quarta-feira, 29 de maio de 2019

Canadá: Igreja Católica é atacada por vândalos


A conta oficial do Twitter da Polícia Montada da província canadense de Manitoba, noroeste da província de Ontaria, denunciou um ato de vandalismo contra a Igreja Católica de São Francisco Xavier, localizado no município rural de mesmo nome.

A publicação indicou o seguinte:

“Maio 26: A Igreja Católica romana da RM [município rural] de São Francisco Xavier foi vandalizada. Os suspeitos entraram na Igreja, destruíram estátuas e esvaziaram os extintores. Um veículo foi visto no estacionamento da Igreja por volta de 1h da manhã. Qualquer um que tenha informação chamar a #rcmpmb AL (204)888-0358”.

Argentina: Luta pela legalização do aborto recomeça em pleno ano eleitoral


A chamada Campanha pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito na Argentina começou com uma nova batalha nesta terça-feira (28).  As lideranças do movimento entregaram na Câmara de Deputados da Argentina um novo projeto de Lei para a interrupção voluntária da gravidez, depois de a iniciativa quase ter-se tornado Lei no ano passado.

Conscientes de que o debate dificilmente avançará num ano eleitoral, os líderes da campanha pretendem usar as manifestações populares como instrumento de pressão tanto sobre os parlamentares quanto sobre os candidatos à Presidência.

Em torno do Congresso argentino e em mais de cem cidades do país e do exterior, haverá maciças manifestações a favor da legalização do aborto, um assunto que divide o país.

Desde 2007, quando a Campanha pelo Direito ao Aborto começou a impulsionar o debate, esta será a oitava vez que um projeto de Lei é entregue no Congresso.

A data não é aleatória. Dia 28 de maio é o dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres. Os defensores da legalização sustentam que este é um assunto de saúde pública.

No ano passado, o projeto quase tornou-se Lei. Foi aprovado pela Câmara de Deputados no dia 14 de junho, mas foi reprovado pelo Senado no dia 8 de agosto.

A expectativa de uma aprovação neste ano é muito baixa. Em primeiro lugar, os parlamentares que rejeitaram a iniciativa no ano passado são os mesmos deste ano.

Por outro lado, este é um ano eleitoral. Os argentinos vão escolher um novo governo e renovar parcialmente o Congresso. Não haveria nem tempo nem vontade para um debate extenso em meio à campanha eleitoral sobre um assunto que, de um lado ou de outro, a favor ou contra, afugenta os votos.

O mais provável é que o debate só aconteça no ano que vem, já com um Congresso parcialmente renovado.

Idoso doa pacote de macarrão a leilão paroquial; empresário arremata por 12 Mil Reais

Seu Antonio tem 81 anos e deu para o leilão tudo o que podia naquela ocasião: um pacote macarrão.
 
A paróquia de São João Batista, em Ituverava, São Paulo, reúne esforços para construir um centro de pastoral. O último evento para arrecadar fundos  aconteceu no final de semana passado. A paróquia conseguiu angariar para o Leilão 35 cabeças de gado, ovelhas, móveis, leitoas, mas uma prenda se destacou entre as demais. Antônio Vicente da Silva, conhecido como “Zé do Rádio”, procurou o pároco Pe. Adailson Ferreira de Oliveira para fazer uma oferta. O idoso disse naquela ocasião que suas condições financeiras permitiam apenas a  doação de um pacote de macarrão.

A história comoveu os paroquianos, disse o padre na missa. O empresário  Walter Gama Terra Júnior arrematou a prenda pela quantia de R$ 12 Mil Reais.  “Esse fato nos ensinou muito e fez muita diferença. Senhor Antônio me disse que queria ajudar o nosso leilão, pois recebemos todos tipos de prendas para serem leiloadas, como comidas, bolos, frangos, malas, mesas bolsas, entre outros. Esse senhor disse que também queria fazer a sua parte, mas só podia ajudar com um pacote de macarrão, pois era tudo o que ele tinha”, lembra o padre.

A Igreja brasileira e os antecedentes da utopia libertadora


A formação de um estado clerical anticlerical

A relação do clero católico brasileiro com o poder e a política remonta o período colonial, quando vigorava o sistema do “padroado”, intermediação do rei de Portugal na relação entre papa e Igreja. O órgão responsável era a Mesa da Consciência e Ordens, criada em 1532, pelo rei D. João III, para a resolução de temas que tocassem a consciência real. Tratava-se de um instrumento de centralização do poder do monarca sobre todas as questões do país, incluindo a organização da Igreja[1], desde a nomeação de bispos até a distribuição dos recursos arrecadados por meio do dízimo. A difusão do catolicismo aos seus súditos – colonos, índios e escravos – era garantida pelo rei. Em contra partida, o clero legitimava a coroa.

A submissão do clero a Lisboa implicava uma relativa autonomia em relação a Roma. Mas de acordo com o padre José Oscar Beozzo, em seu livro História da Igreja da América Latina[2], já existia mesmo no tempo colonial certo sentimento de nacionalidade no clero brasileiro. Nos seminários, exigia-se igualdade entre noviços brasileiros e portugueses nas eleições do prior o cargo era alternado entre brasileiros e portugueses. Esse nacionalismo só cresceu com a Independência.

A partir do ato de 1922, o clero brasileiro passou a ser controlado pelo Império, que proibia ordens religiosas de acatarem autoridade estrangeira, criando uma barreira entre o clero nacional e Roma. O clero dependia inteiramente do Ministério da Justiça, que decidia inclusive os livros que eram adotados nos seminários.

Logo no início do período imperial, o regente, padre Diogo Antônio Feijó quis criar uma Igreja nacional, totalmente independente de Roma, a partir da abolição da obrigatoriedade do celibato clerical por meio de projeto de lei na Assembleia Geral do Brasil. Seu intuito foi combatido e vencido, mas não antes de longa polêmica. Padres e bispos opinaram e alguns sugeriram que o tema fosse objeto de consulta popular.

Na verdade, a iniciativa da proposta não foi de Feijó, que apenas conversava com alguns bispos em separado, tentando trabalhar a ideia para, enfim, ser proposta. A iniciativa foi do deputado Ferreira França, em 1928, sendo apoiado pelos liberais e por dois grandes jornais da época, o Astréa e Autora Fluminense, pertencente a Evaristo da Veiga. Mas nos jornais, os opositores da proposta também foram muitos, entre eles o Visconde de Cairú, sob o pseudônimo O Velho Canonista. O voto mais famoso e que exerceu maior influência, porém, foi o de Feijó. Chamado de protestante e reformista, ele queria abolir um costume que, segundo ele, era muito bom espiritualmente, mas não era observado por uma enorme parcela do clero da época. O motivo da sua proposta, portanto, era adequar as normas da Igreja à realidade brasileira.

Em seu voto, recomendava à Assembleia que a aprovasse e “que se fizesse saber o Papa esta resolução da Assembleia, para que ele pondo as leis da Igreja em harmonia com as do Império, revogasse as que impõem penas ao clérigo que casa.[3]”

Essa tentativa de Fejió, no entanto, estava bem amparada pelo acordo entre Brasil e Santa Sé, herança do regime do padroado. Além disso, a proposta incluía a proibição de frades e freiras estrangeiros no país, acusados de agentes do absolutismo. A luta de Feijó contra o absolutismo não reconhecia fronteiras: na política, contra os reis, na religião, contra o absolutismo do Papa. O antiabsolutismo era a moda política dos liberais do Império.

Feijó foi por duas vezes presidente da Comissão de Negócios Eclesiásticos e era responsável pela administração da Igreja nacional. Sua proposta, no entanto, não foi aprovada e deu-se por vencido.

Igreja e o poder: breve história da Igreja brasileira


Uma das raízes da utopia libertadora que se verifica em vertentes contemporâneas no catolicismo brasileiro pode estar em certo nacionalismo observado desde o início, algo tradicional na Igreja da Terra de Santa Cruz. Tanto entre conservadores quanto em progressistas, o nacionalismo e a independência, assim como o anseio de instrumentalização da mensagem católica como ideologia integradora social, sempre serviu em nossa região como apelo populares ou populistas.

A relação do clero católico brasileiro com o poder e a política remonta o período colonial, quando vigorava o sistema do “padroado”, intermediação do rei de Portugal na relação entre papa e Igreja. O órgão responsável era a Mesa da Consciência e Ordens, criada em 1532, pelo rei D. João III, para a resolução de temas que tocassem a consciência real. Tratava-se de um instrumento de centralização do poder do monarca sobre todas as questões do país, incluindo a organização da Igreja, desde a nomeação de bispos até a distribuição dos recursos arrecadados por meio do dízimo. A difusão do catolicismo aos seus súditos – colonos, índios e escravos – era garantida pelo rei. Em contra partida, o clero legitimava a coroa.

A submissão do clero a Lisboa implicava uma relativa autonomia em relação a Roma. Mas de acordo com o padre José Oscar Beozzo, em seu livro História da Igreja da América Latina, já existia mesmo no tempo colonial certo sentimento de nacionalidade no clero brasileiro. Nos seminários, exigia-se igualdade entre noviços brasileiros e portugueses nas eleições do prior o cargo era alternado entre brasileiros e portugueses. Esse nacionalismo só cresceu com a Independência.

A partir do ato de 1822, o clero brasileiro passou a ser controlado pelo Império, que proibia ordens religiosas de acatarem autoridade estrangeira, criando uma barreira entre o clero nacional e Roma. O clero dependia inteiramente do Ministério da Justiça, que decidia inclusive os livros que eram adotados nos seminários.

Logo no início do período imperial, o regente padre Diogo Antônio Feijó quis criar uma Igreja nacional, totalmente independente de Roma, a partir da abolição da obrigatoriedade do celibato clerical por meio de Projeto de Lei na Assembleia Geral do Brasil. Seu intuito foi combatido e vencido, mas não antes de longa polêmica. Padres e bispos opinaram e alguns até sugeriram que o tema fosse objeto de consulta popular.

Na verdade, a iniciativa da proposta não foi de Feijó, que apenas conversava com alguns bispos em separado, tentando trabalhar a ideia para, enfim, ser proposta. Atuava como verdeiro articulador e lobista da ideia. A iniciativa foi do deputado Ferreira França, em 1828, sendo apoiado pelos liberais e por dois grandes jornais da época, o Astréa e Autora Fluminense, pertencente a Evaristo da Veiga. Mas nos jornais, os opositores da proposta também foram muitos, entre eles o Visconde de Cairú, sob o pseudônimo O Velho Canonista. O voto mais famoso e que exerceu maior influência, porém, foi o de Feijó. Chamado de protestante e reformista, ele queria abolir um costume que, segundo ele, era muito bom espiritualmente, mas não era observado por uma enorme parcela do clero da época. O motivo da sua proposta, portanto, era adequar as normas da Igreja à realidade brasileira.

Em seu voto, recomendava à Assembleia que a aprovasse e:

    que se fizesse saber o Papa esta resolução da Assembleia, para que ele pondo as leis da Igreja em harmonia com as do Império, revogasse as que impõem penas ao clérigo que casa.[1]

Essa tentativa de Fejió, no entanto, estava bem amparada pelo acordo entre Brasil e Santa Sé, herança do regime do padroado. Além disso, a proposta incluía a proibição de frades e freiras estrangeiros no país, acusados de “agentes do absolutismo”. A luta de Feijó contra o absolutismo não reconhecia fronteiras: na política, contra os reis, na religião, contra o absolutismo do Papa. O antiabsolutismo era a moda política dos liberais do Império.

Feijó foi por duas vezes presidente da Comissão de Negócios Eclesiásticos e era responsável pela administração da Igreja nacional. Sua proposta, no entanto, não foi aprovada e deu-se por vencido.

Ser contra ideologia de gênero poderá dar 3 anos de prisão


Uma lei que tramita no Senado poderá colocar na cadeia quem discordar dos termos da Ideologia de Gênero, para a qual o sexo biológico não deve interferir na orientação sexual, que definiria uma “identidade de gênero” paralelamente ao sexo. Na prática, a lei criminaliza tanto religiões quanto teorias científicas que acreditem haver relação entre o sexo biológico e a orientação sexual.

Se aprovada, a lei será uma grande vitória do lobby político-ideológico LGBT. O termo “sexo” passa a ser substituído por “gênero” e qualquer tipo de comportamento deverá gozar de proteção da lei, bastando que se auto-classifique como “identidade de gênero”.

A PL 672/2019 foi aprovada nesta quarta-feira (22/05), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e supostamente visa combater a violência e a discriminação contra a comunidade LGBT.

Conforme destaca o site CitizenGo, “trata-se de uma armadilha, pois uma leitura atenta do texto do PL deixa claro que o objetivo é inviabilizar toda e qualquer manifestação contrária à ideologia de gênero por parte de pais e educadores. Os que o fizerem serão punidos com 1 a 3 anos de detenção.”

O texto diz:

Esta lei define os crimes resultantes de intolerância, discriminação ou preconceito de… orientação sexual ou identidade de gênero e estabelece punições para a prática desses crimes.

Artigo 1: Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de… orientação sexual ou identidade de gênero.

Artigo. 20. [Constitui crime] praticar, induzir ou incitar a intolerância, discriminação ou o preconceito de… Orientação sexual ou identidade de gênero.

Pena: reclusão de um a três anos e multa.

terça-feira, 28 de maio de 2019

REPAM publica Nota de Esclarecimento sobre a música dedicada ao Sínodo Pan-Amazônico



NOTA DE ESCLARECIMENTO DA REPAM

A Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil esclarece que a música “Pan-Amazônia ancestral” não é um hino oficial do Sínodo para Amazônia. A canção, composta e produzida pelo artista Antônio Cardoso, é uma obra de cunho pessoal e fruto de sua própria experiência.

Em nenhum momento foi realizada uma composição específica ou aprovada qualquer letra e música pela Secretaria Geral do Sínodo como hino oficial do evento que será realizado em outubro no Vaticano.

Ao longo do processo das escutas em vista do Sínodo para a Amazônia muito material foi produzido pelas comunidades, dentre eles diversas expressões artísticas e culturais, o que para nós é motivo de graça e de celebração. Contudo, reforçamos que nenhum desses frutos trata-se ou pode ser considerado como oficial do Sínodo.

França: Senado diz que Notre-Dame deve ser restaurada exatamente como era


Senado francês diz que Notre-Dame deve ser restaurada exatamente como era antes do incêndio que destruiu parte deste monumento histórico em 15 de abril deste ano.

The acordo com o The Local, a decisão veio na manhã de segunda (27), com os senadores aprovando a lei para restaurar a catedral, mas adicionando uma cláusula que estipula que Notre-Dame deve ser restaurada ao estado anterior ao incêndio. Isto foi considerado um golpe no presidente Macron, que lançou uma competição internacional de arquitetura para debater ideias sobre a restauração.

O tema da reconstrução da catedral – que ficou gravemente danificada depois do incêndio – se tornou um campo de batalha entre quem queria uma restauração exata e outros que defendiam uma visão mais imaginativa. Algumas das sugestões incluíam um jardim na cobertura, uma “infinita torre” de luz e uma piscina no topo do prédio.