica foi o tema principal da sabatina com o diplomata Henrique da Silveira Sardinha, que teve seu nome aprovado nesta quarta-feira (22) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) para exercer a chefia da representação diplomática brasileira junto à Santa Sé (estado onde está o Vaticano). A indicação de Sardinha foi relatada pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

— Este evento chama, sim, a atenção do governo, porque a fase de base da preparação dos documentos do Sínodo trabalhou com ideias e conceitos preocupantes. Mas o fato é que à medida que os documentos vão subindo de nível, eles evoluem substancialmente. O documento preparatório já foi bem mais aceitável, à despeito de alguns problemas. A tradição da Igreja Católica é não mencionar países ou políticas públicas em particular, então creio que o documento final do Sínodo será satisfatório. O Itamaraty mantém contatos de alto nível com a Santa Sé onde manifestamos todas as nossas preocupações — deixou claro Sardinha.

A recente Consagração do Brasil ao Imaculado Coração foi válida?


Na última terça-feira (21) aconteceu um ato de consagração da Nação brasileira ao Imaculado Coração de Maria. O presidente Jair Bolsonaro junto com Dom Fernando Rifan, um grupo de parlamentares católicos e alguns fiéis rezaram consagrando o Brasil ao Imaculado Coração de Maria.

A consagração à virgem Maria é um ato que chega até as raízes de nossa vida cristã, através da consagração à Virgem nos unimos ao Cristo de maneira plena, pelas mãos de sua Mãe. Unidos ao Cristo, nos unimos a Santíssima Trindade. Ou seja, quando nos consagramos à Virgem Maria, estamos dizendo que pelas mãos da Mãe de Deus, queremos ser inteiramente de Cristo.

O Brasil é um país católico, nasceu de uma celebração eucarística, é conhecido como a “Terra de Santa Cruz”, porém, o laicismo, secularismo e tantos outros ismos foram dominando nosso país nas últimas décadas, quiçá séculos.

E o ato de consagração à Nossa Senhora é o desejo de pelas mãos de Maria a maior Nação Católica do Mundo ser de novo a “Terra de Santa Cruz”. “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor!”

"Coincidentemente, o ato aconteceu três dias depois de um episódio semelhante na Itália. No sábado (18), o ministro do Interior Matteo Salvini, em um comício em Milão, pontilhou o seu discurso de citações de figuras católicas como G. K. Chesterton, João Paulo II e Bento XVI e concluiu, terço nas mãos, com a consagração da sua própria trajetória ao Imaculado Coração de Maria."

"Desde pelo menos a redação das memórias de Lúcia, em plena II Guerra Mundial, a devoção a Nossa Senhora de Fátima está fortemente associada ao anticomunismo, devido à menção aos “erros” que a Rússia “espalhará pelo mundo”. Não é nenhuma novidade, portanto, que retorne ao discurso de líderes políticos obcecados com o tema e que se entendem de alguma forma como defensores da tradição cristã – ou mesmo como escolhidos por Deus.

Biondini, é claro, lançou mão dessa narrativa ao propor o ato ao presidente. No ofício, ele escreve: “Dentre os pedidos que ela [Nossa Senhora de Fátima] fez para que o mundo se convertesse, ficasse livre das guerras e do comunismo, estava o da consagração dos países ao Imaculado Coração de Maria, através de seus presidentes. Portugal fez esse gesto, e atribuiu-se a isso o livramento desse país dos flagelos da guerra e do comunismo. A nossa intenção é que essa mesma ação aconteça no Brasil pelas mãos do nosso presidente”."

"Em um vídeo, o deputado complementa: “É um ato profético, porque o Brasil precisa de Deus, precisa de oração e precisa do cumprimento das promessas de Fátima de que, se consagrarmos a nossa nação ao Imaculado Coração de Maria, então as pragas, as guerras, os males saem, para que a bênção de Deus possa reinar no meio de nós”.

O texto da consagração, assinado pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Floriano Peixoto, e lido pelo bispo dom Fernando Rifan no fim do evento, reza: “Esperamos receber aquelas graças que a senhora já proporcionou a outros países que já se consagraram a vós: a prosperidade, o crescimento econômico e religioso, a vitória sobre toda ideologia materialista, a garantia da paz do país em seu interior e com as demais nações”.

Após a assinatura da Consagração do Brasil ao Imaculado Coração de Maria, começaram a surgir críticas ao ato presidencial na internet colocando em questão sua validez. Em entrevista a ACI Digital, o sacerdote Augusto Bezerra, conhecido pelo seu apostolado nas redes sociais, esclarece.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Sacerdote salesiano missionário foi assassinado em Burkina Faso


O sacerdote salesiano missionário espanhol, Fernando Hernández, de 60 anos, foi assassinado em 17 de maio na obra salesiana de Bobo Dioulasso por um antigo cozinheiro deste centro.

Segundo informa a Assessoria de Imprensa dos Salesianos, o assassino foi funcionário da obra salesiana por sete anos e havia sido demitido há dois meses. Ele usou uma faca para executar o crime. Durante a agressão o Pe. Germain Plakoo-Mlapa também sofreu ferimentos graves e está em recuperação.

As forças de segurança prenderam o ex-funcionário imediatamente após o assassinato, assinalam os salesianos da Espanha.

O assassinato do Pe. Hernández ocorre poucos dias depois que um grupo de terroristas atacou um grupo de católicos que regressava de uma procissão de Nossa Senhora no dia 13 de maio, assassinando quatro adultos e destruindo a imagem religiosa que carregavam.

O ataque ocorreu em Singa, município de Zimtenga (Burkina Faso) na mesma região onde no dia anterior, no domingo 12 de maio, entre 20 e 30 terroristas assassinaram um sacerdote, cinco leigos e depois incendiaram uma igreja.

Além disso, no domingo, 28 de abril, pelo menos cinco pessoas foram mortas em um ataque a um templo cristão em Burkina Faso.

A obra salesiana de Bobo Dioulasso, onde o salesiano assassinado era vigário e ecônomo, atende a um pré-noviciado, uma paróquia, um oratório, uma casa de acolhida para meninos e meninas de rua, um centro de alfabetização e uma escola profissional com mais de 300 alunos.

"A Congregação Salesiana expressa sua profunda tristeza pela trágica morte do sacerdote salesiano e deseja estar próxima de sua família e dos irmãos de sua comunidade", afirma o comunicado.

Da mesma forma, "condena toda forma de violência, reafirma sua vontade de continuar trabalhando nestes países africanos, especialmente com a educação e a evangelização dos jovens, para contribuir para seu pleno desenvolvimento".

Às vezes, explicam, esse trabalho se desenvolve em situações muito difíceis e até mesmo hostis. Há apenas três meses, outro missionário salesiano espanhol, Antonio César Fernández, também foi assassinado em Burkina Faso, naquela ocasião durante um ataque jihadista.

Chocante! Corpos humanos serão transformados em adubo após nova lei nos Estados Unidos


O governador de Washington, Jay Inslee, sancionou nesta terça-feira (21), uma lei que transforma o estado no primeiro dos Estados Unidos que autoriza o uso de corpos humanos em adubo para a fertilização dos solos.

Fundadora e diretora-geral da empresa Recompose, Katrina Spade, responsável por levar a ideia ao governador, disse que se todos os moradores do estado optassem pelo processo de recomposição após a morte seria possível evitar o lançamento de 500 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera em dez anos.

Segundo ela, essa quantidade de CO2 equivale a energia necessária para abastecer 54 mil casas em um ano.

A nova alternativa ao enterro tradicional ou à cremação representa uma opção mais ecológica para o meio ambiente, transformando os corpos em adubo. Sem ser embalsamado, o cadáver é colocado em uma câmara de compostagem junto com outros materiais orgânicos, produzindo cerca de 0,75 metros cúbicos de produto.

Spade, que poderia ser a responsável pelo primeiro projeto de funerária urbana de redução orgânica do país, focou sua tese como estudante do processo. Para isso, acompanhou agricultores, que há décadas utilizam essa técnica para livrar dos corpos do gado.

Dessa forma, a empreendedora descobriu que o uso de lascas de madeira, alfafa e palha criam uma mistura de hidrogênio e carbono que acelera a decomposição natural de um corpo humano.

Em 2017, Spade liderou um projeto-piloto no qual seis corpos foram transformados em adubo na Universidade Estatal de Washington. O estudo mostrou que o processo durava entre quatro e sete semanas.

Os defensores da lei afirmam que a inovação representará um avanço para o meio ambiente, já que os corpos não ocupariam espaço nos cemitérios, não repassariam substâncias químicas para o solo como ocorre no enterro tradicional. Além disso, o processo reduziria a emissão de dióxido de carbono no ar durante a cremação.

O autor da lei, o senador democrata Jamie Pedersen, disse que eliminar os corpos humanos com um baixo impacto ambiental é uma política pública que “faz sentido”, especialmente em áreas mais povoadas.

“Essa lei mudará o mundo, já que a cremação é o método mais popular no nosso estado. Esse processo reduzirá em 1,4 toneladas o carbono lançado por pessoa”, disse o senador.

Chamado de “redução orgânica natural”, o processo cerca de US$ 5,5 mil, menos que os US$ 7 mil normalmente cobrados por um enterro tradicional nos EUA, segundo dados da Associação Nacional de Funerárias.

A lei entrará em vigor em maio de 2020, quando os moradores do estado de Washington poderão escolher se serão enterrados, cremados ou optarão pela decomposição natural de seus corpos.