Patrono é um notável homem que defende uma
causa; é, pois, um protetor. Hoje, de acordo com a Lei 12.612/2012, de autoria
de Luíza Erundina (PSOL/SP) e sancionada por Dilma Rousseff (PT), o marxista
Paulo Freire é o “Patrono da Educação Brasileira”. Portanto, de acordo com a
lei, Paulo Freire é o protetor da educação brasileira, seu defensor, seu
guardião. Pergunto: Há nisso algum sentido? É justo, ou pelo menos razoável,
Paulo Freire ser honrado com tal título?
Serei direto: Não! Absolutamente não! “E por
que não?”, perguntará o amigo. Para responder a essa pergunta é necessário
primeiro compreender em que consiste a educação. Uma vez compreendida a
verdadeira educação, apresentarei brevemente em que consiste educação
paulofreriana, e aí ficará evidente que Paulo “ninguém educa ninguém”[1] Freire
nunca deveria ser honrado com tal título.
Pois bem, segundo Papa Pio XI, a educação
consiste “essencialmente na formação do homem como ele deve ser e portar-se,
nesta vida terrena, em ordem a alcançar o fim sublime para que foi criado”[2];
ou seja, a verdadeira educação trata “de formar o eleito e o herdeiro do
céu”[3], levar o homem à Bem-Aventurança eterna. Eis a verdadeira educação. Por
isso, “não pode dar-se educação adequada e perfeita senão a cristã [católica]”[4]
e toda educação que desvie desse fim último é, portanto, uma educação
defeituosa.
Se a verdadeira educação busca levar o homem à
Bem-Aventurança eterna, a educação paulofreriana é a falsa educação, é uma
“anti-educação”, é o extremo oposto da verdadeira educação. Paulo Freire nunca
protegeu a educação – a verdadeira –, pelo contrário, buscava destruí-la; sua
pedagogia consiste em fazer política pela pedagogia: “Faço política através da
educação”[5]. E por ter caráter político e revolucionário, a pedagogia
paulofreiriana, aquilo que é comumente conhecido como “Método Paulo Freire”, é
um fracasso monstruoso: “os egressos do Método Paulo Freire, de ontem e de
hoje, continuam alfabetizados e politizados, porém, verdadeiros analfabetos
funcionais”[6]. Mas não é só isso: Paulo Freire não só formou e forma
analfabetos funcionais, mas também destruiu e destrói a fé de muitos – e de
muita gente simples e pobre que ele dizia defender. Paulo Freire, como
“católico” que era, era um “discípulo” da revolucionária Teologia da
Libertação. Para ele, “a única [igreja] capaz de fazer a revolução social é a
profética[7], desde que geste em seu seio a única teologia capaz das
transformações, isto é, a Teologia da Libertação”[8].
No “Método Paulo Freire” não há aquele sublime
fim de formar o eleito e o herdeiro do céu. Não. Não há amor, só ódio e
revolução. Paulo Freire nunca quis levar almas para o céu, mas transformar
crianças, jovens e adultos em revolucionários para a causa socialista. E pior
(se é que se pode piorar): enquanto os bons católicos buscam compreender o
Evangelho olhando para os santos, Paulo Freire “compreendeu” o Evangelho
olhando para Karl Marx (aquele sujeito que, dentre outras coisas deploráveis,
dizia que a religião é o ópio do povo). Diz o (ainda) patrono: “Marx me ensinou
a compreender melhor os Evangelhos. Quem me apresentou a Marx foi a dor do povo
[…], foi a miséria, a deterioração física, a morte. Fui a Marx e não descobri
razão nenhuma para não continuar minha camaradagem com Cristo”[9].
Diante de tudo isso, consegue o amigo
compreender porque ter Paulo Freire como Patrono da Educação Brasileira é uma
ofensa inominável? Enquanto a verdadeira educação vê na pessoa uma alma imortal
amada por Deus e que deve ser salva, a educação paulofreiriana vê um
revolucionário em potencial, um agente político.
Se Paulo Freire não é o defensor da educação
brasileira, pelo contrário, ele é um opositor, pergunta-se: Há na história do
Brasil algum homem que defendeu e protegeu a educação de forma verdadeira?
Existiu algum homem que educava as pessoas para o seu fim sublime?
Sim, e seu nome é José de Anchieta, Apóstolo do Brasil e Verdadeiro Patrono da Educação Brasileira.